Céu de Paixão escrita por Karoleen


Capítulo 1
Alô?


Notas iniciais do capítulo

Bem aqui você poderão ver como começará minha máis nova estória! Mandem Review, eles fazem bem a saúde!



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Bem como vocês veram a estória será narrada na primeira pessoa, com Hinata narrando tudo...

Alô?

-Naruto... Eu continuo apaixonada pelo céu, e permaneço olhando-o todos os dias. – Dá um sorriso meigo olhando para aquele céu o qual todos os dias admirava, debruçada na janela de seu quarto.

 

*5 anos atrás*

 

Era uma manhã bem bonita, aquele sol radiante tocava o chão do banheiro feminino ultrapassando aquela extensa janela de vidro, olhava-me no espelho tentando encontrar o que havia de errado comigo, porque eu nunca me apaixonara por ninguém, não sei o que havia, apenas queria estar gostando de um garoto, eu via minhas amigas com seus namorados ou com suas paixões e percebia que eu não tinha a minha “paixão”, poderia ser bobeira minha ficar pensando em algo tão fútil, meus pensamentos foram interrompidos pela minha amiga de classe.

 

-Ohayo, Hinata-chan! – Disse minha amiga de cabelos rosados para mim enquanto se embelezava no banheiro da escola.

 

-Ohayo Sakura-chan, ah... me empresta o seu brilho labial? – Pedi ainda olhando para minha face no espelho.

 

-Claro, mas antes você tem que me responder uma pergunta. – Disse Sakura em um tom sarcástico.

 

-Sim, pode falar. – Peguei o brilho e passei em meus pequenos lábios.

 

-Está gostando de alguém?! – Sakura me perguntou quase interrogando-me, pode ser bobeira para quem não entende, mas aqui no Japão uma colegial passar brilho poderia significar estar gostando de um rapaz, e por isso queira ficar bonita para ele passando um simples brilho.

 

-Mas é claro que não, mas bem que eu queria gostar. – Respondia mostrando-lhe um simples sorriso.

 

-Hum... eu gosto de um garoto! – Disse Sakura ajeitando a fita rosa em seu cabelo.

 

-SÉRIO?! – Disse minha outra amiga loira saindo de dentro de uma das pequenas cabines do banheiro.

 

-Ah, Ino-san o que faz aqui?

 

-Ei, Hinata não me chame de Ino-“san”, pode me chamar de Ino-“chan” mesmo. – Dá um sorriso, coloca a bolsa verde em cima da pia, pega uma escova de cabelo e começa a se pentear. – Continua Sakura, de quem você gosta?

 

-Ah, é do Sasuke-kun da turma “1B”. Conhece Hinata?

 

-Não, quem é?

 

-Ahhh, pode desistindo dele. – Exclamou Ino.

 

-Ora, porque? – Perguntou Sakura.

 

-Ele tem o cabelo rebelde, é muito ignorante, tem poucos amigos e nem faz questão de estar perto de garotas ou algo do tipo.

 

-Nossa como você sabe tanto dele assim?! – Perguntei entregando o brilho para Sakura.

 

-Bem... – Ino remexeu a bolsa e pegou um caderno de capa branca escrito “Anotações”. – Bem nesse caderno eu escrevi o nome de todos os garotos do primeiro ano e coloquei suas características, e aqui está o Sasuke. – Apontou para o nome na enorme lista. – Uchiha Sasuke, viu ele é bem ignorante.

 

-Ahhh, mas continua sendo o garoto mais bonito dessa escola! – Gritou Sakura no banheiro.

 

-Nossa que exagero! – Dei umas risadas por causa da gritaria de minha amiga.

 

A brincadeira não durou muito e logo o sinal tocou, todos deveriam entrar na sala e assistir aqueles professores chatos que sempre falavam sobre a mesma coisa. Bem, depois de horas de ensino o sinal tocou e estava na hora da refeição de cada dia, eu e as minhas amigas descemos as escadas rumo ao refeitório, comemos algumas guloseimas e logo subíamos para a biblioteca quando Sakura decide ver Sasuke em sua sala. 

 

-Sakura desiste, ele não está ai! – Dizia Ino irritada.

 

-Ah, mas ele sempre fica na sala. – Sakura vira-se para o corredor e o vê.

