Circulo De Paixões. escrita por Lorys Black


Capítulo 19
Capítulo 18 - Erros, Castigos e Acertos


Notas iniciais do capítulo

Olá Matilhaaaa tudo bem...esperamos que sim...
1º EXPLICAÇÃO: Nos desculpem pela demora do post, é que minha filhinha ficou doente e eu não tive condições de ajudar Bruna com o capitulo, mais graças a DEUS agora ela está bem..
2º NOVIDADE: Nasceu Bernardo o sobrinho lindo da Bruna e agora o mais novo integrante dessa matilha louca, SEJA BEM VINDO BENNY...
3º AGRADECIMENTOS: Muito obrigada pela RECOMENDAÇÃO de nossa CP pela nossa querida leitora BINHABLACK, valeu loba, Bruna e eu ficamos felizes
Agradecimentos também a Senhora Black pela propaganda na sua fic A Espera da Liberdade, OBRIGADAÇOOOO EME pela força.
Agradecimentos tambem a todas as leitoras maravilhosas que comentaram e as que apenas leram muito obrigado da mesma forma.
Bruna e eu ficamos felizes, a recepção de nossa CP está sendo maravilhosa e isso é muito muito gratificante...
AGORA UM AVISO:
Daqui a mais ou menos 2 capitulos,quem voltará a nossa saga, quem quem??? POISSSSSS ÉÉÉÉ NOSSO LOBÃO DELICIA E REBELDE JACOB BLACK VOLTARÁ, por favor não infartem as mais afoitas...kkkkk...
Ele ainda não voltou e eu já estou agoniada, fazer um MIKE NEWTON APAIXONANTE, dá nisso..kkkk
Agora vamos ao capitulo e ver mais uma vez nossa LOBA sendo a ALFA E ELA MESMA COM SUA JUSTA JUSTIÇA..KKKK
Sem mais delongas vamos ao capitulo...
BOA LEITURA!!!!!



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Corria pela mata e as arvores eram apenas um borrão ficando para trás.


A urgência em alcançá-lo parecia me sufocar.

– Leah aqui. – a voz dele era fraca e parecia um sussurro.

Ao entrar na campina estava sobre minhas pernas, um vestido branco cobria meu corpo.

– Meu Deus, - tapei a boca tentando sufocar de alguma forma o pânico que se instaurou quase paralisando meu corpo. – Socorro, alguém nos ajude.

Minha voz estava presa e não consegui emitir som algum. As lagrimas desciam livres pelo meu rosto.

– Me escute com atenção. – ele segurou minhas mãos firme. – Preste mais atenção em tudo a sua volta, deixe os avisos virem até você, não os mate quando não tiver que matar.

– Por favor, não vá novamente. – minhas mãos estavam banhadas em sangue. – Não assim.

– Eu já parti Leah por isso é necessário que grave isso na mente, o perigo vai chegar minha Lua e sua vida pode fugir de suas mãos.

Fiquei em pé em um salto e de repente não era mais o corpo ensangüentado do meu Pai ali na terra molhada na mata. 

Era o meu próprio corpo. Sem cor, sem vida, não havia batimentos cardíacos.


– Não, não, não, não, não. – senti a escuridão me dominar
. – Leah pelos céus acorde minha filha. – minha Mãe sacudia meu corpo.

Abri os olhos e no mesmo segundo estava a metros de distancia. O expressão apavorada de Kate na porta me fez tocar na minha barriga e verificar se havia algum ferimento ali.

– Leah você esta bem? – Kate perguntou se aproximando cautelosamente.

Estava suada e minha respiração era ofegante.

– Ela teve um pesadelo Kate já vai voltar ao normal. – minha Mãe tocou meus braços e uma tranqüilidade enorme me dominou.

A imagem do sonho era tão real, que estava com a impressão de sentir minhas mãos molhadas de sangue.

Sentei na cama e bebi quase todo o jarro com água em cima do móvel.

– Esse foi muito real. – soltei as palavras.

– Parecia real minha filha, só isso. – minha Mãe acariciava meu rosto.Deitei no colo da minha Mãe e demorei mais de uma hora para voltar a dormir. Estava com receio de fechar os olhos e ter pesadelos novamente.

O som do despertador me irritou profundamente.

– Droga de despertador. – dei um tapa e ele se espatifou na parede. Cobri minha cabeça com o travesseiro, tentando dormir novamente.

– Leah vai se atrasar para o trabalho. – a voz da minha Mãe na cozinha me fez admitir, não poderia voltar a dormir.

Levantei irritada. Tomei um bando relaxante, a água morna cai em meu corpo muito quente, isso relaxa meus músculos.

Nesses dias de rondas mais intensivas é preciso.

Enquanto me arrumava notei a ausência de Kate.

– Mãe e Kate, onde esta? – perguntei arrumando meus cabelos na sala, ela se assustou pois nunca percebe minha aproximação. Gargalhei.

– Vai me matar do coração Leah, céus faça um barulho mínimo ou desça as escadas como uma pessoa normal. – ela ajeitava as roupas que havia derrubado no chão com o susto.

– Ok Dona Sue tento avisar da próxima. Mando uma mensagem certo?! E Kate onde esta? – tentei ouvir os batimentos dela por perto sem sucesso.

– Ela não esta por aqui filha, saiu com Embry. – um sorriso involuntário preencheu meus lábios. – Ele foi ensiná-la a surfar eu acho.

– Devagar e sempre em frente. – pensei alto.

– Você esta feliz por ela não é Leah? – minha Mãe me olhava com carinho.

– Pelos dois Mãe, os dois. – confessei.

– Mike esta mudando mesmo você Leah. – a olhei curiosa e sem entender. – Antes mesmo sabendo que agora o destino de um esta entrelaçado no outro você lamentaria por Embry ter a escolha arrancada de suas mãos, e Kate por ser envolvida em algo sobrenatural. Ver sua felicidade incondicional pelos dois me faz enxergar, como você mesmo devagar conseguiu finalmente seguir em frente. E isso me faz imensamente feliz.

A abracei tirando seus pés do chão. Pois não posso tentar imaginar como foi me ver sofrer durante tantos anos como ela viu.

– Bem já engoli minha dose diária de açúcar hoje. – coloquei seu corpo frágil no chão e depositei um beijo em sua testa. De uns tempos para cá demonstrar meu amor por ela tem sido mais fácil.

– Não vai tomar café minha filha? – peguei a bolsa com roupas do trabalho, as chaves do carro e algumas maças.– Preciso verificar a matilha se esta tudo bem, o dia ontem foi pesado para todos. – fechei a porta, ouvindo os protestos de Dona Sue na sala.

Ela detesta quando saio sem me alimentar direito.

Entrei no carro e dirigi até o lugar onde Quill e Brady estavam fazendo ronda. Pendurei minhas roupas em uma arvore e deixei o fogo tomar conta do meu corpo.

Leah você deveria ir trabalhar sabia?! – Quill observou. Ignorei.





Como foi a noite? Tudo calmo? – as imagens não agradaram muito, afinal Emmett e Jasper foram autorizados por Sam a entrar na reserva para as patrulhas noturnas– Maravilha. Será melhor para todos Leah. Eles não representam perigo a reserva. E a permanência deles por aqui acaba sendo um imã para confusão. – os pensamentos de Sam eram tranquilos.

Eu sei. Não ha muito a ser feito agora, e Jasper e Emmett são melhores aqui, que Rosálie e Bella.– afirmei.

As piadas foram gerais.

Vou trabalhar qualquer coisa uivem e estarei aqui. – me despedi. E segui para o centro afinal começo de semana é sempre movimentado na loja e me atrasar não será nada bom.

Corri ate o carro e vesti minhas roupas rapidamente, prendi meu cabelo em um coque e segui em alta velocidade até a loja.

Cheguei em cima da hora e abri as portas da loja e do café assim como as vitrines. Aproveitei o vazio das ruas e limpei tudo rapidamente, se não faço isso a faxineira demora e com meu olfato privilegiado não é agradável ficar sentindo a poeira em meu nariz.

Desde a minha chegada uma moça elegante e muito bonita esta sentada em uma banco na praça de frente para a loja. O cheiro do perfume em suas roupas é meio enjoado mas percebe-se que é caro. As roupas denunciavam... Ela definitivamente não era de Forks. Porem para minha completa tranqüilidade era totalmente humana.

Acabei de ajeitar a loja antes das nove, e já liguei as maquinas de café.

Então as batidas tranqüilas do coração e o cheiro mentolado de Mike tomaram conta de tudo a minha volta.

Um sorriso largo e involuntário escapou por meus lábios.

– Céus Leah se controle. – respirei fundo quando o carro parou em frente a loja.

O cheiro do meus pães de canela aguçou minha fome. Parei em frente a porta e o sorriso dele ao me ver era tão lindo, então uma voz fina e suave fez o sorriso desaparecer dos lábios dele.

– Mike?! – ele se virou derrubando os pães no chão. – O q- que você esta fazendo aqui? – sua voz era tremula.

– Vim conversar Mike. Você me deixou um bilhete, sequer me deu a chance de uma resposta. – ela parecia ter lagrimas nos olhos, a voz estava nasalada como se ela estivesse segurando um bolo em sua garganta.

Meu coração disparou frenético quando uma suspeita atravessou minha mente.

– Vamos sair daqui. – ele pegou o saquinho com meus pães no chão e se virou lentamente.

Abri a porta da loja.

– Bom dia. Esta tudo bem? – empurrei as palavras tentando conter meu próprio nervosismo.

– Sim depois conversamos, esta bem. – Mike me entregou o saquinho com os pães e saiu fechando a porta da loja.

Sem dizer uma palavra os dois caminharam até o lado da praça onde uma pessoa normal, não veria nada e não escutaria.

Graças aos céus não sou esse tipo de pessoa.

Escutei Mike bater em algo. Ele estava limpando. Um banco talvez, não sei.

