A amizade é uma alma com dois corpos.

Aristóteles

– Capítulo Nove –

Garoto das Poções

– Onde você estava? – perguntou Emilia irritada, quando Draco voltou para o salão comunal da Sonserina para pegar seus livros de poções.

– Por ai. – respondeu Draco subindo em direção ao seu quarto, Emilia atrás dele.

– É só isso que vai me dizer? – perguntou ela com a mão na cintura quando entraram no quarto – Pensei que você tinha que me dar uma explicação.

– Tudo que você tinha que saber Dumbledore já disse. – disse Draco calmamente.

– Você é o meu namorado não aquele velho. – disse Emilia dando as costas para Draco.

Com certeza Emilia teria uma crise de choro e Draco nunca soube lidar com isso ele realmente ficava desesperado.

– Emilia. – disse ele a abraçando por trás – Eu ia te contar tudo, mas, não deu tempo. Eu tenho uma coisa pra você.

– Não quero nada de você. – disse Emilia com a voz embargada – Mas o que é?

– Vou pegar. – disse Draco sorrindo satisfeito, ele abriu uma gaveta do criado-mudo e tirou uma caixinha de veludo e entregou a ela. Emilia abriu a caixinha as pressas já sabendo o que encontraria, mas, sua decepção foi visível.

– Não gostou? – perguntou Draco desinteressado.

– Claro que sim é linda. – disse ela tirando um cordão de prata com uma pedra de diamante.

– Eu posso fazer alguma coisa por você? – perguntou Draco – Quer mais algum presente? O que quer pra você me desculpar?

– Sabe. – começou Emilia mais alegre – Eu sempre quis um unicórnio.

– Posso te comprar um pônei e colocar um chifre nele. – disse Draco depressa.

– Não Draco! – exclamou Emilia – Eu quero um unicórnio.

– Você sabe que é muito difícil conseguir um não é?

– Você perguntou o que eu queria. – disse Emilia manhosa – E eu quero um unicórnio.

Draco observou Emilia, ele não gostava dela, nunca teve nenhum sentimento pela garota, mas, ela era bonita, seus cabelos loiros já chegavam à cintura e seus olhos azuis escuros brilhavam com as lágrimas. Mas Draco tinha um motivo para namorar com ela e continuaria assim.

– Vou ver o que posso fazer.

Mais tarde alguns alunos que receberam Excede Expectativas nos NOMs em poções estavam na primeira aula dada por Horacio Slughorn.

– Quem pode me dizer qual poção é essa? – o professor mostrou uma poção de cor perolada dentro de um pequeno caldeirão soltando fumaças em espirais. Agatha levantou a mão junto a Hermione.

– Sra. Malfoy.

– Srta. Ridgeway por favor. Amortentia. Ela é a poção do amor mais forte que existe. – respondeu Agatha animada.

– Muito bem dez pontos para a Grifinória. E como podemos reconhecê-la Srta. Granger?

– Ela normalmente exala o cheiro daquilo que mais gostamos. – disse Hermione corada. Que cheiro será que ela sente? pensou Agatha, pois ela mesma sentia cheiro de merengue de limão, lavanda, chocolate e hortelã.

– Mais dez pontos para a Grifinória. – disse o professor alegre – Mas não vamos estudar essa poção hoje – Então ele pegou um pequeno vidrinho com uma poção dourada dentro – E esta? Alguém sabe qual é esta poção? – As mãos de Hermione e Agatha se ergueram novamente, mas para a decepção delas o Profº Slughorn não as escolheu – Sr. Malfoy – Draco encarou o professor com certa indignação, qua mania eles tinham de escolher alunos que não levantavam a mão.

– Essa poção se chama Felix Felicis. – respondeu Draco indiferente – Conhecida como Sorte Líquida. Faz quem a toma obter sucesso em tudo que queria fazer.

– Parabéns Sr. Malfoy dez pontos pra Sonserina. – disse o Prof. Slughorn – Eu vou dar essa poção ao aluno que fizer a poção do morto vivo mais apreciável.

Que livro completamente decadente você pegou Potter – disse Malfoy observando de longe o livro de poções que Harry pegou no armário.

Eu não ia fazer poções mesmo esse ano. – disse Harry abrindo o livro com desgosto.

– O tempo está quase acabando. – disse o professor passando pelas mesas. Hermione estava abalada, nem a poção polissuco era tão complicada, sua poção estava púrpura e deveria estar lilás, Agatha por mais que fosse boa em poções e a sua poção já estivesse quase na cor se sentia deprimida, a de Rony parecia alcaçuz líquido, o de Harry agora estava chegando à cor rosa claro – Acabou o tempo! – disse o professor alegre, passando novamente pelas mesas, a poção de Hermione continuava púrpura, a de Agatha estava lilás e a de Harry rosa claro.

– Parabéns Sr. Potter! – disse o professor animado – Então como prometido aqui está à poção – O Profº Slughorn entregou a Harry o pequeno vidro com a poção dourada – Parece que nós temos um novo garoto das poções. – Agatha por mais que odiasse esse apelido, ficou indignada por agora ser de outra pessoa.

– Como você fez aquilo? – perguntou Hermione mal-humorada quando já estavam no salão comunal.

– Calma Hermione. – disse Agatha sorrindo docemente – Os maiores mestres em poções não seguem as instruções no livro, eu mesma já deixei de seguir várias...

– Harry nunca foi bom em poções. – cortou Hermione.

– Claro se ele não tivesse seguido as instruções do antigo dono do livro ele nunca teria ganhado a Sorte Líquida. – disse Rony por cima de Hermione.

– Espera um momento. – Hermione parou pra pensar, mas, pela sua feição ela parecia prestes a soltar serpentes pela boca – Você andou seguindo instruções de outra pessoa, instruções que não eram naturalmente do livro?

– Harry eu não acredito que você fez isso! – Era Gina que tinha acabado de chegar e se aproximara dele, ela estava com uma cara assustada – Você sabe tudo o que eu passei com o diário de Tom Riddle e você faz isso.

– Eram só anotações provavelmente do antigo dono. – defendeu-se Harry.

– Ok. Então você me permite olhar? – perguntou Agatha estendendo a mão, ela estava irritada, claro, ela havia pensado que Harry havia ganhado por conta própria, mas, ele tirou a vitória dela por seguir anotações de outra pessoa. Harry hesitou e entregou o livro - Specialis revelio! – Agatha disse apontando a varinha pra o livro – Não aconteceu nada.

– Viu só não tem nada. – disse Harry aborrecido.

– Mas antes. Quem é Principe Mestiço? – perguntou Agatha olhando a quarta capa do livro – Parece que este livro pertence a ele.

– Eu não sei quem é? – disse Harry pegando o livro das mãos de Agatha.