 

Sasuke conversava com um menino estranho de cabelos loiros bem arrepiados e olhos azul claro, não que Sasuke fosse normal, até porque ele tinha o cabelo arrepiado bem estranho, um olhar meio amedrontador que fazia com que menina nenhuma chegasse perto dele. Sakura logo se empolga ao ver o seu príncipe encantado.

 

-Ahhh, ele não é lindo? – Disse Sakura dando um largo sorriso.

 

-Qual dos dois? – Perguntei á Sakura.

 

-O de cabelo preto é claro!

 

Os meninos se aproximaram de nós, o loiro foi apreendido por outros rapazes de sua turma mas Sasuke continuou andando. Aproximou-se de mim.

 

-Oi, sou o Sasuke da turma  “1B” conhece?

 

-Hum... – Respondi que não com a cabeça.

 

-Vamos trocar o número do celular? Eu te dou o meu e você me dá o seu. – Disse em um tom meio seco, o que não dava pra entender era que Sasuke não se aproximava das garotas mas como seu amigo loiro disse que ele precisava se enturmar então ele resolveu pedir o telefone de algumas meninas.

 

-Eu quero trocar. – Adiantou-se Sakura.

 

Afastei-me dos dois e sem querer trombei com o loiro. O rapaz ficou olhando para mim sem se quer piscar, me olhou dentro dos olhos tentando “talvez” entender os olhos perolados que tenho.

 

-Pe-perdão... –Saiu correndo escondendo-me atrás do corredor, logo Sakura aparece surpreendendo-me. – Então como foi?

 

-Eu consegui o telefone dele, mas, ele nem olhou para mim direito. Hinata...

 

-Sim...

 

-Prometa-me uma coisa, você não vai tocar no Sasuke-kun!

 

-Eu prometo. – Dei um sorriso.

 

-Que bom! – Pegou a minha mão. – Vamos logo para a biblioteca.

 

-Espere, e a Ino?

 

-Está escrevendo sobre o menino novo que foi transferido para cá esta manhã. – Disse segurando minha mão enquanto corríamos as escadas.

 

-E quem é o menino novo? – Disse quase sem fôlego.

 

-É o amigo do Sasuke, o loiro.

 

Então recordei-me da esbarrada que dei no loiro e do modo que ele me olhou.

 

-Ah, não sei quem é! – Não custava nada mentir para a amiga, até porque se disse-se que esbarrou no menino loiro Sakura com seu humor apaixonante iria tentar juntar nós dois. Pois não era a primeira vez que isto aconteceria.

 

Chegamos na biblioteca e pegamos uns dois livros para fingir que estávamos lendo, claro que Sakura ficou falando sobre Sasuke o tempo todo, Ino apareceu logo depois, e tentou convencer Sakura a desistir de Sasuke, dizendo que ele com certeza á faria sofrer por ser tão rude com os outros, mas como Sakura não ouvia ou fingia não ouvir Ino então desistiu por enquanto.

 

Logo fomos para a sala e terminamos nossas aulas, fiquei o tempo todo pensando em do “porque” de eu ter corrido só porque esbarrei em alguém, todos sabem e eu melhor ainda que sou uma menina tímida e por isso não tenho muitos amigos homens, mas mesmo assim, eu me senti muito envergonhada por ter esbarrado no loiro de antes. Sakura foi embora assim como todos da escola, somente eu e Ino que continuamos lá, eu procurava meu celular por todas as partes, olhava mesa por mesa, mas não o encontrava.

 

-Quer que eu ligue de novo? – Perguntou Ino para mim, dava para perceber que Ino estava louca para ir embora.

 

-Hum...Por favor. – Continuei olhando por de baixo das mesas.

 

-Sabe Hinata, eu não quero que a Sakura fique apaixonada pelo Sasuke... – Disse enquanto digitava o número do meu celular no dela. – Não é porque ele é um grosseiro e tem cabelos rebeldes ou algo do tipo.

 

-Então o que é? – Parei minha procura pelo celular e olhei para a cara da minha amiga que deixou uma pequena e limpa lágrima fugir de seus olhos.

 

-É porque eu gosto muito dele. – Disse minha amiga dando um sorriso desconcertado.

 

Naquele momento eu não pude saber a dor de Ino, mas eu percebi agora o porque dela tentar fazer Sakura esquecer Sasuke, as duas amigas de infância haviam se apaixonado pelo mesmo garoto, e se Sakura soubesse com certeza terminaria aquela amizade para que as duas fossem rivais no amor. Por um instante eu pude entender o porque de Ino fazer aquilo.