– Não faz essa cara Kristen sente-se. – ela suspirou pesadamente e sentou. – Você deveria ter avisado que estava vindo.

– Em primeiro lugar o faria se você atendesse meus telefonemas, em segundo lugar avisei sua Mãe inclusive ela me orientou como fazer para chegar aqui corretamente – trinquei os dentes com a vontade suprema de arrancar a língua de Karen Newton fora. – Em terceiro o que você faria se eu tivesse avisado? Fugiria, ou me mandaria não vir?

– Desde quando eu fujo Kristen? E sim teria dito para você não vir, pois isso não mudaria minha decisão em permanecer em Forks. – seu tom de voz era ansioso e as batidas de seu coração estavam aceleradas.

– Mike estamos juntos a quatro anos, você é um advogado brilhante com uma carreira magnífica em Nova York, me faça entender o que houve por favor? Qual o motivo de nunca você ter dito suas insatisfações, suas angustias. – ela parecia ansiosa e as batidas de seu coração eram frenéticas.

Tentava me acalmar, e dizer o quanto isso não era nada.

Porem meu histórico com as escolhas de namorados não era favorável. Sam ficou com Emily, Jacob sempre escolheu Bella.

– Eu tentei fazer isso, m-mas não pude, não tive coragem, ou sei lá falei e você simplesmente não me ouviu Kristen. – minha respiração era irregular e sentia meu corpo inteiro queimar firmei minhas mãos no balcão.

– Bom Dia. – um grupo de turistas entrou na loja. - Viemos conferir as porcelanas japonesas. Respirei fundo tentando me acalmar e não arremessar todos para fora.

– Claro que sim. Venham. – me desconcentrei dos turistas assim que ela começou a falar.

– Talvez eu não tenha visto, ou você simplesmente podia ter sido direto Mike. –a voz dela continha um choro e eu aqui mostrando xícaras chinesas. – E por isso estou aqui para entender. Para ouvir, eu mereço isso, Nós merecemos Mike.

– Kristen eu não podia mais viver enganando a mim mesmo, Sorrindo e fingindo estar bem fazendo coisas que eu não tinha afinidade. – seu tom de voz era cauteloso.

– Você fingiu me amar também? Fingiu ao estar feliz com a nossa vida? – minha respiração ficou totalmente irregular.

– Não Kristen eu jamais faria isso. – ele levantou-se e seus passos eram contínuos e curtos, ele estava andando de um lado para o outro. – Eu achava certo, me convencia diariamente que eu queria de verdade estar ali. Não foi uma mentira eu acreditava naquela vida.

– Eu quero você de volta Mike. – espatifei a xícara na minha mão.

– Esta tudo bem moça? – a voz da desconhecida era preocupada. O cheiro de sangue me fez ganhar foco. – Nossa você se cortou feio.

Precisava tampar pois a cicatrização ocorreria em segundos.

– Um momento vou lavar. Fiquem a vontade, olhem as novas coleções na livraria até a minha volta, por favor. – o olhar do todo o grupo era preocupado. Corri para os fundos da loja e ao chegar no banheiro já havia fechado a ferida. Rasguei uma toalha e enrolei na mão.

Podia quebrar tudo a minha volta agora. Respirei fundo e me foquei na conversa novamente.

– Uma chance Mike, a ultima chance a nossa história, há tudo aquilo construído no nosso relacionamento durante todos esses anos. Nós merecemos isso. – inacreditavelmente o barulho das mãos dela esbarrava em algum tecido.

– Ela esta acariciando o maldito vestido Leah, ela não esta com as malditas mãos nele. – repetia mentalmente essas palavras, para tentar me acalmar. Pois se eu saísse, deste banheiro agora, com certeza as mãos dela não permaneceriam coladas em seus braços.

– Escute Kristen, eu estou bem aqui, não pretendo voltar, minha vida não é mais lá. – ele deu dois passos para trás.

– Minha vida esta onde a sua estiver Mike. Eu venho para cá. Eu o amo vou onde você estiver. – a voz nasalada e irritante dela estava envenenando cada célula do meu corpo.

– Kristen, por favor, não faça isso... – os passos dela foram rápidos e curtos. Porem o som de sua parada foi devastador.

Ela beijou Mike. O som estava queimando meus ouvidos. 

Um enjoou subiu tão rápido que só me virei encontrando o vazo.Toda a comida dos últimos dias estava sendo deixada ali. Nenhum som chegava mais aos meus ouvidos, porem, estava sendo bombardeada, pela imagem que povoou minha mente durante anos.

A imagem de Jacob partindo. Escolhendo sofrer, e me deixando para trás.

– Leah! – a voz do Sr. Toshiro me sobressaltou. – Meu Deus o que esta havendo, você esta doente minha filha?

– Estou bem, foi só uma indisposição. – virei novamente o embrulho no meu estomago não me permitia falar.

– Vamos vou levá-la ao hospital. – lavei minha boca e respirei fundo.

– Não é necessário... – ele me interrompeu.

– Você não esta bem Leah, os clientes me disseram que ouve um acidente, e agora entendo porque. Você esta doente, vamos fecharei a loja e a levarei ao hospital. – me senti culpada pela preocupação dele.

– Ligo para o meu irmão e ele vem me buscar. Não feche a loja. – caminhei até o balcão e liguei no celular de Nessie, ela atendeu no primeiro toque. – Oi “Seth”, onde você esta? – disfarcei.

– O que houve Leah? – a voz dela era de alerta. – Onde você esta?

– Acalme-se esta bem, só tive um mal estar e vou passar no médico você poderia vir comigo? – pedi.

– Estarei ai em alguns minutos. – ela desligou o telefone, fingi continuar com ele, pois como explicaria uma chegada tão rápida de Nessie ha loja.

–Tudo bem eu estou esperando por ela. – desliguei o aparelho. – Nessie vira, ela esta por aqui. Desculpe-me pelo transtorno.

– Leah não se preocupe comigo ou com a loja caso esteja doente não venha minha filha, o Maximo que ira acontecer é a loja permanecer fechada e nada mais. – apenas assenti.

Nessie chegou acompanhada de Emmett, Seu olhar era desconfiado.

– Vamos?! – ai sair da loja Mike estava atravessando a rua com a Noiva.

Minha respiração ficou irregular, trinquei meus dentes. Um desejo assassino de arrancar a cabeça dos dois me dominou.

Nessie tocou meu braço.

Acalme-se Leah, Foco e preste atenção onde estamos. – assenti entrando no meu carro.

– O que houve? Onde você esta indo Leah? – as mãos macias dele tocaram meu braço. O cheiro da mulher estava impregnado nele.

Tentei não arremessá-lo do outro lado da praça. – Tire as mãos de mim, já. – seu olhar em minha direção era assustado e surpreso.

– Mike ela esta passando mal, só isso. – Nessie ponderou. – Mais tarde vocês se falam esta bem?!

– Eu vou junto. – ele olhava para a "Noiva" batendo as mãos nos bolsos procurando algo, as chaves talvez.

– Não! Você fica. – fui taxativa. – Vamos. – Nessie deu a partida no carro.

– O que esta havendo Leah, você esta me assustando com esse tratamento hostil? – sua expressão era séria.

– Preciso ir Mike. – olhava para a mulher encostada no carro dele.

– Mike mais tarde vocês conversam esta bem. – o tom de voz de Nessie continha um pedido. Mike se afastou imediatamente do carro. Reneesme partiu.

Precisava sair dali, pois diferente de Bella, a tal ex de Mike era humana e com certeza eu deveria ficar longe.

Nessie permaneceu calada.

O carro de Emmett seguia o meu, e quando ganhamos a estrada uma sensação de liberdade me dominou.

– Pare o carro Nessie. – me transformar agora ajudaria extravasar meu ódio, porem, me levaria mais uma vez ao passado, onde eu sofria e fazia todos ao meu redor sofrerem junto.

– Diga o que houve. Eu estou aqui. – ela fitava a estrada a sua frente. – ou me mostre se quiser. – a olhei sem entender.

Ela sinalizou e Emmett passou com o carro por nós.

– Como assim mostrar Nessie. – não estava entendendo muito bem porem, me lembrei de algo que havia passado despercebido. Nessie me mostrou a visão do acidente de Kate. Era uma previsão, do que aconteceria aquela noite caso eu deixasse Kate em casa.

– Uma nova habilidade, parecida com a do meu pai. – ela confessou orgulhosa.

– Maravilha, mas uma leitora de mentes. – a irritação estava me consumindo.

Ela gargalhou.

– Deixe os afagos para depois “Tia”, eu só vejo aquilo que a pessoa mostra, e não como meu pai faz. Só consigo ver se estiver tocando seu corpo. Uma herança menos evoluída. Agora diga ou mostre o que houve e pare de enrolar.

Dei um sorriso fraco, e coloquei meu braço em cima do dela. As imagens da manhã preencheram minha mente, até este momento.

Uma sensação estranha ao deixá-la ver as imagens se instaurou no meu corpo, estou acostumada a compartilhar pensamentos, porem nunca havia feito desta maneira. – Pronto, chega não é mesmo. – seu olhar em minha direção era indecifrável.

– Leah, você esta com ciúmes. – ela soltou as palavras naturalmente.

– Não, estou me vendo há anos atrás. Novamente. – desci do carro e encostei-me à lateral.

– Não, você esta querendo enxergar a mesma situação. É diferente. Pare de achar que ele vai abandoná-la como Jacob. Ou Sam. Ele precisa resolver esta situação claro, porem ele esta apaixonado por você Leah, qualquer um percebe. – as palavras dela esbarravam no meu receio de acreditar, e logo em seguida, encontrar Mike voltando para Nova York, ha qualquer momento com a Ex.

– Preciso ficar sozinha, descansar sei lá, - entrei no carro, e a minha irritação voltava a todo momento, com o som do beijo deles grudado nos meus ouvidos.

