Motivo Para Recomeçar escrita por Mayara Rabelo


Capítulo 1
Discussões e... Perdendo a cabeça.


Notas iniciais do capítulo

Sara discute com Catherine, perde a cabeça e age insubordinadamente com seu chefe, Conrad Ecklie, por motivos desconhecidos por todos.
Mas Grissom lhe faz uma visita... Ela precisa de ajuda. De sua ajuda!



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E tudo começou por uma discussão depois de um interrogatório de um caso no qual Sara se envolveu emocionalmente, atingindo com força seu coração que, ultimamente, vem andado magoado e despedaçado...

– Sabe, sempre que pegamos um caso, com menor sinal de violência doméstica ou abuso, você perde a cabeça. Afinal qual é seu problema? – Catherine diz, não agüentando ouvir as palavras que Sara estava usando com ela.

– Eu perco mesmo, e você deixa sua sexualidade afetar seu julgamento sobre os homens, e eu vou ignora sua ordem. – Sara disse totalmente alterada.

Nesse momento, para acabar de vez com os pedaços inteiros que restavam de seu coração, seu chefe Ecklie, aparece nesse momento a chamando para uma conversa no seu escritório.

– Você repreende testemunhas, você desrespeita pessoas com quem trabalha, você se safou por dirigir embriagada. Dá uma olhada. – Ele mostra um papel. – Tem meia dúzia de queixas na sua ficha. E se Grissom documenta-se mesmo, aposto que haveria mais uma dúzia, não é o tipo de gente que quero no meu laboratório. – Ecklie disse se mostrando muito irritado.

– Esse aqui só é o seu laboratório porque o Grissom não bajula ninguém. Você é péssimo em campo, mas é bom de política. Dividiu nossa equipe e agora, fica vagando pelos corredores esperando que agente erre. – Sara explodiu.

– Sidle! Está suspensa por uma semana. Sem pagamento.

– Beleza. – Sem dar à mínima. Mas estava chateada.

– E quando voltar vai ter que se desculpa com a Catherine. – Ele não era o pai dela. Então não tinha o direito de mandar nela.

– Não. Não vou.

Saiu da sala totalmente indignada. Sabia que passou dos limites. Queria tanto poder melhorar. Mas esses dias ela esteve mal. A rejeição de Grissom e a lembrança de seu passado infernal a atormentava todas as noites.

.....

As palavras de Ecklie vagavam pela mente de Sara a importunando cada vez mais. Doía, doía de verdade ser tratada assim. Como uma inútil.

Sara estava se sentindo péssima. Sentada em sua escrivaninha, escrevia em seu Diário, como fazia todas as noites, por mais um dia de trabalho. Ou último dia de trabalho. Estava sentindo uma dor em seu coração por abandonar seu maior sonho.

Será que isso ia passar? Essa dor? Claro que sim. Estava sendo demitida não é mesmo? Bom, era o que esperava depois disso tudo. Seu dia foi terrível.

Precisava de um descanso. Pelo menos uns dias sem fazer nada, á não ser dormir e beber. É, era isso que ia fazer. Em sua mente, ela precisava totalmente sair daquela cidade. Se livrar disso tudo. Estava tendo novamente aqueles pesadelos horríveis, os mesmos que teve na sua infância, e isso a afetava muito, psicologicamente.

Sara podia ser uma mulher muito forte por fora. Mas ninguém sabia o quanto sofrimento ela passou e a intensidade que essas coisas a machucavam por dentro. Por trás daquele sorriso lindo, há um coração despedaçado e olhos marejados.

Mas pra isso tinha uma solução. Só que era uma solução muito difícil de ser tratada. A solução tem nome e sobrenome: Gilbert Grissom. Pra ser mais certa, era seu supervisor. Porque ele? Ah, ninguém manda no coração! Mesmo mais velho e mesmo maçante. Ela o amava assim. Do jeito que ele é. Não precisava mudar.

– Eu preciso de um namorado!

Pensou Sara, tentando ordenar seus pensamentos, escrevendo em seu Diário, tomando cerveja e escutando uma música para acalmar os ânimos.

Grissom tinha uma parte dela consigo. E Sara não conseguia pegá-la de volta. De uma maneira, que não sabia explicar, ele tinha um poder sobre ela. Só que ele não dava á mínima para seus sentimentos. Ou talvez ele apenas tivesse uma dificuldade.

Mas sua decisão estava tomada. Iria até San Francisco. Não, San Francisco não seria uma boa idéia. Ia só piorar a situação. Estava sendo deprimente tudo aquilo. Bom, estão resolveria pensar em alguma outra coisa.

O jeito mesmo era continuar em Las Vegas e procurar outro emprego. Além de um namorado. Um alguém que ela poderia contar os segredos e desabafar tudo que estava travado em sua garganta.

Mas porque era tão difícil de falar aquilo?

Porque só conseguia pensar em uma pessoa para dizer aquilo?

De repente: Batidas na porta.

Em seu pensamento, implorava para que não fosse alguém querendo animá-la. Ou alguém querendo saber o que aconteceu. Mandaria embora na hora. Mesmo estando mais calma, precisava ficar sozinha. E se fosse Greg? Ah, ele a entenderia se o mandasse embora.

Levantou calmamente e suspirou cansada.

Ainda com a cerveja nas mãos, chegou até a porta e olhou pelo “olho mágico”. Talvez para ter a certeza de que era alguém que importasse. Bom, esse alguém ela não mandaria embora. Nem se fosse para escutar broncas. Precisava estar com ele nem que fosse pra escutar sua voz rouca e ao mesmo tempo, tão linda. Era ele. Grissom.

– Bem, se está aqui, boa coisa não é. – Sara disse, o olhando, totalmente fria.

– Posso entrar? – Grissom disse a olhando normalmente.

Sara deu espaço para ele entrar. Bom, era de se estranhar uma visita daquelas, mas não nessa ocasião. Sabia que ele veio querer satisfações, e não estava com muita paciência.

– Quer saber se estou bêbada? – Disse fechando a porta e mostrando sua cerveja na mão. Mas ele entra e nem liga pra isso.

– Ambos sabemos que não é esse o problema. – Grissom apoiou suas mãos na poltrona e esperou Sara vir até sua frente. – Falei com Catherine.

– Ecklie? – Ela chegou a sua frente e o encarou séria.

– Ele quer que te demita.

– Imaginei. – Suspirou profundamente. Encarou o chão, depois voltou a olhá-lo. – Posso te oferecer algo?

– Claro. Uma explicação. – Talvez ela não tivesse ainda.

– Eu... Perdi a cabeça. – Disse somente, mas não bastava pra ele.

Sara estava confusa. Ao mesmo tempo preocupada. Confusa, pois não sabia como dizer o que estava acontecendo com ela pra ele, e preocupada porque não sabia qual era a intenção dele ali, em sua casa. Ele a deixava atordoada. Caminhou até o outro lado da sala, tentando não unir muito seus olhares. Isso a desmoronava por dentro.

– Isso tem acontecido muito. – Ele a acompanhou com os olhos. – Sabe por quê?

– Que diferença faz? Fui despedida. – Apoiou agora suas mãos na poltrona do lado oposto de Grissom. O olhando.

– Faz diferença pra mim.

Por essa Sara não esperava. E talvez fosse a hora de juntar todas as suas emoções e colocar para fora tudo o que está sentindo.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?