Nightly Knights escrita por Vince


Capítulo 17
Capítulo 16 - Desir defendu


Notas iniciais do capítulo

Oláááááá´.
não, não concertei a tela ainda, mas eu consegui dar o meu jeitinho xD
bem, aqui está, o capítulo mais longo até agora (2.029 palavras). WOHOOO!
Me sinto feliz por poder, finalmente, postar esse capítulo aqui :D
Bem ,espero que gostem :3



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d Capítulo 16 c

Desir defendu

Os joelhos de Isaac cederam pouco antes de chegar ao palácio. Ele se sentia um incompetente por não poder ser tão útil... seu padrasto tinha razão ao dizer que ele era inútil. Não conseguia nem mesmo ajudar seu amigo... pelo menos já era quase manhã... alguém viria e os encontraria. Ele só esperava que Richard estivesse bem...

Sua perna esquerda havia quebrado quando caíra do fenrir; ele podia sentir pela dor. Richard estava pálido e parecia ter desmaiado.

— AJUDA! — ele gritou, mas sua voz saiu muito fraca. Ele mesmo mal podia ouvir. Ele respirou fundo e soltou mais um grito, com a maior força que podia, antes de fechar os olhos e, finalmente, descansar.

dc

— Onde estão Richard e Isaac? — Victorique perguntou.

Estava prestes a amanhecer e os cavaleiros de Velkhan e os de Maxmillian já estavam reunidos no salão principal do castelo. Estavam todos com equipamentos de caça, e Victorique usava um vestido mais simples; mais curto, com uma calça por baixo. Levava uma aljava e um arco consigo, além de uma faca no cinto. Seu cabelo estava preso em uma trança. Todos os cavaleiros ficaram um tanto surpresos.

— A senhorita vai caçar também? — um dos cavaleiros de Maxmillian disse por fim.

— Sim, óbvio. Não estaria aramada se não planejasse fazer isso. — ela respondeu.

— Mas por que, majestade? — Thomas perguntou-lhe.

— Bem... — ela disse enquanto caminhava para fora do salão — eu sou a rainha e minha função é proteger meu povo. Até quando isso envolve a caça de uma fera rara nesses tempos.

— Mas a senhorita pode machucar-se, majestade — Hector disse, apressando o passo junto com os outros para alcançar Victorique.

— Eu sei disso. Mas também sei minhas obrigações. E não é porque sou “apenas” uma mulher que não posso caçar. Meu dever como rainha é proteger meu povo. — ela repetiu. — e não é só porque eu uso vestido que tenho de ser indefesa.

— Esse monstro é perigoso! — Charlotty disse chegando por fim ao ante-salão — Você não viu o estrago que ele fez da última vez que ele apareceu?

— Da última vez eu não estava preparada — ela respondeu à bruxa. — e, apesar de você achar que isso é uma prova para o seu próprio entretenimento, isso é algo sério para mim. Como você mesma disse, esse monstro é perigoso. Aliás, Charlotty, venha falar comigo. Por favor, senhores, me esperem. — Victorique disse, enquanto saía do ante-salão para fora do palácio, em direção aos estábulos.

— Sim, Victorique? — Charlotty disse.

— Eu estou cansada disso. — Victorique disse com um suspiro — Não importa quantas provas você invente para dizer que eles não são cavaleiros de verdade. Sim, eles podem até não serem cavaleiros oficiais, mas são tão fortes, virtuosos, que se os Reis da Romania não os tenham feito nobres, eu mesma os farei. O povo ama eles!

— Mas, Victorique! E se eles tiverem matado os cavaleiros verdadeiros e assumido suas identidades para tentar mata-la?!

— Charlotty, entendo que esteja fazendo isso para minha segurança, e eu aprecio isso. Mas se eles quisessem mesmo me matar, teria sido mais fácil deixar o fenrir nos matar, certo?

— Mas e se eles fizeram isso apenas para ganhar nossa confiança? — Charlotty argumentou.

— Charlotty! Eu sou sua rainha! Isso é uma ordem! Sem mais testes! Eu acredito nos cavaleiros, independente de você acreditar ou não. — Victorique disse, pegando as rédeas para seu cavalo, um antigo presente de Velkhan. Ela estava se afastando de Charlotty, indo em direção a Hugo, seu corcel, quando Charlotty simplesmente gritou.

Victorique virou-se para ela, que corria em direção a algo na direção da floresta. Era... uma pessoa! Victorique correu também, deixando o cavalo e suas armas no estábulo. Charlotty já saíra de perto e entrara mais fundo na floresta, em direção à outra pessoa, encostada em uma árvore.

— RICHARD! — Charlotty gritou.

