Nightly Knights escrita por Vince


Capítulo 15
Capítulo 14- Le Trublion


Notas iniciais do capítulo

E eu voltei.
Digamos que essa seja a "Segunda Temporada" de Knightly Knights. Temos até uma capa nova! *----*
Bem, meu hiatus acabou e eu escrevi esse capítulo há um tempo, só estava esperando as feria pra postar de novo xD
Desculpem :/
Mas, bem, eu voltei e espero que gostem de tudo.
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Le trublion significa "o desordeiro"



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Capítulo 14- Le trublion Trovões, os canhões da justiça Iluminados por sua milícia Para o bem de nosso povo Todos os sinos de nossas igrejas Sujo por seus desejos Mas, que o céu me perdoe Nós pedimos, nós condenamos Eu não vou fazer armas


Charlotty seguira Maxmillian pelo palácio, mas o perdera em uma bifurcação. Ela seguiu por um corredor, onde encontrara Victorique batendo em uma porta.

O corredor do quarto dos cavaleiros. Era o quarto do líder deles, Walter.

Lotty ficou parada. Não falaria com Vick, afinal ela devia ter uma razão importante para falar com Walter... Talvez ela também estivesse investigando. Melhor não interferir.

Ela sentou-se num sofá que havia no corredor. Estava cansada, afinal, estava perseguindo Maxmillian desde que saíra da enfermaria. Na verdade, ela ficou agradecida por ter tido um motivo para sair da enfermaria. Ela sabia que for um tanto exagerado; afinal ela era mesmo uma bruxa. Mas veio em ótima hora.

Desde que Walter disse que fora Maxmillian quem tinha batido nele, ela ficou curiosa. Pode quase sentir a aura da magia no rosto do cavaleiro. Ela estendeu a mão e convocou uma brisa com seu anel.

Ela respirou fundo, tentando recuperar o fôlego. Maxmillian andava tão rápido que parecia que estava fugindo. Mas era improvável. Charlotty era discreta e, afinal das contas, duvidava que fosse ele mesmo quem tivesse feito a magia em questão. Provavelmente tinha alguma relação com o anel que usava. Algumas pedras preciosas agem como canalizador de magia quando as pessoas sentem emoções fortes.

Ela, então, sentiu-se tão cansada... Respirou fundo mais uma vez antes de pegar no sono.


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— ...otty... Senhorita Charlotty!

Charlotty se levantou com um sobressalto.

— Thomas?

— Errou o cavaleiro. — a voz disse. Charlotty esfregou os olhos e encarou o rapaz a sua frente. — Richard.

— Ah... O que está fazendo, Ricard?

— É Richard. E eu quem lhe pergunto. Você tem um quarto; há um sofá bem ali. Por que estava dormindo no chão?

Charlotty então, se deu conta do que estava acontecendo. Provavelmente ela adormecera no sofá e, ao se mover, caíra no chão. Richard estava acocorado, tal qual uma gárgula estaria, e a encarava.

— Você não vai me ajudar a levantar? — ela perguntou. Richard resmungou e, a contragosto, ajudou-a a se levantar.

Charlotty se sentiu pequena perto dele.

Não apenas por altura, afinal Thomas também era mais alto que ela e não a fazia sentir-se assim. Mas Richard fizera. Era um tipo de porte nobre... como um... cavalo. Algo realmente nobre.

Não que a classe dos cavaleiros não seja nobre, mas eles são mais... humildes.

— Vai ficar me encarando? — Richard perguntou.

— Qual o problema, garoto?

— Você que dorme no chão e o problema é comigo?

— Ah, quer saber? Vai lá chamar seu capitão ou sei lá o que.

— Chame você, não sou seu mensageiro. — ele deu-lhe as costas e foi até seus aposentos.

Charlotty se perguntou se havia algo de errado com ele. Ela não lhe fizera nada. Olhou pela janela, para ver por quanto tempo ela dormira. O sol estava quase em pico; então era por volta de meio-dia. Ela apenas cochilara. Ou desmaiara.

Ela ajeitou o vestido e seguiu até o quarto de Walter. Bateu na porta e, pouco depois, o cavaleiro apareceu na porta. Ele, provavelmente havia se banhado; pois seu cabelo estava molhado e lhe caía, em parte, sobre o rosto. Vestia calças pretas, botas e uma camisa branca, simples, que se usa por baixo do colete e do casaco, aberta até o peito. Ele levou a mão a um pingente que estava em sua corrente de prata, assim que notou que era ela. Estava se arrumando.

— O que você quer? — perguntou, terminando de fechar a camisa.

— Está melhor. — Foi uma afirmação. Walter assentiu. Charlotty, com isso, mostrou que estava certa. Havia sim, magia envolvida nos machucados do cavaleiro.

A prova foi algo que só ela pode ver. Charlotty colocara no unguento do cavaleiro um feitiço: se houvesse alguma magia envolvida naquele machucado, ela veria uma aura arroxeada; a cor da aura de Maxmillian. A aura tinha um tom púrpuro.

