My Best Friend... Pansy? escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 7
I'm getting used to this after all!


Notas iniciais do capítulo

Helloooo! Eu ia postar antes, mas eu tive um bloqueio de imaginação. Mas não se preocupe, já resolvi isso *-*



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Brincamos de bola com Jennifer por algum tempo. Descobrimos que ela tinha quatro aninhos e que ela morava ali pelos arredores do parque. Em algum ponto da brincadeira, a pequena nos chamou para comer uns biscoitos que ela e a mãe dela tinham feito. Vimos ela correr desajeitadamente até a mãe e dizer:

–Mãe, eu posso comer os biscoitos com o Frank, a Pansy e o Gee?

–Quem, minha filha?

–Meus amigos novos! – ela apontou na nossa direção. Todos demos sorrisinhos timidos e acenamos. Ela olhou desconfiada para as roupas rebeldes de Pansy, os meus jeans rasgados e a camisa de Gerard, do Smashing Pumpkins.

–Seus... Amigos? Mas Jenny, minha linda... Eles não são um pouco... Maiores do que você?

–São, e daí?

–E daí que... Você deveria falar com pessoas mais da sua idade, entende, Jenny?

–Mas mamãe, eles são legais! – choramingou a pequena.

–Sim... Devem ser... – ela disse, não muito convicta – Mas eles são muito maiores do que você.

Pansy, que estava sentada em um dos galhos de uma árvore que estava dando sombra para mim e para Gerard, disse:

–Não esquenta não, tia. Nós somos gente boa, nunca fomos presos à toa. – ela sorriu e eu e Gee começamos a rir.

–Mas o que foi isso, Pansy?!

Ela deu de ombros.

–Sei lá, acho que estou começando a me acostumar com esse corpo de humana. – ela riu junto com a gente. Voltei a prestar atenção na Jennifer e em sua mãe.

–Jenny, não sei não...

–Por favor mãe! Eles são legais! Olha, o Frank me ensinou a falar o alfabeto inteiro!

Ela recitou o alfabeto, sem tropeçar em nenhuma letra.

–A Pansy me ensinou a cantar brilha brilha, estrelinha.

Ela cantou brilha brilha, estrelinha em um tom perfeito.

–E o Gee me ensinou a desenhar uma flor! – ela mostrou o desenho que ela tinha feito em uma folha de papel que Gerard deu a ela.

Ela pensou um pouco mais e disse, resignada:

–Ok, pode ir, Jenny.

–Obrigada, mamãe! – exclamou ela, sorridente, pegando os biscoitos na cesta ao lado do pai e voltou correndo para perto de nós.

Comemos os biscoitos, conversando com a pequena Jennifer. Ela contava, feliz, sobre sua escola e sobre seus amiguinhos. De repente, olhei para o meu relógio de pulso e falei:

–Ah, nossa. Já são quase duas da tarde... Minha mãe vai ficar preocupada quando notar que nós ainda não voltamos. – mordi o lábio – É melhor a gente ir, galera.

–Vocês vão voltar aqui um dia? – perguntou Jenny, com os olhinhos castanho-claros brilhando.

–Eu não acho que vou voltar, lindinha. Eu não moro aqui. – Pansy deu um sorrisinho de desculpas – Mas esses dois aqui moram, então... Talvez eles voltem aqui!

–Aah, você não vai voltar? – ela abriu um biquinho e Pansy fez uma careta de desculpas.

–Não.

Jenny a abraçou e Pansy retribuiu, desajeitadamente. Acho que ela ainda não estava totalmente acostumada com toques humanos e troca de carinho.

–Erm, hmm... Ok, já chega, eu tenho que ir, Jennifer. – ela se desfez do abraço e bagunçou os cabelos da pequena – Tchau, pequena.

–Tchau, lindinha. – fiz carinho na sua cabeça.

–Tchau, baixinha. – disse Gerard, sorrindo. Ela sorriu de volta para nós três e acenou, sorrindo. Lancei um olhar para Andrew e ele abriu um meio sorriso, acenando. Acenei de volta para ele e apertei o passo, tentando acompanhar Pansy e Gerard.

–A menininha é legal... – comentou Gerard.

–Pois é... – concordou Pansy. Eu simplesmente assenti.

Andamos um bom tempo até chegarmos em casa e, quando abrimos a porta, minha mãe ficou doida.

–Por que demoraram tanto?! Onde estavam?!

–Calma, mãe. Nós estávamos no parque de New Jersey. – respondi, tentando tranquilizá-la – E nós demoramos porque estávamos brincando com uma menininha que encontramos lá.

Ela olhou desconfiada e passou o olhar para Gerard, que confirmou, e finalmente para Pansy, que também fez que sim com a cabeça.

–Bom... Então tudo bem... Eu acho. – disse ela – Agora venham, pois o almoço já vai esfriar.

–X-

Estávamos jogando videogame, Guitar Hero, para ser mais exato, quando a campainha tocou.