Cheguei em casa e não havia ninguém. Subi e tomei um banho gelado e demorado.

Há dias trás eu estava gostando da sensação de me sentir frágil, porem hoje estou odiando.

Coloquei a primeira roupa a minha frente e me joguei na cama, precisava ordenar meus sentimentos, pois me transformar com eles fora do meu controle é algo inaceitável. Prometi nunca mais fazer a minha matilha sofrer com os meus problemas novamente.

Deitei na cama e o cansaço pelas poucas horas de sono dominou meu corpo.

Parecia estar dormindo a alguns minutos quando as risadas no andar de baixo me despertaram aos poucos.

Mesmo de olhos fechados podia ver o sorriso de Kate iluminando os olhos de Embry.

O cheiro delicioso da comida me fez demorar a perceber que havia mais um coração batendo na sala. Puxei o ar e cheiro mentolado da pele de Mike, invadiu meu corpo me causando um frio violento no estomago.

– Mas o que diabos ele esta fazendo aqui? – brigava comigo mesma enquanto ajeitava minha aparência no espelho.

Pensei em pular a janela e tentar arrancar cabeças de algum animal na mata, porem pelo pouco que conheço dele, enquanto não falar vai permanecer aqui.

Meu nervosismo e apreensão eram insuportavelmente gritantes.

Fui escovar os dentes e resolvi tomar um banho, deixar a água quente queimar minhas costas e colocar meus pensamentos e sentimentos no lugar.

Fiquei alguns minutos ali, coloquei uma roupa apresentável e desci lentamente. A cada degrau uma sensação de estar vendo a mesma cena tomava conta do meu corpo.

Qual seria a desculpa dele? “ A culpa não é sua é minha.” “ Eu gosto de você mas sempre a amei.”. Novo romance, velhas desculpas. Perdi o ar por um segundo quando vi Mike na sala, seu sorriso era lindo. Ele fazia uma brincadeira qualquer com Embry, e o sorriso era encantador. Perdi o ar por um segundo quando vi Mike na sala, seu sorriso era lindo. Ele fazia uma brincadeira qualquer com Embry, e o sorriso era encantador.

– Droga Leah deixe os pensamentos amorosos e melados de fora. – repeti mentalmente algumas vezes antes de tossir propositalmente.

O sorriso no rosto de Mike fugiu e seu coração acelerou frenético.

Sem nada dizer caminhei até a porta sendo seguida por ele.

– Boa Sorte. – Embry debochou.

Parei com os braços cruzados olhando séria.



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– Qual será a história Mike? Você não esperava pela ex noiva aqui, porem, encontrando com ela viu o quanto se amam? Ou se deu conta da sua verdadeira vocação para o Direito e vai montar um escritório com sua futura esposa, aqui mesmo em Forks. – droga de irritação tingindo tudo a minha frente de vermelho.

– Do que você esta falando, e como sabia sobre Kristen? Leah você estava ouvindo a nossa conversa? – ele parecia surpreso.

– Então é verdade ela vai ficar? – o receio em ouvir a resposta fez minha garganta secar.

– Não sei Leah, não respondo por ninguém alem de mim. Ela veio aqui pois acho que me ama e... – o interrompi.

– Eu sabia, sempre uma outra do passado ou um amor avassalador sem chance de lutar contra, olha Mike o que virá a seguir eu já sei. Já assisti esse filme umas vezes, sei o final dele. Mas vou te poupar do discurso de consolo esta bem. – ele tentou falar, não permiti. – Somos adultos, você estava interessado em mim, eu por você, não ache que me deve algo porque dormimos juntos, pois não deve. Seja feliz, e não se preocupe não causarei transtornos.

– Acabou Leah? – assenti e passei por ele, quando coloquei a mão na maçaneta da porta para entrar, ele segurou meu braço, poderia desviar com facilidade, mas sentir o toque macio da pele dele sobre a minha era delicioso. – Agora é a minha vez.

– Olha Mike eu ... – foi a vez dele me interromper.

– Você tem algumas manias que eu não gosto nem um pouco Leah, a primeira delas é soltar os cachorros, falar o que bem entende e sair andando, sem querer me ouvir, a segunda é sempre querer saber quais são meus pensamentos. Qual a importância de não ouvi-los para você? Se quiser mesmo saber apenas me pergunte e eu responderei, e se não fizer o motivo será algo normal entre pessoas normais, pois não é todo pensamento que se revela, há pensamentos só nossos e de mais ninguém. Agora algo que me irrita é a sua mania em me comparar com seus Ex. Eles te abandonaram? Azar o deles. Eles partiram seu coração? Eu sinto muito. Porem, eu não sou eles e já te falei isso, Sou um homem e não um menino indeciso. Você diz que é adulta, mulher e toda essa baboseira, mas esta com ciúmes, e para você é mais fácil vir aqui e se despedir, do que simplesmente admitir seus sentimentos. Pare com isso e aprenda a lidar com as coisas que sente. Eu aprendi a lidar com as minhas emoções e por isso estou aqui. – ele soltou meu braço e desceu os degraus saindo da minha varanda. A merda é que mais uma vez ele esta certo.

– Mike escute, eu... – ele mais uma vez não me deixou finalizar a frase.

–Me escute você, mais uma vez. Eu estou aqui, e nunca estive com meu coração ou pensamentos em outro lugar Leah. Mas já que você ouviu a metade de uma conversa e tirou suas conclusões vou te inteirar do final. Eu disse Não, alias nunca houve menção em dizer um sim, quando a conheci vi o quanto meu noivado não tinha amor. Quando a beijei voltei a Nova York e tentei falar com a Kristen, ela simplesmente não me deu ouvidos como fez em quatro anos de namoro. Ela esta aqui, pois há um ditado, Só damos valor quando perdemos. Ela acredita ter perdido alguém que nunca teve. Porem não há necessidade de partir o coração dela Leah. Não farei isso,e também não a enganaria de forma alguma, respeito demais minha história com ela, para fazê-la odiar o final e me carregar como aquele que partiu seu coração.

– Sinto muito eu sou impulsiva Mike. – dei um passo a frente.

– Eu te Amo Leah. – travei meus pés no chão. – Eu amo. Agora cabe a você saber se pode lidar com isso, ou não. Lidar com alguém disposto a lutar, a ficar e fazer planos. Eu não fujo Leah, não engano ou digo uma coisa sentindo outra. O que sai da minha boca esta nos meus olhos e no coração. Você precisa decidir se me quer, ou, não na sua vida. Se disser Sim eu serei feliz. Se disser não terá valido cada momento. Aprenda a lidar com os seus sentimentos Leah, escute mais e se defenda menos. Quando souber me procure. – ele caminhou rapidamente até o carro e partiu.

Fiquei ali sem conseguir sequer respirar. Paralisada. Meus sentidos todos travados e, cada sentimento correndo para um lado.

Alguns minutos ou horas depois, não sabia, entrei em casa. Havia uma pequena platéia ali. Muda e paralisada assim como Eu.

– Nada, não quero ouvir nada. – subi as escadas com a cabeça dando voltas e mais voltas.

A vontade de me transformar dominava meu corpo. Porem saber que toda a matilha veria as imagens e saberia como eu me sinto me ajudou a sentar e admitir isso primeiro. Ter outras pessoas sabendo melhor sobre seus sentimentos que você mesma é algo irritante.

Deitei a cabeça no travesseiro, com o olhar penetrante de Mike, enquanto dizia me amar estampado na mente.

– Eu sabia que estava encrencada. Mas ele me ama. Ele me ama? E eu o amo? Estou louca? Bom devo estar por deixar a história chegar onde chegou.

Pensamentos sem sentido preenchiam minha mente, detesto quando perco o controle assim, porem como diz minha Mãe. “ Nem tudo na vida podemos controlar.”

E o coração é algo incontrolável.

Rolei durante horas na cama, ignorei a movimentação na minha casa. Os sussurros e cochichos. Lidaria com isso mais tarde.

O sono chegou e fui carregada para o mundo dos sonhos. 





Abri os olhos, e a familiaridade do local me irritou profundamente.


Eu estava sonhando, e sei quem iria aparecer em alguns minutos. Levantei agilmente para não ser surpreendida por ele.

Estranhamente Jacob não apareceu com o sorriso debochado nos lábios como sempre faz.

O barulho de uma conversa chamou minha atenção. Corri na direção das vozes a ao passar pelos arbustos me espantei com a mudança de cenário. Meu coração quase explodiu em saudade, eu podia quase tocar esse momento novamente. Estava me vendo uma conversa com Jacob, quando ele saiu de Forks após receber o convite de casamento da lerda até então Swan. Bella.

 Vou me arrepender disso um dia, eu sei, porem agora não estou medindo muito as palavras, então vou falar. – Jacob fechou os olhos, e respirou fundo. Ao abrir um brilho diferente surgiu ali. – Quero você ao meu lado Leah. Se puder é claro, é estranho mas me sinto bem na sua presença. Não preciso fingir ou tentar esconder a minha dor. Você simplesmente entende.

Meu coração disparou frenético como anos atrás.

Então em um instante a cena toda mudou. E eu me via com a estranha mulher segurando as minhas mãos.

–Eu não acredito em Lobos, mas isso não quer significa que eles não existam. – perdi o ar. – Ele esta no seu destino, entrelaçado em cada parte dele, tanto no melhor como no pior. Porem Ele vai deixá-la, e você vai sofrer. Isso vai mudá-la.


– A senhora chegou atrasada. – ironizei. – Ele já me deixou e já mudei com isso. Sua bola de cristal esta na reprise. 


Antes de soltar a minha Mão ela deu um leve aperto.


– Ele não vai se encantar com nada minha cara. – quem diabos era essa mulher? – E eu disse que Ele partira porem não haverá perda. Ele já é seu. Só não sabe disso. Quem vai perder algo é Ele. Perder tempo com uma fantasia e perder você.