— Quando Maxmillian lhe bateu... Ele estava usando aquele anel dele? Ou qualquer outra joia nas mãos?

O cavaleiro refletiu por um momento antes de responder.

— De ametista? Não. Nem nenhum outro anel ou pulseira. Por quê?

— Por nada. Apenas uma curiosidade. — “Estranho...” Pensou Charlotty. Deu de ombros e agradeceu. Mas Maxmillian não poderá ser sua preocupação agora. Os cavaleiros estavam em maior número. Seria um perigo maior do que apenas um homem.

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O jantar fora servido por volta das seis da tarde e a tensão no ar era palpável. Velkhan encarava Maxmillian ameaçadoramente, enquanto este conversava com Victorique como se eles — e não Velkhan e Victorique — fossem os velhos conhecidos. Charlotty, por sua vez, distribuía olhares de suspeita aos cavaleiros. Caroline conversava em voz baixa com Isaac, enquanto Thomas olhava quase como um cãozinho carente para Charlotty. Além dos olhares estranhos que um dirigia ao outro, o silêncio ressoava como um talher batendo grosseiramente numa taça de cristal.

Até que, repentinamente, um uivo foi ouvido, não muito longe. Hector pôs-se de pé em um pulo, num reflexo involuntário. Virou-se para Velkhan e simplesmente moveu os lábios para dizer “Cornell”. Velkhan levantou-se também, repentinamente.

— O que está acontecendo? — Victorique perguntou.

— Minha senhora — Hector começou a improvisar. — A senhora deve lembrar-se da fera que a atacou. Nós a salvamos e à lady Charlotty a tempo, mas quando começamos a perseguir a fera, nós a perdemos na floresta, devido ao som muito alto que seus cavaleiros faziam. Creio que a fera tenha retornado.

— Oh! — ela exclamou — O que faremos?

— Não se preocupe Victorique — Maxmillian dissera — eu e meus cavaleiros poderemos dar um jeito nisso. Meus cavaleiros são a elite e não deixariam tal monstro escapar. Nós o mataremos.

— Não! — Hector disse e, pouco depois, percebeu o quanto soara estranho — Isso é... é...

— Errado — Richard dissera. — Lord Maxmillian, nós somos a escolta da rainha. Nós deveríamos resolver o problema com essa fera.

— Tive uma ideia — Charlotty disse — e também teremos isso como outro teste. Por que vocês todos não vão juntos, mas em grupos separados? O grupo que trouxer a carcaça do monstro primeiro, ganha.

— O que? Mas eles não terão tempo suficiente para se preparar! Além de que é quase noite; e isso tornará a caçada mais difícil. — Clarissa interferiu.

— Acalme-se, Clarissa. Eu não disse que isso seria agora. Os cavaleiros de Lord Maxmillian sequer sabem desta ameaça. Amanhã cedo, antes de o sol nascer, reúnam-se à entrada do palácio.

— Mas esperar tanto não seria perigoso? — Victorique levantou-se, entrando efetivamente na conversa. — Não sabemos a que distância esta fera poderia estar. E se ela atacasse o palácio?

— Pouco provável — Velkhan disse. — Não é típico dele. Digo, dessa espécie.

— Você o deixou escapar... — Charlotty disse.

— Lady Charlotty. Não culpe Sir Walter; não foi culpa dele.

Para a surpresa de Velkhan fora Maxmillian quem saíra em sua defesa.

— O-obrigado. —Velkhan disse, sentindo-se um pouco atordoado. Maxmillian ergueu os lábios de leve, numa tentativa de sorriso. Hector ergueu uma sobrancelha.

— Bem, eu estou de acordo em fazê-lo amanhã, pela manhã. — Maxmillian disse. Velkhan e seus cavaleiros concordaram.

— Ainda me preocupa que a fera venha atacar o palácio... — insistiu Victorique — Mais de cem pessoas moram aqui. Como evacuar o palácio se o monstro atacar?

— Não se preocupe — Velkhan disse-lhe — Amanhã eu lhe trarei a carcaça da fera e a livrarei de suas preocupações. Agora, se não se incomoda, gostaria de me reunir com meus companheiros.

Victorique os dispensou e o grupo saiu de uma só vez. Maxmillian sentou-se novamente e riu de leve.

— É muita devoção para uma rainha que nem mesmo é a sua. Quase amor, eu diria.



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Notas finais do capítulo

Maxmillian suspeito... Agindo legal. Talvez ele seja legal, não?
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OBRIGADO, pessoal pelos 100 reviews *---*
Fiquei emocionado quando a Black Blood deu o nº 100!
Em apenas 13 capítulos! Obrigado mesmo!
Recomendações também são bem vindas, caso queiram saber :D
Alguém quer dar mais um review para entrar na companhia dos outros 100? xD



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