"Aos 4 anos, a mãe sabe tudo! Aos 8, a mãe sabe muito! Aos 12, a mãe não sabe tanto. Aos 14, a mãe não sabe nada. Aos 16, a mãe não existe e aos 18, está fora de moda. Aos 25, se calhar ela percebe isto. Aos 35, antes de decidir, pergunto à mãe. Aos 45, pergunto-me: o que a mãe pensará disto? Aos 75, quem me dera poder perguntar à minha mãe sobre isto."

Fiquei com cara de tacho depois do Justin desligar na minha cara. pensei em alguns palavrões mentalmente que expressasse minha raiva.

Estava pensando em tantas coisas, uma era a minha mãe, por um lado sabia, porque ela fez aquilo, ela me ama e não quer me ver machucada...

Alguns minutos depois a campainha toca e toca, até parece que não tem ninguém nessa casa, mas também não desci para atender. alguns segundos depois da campainha parar de tocar eu ouvir a voz do... Justin? ah não. droga! sai do quarto correndo, cheguei na escada e parei

– desculpa, mas o que você faz aqui? a Anna não pode receber sua visita - disse minha mãe

– não quero falar necessariamente com ela. o propósito é a senhora. - disse o Justin

– então fale...

– eu sei que a Anna já contou...

– eu descobrir - minha mãe o corrigiu

– isso... eu sei que isso parece loucura e eu nunca fiz uma coisa assim, nem ao menos parecida, mas por uma razão que eu não consigo explicar eu realmente gosto da Anna, de verdade. sei que a senhora tem medo que eu a magoe e não lhe culpo por isso, mas não quero brincar com os sentimentos dela. sei que isso parece meio ultrapassado, fora de época e coisas do tipo, mas eu queria pedir a mão da Anna, a permissão, por eu realmente não quero que tenhamos que fazer isso escondido; eu sei o quanto a Anna odiaria isso ... - eu nem podia acreditar no que ele estava falando, ele realmente estava ali, na minha sala, falando com a minha mãe? ele estava pedindo a minha mão? isso é tão surreal...

– tudo que você falou soa bonito e sincero, mas vocês mal se conhecem, garoto. isso não é certo - disse minha mãe

– o que não é certo ? a gente se gostar? é errado isso ? - Justin protestou

– eu não disse isso.

– então o que quer dizer? porque não posso entender

– mãe... - eu decidi me pronunciar - por qual motivo logico alguém que quisesse brincar comigo, com meus sentimentos viria aqui, falar com a senhora ? - disse a fazendo pensar - é como ele disse, não queremos fazer nada escondido

ela nos encarou por um tempo

– aah ok, mas tem condições e regras

– eu te amo - disse a abraçando de lado e notei o sorriso do Jus

– também te amo bebê

– mãe! - disse fazendo o Justin rir

– também te amo Anna - ela se corrigiu - ok, Justin, você pode ir

– mãe!

– to brincando , mas só cinco minutos - ela disse e saiu

- acho que resolvemos esse problema - ele disse me abraçando

–é. agora não tô mais brava com você

– estava brava comigo ?

– aham, você desligou o telefone na minha cara

– eu tive essa ideia louca de pedir a permissão da sua mãe... desculpa

– tá tudo ótimo, maravilhoso -dei um selinho nele, que logo se tornou um beijo

– ok Ansa, já tem cinco minutos - minha mãe gritou fazendo eu e Justin partimos o beijo.

– te vejo amanhã. tchau

– tchau - disse sorrindo boba, não era uma despedida com "eu te amo" mas era cedo demais para isso, eu acho.

– ok, vamos para as regras - disse minha mãe. me sentei ao lado dela

–estava falando sério?

– muito. 1ª regra: não importa onde você for, nem que seja na casa dele , me avise. - eu assenti - 2ª não quero vocês a sós á sós, se é que me entende

– mãe, isso não. quer dizer, cadê a nossa privacidade, você vai ficar do lado ? não, não concordo com isso. - fiz bico

–ok, sem essa. 3ª terceira : sem sexo antes do casamento -não me aguentei e comecei a rir feito louca, faltava eu me jogar no chão

– você está falando sério ? - perguntei entre risos -

muito sério Anna. você já tá pensando nisso, em fazer ? - ela perguntou me encarando

– não necessariamente, mãe. só que você tá meio broa né. acha que vou me casar com o Jus? isso é precipitado. e não mãe, você não vai controlar isso, nem eu vou, simplesmente vai acontecer...

– querida, castidade é ótimo, olha pra mim, tive seu irmão cedo por descuido e você não faz ideia do quando foi difícil criar vocês, só.

– sim mãe, mas é diferente. eu não posso prometer isso, castidade. mas posso prometer me cuidar

– e me contar , tudo?

– e te contar, mas não tudo, tudo. - disse rindo porque a conversa tava até sendo engraçada - posso ir dormir porque essa conversa já ta me assustando

– pode, mas come algo antes, você não comeu nada ainda - assenti fui na cozinha comi umas besteira e subi, tomei um banho rápido e deitei como se fosse uma pena, de tão leve que estava, ao contrário de minutos trás. tudo estava certo. Minha mãe, o namoro, o Justin e eu... suspirei aliviada, precisava contar isso para uma pessoa, mas não agora , era tarde. não demorou muito e dormi.

...