O som encantador da voz dela não me fez notar a mudança de local novamente. Mas meus olhos se encheram de lagrimas quando notei onde estava.

– Tão real, na minha cara. E eu negando, fingindo que não via e não sentia. – ele beijou o centro da minha mão.


– Não quero pena, só não posso perder a sua amizade, mas mentir eu não posso mais. – desabafei. Sentia-me mais leve.

– Não faria nada por pena. Não pediria nada assim também, já o fiz e prometi a mim mesmo, nunca mais farei novamente. – sua expressão era séria e ele não desviava os olhos dos meus.


– Escuta, eu sei o porquê estamos aqui, por quem você esta sofrendo, então... – ele me interrompeu.


– Me rouba Leah. Rouba meu coração pra você. – ele segurou a minha mão em seu peito, onde seu coração batia descompassado. – Você me faz tão bem, me sinto tão feliz quando somos somente Eu e você. Jacob encostou a testa na minha.


Nunca havia estado tão próxima a ele desta maneira. Me sentia tão certa ali. 


Como se tivesse sido feita para caber naqueles braços.


Ele roçou o nariz no meu, e senti meu corpo todo amolecer. Porque o Amor tem esse poder de nos enfraquecer dessa maneira?


– Eu prometo ficar Jacob. Prometo lutar por você, não importa o que acontecer. – soltei as palavras sem ter a consciência real, do peso delas na minha vida futuramente.


Ele segurou meu rosto com as duas mãos.


– Eu vou beijar você Leah Clearwater, e desta vez você vai corresponder, e não vai tentar me matar por isso. – a voz rouca dele e o sorriso que brincava em seus lábios, me fizeram gostar ainda mais dele.

Corri da dor que a saudade dele me causa. Sempre sinto as mesmas coisas, dor e a raiva por ele me abandonar aqui sozinha depois de tudo. E ao mesmo tempo agradecê-lo por ter sido tão feliz ao lado dele. Mesmo que por tão pouco tempo.

Ao sair dos arbustos meus pés travaram no chão. Mesmo que quisesse, não conseguiria fechar meus olhos para a Lembrança e as imagens que tingiam meu sonho agora.

Há muitas coisas que você não sabe sobre mim Leah, como eu não sei tantas outras de você. – senti sua mão trilhar o caminho da minha cintura até a minha nuca.


Fechei meus olhos.


– Você me conhece melhor do que qualquer pessoa Jacob. – confessei de olhos fechados.


– Eu sei como você ama os dias de chuva, e o cheiro da terra molhada, gosta de ficar sozinha na praia, sentada em cima das pedras olhando as ondas quebrarem nas rochas, você faz isso durante horas. – ele acariciava minha nuca, e mexia nos meus cabelos. – Sei também que você só sai com a pulseira que ganhou do seu pai quando esta tranqüila, e não esta de ronda. Sei como você ama sorvete de creme e odeia algodão doce. Odeia quando Seth te acorda, fica de mau humor o dia todo. E a única pessoa capaz de remediar esta situação é Clear. Quando você esta nervosa, coloca o cabelo atrás da orelha o tempo todo, e quando esta transformada em Loba, você pensa em nuvens, Agora quando você quer esconder algo, só pensa em arvores ou flores.Meus olhos estavam ardendo, eu tentava me controlar e não chorar na frente dele. Não podia assustá-lo. Meu coração parecia querer saltar do meu peito.


– Quem te deu essa cola?- disse em tom de brincadeira. – Foi o Seth?


– Não. – Jacob me olhava de uma maneira enlouquecedora. – Não preciso de cola Leah.


– Eu sei, é só o meu medo falando mais alto. – desabafei.


– Eu quero que você entenda uma coisa. Eu vejo você. Sempre vi. – ele passava o nariz no meu rosto, segurando minha nuca de uma forma tão leve.

Fui me afastando o mais rápido que pude dessas imagens, as enterro em minha mente há muito tempo. Sentei na grama e fechei os olhos, tentando desesperadamente acordar.

Então uma risada leve e gostosa chamou minha atenção.

Instintivamente caminhei na direção onde ela vinha. Ao passar pelas arvores senti meus pés afundarem nas areias de La Push. Porem a sensação de tranqüilidade só me alcançou ao ver a imagem de Mike sentado em cima da prancha em alto mar.

Mesmo longe sentia o cheiro mentolado de sua pele espalhado pelo ar. Queria alcançá-lo, mas senti um vento forte me afastar cada vez mais.

Fechei os olhos, pois, a areia estava dificultando minha visão. Ao abrir-los novamente estava em outro lugar, era escuro, porem ao fundo podia ouvir a risada, e ver duas pessoas conversando, tentava me aproximar mas estava andando cada vez mais devagar.

Então como um filme, no meio do caminho me deparei com umas imagem que eu sequer lembrava.

– Calma fique comigo esta bem? – o toque dele era quente e confortável. – Estamos no quilometro vinte e oito, mas dentro da mata, escute o abdômen dela esta negro.


Um anjo.


Algo me dizia infinitamente que eu já havia visto os olhos azuis em algum lugar.


– Vamos abra os olhos novamente. – abri os olhos e o céu nublado me trouxe de volta a realidade.


– Minhas costelas, há algo errado nelas. – Tentei gritar, mas falhei miseravelmente.


– Sim você fez um belo serviço aqui moça. Escute Leah temos que parar de nos encontrar assim, como impressionar uma garota se primeiro ela me salva e depois sequer se lembra de mim. – a voz dele fez uma imagem preencher a minha mente. O homem com a prancha em alto mar.


– Me ajude Mike. – sentia o sol em meu rosto novamente o calor em minhas costas, era tão tranqüilo esta sensação, tão fácil, indolor. 


Fechei meus olhos.


– Abra os olhos Leah, fique comigo, por favor. – ele pedia emocionado.




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Em todo momento ele foi sincero, mesmo antes de me conhecer direito. De alguma forma eu fui atraída até ele, assim como ele foi atraído até mim.


Olhei ao meu redor e via onde estava, era um corredor enorme, no fundo não eram apenas duas pessoas conversando, pareciam varias ao final do corredor, porem, por mais que eu caminhasse não alcançava o final.

Forcei mais minhas pernas e consegui ver mais imagens a frente.

Me via como se estivesse assistindo a um DVD. E me surpreendi com a diferença de postura.

Eu estava sei lá, leve, mesmo nervosa estava tranqüila. Verdadeira, não tive medo em dizer a ele os meus sentimentos não tive medo de ser Eu mesma.

– Eu já sabia que você estava na cidade há dias quando nos encontramos na frente da loja depois do seu afogamento. – estava me sentindo mais leve a cada palavra. – Você já se perguntou como eu o vi se afogando?


Seu olhar era indecifrável.


– Não achei importante. – ele deu de ombros.


– Eu o via todas as manhãs a mais de duas semanas. Todas as manhãs eu sentava em uma pedra na praia e ficava ali olhando, você sentado na prancha. Eu já o conhecia Mike, por tanto sabia sim o quanto você não era como sua Mãe dizia, quando descobri seu nome, e sabia disso, pois você me tranqüilizava mesmo a distancia, fazia isso sem saber, você não podia ser como todos diziam, como sua Mãe e seu pai dizem. Eu só queria te afastar, pois eu faço isso. Afasto as pessoas, para não me ferir depois. Sinto muito por isso. Não queria te julgar como fiz mais cedo.


Ele caminhou em minha direção.


– Eu queria dizer tudo o que eu sinto quando estou ao seu lado – ele estava tão próximo que sua respiração já se confundia com a minha. – Como você me faz bem, sua voz me tranquiliza, como jamais será invisível aos meus olhos, mas dizer é... Pouco, não seria justo comigo não seria certo com você. – ele envolveu as mãos nos meus cabelos, de uma forma tão suave, seu olhar penetrante me paralisou.


Senti meu coração disparar quando os lábios dele tocaram os meus. Minhas pernas tremeram e um arrepio forte circulava pelo meu corpo todo. 


Minhas mãos deslizaram, sem controle. O abracei.


Me senti pisando em nuvens. Deliciosamente ciente das mãos macias enroscadas nos meus cabelos, segurando meu rosto e maravilhada com o gosto suave e mentolado dos lábios dele.


Mike me relaxava de uma forma totalmente nova.


Jacob me relaxava de uma forma totalmente dele, porem sempre houve a dor. Aquela de saber que ele não me amava e não queria fazer isso, pelo contrario ele lutava contra.

Mike não.

Meu amor por Jacob era quase masoquista, pois eu via e sentia sua dor por outra. Alias o silêncio de não ouvir os pensamentos de Mike era algo único, a magia de não conhecê-lo tão bem como eu sempre conheci Jacob.

O fato é o seguinte, Jacob era uma espécie de alma gêmea, provavelmente eu o amaria sempre, Mike era o presente a alcançável. Ele me viu de uma maneira única, clara e muito sincera, sem esconder, ou medir palavras para não me magoar.

Sem perceber alcancei o final do corredor.

A risada leve e gostosa que eu ouvia, era minha. Eu rindo enquanto ouvia Mike contar detalhes da vida, na minha cozinha.

Entendi o que significado do corredor. Sempre entendi só não admitia.

Mike era minha chance de Me fazer feliz. Eu sempre fiz um esforço para me manter forte, para seguir em gente, vejo a felicidade de longe e nunca me vejo no meio dela. 

Era mas confortável me sentir assim, não sou infeliz , nem feliz. Vivo bem, pois sofrer por perder a felicidade como aconteceu antes era o que eu tentava evitar. 

O problema é, que com isso evitei ser feliz.


Acordei com o despertador gritando na cabeceira da cama.


Um sorriso largo preenchia meus lábios.

Levantei rapidamente e fui tomar um banho. Estava estranhamente feliz. 

Lembrei de um fim de semana, onde fui pescar com meu Pai alguns meses antes de sua morte, ele cantarolava uma antiga canção Quileute. A letra continha minha história, meu destino até então desconhecido por mim.