Victorique apressou o passo e correu até a primeira pessoa no chão. Era Isaac. Ele estava caído de bruços, com suas roupas ensanguentadas. Victorique sentando-se ao lado dele. Ele gemeu um leve “majestade”, antes de tentar se erguer novamente. Ele apontou para a mesma direção em que Richard estava, com Charlotty.

— Espere um pouco! — Victorique disse para ele. Ela se ergueu e correu em direção ao palácio novamente. — Ajudem! — ela gritou para os cavaleiros, que estavam conversando, ainda no ante-salão. Eles viraram-se para ela e Velkhan percebeu na hora que havia algo muito errado pelo olhar dela.

Ele foi o primeiro a correr em sua direção. Ela voltou para fora do palácio, correndo em direção a Isaac e Richard.

— O que aconteceu? — Velkhan gritou para Isaac. Charlotty havia puxado Richard para perto de Isaac e havia uma aura azul ao redor da perna direita dele, que se erguia com o apoio de uma árvore. Charlotty parecia aflita, enquanto estava ao lado de Richard.

— Foi... minha culpa... — Isaac dizia, enquanto ia em direção ao capitão. — Me desculpe...

— Isaac! — Velkhan o sacudiu, fazendo com que ele olhasse-o nos olhos. — O que foi que aconteceu?

Isaac tinha os olhos vermelhos. Estava sem seu casaco e colete e a camisa branca por baixo estava bem suja de sangue. Ele olhou para o capitão.

— Matamos o fenrir.

— Cornell?! — Perguntou Thomas, chegando ao lado de Velkhan, enquanto Hector corria em direção a Richard.

— Outro... Mas o braço de Richard... — Isaac indicou o amigo caído. — O monstro levou.

Hector chegara ao lado do cavaleiro inconsciente e, como se fosse extremamente leve, o ergueu e o carregou nos braços.

— Para onde o levo? — ele perguntou para Charlotty.

— Para a enfermaria! — ela disse, levantando se e correndo em direção ao palácio, seguindo à frente de Hector.

Richard estava recobrando lentamente a consciência por inteiro. Sentiu que não estava no chão, e sim que parecia voar. Primeiro, por um ínfimo de segundo, pensou que estava morto. Mas então veio a dor. Era uma dor horrível, pelo que ele podia sentir. Seus olhos insistiam em ficar fechados, apesar dos comandos de sua mente para que abrissem.

Ainda se “testando”, Richard tentou se mexer. Mandou um comando de movimento para o braço direito. A resposta foi lenta e fraca, mas ele pode sentir os dedos de sua mão se moverem lentamente. Tentou o braço esquerdo em seguida. Então a dor veio e de verdade, com força surpreendente, e ele gritou.

Fosse o que fosse oque o fazia “flutuar”, o soltou e ele se sentiu caindo num chão duro e frio. Algumas vozes exaltadas e gritos. Mas o dele era o mais alto. As paredes daquele lugar ecoavam o som e o faziam voltar para os ouvidos do cavaleiro.

Então ele se lembrou do que havia acontecido e o que lhe causara aquela dor excruciante. Ele matara o fenrir, pelo menos. Mas ele perdera o braço. Seu grito foi morrendo aos poucos, e os outros gritos aumentaram. Então ele sentiu-se flutuando novamente.

— Não morra — uma das vozes disse, e estava bem próxima a ele. Era familiar, mas ele não sabia dizer de quem era. — Não o deixei viver naquela vez para eu você morresse depois. Você. Não pode fazer nada para que ele não sinta dor?

— Eu tentei — uma voz feminina soava. Era suave, como sinos, mas o tom era de preocupação e até aflição. — Mas não esperava que ele se mexesse. Ele ficaria bem desde que não se movesse.

Richard decidiu seguir os conselhos daquela voz suave e bonita e simplesmente diminuiu a frequência da respiração, acalmando-se e sentiu um calor suave e bom o preencher. Ele deu um suspiro e sentiu-se, por fim, descansando.


Maxmillian dizia alguma coisa, aproximando-se de Victorique, que esperava do lado de fora da enfermaria do palácio. A voz dele soava distante, como se falasse com Victorique de dentro de uma caverna. Ela não deu atenção ao que ele disse.

Charlotty entrara lá acompanhada pelos cavaleiros, e mais de uma hora já se passara. Victorique encostara-se na parede e escorregara por ela, até sentar no chão. Ela estava um tanto perplexa. Era muito sangue. Ela nunca vira tanto sangue assim. Uma trilha desse “vinho” humano fazia uma trilha até a porta. Próximo dali havia uma mancha maior; uma poça, de quando Hector deixara Richard cair e o cavaleiro gritou.