 

-Ino-chan... – Abracei minha amiga, a única coisa que eu poderia fazer naquele momento era confortá-la. Jurei que nunca contaria á Sakura sobre os sentimentos de Ino.

 

Ino continuou persistentemente ligando para o meu celular.

 

-Ah, Hinata agora está chamando.

 

-Que bom, eu vou ver se esqueci na biblioteca, eu sempre o esqueço por lá. – Corri aquele enorme corredor e subi todos aqueles degraus que pareciam não terminar, cheguei sem fôlego á biblioteca e ouvi o meu celular tocando, procurei por toda parte e o encontrei perto de um quadro verde de giz que os alunos usavam antigamente, e lá naquele quadro estava escrito: “Que bom que encontrou seu celular, desculpe não ter atendido as ligações anteriores, espero que entenda, seu amigo “SE-CRE-TO” bay bay, Hinata” Peguei o celular e o atendi. – Ino não se preocupe já encontrei.

 

-Que bom, então vamos logo já está ficando tarde. – Desligou.

 

 Desci e fomos para casa, passei o início das férias de verão tentando entender que mensagem era aquela, e quem era essa pessoa que me conhecia. Bem não podia ficar ocupando minha mente com aquilo e logo esqueci, faltava apenas uma semana para terminas as férias e o meu celular tocou.

 

-Alô. – Disse enquanto andava na rua.

 

-Alô... – Disse uma voz masculina do outro lado da linha.

 

-Quem é? – Perguntei enquanto pegava minha bicicleta que estava encostada em um banco de praça.

 

-Sou seu amigo, gostei do vestido azul, combina com você.

 

-Como? – Não entendi, na verdade não sabia explicar como alguém poderia saber o que eu estava vestindo, aquele vestido azul até o joelho e bem rodado, era a primeira vez que eu o usara. – Como sabe que estou vestindo este vestido?

 

-Eu estou vendo, você realmente é bonita. – Disse aquela voz dando uma pequena risada no fim. – Você nem me agradeceu.

 

-Agradecer? Pelo que? – Intimidei-me, por mas que aquela voz parecesse calma e confortável fiquei corada naquele momento, não sei porque mas aquela voz, aquela pessoa dizendo que eu era bonita me fazia corar, ninguém nunca disse que eu era bonita, não até aquele dia. – Desculpe, mas deve estar me confundindo com alguém.

 

-Não á engano, Hinata...

 

Quando aquela pessoa disse meu nome pude perceber que com certeza não era engano, não poderia ser engano.

 

-Se celular é cheio de coisas engraçadas. – Referia-se aos chaveiros de cachorrinho e boneca pequenos que havia nele.

 

-Co-como sabe? Foi você quem achou meu celular?

 

-Isso mesmo, que bom que o encontrou.

 

-Muito obrigada, de verdade, mas porque não o entregou pessoalmente?

 

-Tive medo que não gostasse de mim, como da primeira vez.

 

-Primeira vez? Que vez? – Perguntei interessada, não recordava-me de vez nenhuma.

 

-Esqueça, o que veio fazer aqui no parque? – Perguntou-me logo em seguida dando uma pequena tossida. – Desculpe-me.

 

-Não se preocupe, bem eu vim comprar um creme em uma loja aqui perto, mas onde você está?

 

-Não posso dizer.

 

-Diga-me pelo menos seu nome.

 

-Também não posso dizer.

 

-Puxa, você é todo secreto. – Dei uma risada. Passamos alguns segundos á mais conversando e logo desligamos, montei em minha bicicleta coloquei a sacola que carregava na cestinha e fui para minha casa.

 

Cheguei em casa e encontrei todos sentados á mesa, meu primo Neji, tinha os olhos perolados como os meus e cabelos longos, os meus são maiores é claro, os dele são puxados mais pro castanho escuro, meu pai Hiashi e minha irmã mas nova Hanabi, minha miniatura digamos assim, porém ela parecia mas com Neji e com certeza as horas que passava perto de Neji a fazia mas inteligente do que eu. Meu primo era muito esperto e meu pai queria que eu me casasse com Neji, mas claro Neji não se interessava por mim e nem eu por ele, Neji era apaixonado por sua amiga Tenten uma colega de trabalho e por coincidência de escola também, e eu por outro lado, não amava ninguém.