Sai do banho e Minha Mãe, Seth, e Kate me olhavam pasmos no corredor no andar de cima.

– Ok isso foi estranho. – Seth segurava a toalha, Kate e minha Mãe simplesmente estavam boquiabertas.

– O que houve? – o tom de preocupação da minha Mãe me fez gargalhar. O sorriso, sei lá o motivo, não saia dos meus lábios.

– Quem é você e me diga onde esta a minha amiga? – Kate cruzou os braços.
– Eu não posso sorrir? Ou cantar? Bem se vocês preferem a minha versão normal esta bem. – engoli teatralmente o sorriso. – Saiam da minha frente e cuidem de suas vidas. Eu detesto conversas pela manhã.

Passei por eles e tranquei a porta sorrindo. Respirei fundo e a abri novamente.

A Gargalhada de Seth entrando no banheiro fez o meu sorriso se alargar.

Ele falou dentro do banheiro, já em baixo da água no chuveiro, pois sabia que eu ouviria perfeitamente.

– Eu disse que o Newton não era qualquer um, só preocupado com a sua saúde. Finalmente Clearwater, finalmente.

Apenas continuei sorrindo.

Me vesti rapidamente, escolhi uma roupa a dedo. Um vestido florido presente de Nessie há algum tempo, e nunca usado, coloquei uma jaquetinha leve por cima, a sandália e desci.

Kate e minha Mãe estavam sentadas de braços cruzados sem entender nada.

– Bem eu fiquei sabendo de uma briga. Esperava alguém mais irritada pela manhã. – minha Mãe me encarava séria.

– Eu estaria irritada com o que exatamente? – usei um tom sarcástico, porem cauteloso, Dona Sue era pequena mas poderia fazer grandes estragos.

– Leah Clearwater! – ela se levantou colocando as mãos na cintura. E me fazendo voltar a época de maternal.

– Sue Clearwater em breve Swan, acordei feliz e me reservo ao direito de permanecer calada. –sua expressão nada feliz denunciava meus direitos ali, e permanecer calada não é um deles.

– Tudo bem eu respondo o motivo da minha felicidade, se Kate contar o motivo do sorriso estampado em seu rosto. – chantageei. Ela engoliu a seco.

– Vamos dar liberdade a ela. – Kate tentou fugir subindo as escada correndo.

– Se você não mostrar eu verei na mente de Embry. – desafiei.

Ela sorriu envergonhada.

– Certo chantagista. – sentei e fiz o mesmo que ela estava fazendo quando desci as escadas, apoiei os cotovelos sobre a bancada que dividia a cozinha da sala. – Ele me faz bem. Eu me sinto sei lá, estranha, especial e não consigo evitar a vontade de beijá-lo é enorme. Meu coração acelera toda vez que ele me toca, ou respira perto do meu corpo, é algo incontrolável, apavorante e ao mesmo tempo delicioso. Bom eu disse demais. Sua vez Leah. – ela cruzou os braços junto com a minha Mãe. – Esta noite eu tive um sonho, na verdade parecia mais um despertar. Eu escolhi ser feliz. Mike é humano e não sei ao certo como farei, porem, não quero pensar no futuro, somente no presente. E agora eu quero estar com ele.

– Que linda. – o gritinho histérico de Kate me fez sorrir. – Você merece isso Leah, e muito mais.

– Eu nem posso dizer como estou feliz minha filha. Palavras agora não conseguiriam expressar os sentimentos aqui dentro. – minha Mãe estava com as mãos pousadas no peito onde seu coração batia acelerado.

– Ok duas gazetas de La Push, já as deixei por dentro das novas fofocas, agora preciso procurar a única pessoa a quem tenho urgência em dar a noticia. – sai de casa deixando tanto minha Mãe, quanto Kate com os sorrisos largos nos lábios.

Entrei no carro e dirigi o mais rápido que pude até o centro de Forks, só então percebi como o tempo estava fechado, o frio deveria estar intenso. Vantagens de ter a temperatura média na casa dos quarenta graus.

Ao chegar, a loja onde trabalho já estava aberta, estranhei. Fechei o carro rapidamente, querendo sair em disparada até a loja dos Newton’s, podia sentir o cheiro da pele de Mike a quilômetros de distancia. Porem antes precisava ser uma adulta responsável.

Entrei na loja e me deparei com o olhar incrédulo do Sr. Toshiro. 

Pudera um frio como o de hoje e eu de vestido e jaquetinha. Se ele desconfiava que eu não era normal, agora tinha certeza.

– Leah o que você faz aqui? – minha vez de ficar incrédula.

– Bom vim trabalhar. O senhor não me mandou embora, certo?! – fiquei confusa.

– Que pergunta Leah, claro que não. Você vai é embora hoje e voltara amanhã. Não estava nada bem ontem, e não vai trabalhar hoje. – ele me olhava decidido. A culpa me dominou.

– Nada disso, estou bem e pronta para trabalhar, fique tranqüilo. – tirei meu crachá do bolso.

– Pode guardar o crachá mocinha, você vai descansar sim. – tentei abrir a boca porem ele não permitiu. – Sem discussões, eu prefiro assim. Vá para casa e tenha a certeza que não esta com febre, pelos céus você esta de vestido. – reprimi a gargalhada presa em minha garganta pronta para estourar.

Apenas assenti e me despedi saindo da loja. Respirei fundo antes de entrar procurar Mike. Entrei cautelosamente na Newton's.

Ele conversava sobre passagem de avião com ela. A ex noiva.

– Bom Dia. – empurrei as primeiras palavras na minha mente.

Mike deixou a pasta em suas mãos cair. – Bom Dia Leah. – a voz irritante de Karen Newton, chegou aos meus ouvidos antes da voz de Mike. E a expressão em seu rosto não era nada feliz. – Vejo que já esta melhor. – o tom agora definitivamente era irritado.

– Estou sim. –tentei ignorá-la era melhor me manter calma neste momento. – Mike posso falar com você um instante? – tentei não sorrir abertamente, embora tenho a ceteza o quanto um sorriso meu agora irritaria Karen Newton.

“Nada de gracinhas Leah, faça isso amanhã, ou mais tarde. Controle-se”..

Repetia mentalmente para não sorrir largamente por ouvir os dentes dela trincarem quando Mike saiu da loja comigo.

Saímos e seguimos em silêncio até meu carro.

– Não vai trabalhar hoje? – ele olhava para o movimento na loja, mais como uma desculpa para iniciar um assunto. Eu acho.

– Não vou para casa. Podemos ir há um lugar mais calmo conversar Mike? – me sentia uma adolescente neste momento. E isso definitivamente não era nada bom.

– Claro que sim Leah, podemos nos encontrar... – o cheiro enjoativo e a ardência no meu nariz denunciavam a presença de uma sanguessuga irritantemente conhecida. Apertei os olhos com força tentando controlar minha raiva, ela estava descendo do carro e muito próxima neste momento. – Leah você esta bem?

A voz preocupada de Mike me trouxe de volta.

– Sim estou só uma dor de cabeça. – droga de sanguessuga nojenta.

– Bom Dia Leah, querida. – a voz irritante e o cheiro enjoado de Rosálie preencheram o ar. Ela estava perigosamente próxima neste momento.

– Bom Dia Rose. – Mike respondeu educado e gentil como sempre. – Nossa você não mudou nada. Esta linda.

– Obrigada Mike, você também esta lindo. – fechei as mãos em punhos. 

– Obrigado. Bom espero que esteja bem. – ao prestar atenção em mim, Mike pareceu notar algo e sua postura era desconfortável.

– Estou ótima, vim me alimentar, e decidi ir às compras. – trinquei os dentes, uma fúria descontrolada ameaçava dominar meus corpo.

– Eu só espero que tenha se alimentado em local seguro, permitido pelas leis. – fiquei um pouco a frente de Mike. – Não queremos ter problemas com esse tipo de coisa. – ameacei olhando diretamente para a sanguessuga.

Rose se aproximou a postura nada amigável. – Escute cachorra você dificultou a minha vida nos últimos dias, Edward não para de tentar me controlar assim como Emmett, e até mesmo a minha boneca. Isso não ficara assim. – ela sussurrou as palavras próximo ao meu ouvido.

– Estou nos mesmo lugares de sempre Rose. – ignorei a ameaça com um sorriso no rosto.

– Mike foi bom reencontrá-lo. – ela o olhava como se ele fosse sua presa. – O aroma da pele dele fez minha fome aumentar, bom gosto cachorra, esse cheira bem. – somente eu ouvi as ultimas palavras, amassei o chaveiro em minhas mãos. Tentando me controlar para não me transformar ali mesmo.

– Saia já daqui. – Mike me olhava sem entender absolutamente nada. – o sorriso no rosto dela era diabólico. – Sai ou eu vou fazê-la sumir de vez.

– Leah o que houve? – ele segurou meus braços, passando as mãos carinhosamente. O olhar de desconfiança em direção a Rose tingiu sua expressão. – O que você disse a ela para deixá-la assim Rosálie?

– Nada Mike. Vim tentar fazer as pazes mais uma vez, afinal gosto muito dela. – o sorriso debochado deu lugar a uma expressão angelical. –Mas vou respeitar seu espaço, como você respeita o meu. 

– É melhor você ir Rose, depois vocês se falam. – Mike encostou seu peito nas minhas costas, envolvendo seus braços pelo meu corpo.

Eu estava ocupada demais tentando não arrancar a cabeça da Loira fora.

Rosálie jogou os cabelos para trás e partiu com um ar vitorioso no rosto.

Demorei alguns minutos para conseguir me acalmar um pouco.

Mike olhava sem entender absolutamente nada.

– Depois nos falamos Mike. – entrei no carro e arranquei com o carro dali.

Segurava o volante com tanto ódio e não percebi o que estava fazendo. Onde minhas mãos seguravam o volante estava completamente amassado. 

