Get Out Of My Head. escrita por higherxc
Notas iniciais do capítulo
Oi, essa é a minha primeira fic, espero que gostem :)
“Mistreated, misplaced, missunderstood
Miss know it, it's all good
It didn't slow me down
Mistaken, always second guessing
Underestimated, look I'm still around”
(Pink – Fuckin Perfect)
Esperando, esperando, esperando. Durante horas, esperando alguma noticia, alguma novidade boa. Estava sozinha no hospital. Ouvia-se apenas as enfermeiras comentando sobre o ultimo capitulo da novela e o barulho da fonte de agua ao meu lado. Eu chorava, mas ninguém parecia notar, eu andava de um lado para outro. Sentia-me fraca, e minha cabeça latejava. Ainda eram 3h00min. Chovia lá fora, trovões, relâmpagos, agora entendia porque aconteceu o acidente. Ouvi o barulho do salto de uma médica que vinha em minha direção, com uma cara péssima:
- Por favor, diga que tem alguma noticia boa para mim – disse eu, chorando ainda mais.
- Eu... Eu sinto muito Violet, mas sua família está morta. Uma barra de ferro perfurou a cabeça de sua mãe, seu pai morreu de parada cardíaca e sua irmã... – ela hesitou.
- Continue, por favor. Fale logo tudo o que você tem de dizer a mim.
- Sua irmã foi esmagada pelo outro carro. Eu sinto muito.
Cai no chão, gritando. Eu parecia uma garotinha de 5 anos fazendo pirraça por não ter ganhado um doce delicioso. Mas, eu nunca mais teria a mão de minha mãe para me acalmar, ou o censo de humor de papai nos momentos difíceis, nem o carinho de minha irmã. Estava tudo desmoronando.
Queria pegar a caneta que estava na mão da enfermeira e enfiar na minha garganta, porém se eu não morresse, seria presa.
Agradeci a paciência da médica, ela perguntou se eu queria ver os corpos, eu recusei, isso só me faria sofrer mais.
Como era perto, fui para casa a pé, na chuva. Quem sabe eu teria a minúscula chance de um raio me acertar e eu morrer.
Entrei em casa, e tentei a imaginar sem a alegria de minha irmã, a organização de minha mãe e as palhaçadas de meu pai. Deitei no sofá, pensando no que fazer agora. Quem iria cuidar de mim? Conversar comigo? Resolvi me juntar a eles. Peguei um vaso de vidro e o quebrei em minha mão. Apanhei o caco maior e mais afiado. Apontei para o meu coração e fui aproximando. Estava preparada. De repente, o telefone toca, deixei que tocasse. Até ouvir a voz de mamãe: “Não estamos em casa no momento, deixe seu recado e ligaremos em breve”. Aquilo me fez chorar mais ainda, sentia falta da voz dela, do jeito dela:
- Violet? É a sua tia, Constance, gostaria de informar a você que a partir de hoje você vai morar comigo. Ligue para mim assim que puder.
Não, a Constance não.
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