That’s me in the corner... That’s me in the spotlight, losing my religion... Ah, a campainha. – disse Pansy, que estava cantando.

–Eu atendo. – pausei o jogo, larguei a guitarra do lado de Gerard e fui abrir a porta.

–Falaí Frankie!

–Ray! Mikey! O que estão fazendo aqui?! – fiquei pálido ao abrir a porta.

–Ué, viemos fazer uma visitinha ao nosso querido amiguinho! – Mikey piscou um olho e eu bufei.

–Olha, não é uma boa hora.

–Iiiih Frank, o que é que você está escondendo? Não é putaria, é? – disse Ray.

–Não, seu problemático retardado! Minha mãe tá aqui dentro, é claro que não é putaria!

–Ah, tanto faz. Só deixa a gente entrar, sim?

–Pra que? Vocês podem voltar mais tarde! Tchau! – tentei fechar a porta, mas Ray segurou-a.

–Nem pense nisso. Deixa a gente passar logo.

–Não.

Ele e Mikey se entreolharam e os dois me empurraram para o lado, entrando sem minha permissão.

–Ei, espera aí! – reclamei.

–Wow wow wow. Mas olha só o que temos aqui! – disse Ray, olhando para Pansy, surpreso – Quem é você?

–... Amelie. Eu sou frrancesa.

Fiz um sinal positivo para ela.

–Ah é? Temos uma estrangeira aqui, que bonito! – ele sorriu com safadeza.

–Cara, Ray, deixa a menina em paz. – reclamou Mikey – E por que você veio pra cá?

Parra visitar meus parrentes.

–Ela é prima de uma vizinha minha. – disse Gerard.

–Quem? – Mikey franziu a testa.

–Ah... A... A Florence. Da casa azul.

–Aquela esquisita tem uma prima assim? Er... Quer dizer... – Mikey corou e Pansy sorriu.

–Não tem prroblema.

–E você vai embora quando? – perguntou Ray.

–Hoje mesmo.

Ele pareceu desanimar por alguns segundos.

Mas só alguns segundos.

–Meu nome é Ray. – disse a palmeira – Mas pode me chamar de mon amour.

–Puta que pariu hein Raymond. – resmungou Gerard – Nem a estrangeira você deixa em paz.

Muito menos a estrangeira. – corrigi.

Pansy apenas sorria, desconfortável. Ela olhou para Mikey.

–Ah sim. – disse ele, ajeitando os óculos – Meu nome é Mikey e eu sou irmão dessa coisa que você chama de Gerard.

Pansy riu e falou:

Prrazer.

Gerard fechou a cara para o irmão.

–Ah, fica quieto aí, Geraldo. – reclamou o menor – Pelo menos eu não estou dando em cima dela.

Gerard abriu a boca para retrucar, mas eu me interpus:

–Ok, ok, gente. Mikey e Gee, parem de discutir. Ray, para de dar em cima da Amelie. E Amelie, nem pense em apertar esse botão. – lancei-lhe um olhar de censura ao ver que seus dedos estavam em cima do botão A do controle do videogame, que faria com que a música voltasse a tocar e nós falhássemos.

Ela riu de leve e tirou a mão do controle.

–Mas vem cá – me virei para os dois recém chegados – Vocês não tem nada melhor pra fazer não?

–Iiih que isso, Little Frankie. Excluindo a gente dos planos sexys? – disse Ray, olhando para Pansy.

–Dai-me forças, senhor...

–Que?

–Nada não. Enfim, já descobriram qual era a festinha aqui, agora, será que dava para vocês vazarem daqui?

–Eu não. – disse Mikey, sentando-se em um dos pufes da sala – Vocês estão jogando Guitar Hero. Quero ver o fracasso épico do Gerard.

Gerard xingou o irmão menor.

–E eu também não saio. – disse Ray, se sentando perto de Pansy – E eu não preciso dar um motivo. – ele deu um sorrisinho que eu acho que era para ser sedutor, mas ele falhou horrivelmente. Pansy revirou os olhos, se divertindo com a situação toda.

–Ok, vocês ficam. Mas nada de criar rebuliço, ouviram?!

Mikey bateu continência.

–Sim senhor, senhor Iero.

–Todas essas horas de Call of Duty pra isso. – Gerard revirou os olhos, recebendo um “vai pro inferno” de Mikey.

–Olha que interessante, vocês estão jogando Losing My Religion, do REM. Não era essa a música que o Gerard não conseguia toc...

–Puta que pariu Mikey, você está uma peste hoje, hein? - reclamou Gerard.

Mikey sorriu infantilmente.

–Estou aqui pra te fazer feliz, irmãozão!

Todos nós rimos desta frase.


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Notas finais do capítulo

Eu queria agradecer à Plust por me dar inspiração para fazer esse irmão peste do Gerard. Por que? Porque a Plust também é uma peste *u* mas é uma peste que eu gosto, infelizmente. É. Enfim, não pretendo demorar pra postar o próximo *u*