Parei o carro no auto estrada próximo a reserva, ia caminhar para não ser impedida de chegar a casa dos Cullens pelos meninos da matilha e por Seth.

– Droga bem agora! – os passos ágeis em minha direção eram conhecidos.

– Onde você vai “Tia”? – ela provocou. Ao ver minha expressão o olhar descontraído sumiu, e ela adotou uma postura defensiva, como se esperasse um ataque.

– Acalme-se Nessie. Sou eu e meu mau humor matinal. – ela olhava desconfiada.

Bella estava a uma distancia razoável, não longe o bastante para o cheiro desaparecer. Mas longe o suficiente para eu não ver o rosto inanimado dela.Agora o único rosto inanimado preenchendo minha mente era o de Rose.

– Caçando? Onde esta meu irmão? – somente Bella e Esme estavam próximas.

– Sim, viemos agora, pois os homens e Alice vão a montanha esta noite. Seth foi te procurar, para falar com Sam e reforçar a segurança esta noite. – Nessie analisava cada mínimo movimento meu.

Uma idéia ia preenchendo minha mente, precisava de cuidados para colocá-la em pratica.

– Vou atrás dele. – adentrei a mata.

– Sem se transformar? – não via sua expressão, mas sabia o sentimento ali, era desconfiança.

– Eu briguei com Mike, minha mente não é o melhor lugar agora. E vá tricotar Reneesme Cullen. – brinquei tentando despistá-la. Ela sorriu nada convencida.

Adentrei a mata e corri. Correr nesta velocidade sem me transformar tem me agradado cada vez mais. Quanto mais pratico, mais ágil fico.

Podia ouvir toda a movimentação dos Lobos na mata. E ver Sam do alto de uma pedra observando alguns deles com os braços cruzados e a expressão séria.

– Cansada de explodir em suas roupas Leah? – ele permanecia observando os garotos, com um sorriso no rosto agora. Parei ao sei lado.

– Preciso pensar só isso. – soltei as palavras. Sam se virou para me observar, continuei olhando na direção dos Lobos na clareira.

– O que você esta planejando Leah? Diga-me o que houve? – ele me conhecia bem, e não era bobo.

– Não estou planejando nada. – ele arqueou a sobrancelha. 

– Não minta. Eu a conheço muito bem Leah, você esta planejando algo e não é bom, pois você esta aqui ao meu lado, ao invés de estar ao lado da sua matilha. – ele não acreditaria em mentiras.

– Não se envolva Sam, isso é comigo. – o coração dele acelerou quando trinquei os dentes ao lembrar Rose ao lado de Mike mais cedo. – Responderei pelas minhas atitudes e não farei ninguém responder junto.

– Você faz parte de uma família Leah, não responde por nada sem ter um irmão ao seu lado. Diga agora o que esta havendo. – ele não desistiria.

Sinalizei com a cabeça o chamando para me seguir, precisávamos ficar em um local onde os meninos não iam escutar.

Corremos até os penhascos e contei cada detalhe da minha conversa com Rose e meus planos. – Rosálie quebrou o tratado ameaçando uma vida humana, mesmo que tenha feito isso apenas para irritá-la. Você não fará nada sozinha. Ela precisa mesmo de uma lição, e estaremos lá para apoiando você. Se fossemos seguir a risca o acordo eles deveriam partir. – ele ponderou.

– Eles não vão partir Nessie não deixaria Seth por nada. – afirmei.

– Então eles devem respeitar o tratado, independente das diferenças entre você e Rosálie, ela deveria ser um problema dos Cullens não nosso, eles que controlem a sanguessuga deles. – Sam estava irritado com a atitude infantil de Rosálie, assim como Eu.

– Vou tomar um banho e assovio assim que estiver a caminho de lá. – ele apenas assentiu.

– Leah, você gosta mesmo deste rapaz não é? – meus pés travaram no chão. 

– Sim gosto. – me virei para fita-lo e sua expressão era emocionada.

– Ele vai fazê-la feliz, como nem Eu ou Jacob pudemos fazer. – ouvir o nome dele sendo pronunciado por Sam, me dava a dimensão do vazio imenso que a ausência de Jacob sempre seria.

Apenas assenti e não respondi, não sei qual seria meu sentimento caso fizesse isso.

Desci a mata sob os olhares atentos dos Lobos da minha matilha.

Sentia o olhar se Seth na forma Lupina, e o quanto ele estava desconfiado de algo.

Decidi ir até a praia, me acalmar e não colocar nada a perder.

Sentei na pedra e a voz de Rosálie dançava em meus ouvidos. Pensar nos dentes dela no pescoço de Mike não estava colaborando para o meu autocontrole.

Estava concentrada, então os passos de quem eu precisava se aproximavam agilmente.

– O que esta havendo Leah? – Seth tinha uma expressão desconfiada. – Nessie esta preocupada, acha que há algo errado.

– Vocês dois deveriam cuidar mais de suas respectivas vidas não acha? Eu não posso mais querer ficar em silêncio? Me deixem. – ele não se moveu um milímetro.

Já fui melhor em afastar pessoas. Muito melhor.

– Você esta me escondendo algo Leah, posso sentir. – intrometido. 

Caminhei na frente dele.

– Queria um favor simples e objetivo. Você pode fazer sem me crivar de perguntas? – o encarei séria, Seth não poderia desconfiar.

– Claro o que houve? – a expressão desconfiada desapareceu um pouco de seu rosto. Aproveitaria agora. – Ia com Mike em Port Angels hoje, buscar uma peça para a loja, mas estamos estremecidos e não gostaria de ir. Você pode pegar essa peça Seth? O cliente vai buscá-la amanha. – ele abriu um sorriso largo e sincero como sempre faz.

– Você esta assim por causa dele não é Leah? Mike ganhou mesmo seu coração, não é? Mais cedo você estava tão bem. – me senti uma traidora por um momento.

– Sim definitivamente isso tem a ver com Mike Seth. Você vai ou não? – ele me abraçou gargalhando. E sem perceber que eu não havia dito o motivo da minha postura mais séria.

– Depois de um pedido tão doce, vou sim. – caminhávamos em direção a nossa casa. – Vamos ver se Nessie topa ir junto.

Seth falou sobre a ronda durante todo o caminho. Ao entrar em casa foi direto para o telefone ligar para ela.

Minha audição estava voltada na conversa deles, Nessie estava ansiosa sem saber o motivo. Seth tentou tranquiliza - lá, e depois de algumas palavras que preferia jamais ter ouvido, ele a convenceu a ir junto.

– Esta acontecendo alguma coisa? – Kate perguntou. Estava tão concentrada na conversa de Seth com Nessie e quase me assustei.

– Não estou meio área hoje, pensando no que Mike disse ontem só isso. – enquanto dizia essas palavras, balançava a cabeça negativamente mostrando a ela que não podia falar por causa de Seth, e depois contava. Ela assentiu.

– Ficará tudo bem Leah, aja o que houver. – sábio conselho de Kate.

Seth se arrumava cantarolando musicas irritantes, estava quase dando em chute nele. Estava a ponto de subir e arremessá-lo para fora quando os passos ágeis de Nessie e Collin se aproximavam.

– Reneesme e essa impaciência irritante. – Seth resmungou descendo as escadas. – Tenham um bom dia meninas. – ele pegou as chaves do carro, o endereço e partiu.

Nessie chegava quando ele fechou a porta. Ela levou uma bela bronca dele, em seguida investigava se estava tudo bem, ele a tranqüilizou, e partiram.

– Qual o motivo de afastar Seth e Nessie? – Kate parecia tensa.

– Seth é fiel a mim, mas também tem a mesma fidelidade com Nessie, e ela ama demais a loura que ficara sem braços hoje. Volto mais tarde Kate. – ela tentou dizer algo, porem eu já estava do lado de fora, correndo em direção a mata.

Tirei minha roupa e deixei o fogo dominar meu corpo. Meu ódio por Rose tingia tudo a minha volta.

Os meninos viram meus planos. Era algo simples, porem eles não queriam me deixar sozinha.

Corri como uma borrão até próximo a casa dos Cullens. Próximo a mansão me concentrei e segundos depois estava sobre minhas pernas, coloquei as roupas e pensei em flores. Por precaução.

Podia ouvir a movimentação de Esme pela sala, ela arrumava quadros em uma parede, Alice não estava ali assim como Bella. Rosálie estava sentada em um sofá foliando uma revista.

Toquei a campainha, quando ouvi uma corrida veloz em direção a casa.

“Sanguessuga infernal.” – Pensei acelerando minha ação Edward esta próximo.

Os dentes da sanguessuga trincaram. Esme abriu a porta com seu costumeiro sorriso amável estampando os lábios frios. Se o cheiro dela não fosse tão desagradável, teria simpatia por ela. Ou suportaria ficar perto pelo menos.

– Preciso falar com você e Carslisle, Esme, ele esta? – Rosálie estava incrédula.

– O que houve? – Esme olhou séria em direção a loira. 

– Leah não sabe brincar Esme. – ela me olhava debochada.

Não sei ao certo como não fui impedida, mas antes do sorriso sair dos lábios da loira minhas mãos estavam circulando seu pescoço frio.

– Nunca mais ameace ou chegue perto dele vadia. – Ela tentou com a mão de mármore acertar meu rosto porem a joguei longe, fazendo seu corpo bater em um piano.

– Rosálie como você teve a ousadia de fazer isso? – Edward entrou ficando atras de mim na sala.

– Não se meta, ela começou isso antes. Eu só tenho coragem de dizer o que todos engolem. Tenho coragem de desafiar a cachorra, pois nem isso você faz, defender sua mulher. – ele trincou os dentes.



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– Não vou me meter Rose, seu problema, sua solução. – Ele parou o corpo de Esme com um braço impedindo que ela se colocasse na frente de Rose. – Bella arcou com suas decisões, assim como você fará o mesmo.