Fora um grito terrível e as paredes de mármore daquela área fizeram o som ecoar para dentro da mente de Victorique. E ecoavam até agora. Ela encolheu-se e, com a cabeça nos joelhos, começou a chorar. Não por medo. Não por pensar que o cavaleiro poderia morrer. Não por sentir-se incapaz. Mas sim por que se culpava por aquilo. Ela nunca, sequer, tivera a vida de alguém na palma de sua mão daquele jeito. Walter reagira um tanto assustado a princípio, mas logo se reestabeleceu, enquanto ela ficava ali, chorando pela perda de um homem. Por que ele merecia perder o braço mais do que ela?

Por isso”, ela pensou, “que meu pai queria que eu me casasse com Maxmillian...”. Ela refletia, enquanto enxugava as lágrimas de seu rosto, com as mãos ainda sujas de sangue. “O soberano de um reino bélico se preocuparia com isso e não teria de deixar a rainha sofrer com tamanhas perdas. E envergonho-me ao admitir que não estou pronta para lidar com isso”.

Ela ergueu a cabeça e deparou-se com um Maxmillian acocorado de frente para ela, e que abriu os braços, como se dissesse que estaria lá caso ela precisasse. Ela iria fazer que não com a cabeça, quando a porta ao seu lado se abriu e um Walter cabisbaixo, acompanhado por Thomas, que ajudava Isaac a ficar de pé, saiu de lá. Ele virou-se para ela e abriu um leve sorriso. Victorique levantou-se de uma vez só e pulou nele, abraçando-o.

Ele fazia com que ela sentisse-se tão segura. E ela queria segurança naquele momento.

— Como ele está? Ah, Walt... Sinto-me tão culpada! Sei que isso foi por minha causa! Eu deveria ter tomado uma atitude ontem a noite mesmo, quando ouvi o uivo do animal... Ah, sinto muito, muito mesmo! Se eu não tivesse adiado nada, eu...

— Calma, Victorique. Está tudo bem... Ele só vai... precisar descansar por algum tempo.

— E o braço dele? — Ela perguntou. Walter baixou a cabeça e fez que não levemente, mordendo o lábio inferior. — Isaac, quanto a sua perna...?

— Estou bem... Só não deixe que Caroline saiba que eu me machuquei... Ela voltou ao palácio dos pais, não foi? Melhor não preocupa-la.

— Chame-me de infantil, de tolo, de despreocupado... Mas o cavaleiro desobedeceu as regras, não foi? E quanto a isso? — Maxmillian interrompeu.

— Maxmillian, agora não é hora de se preocupar com esses jogos tolos! — Victorique respondeu. — Eu cancelei os jogos mais cedo, hoje. Se quiser saber algo sobre essa coisa estúpida — ela pareceu cuspir as palavras — pergunte à Clarissa.

— Aliás, Victorique — Walter disse-lhe — Onde está Clarissa?

Clarissa desceu calmamente da carruagem que a levava de volta. Um passo atrás do outro, ela caminhou até as portas o palácio. Ninguém parecia estar lá, o que era muito estranho. Ela bateu a aldrava, mas, ainda assim, nada.

— Lady Clarissa? Algum problema? — A voz feminina veio.

Ela descia da carruagem, acompanhada pelo seu único guardião, James.

Lina von Litahnis era linda. Seu rosto era delicado e os cabelos negros caíam em cascata de cachos pelas suas costas. Seus olhos eram incrivelmente azuis, como o céu, e seus lábios eram finos e delicados. Usava um longo vestido vermelho, com um chapéu de véu delicado como ela. Quando andava ela parecia flutuar.

— Ninguém parece estar aqui, majestade — Clarissa disse, em resposta — Não tenho como abrir as portas.

— Ah — Lina respondeu-lhe com um risinho — James pode resolver, não é?

Ela virou-se para seu guardião. James era muito alto, e, Clarissa não pode deixar de pensar, largo. Seus ombros eram largos, assim como seu peito. Usava vestes simples, e o capuz abaixado dela, permitia que seu rosto fosse visto. Tinha feições masculinas, cabelos escuros e uma barba rala em seu rosto. Seus olhos cinzentos davam-lhe um ar um tanto perigoso.

— A senhora se incomoda de eu forçar a entrada? — ele dirigiu-se à Clarissa.

— Não, nenhum.

James pegou distância e então correu em direção à porta, atingindo-a duramente com um golpe de seu ombro, que fez com que a mesma abrisse com um forte estrondo.



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Notas finais do capítulo

Ah, Desir Deféndu é uma música de... Quem disse "Mozart Opera Rock"... ERROU. É Uma música da banda de Visual Kei feminina, cahamada "Aldious". Serviu de inspiração pra Victorique. O nome original é "Defended Desire", eu apenas traduzi para o francês :D
Bem, me digam se querem capítulos como esse (grandinhos) ou menores, nos seus reviews xD
Espero ver muitos deles
Ok, só os três das fiéis:
Black Blood, Biazacha e Roli Cruz :3
Aliás, deem uma olhada na minha fic nova, Like an Angel (titulo provisorio) xD
Até!



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