 

-Ah, desculpe pela demora. – Sentei-me perto de Neji.

 

-Então Hinata, já sabe o que vai ser quando terminar os estudos? – Perguntou meu pai.

 

-Ainda não papai. – Coloquei aquela deliciosa comida em meu prato, separei meu hashi e comecei a comer.

 

-Bem Hinata, Neji já está quase terminando os estudos e é um bom partido.

 

-Hum? – Comecei a tossir sem parar, corei rapidamente, Neji que bebia seu refrigerante fez o mesmo, até que ficou uma sena engraçada, eu e meu primo tossindo sem parar na mesa.

 

Depois de algum tempo tentando convencer meu pai a parar com aquela conversa fui para meu quarto, tomei um bom banho e deitei na cama, alguns segundos depois alguém bateu na porta.

 

-Pode entrar. – Cobri-me com o lençol.

 

-Hinata?

 

-Ah, oi Neji-kun, entre. – Neji entrou e depois fechou a porta, sentou-se na ponta de minha cama.

 

-Desculpe acordá-la.

 

-Não se preocupe, ainda estava acordada. Mas o que você quer aqui? Não vai me dizer que não consegui dormir e então quer deitar aqui. – Está certo que sou bem tímida, mas como eu e Neji éramos bem próximos por morarmos na mesma casa com ele eu me sentia á vontade.

 

-Não. – Disse curto e grosso olhando-me com um olhar de desaprovação.

 

-Desculpe. – Olhei para um canto qualquer do quarto.

 

-Sabe, eu entendo que meu tio queira o melhor para você e por isso fica te empurrando para mim...

 

-Não Neji... – Interrompi meu primo. – Ele quer o melhor para “você”, você sabe que meu pai te trata como um filho, por isso ele quer que se case comigo, para que você não saia desta casa. – Dei um sorriso voltando a olhar para o meu primo, o mesmo corou rapidamente, eu não entendi, mas preferia não entender.

 

-Erh, eu sei disso e... – Ainda corado. – Eu, não posso me casar com você.

 

-Eu sei.

 

-Hã? – Olhou-me.

 

-A Tenten é uma bela moça não? – Claro que naquele momento meu primo percebeu que eu sabia de quem ele realmente gostava, bem na verdade é graças á Tenten que eu e meu primo agora somos bem “amigos” digamos assim.

 

Neji sorriu e despediu-se de mim e saiu de meu quarto, quando eu ia em fim dormir eu celular tocou.

 

-A-alô? – Gaguejei ao perceber o número que me ligava.

 

-Porque gaguejou? Está nervosa? – De novo pude ouvir aquela voz masculina que me fazia ter arrepios.

 

-Hum...Não! – Respondi rápido, meu rosto estava vermelho o bastante para pegar fogo.

 

Bem passei a noite inteira conversando com aquela pessoa, ele me dizia coisas sobre si mesmo e eu dizia sobre mim, quando eu ia desligar o telefone e me deitar, “ele” mostrou-me a luz do dia.

 

-Hinata?

 

-Sim...

 

-Abra a janela, veja já é de manhã!

 

-Ah, é verdade.

 

-Está vendo aquele avião?

 

-Ah, sim... Uma nuvem de avião! – Bem, aqueles aviões que vivem desenhando no ar e fazendo aqueles desenhos ou mensagens no céu estavam lá, bom na verdade era apenas um e por estar muito longe eu não o via só via a imagem que ele desenhava, um enorme coração no céu e dentro escrito a palavra “love” era a coisa mais linda que eu já tinha visto em toda a minha vida.

 

-Vamos tirar uma foto!

 

-Sim, eu vou desligar então, bay!

 

-Bay... –Desligou.

 

Tirei foto daquela bela imagem, dei um sorriso e bocejei em seguida, deitei-me e adormeci. Faltando apenas alguns dias para terminar as férias de verão eu continuei conversando com aquela pessoa pelo telefone, todos os dias, até que no último dia ele me propôs uma coisa.

 

-Então eu te vejo no terraço da escola, antes do sinal do recreio tocar. – Concordei e ele desligou o telefone.

 

Estava tão ansiosa para aquele dia que mal podia esperar.

Continua no próximo capítulo...


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Notas finais do capítulo

Bem galerinha, mandem review mesmo que não tenham gostado! ^^



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