Me lancei contra o corpo dela arremessando - a ao lado de fora. Ultrapassamos a grande parede de vidro indo para nos fundos da casa. Não sobrou um único pedaço do vidro inteiro.

Todos os Lobos da matilha estavam próximos para garantir que ninguém ia se intrometer.

– Vamos cachorra se transforme. E eu juro que te dou seu osso. – ela desafiou.

– Não preciso me transformar para acabar com a sua cara de defunta Rose. Só precisarei me transformar quando for arrancar suas mãos. – ela saltou em minha direção furiosa.

– Cachorra nojenta, você vai sumir daqui entendeu, não chegara perto da minha família novamente. – ela investia vários golpes contra mim e maravilhosamente eu os via como se ela estivesse fazendo isso em câmera lenta.

Uma força imensa dominava meu corpo. – Uma vez alguém sábio me disse algo e jamais dirá isso a você. – segurei suas mãos e com os dois pés chutei o corpo marmóreo de Rosálie. Ela voou longe, o olhar de fúria aumentando a cada momento. – Quem nasceu para liderar não deve se curvar, por isso jamais darei ouvidos a uma pessoa que jamais vai liderar nada. – ela investia novamente contra meu corpo. – Você se curvara e pedira desculpas.

O rugido dela agora era de frustração. Ela tentava golpear meu corpo de varias maneiras e não obtinha sucesso.

Eu mais uma vez golpeei o corpo frio dela e investi novamente, estava na hora de castigá-la realmente.

Então um grito desesperado rasgou os céus de Forks.

Reneesme.

– Por favor, Não! Parem já com isso. – um segundo de distração para enxergar a pequena sendo segurada por Seth e meu corpo foi atingido pelo de Rosálie. Senti meu corpo bater contra algumas arvores.

Sacudi a cabeça e tentei ficar em pé novamente porem as pernas dela acertaram meu estomago.

– Deixa-a em Paz Rose! – Nessie gritava.

Levantei cambaleando e Rose corria em minha direção para acertar mais uma vez meu corpo, porem antes de se chocar contra mim ela foi arremessada para longe, como se tivesse batido em uma parede de vidro invisível.

Senti meu corpo todo se fortalecer de uma forma que nunca havia sentindo antes.

Fechei as mãos em punhos e investi contra ela mais uma vez, batendo nossos corpos em uma arvore.

Segurei seus braços e arranquei uma de suas mãos.

Ela urrou desesperada. Assim como Reneesme.

Segurei seu braço e girei seu corpo arremessando novamente contra outra arvore.

– Não vou quebrar o tratado, embora sua atitude em ameaçar uma vida humana, tenha nos dado este direito. Porem você ficara sem as mãos como um castigo, para aprender a jamais apontar os dedos para um humano e ameaçar fazê-lo seu jantar. – ela investiu mais uma vez. Inútil.

Agarrei a outra mão e arranquei arremessando no mesmo ponto onde jóquei a primeira.

Sam as guardaria desta vez, e conversaria com os Cullens sobre Rose.

Ela correu em minha direção, porem desviei facilmente.

– CHEGA ROSALIE. – a voz de Emmett estremeceu as arvores ao redor.

Ele me olhava com uma fúria contida nos olhos. Ao lado dele estavam Edward, Carlisle, Jasper e Alice.

Bella estava ao lado de Nessie. Ela correu em direção a Rosálie. Havia uma dor imensa em seus olhos.

– Eu pedi tanto a você Leah, tanto a você Rose. – ela chorava enquanto via Rosálie partir para o interior da casa em fúria.

– Eu prometi tentar Nessie, porem sua Tia fez questão de diminuir o tempo da minha falha. Não pedirei desculpas por ter agido certo, ela ameaçou Mike para me provocar e conseguir isto aqui. Ela quer a quebra do tratado para levar você daqui, mas isso eu não farei, dar a ela a vitória, porem, posso dar a ela uma lição.

– Venha Nessie, vamos sair daqui. – Seth tinha um olhar de magoa. Maravilha.

Dei as costas para todos e não quis falar com ninguém, cruzei com Sam quando ele ia se aproximando com Paul e Jared, onde estavam os Cullens. Agora Sam, ia conversar seriamente com Carlisle.

Fiquei por perto a uma distancia segura do leitor de mentes.

A reação de Nessie realmente me desagradou. O que eu deveria fazer? Deixar Rose ameaçar quem ela quisesse para me atingir e ficar calada? Ela queria um embate e teve isso. Se fosse eu com as mãos quebradas qual seria a reação de Nessie? Não continuaria pensando sobre isso, ou ia acabar enlouquecendo.

Os Lobos da minha Matilha estavam ao meu lado observando atentos a conversa. A postura de proteção e apoio deles era importante, mostrava que eu não fiz nada por ódio ou uma desavença infantil.

Sam conversou com os Cullens sobre a ousadia de Rosálie em ameaçar Mike, e nada tinha a ver com a minha briga com ela, pois de certa forma Rosálie rompeu o tratado e por isso foi castigada.

Carlisle se desculpou inúmeras vezes, afinal ele sabia o quão errado a atitude dela foi. Edward surpreendentemente apoiou o castigo dado a ela, ele sabia que isso era necessário.

– Qualquer mudança uive. – pedi a Collin.

Caminhei lentamente até a minha casa. As palavras em tom de repreensão de Reneesme estavam me incomodando.

Chegando lá Kate preparava o almoço, o cheiro estava delicioso. Porem meu corpo estava desgastado, e dolorido. Não me transformar tinha suas desvantagens.

– Leah o que houve? – sua preocupação estampava seu rosto. Kate estava começando a se acostumar com a vida angustiante de esperar Lobos em casa, sem poder fazer nada.

– Coisas sobrenaturais e desgastantes Kate. Vou descansar e tomar um banho o cheiro no meu corpo esta insuportável. – subi as escadas sem olhar para trás. Embry contaria os detalhes a ela. Enquanto subia as escadas, fui rasgando as roupas no meu corpo, o cheiro de Rosálie estava impregnado nelas e não as usaria nunca mais.

Deixei o chuveiro quente para relaxar meus músculos. Fiquei ali mais de uma hora.

Ao sair Kate me aguardava no quarto, havia feito uma bandeja com o almoço, suco e uma frutas. 

Kate conseguiu fazer um sorriso largo se espalhar em meus lábios.

– Kate, como você é paciente. – não andava sendo uma boa amiga.

– Com o que Leah? Você esta com problemas, sou sua amiga e mesmo sem saber ao certo o que houve, estarei aqui. Agora coma e descanse você esta com uma aparência cansada. – sem esperar a resposta Kate saiu, fechando a porta do quarto.

Embry estava na sala. Me senti tranqüila para descansar.

Comi tudo em meu prato, sem conseguir sequer me levantar da cama, o cansaço estava dominando meu corpo. Coloquei a bandeja no móvel ao lado da cama e ajeitei meu travesseiro, não tinha a menor vontade de levantar para escovar os dentes faria isso depois.

Meus olhos estavam pesados, e eu estava sendo levada de bom grado ao mundo dos sonhos quando uma imagem preencheu minha mente.

Rose vindo em minha direção e esbarrando em algo. Alguma coisa invisível a impediu de se chocar contra meu corpo. E agora a pergunta é: O que houve ali?

Antes de embarcar de vez no sono a imagem dele dominou minha mente. Jacob de alguma forma ali naquele momento me protegendo naquele momento.

Percebi então. Já estava sonhando, com a diferença que acreditei por alguns segundos ainda estar acordada.

....

Abri os olhos lentamente. A Penumbra dominava meu quarto. Ouvia a conversa animada entre minha Mãe, Charlie, Kate e Embry. E a respiração lenta e cadenciada de Seth na cadeira em meu quarto.

Fiquei ali deitada mais alguns tempo e dormi mais alguns minutos.

Desta vez abri os olhos rapidamente quando a imensidão azul dos olhos de Mike preencheram minha mente.

– Droga! – levantei irritada e Seth deu um salto da cadeira.

– O que houve? – ele me olhava sem entender nada.

– Já é noite preciso ir falar com Mike. – vestia a calça jeans largada na cadeira próximo a cama.

– Precisamos conversar sobre hoje Leah! – ele foi direto. – Bem, não temos a falar sobre isso. Ela ameaçou Mike, eu arranquei as mãos dela. Fim. E vivemos felizes para sempre. Bem eu viverei feliz, ela não. – o sarcasmo e a alegria em minhas palavras fizeram a expressão de Seth ficar ainda mais carregada.

– Você me enganou e escondeu. Desde quando eu não sou confiável Leah? – a magoa em suas palavras fez um nó se formar em minha garganta. Ajeitei a jaqueta no corpo e me aproximei dele.

– Seth escute, nunca deixei de confiar em você, e não menti apenas protegi você de mentir a Nessie. Isso ia machucar muito mais você e ela. – sentei ao lado dele nos pés da minha cama.

– Ela esta magoada, não sabe se os pais vão ficar em Forks, não sabe o que sentir. Te ama e ama a Rose também. E me destrói vê-la sofrer Leah. – o desabafo dele foi emocionado.

– Seth eu amo Reneesme, mas não posso tomar minhas decisões baseada nos sentimentos dela. Fiz o Maximo para protegê-la, tentei afastá-la para que ela não presenciasse, não consegui. Paciência. Rosálie ameaçou Mike, sendo ou não da boca para fora ela o fez e precisava ser punida. Eu tenho uma obrigação com o nosso povo Seth, com os Lobos que ficam ao meu lado tanto na minha, quanto na matilha de Sam.

– Eu sei Leah, desculpe só estou triste, pois Nessie sofrerá independente de qualquer coisa. – ele se levantou e antes de sair do quarto se virou em minha direção novamente. – Me orgulho de você cada vez mais Leah. Cada decisão, mostra como você amadureceu.
Fiquei sem palavras, e observando ele sair do quarto.

