Depois de Tanto Tempo? escrita por Broken


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Aqui é só uma introdução, espero que gostem ^^
Música do capitulo: http://www.youtube.com/watch?v=nPoQBwuwE2A
Monster - Paramore



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Prólogo

Lílian e Petúnia Evans...


Estavam em um parquinho abandonado. Lílian e Petúnia. Elas eram diferentes (apesar de serem irmãs). Lílian, ou simplesmente Lily, possuía olhos verdes como esmeraldas e cabelos acajus que caiam em ondas até a sua cintura. Era mediana para uma garota da sua idade, porém possuía beleza, qualquer um que a visse, mesmo de longe, ficaria encantado com ela, mesmo sem a conhecer, pois se a conhecesse, então ela seria como uma sereia ao cantar, mostrando todo o seu encanto com a sua educação, seu olhar bondoso, seu jeito bondoso.

Ao contrario da irmã, Petúnia, possuía cabelos loiros sem vida, lisos, que mal chegavam a seu ombro. O cabelo estava preso por uma fivela, demonstrando assim os olhos castanhos escuros, que talvez, era a única coisa bonita que se fosse encontrar naquela garota. Ela era alguns anos mais velha que Lily, porém por toda a escola, quando ela caminhava pelos corredores podia-se ouvir murmúrios de como ela era arrogante e chata, porém, Lily limitava-se a ouvir-los, e sempre que isso acontecia, mentia, dizia que Petúnia era a melhor irmã que ela poderia ter. Petúnia odiava quando isso acontecia, pois só aumentava a fama de “boa menina” que Lily adquirira.

Petúnia fora obrigada a ir com Lily ao parquinho que havia próximo a sua casa. Ela que havia escolhido o horário. Poucas crianças havia naquela rua, o que só tornava tudo mais fácil. Havia três motivos para não querer ser vista com a sua irmã.

Motivo número 1:

Lily sempre virava motivo das atenções, não importava onde quer que estejam Lily era sempre a conversa. Lily, Lily e Lily.

Motivo número 2:

Lily podia fazer coisas que outras crianças não podiam fazer. Coisas, das quais inúmeras crianças têm vontade de fazer. Lily fazia tais coisas com tamanha ingenuidade e inocência que chegavam a deixar todos aqueles que sabiam boquiabertos.

Motivo número 3:

Ora, porque Lily era a Lily, e mesmo sem querer confirmar Petúnia tinha certa inveja de Lily. Por vezes se perguntava se nada do que acontecia à Lily algum dia iria acontecer consigo mesma.


Ambas estavam no balanço do parque. Petúnia estava abraçada a uma das cordas do balanço observando Lily, enquanto a ruiva brincava sozinha com tamanha empolgação.

– Túnia, venha balançar-se comigo – Lily dizia, sua voz era doce e suave como o canto de uma verdadeira sereia.

– Não – Petúnia respondeu amargamente.

– Por que não? – Lily quis saber.

– Porque eu não estou com vontade! Agora vá brincar, pois logo deveremos voltar – Petúnia respondeu tratando de colocar cada gota de rancor naquelas palavras. Lily apenas obedeceu enquanto voltava a brincar.

Dessa vez o balanço ia cada vez mais alto. E mais. E mais. Petúnia começou a balançar-se involuntariamente. Porém Lily ia cada vez mais alto.

Lílian pare com isso! – Petúnia dizia ao ver o quão alto sua irmã ia.

– Por que? É divertido! – Lily dizia enquanto parava de balançar-se lentamente.

– E também é perigoso! – Petúnia disse. Talvez aquele fora o único momento em que demonstrou um certo tipo de carinho ou afeição por Lily.

– Olha isso que eu aprendi a fazer – Lily disse com um sorriso.

Petúnia ergueu o olhar para ver o que Lílian havia aprendido a fazer. O que seria agora? Voar? Petúnia riu de sua piada interna. E por mais estranho que se possa parecer foi o que Lílian fez.

Ela voou.

– Está vendo o que posso fazer?! – Lílian exclamou empolgada. Petúnia levantou-se abruptamente do balanço para observar com mais atenção aquilo. Estava boquiaberta. Perplexa.

– Oh meu Deus! – exclamou Petúnia. – Vo- Você está voando! – Petúnia não sabia se “voar” era a palavra correta, pois na verdade Lily estava planando alguns centímetros acima da barra do balanço.

– Isso é magnífico, não?! – Lily perguntou com um sorriso enquanto pousava ao seu lado.

– Que tipo de monstro você é? – Petúnia fez questão de colocar todo ódio e inveja (por mais que estivesse disfarçada) naquelas palavras.

– Eu não sou um monstro! – Lily fazia questão de segurar as lágrimas. Por mais que não quisesse admitir, aquelas palavras a magoaram. – Eu sou só uma menina – murmurou cabisbaixa.

– Venha, é melhor irmos, já está escurecendo – Petúnia disse enquanto seguia em direção a sua casa. Lílian a seguia mantendo certa distancia. Petúnia de repente parou e virou-se com um sorriso vitorioso no rosto. – Ah, e nossos pais serão informados disso – ela seguiu sem que Lily dissesse uma única palavra.




– Lílian! Quantas vezes já a avisei! Não faça isso em um local onde pode sempre haver alguém possa ver – Megan, mãe das garotas, disse. Petúnia observava tudo com um grande sorriso vitorioso, afinal, não era todo dia que Lílian “Certinha” Evans era repreendida pela mãe.

– Sinto muito, mamãe – Lílian murmurou. Megan suspirou, logo depois envolveu a caçula em seus braços e depositou um beijo no topo de sua cabeça.

– Tudo bem, meu lírio – Megan murmurou.

Petúnia revirou os olhos. Aquilo era algo que estava errado! Pela primeira vez, Lílian fora repreendida e bastou um “Sinto muito, mamãe” e tudo estava bem?!

Observar aquela cena já estava lhe causando náuseas, então subiu as escadas e foi em direção ao seu quarto.

Dormiu imaginando como seria um dia sem a Lily em sua vida. Imaginou que iria fazer-la sentir-se bem. A tornaria favorita de seus pais novamente, e tudo iria voltar a ser como era antes. Antes de Lílian Evans.

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Observações.

1 – No inglês, Lily, significa lírio.



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Notas finais do capítulo

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