Eu entendia bem o sentimento dele. Seth sabia que minha atitude era certa, porem isso não diminuía sua dor por ver a mulher da sua Vida sofrendo por elas.

Levantei e desci rapidamente as escadas.

Precisava terminar minha conversa com Mike. Dizer a ele tudo que estava preso na minha garganta. Entrei no carro e dei a partida. Tentando falar com ele pelo celular. Não consegui.

Respirei fundo e telefonei em sua casa. Ele não estava. Um frio na espinha parecia querer congelar todos meus ossos. Era medo de perdê - lo.

Resolvi ligar novamente e quem atendeu desta vez foi Karen Newton, não me identifiquei, porem, ela sabia com quem estava falando, e fingiu não saber para me provocar sem remorsos futuros.

– Mike não esta, ele deve se ausentar uns dias, viajou com a Ex ou futura noiva, não sei ao certo. Algum recado? – espatifei o telefone em minhas mãos.

Acelerei o carro.

Viajar com a Ex? Não isso era algo impossível.

– Ele não faria isso, não faria. – um sentimento estranho dominou meu peito. Parei o carro no acostamento ou podia causar um acidente ao meu precioso carro. Não sabia definir nada neste momento. Tentava me acalmar, precisava parar de ouvir outras pessoas e não confiar em Mike.

Dei a volta na auto-estrada, uma fúria dominando, lambendo meu corpo com força, porem respirei fundo.

Ao me aproximar de casa podia sentir o cheiro de Nessie na minha varanda. Ela estava sentada lá com Kate e Seth.

Estacionei e respirei fundo ao descer. Precisava tentar manter a calma e o foco em cada assunto distinto. 

Não culpar Rose caso Mike realmente estiver deixando Forks, e eu nem conseguir me despedir por dar a ela uma lição, será algo impossível, porem, não devolver as mãos da psicopata será um começo. Arrancar a cabeça fará meu ódio passar.

Parei e encostei-me à lateral do carro. 

Nessie tinha uma expressão seria. Cruzei os braços. Minha mente totalmente tranqüila. Rosálie teve tudo que pediu nada a mais e muito menos do que merecia.

– Vamos entrar Seth, elas devem ter muito a conversar. – Kate pediu gentilmente a Seth.

Os dois entraram. Nessie fez sinal para que eu a seguisse com a cabeça, e foi em direção a praia. Fui ao seu lado. O silêncio entre nós era opressor e incomodo.

Chegamos a praia e a pequena fitava o mar.

– Você foi a primeira pessoa a me trazer aqui. Estava Sol e você disse o quanto seria bom eu pisar nas areias dessa praia com o dia lindo. – sorri com a lembrança.

– Por que você não diz logo o que veio me dizer Nessie?! – a encarei séria. – Mas saiba desde já. Não vou me desculpar, nem te explicar os meus motivos, você já os conhece bem.

– Eu tenho vários valores guardados em mim Leah. Eles foram passados por cada pessoa que eu amo. Minha Mãe, meu Pai, meus Avós, Seth, e os seus. Aprendi a ser forte, com você, não desistir, saber impor minha opinião, mas aprendi sobre tudo ver as coisas como são. 
E aprendi com Rose outras coisas importantes também. Não vim aqui defendê-la de maneira alguma. Ela esta errada, eu sei bem disso, não precisei ver o que ela disse, para saber o quanto mexeu com você. Mas isso não torna nada mais fácil, assim como vi minha Mãe errar e sofrer estou vendo o mesmo com ela, e não sei mesmo o que fazer Leah. Como agir. – ela parecia perdida.

– Nessie, eu entendo. Mas não tente buscar nada, nenhuma solução. Você não deve ficar entre uma e outra, não deve escolher lados, eu não pediria isso e sei que Rose também não. Apenas espere a poeira baixar. – não sabia o que dizer a ela. Não podia fazer promessas, não podia mentir.

Nessie assentiu e enxugou as lagrimas dos olhos.

– Preciso ir agora. – ela colocou as mãos nos bolsos da blusa e caminhou de volta para minha casa. Fiquei observando ela partir. Deixá-la sozinha neste momento era necessário. Pois agora não há nada a ser dito ou feito.

Observei a pequena até ela encontrar os braços calorosos e necessários de Seth.

Respirei fundo e fechei meus olhos, com a calma uma imagem preencheu minha mente. A imagem era de Mike na água com sua prancha. 

Uma confiança absurda preencheu meu peito, quando um carro parou na First Beach.

Os passos apressados sendo atrapalhados pelos pés afundados na areia. O cheiro mentolado da pele dele no ar. Fechei os olhos e sorri.


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– Você estava me dizendo algo em frente a loja hoje. Eu preciso saber o que era. Não posso dormir sem saber. – o coração dele parecia querer fugir de seu peito a qualquer momento.

Pensei em falar sobre o recado que a Mãe dele passou, porem ouvir sua voz tornou isso totalmente sem sentido.

Me virei a sua expressão tranqüila não condizia com os batimentos cardíacos.

– Eu ia dizer obrigada. – ele me olhou sem entender. – Muito obrigada. Por me fazer sentir isso novamente. – coloquei minhas mãos no peito onde meu coração batia frenético. – Por me mostrar que eu sou capaz de amar novamente, sou capaz de ser feliz. – o sorriso se alargou em seu rosto, seus olhos brilhavam como nunca brilharam antes. 

Caminhei em sua direção, parando a centímetros de seu rosto de anjo. Nossa respiração já se confundia.

– Eu nunca fui eu tão sincero com pessoa alguma antes de conhecer você Leah. Você é a primeira pessoa que realmente me vê, exatamente como eu sou. – ele segurou minhas mãos.

– Obrigada por me mostrar quem você é, por lutar para ver quem Eu sou... – ele me puxou para um abraço. Me senti tão leve ali naquele espaço, como se meu dia não tivesse sido a loucura que foi. Parecia ter sido normal, totalmente humano. Mike conservava essa parte que eu tanto gosto. Ele preserva minha normalidade. – Eu, eu... – as palavras enroscaram em um nó enorme na garganta.

– Não diga nada agora. Não fale nada que não sente, quando você sentir será natural, sem dificuldade. Não vou amar por nós dois, mas vou esperar você amar comigo. – ele segurou meu rosto entre as mãos e selou nossos lábios.

O abracei com vontade.

Ficamos ali por um tempo. A vontade de ter um ao outro cada vez maior. 

Mike separou nossos lábios.

– Vamos! – ele segurou minhas mãos e caminhou para o carro, antes tirou a blusa para colocar sobre meus ombros, pois o vento era forte. Para ele claro, eu não sentia frio algum.

Finquei os pés no chão interrompendo a caminhada. – É isso que faz um momento ser certo. Você abre a porta do carro e fecha quando me sento. Tira a sua blusa e cobre meus braços quando estou com frio, cozinha e me leva para ver estrelas. Você não teve medo quando eu o espantei, não foi embora quando eu mandei. – um sorriso involuntário preencheu meus lábios, pois as palavras tomaram conta de tudo a minha volta. – Eu Te Amo Mike. Simples, natural, sem dor, sem medo, simplesmente amo.

Foi a vez do sorriso tomar conta do rosto dele. Encurtei a distância que nos separava e o beijei.

Nunca fui muito romântica. Melosa ou um doce. Mas neste momento estava me deixando levar depois de muito tempo. Sendo leve, sem ter medo de usar palavras erradas, pois, sabia que não veria medo, ou receios na mente de Mike. O silêncio vindo dele era algo maravilhoso e ao mesmo tempo diferente.

– Eu Te Amo Leah Clearwater. – ele disse entre beijos.

Não sei ao certo como seria minha vida com Mike fazendo parte dela.

Mas o fato é inegável, ele já esta ocupando uma parte muito importante.

Aquela que me faz sentir a amada, desejada, e mesmo que tentasse continuar negando, me sentir assim é importante, e faz uma felicidade desconhecida ser algo necessário.

Entrei no carro com Mike e o levei há um lugar meu. 

Onde durante muito tempo chorava por amaldiçoar minha nova condição, depois a magia que havia tirado Sam de mim, minha estupidez em amar Jacob, e não conseguir deixar de sonhar ficar ao seu lado. E por anos tem sido meu lugar de esperança em tê-lo de volta.

Levaria ele até o local próximo aos penhascos, onde havia uma pequena vista para o mar. Dali não havia condição de tentar saltar e por isso eu adorava. Nenhum dos meninos ia muito ali a não ser em rondas, porem eu amava sentar em uma pedra embaixo de uma arvore ali. Era tranqüilo, calmo e relaxante. Exatamente como minha relação com Mike tem sido.

Por este motivo escolhi este local para marcar o inicio de algo novo.

Minha relação com Mike.

Ficamos ali o restante da noite. Juntos esperando o Sol nascer.

Amanhã o mundo voltaria a não fazer sentido. Eu voltaria ao meu posto de Alfa e todas as complicações que isso sempre traz.

Porem hoje não. Hoje eu seria a Leah, nada mais. Sem passado e sem as complicações presentes e futuras que ser Eu traz.



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Notas finais do capítulo

Pois bem esta ai.
Grande complexo e muito intenso.
Meninas a partir daqui prestem atenção nos pequenos detalhes que estão sendo jogados ao longo de cada capitulo, eles são pequenos porem importantes para lá na frente entendermos algumas coisas.
E a louraaaaaaaaaaa se deu mal, bem feito, vai ameaçar o amor da loba vai....se lascou e o que acontece, eu lavooooooooooo a alma com essas partes...
Bem é isso ai, leitoras amadas, comentem, recomendem, nós merecemos hein...
As leitoras fantasmas mais uma vez peço, VENHAM PARA A LUZ...kkk
Agora que tudo está bem, vamos começar a responder os comentários...
Saudações lupinas e ate o proximo...