Hadéfone escrita por Filha de Apolo


Capítulo 10
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Notas iniciais do capítulo

Sinto muito que os capítulos não sejam grandes, mas eu não consigo escrever coisas longas, prefiro milhões de capítulos pequenos, até porque assim eu posto mais rápido.
Masok.
Então, eu postei o outro e ninguém mandou review (ainda), vou chorar. Mas ok, ok, como eu sou boazinha (mentira) eu vou postar esse daqui e.e Mas mandem review no outro também, não vai cair pedaço de vocês.



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Eles estavam no 4º bosque, e Deméter estava literalmente caindo de sono. Ela já havia tropeçado, sem cair, umas 10 vezes. Hades já estava acostumado com trocar o dia pela noite. Ele não conseguia regular seu sono quando Perséfone não estava em casa, ele simplesmente dormia durante o dia e trabalhava a noite. Todos os dias. Talvez fosse porque durante o dia as coisas tendessem a ser mais coloridas, mas sem ela tudo continuava cinza, preto e branco, assim como era antes de ele tê-la.

Eles procuraram por todos os lado, e nada. Trocaram de bosque 2 vezes, e ainda assim, nada. Nem uma pista. Um barulho. Nem uma luz. Hades se culpava por não conseguir encontrá-la mais do que por fazê-la fugir. Ele deveria saber os lugares que ela iria, mas simplesmente não conseguia.

Hades estava absorto em seus pensamentos quando, pelo canto do olho, viu Deméter tropeçar novamente, só que desta vez ela se desequilibrou e estava prestes a cair. Hades, ágil como sempre fora, deu dois passos largos e a segurou pela cintura, a fazendo arrepiar-se. Quando se deram por conta, seus rostos estavam a pouquíssimos centímetros de distância. Hades a olhava nos olhos, enquanto ela fitava a boca do deus.

Milhões de sentimentos invadiram o Deus dos Mortos. Ele só conseguia sentir o cheiro das flores, o aroma tão agradável que ele sentia há mais de 3 milênios. Mas era diferente, mais forte. “Não é dela” Hades observou. Embora fossem parecidos, o aroma de Perséfone era mais doce, apaixonante, deixava confortável até mesmo os corredores do Palácio deles, onde ela corria de Hades, rindo, apenas para chegar no final e ele beijá-la com fervor, a erguendo do chão.

Sentia também a pele macia, por debaixo da roupa. Podia notar como a cintura dela não se encaixava nas mãos dele, eram... diferentes. Recordava de como Perséfone parecia ter sido feito sob medida para ele. Como era aconchegante tê-la em seus braços, e como a cintura dela se encaixava nas mãos grandes e hábeis dele. Como era bom ter seus braços em volta de seu pescoço. Como ele se arrepiava quando ela afundava suas delicadas mãos no cabelo dele, e como seus dedos se interlaçavam perfeitamente dos dedos dele.

Se lembrava das noites que eles passavam juntos, se... divertindo. Ou então quando eles ficavam no escritório, lendo a lista de mortos e rindo dos nomes estranhos que os mortais davam aos seus filhos. Lembrou-se do aniversário de casamento deles que ele a deu uma “expansão” para o seu jardim, e ela quase enlouquecera, plantando milhões de coisas nas semanas seguintes. Ele às vezes ia com ela e ficava observando-a plantar suas mudas, o modo como suas mãos delicadas fuçavam a terra. Como ela analisava o solo e o preparava. E então, entre uma muda e outra, como ela andava até ele, que sempre acabava se perdendo em devaneios, e o acordava com um beijo lento. Ele a abraçava e retribuía o beijo, e eles só paravam quando estavam perto de desmaiarem sem ar, então ela sorriria, daria um selinho nele e voltaria ao trabalho, calmamente.

Então, recordou seus beijos. Dos lábios rosados que ela tinha. Como eles eram perfeitos para os seus. Como ela o beijava apaixonadamente, ou brincando, ou até mesmo quando estavam brigados. Eles nunca brigavam mesmo, no máximo discordavam sobre algo, como a cor da cozinha. Ele diria preto, ela diria roxo, eles discutiriam e argumentariam, ela o calaria com um selinho, se viraria e faria as coisas do jeito dela, que sempre ficavam melhores do que se fossem do jeito dele.

Suas brigas mais feias haviam sido as de quando ele a traíra. Ah, como se arrependera amargamente daquilo. Fora extremamente doloroso vê-la chorando. Ela parecia tão frágil, como se todo o seu mundo tivesse se despedaçado, o que de fato acontecera. Hades, que sempre a amara completamente, havia tido dois filhos com uma amante. Claro que ele tinha seus motivos, e jurara para si mesmo nunca fazer aquilo de novo, mas então o fez. E viu ela sofrer novamente. Ele queria se matar por fazê-la chorar, mas, infelizmente, acaba se lembrando de que era imortal, e seria em vão tentar se matar, ele já morava no Mundo Inferior mesmo, não faria diferença.

Deméter parecia estar absorta em pensamentos também, e eles haviam se aproximado mais, se é que isso fosse mesmo possível, e seus lábios quase se encontraram, e Hades se encontrou tentado a beijá-la, mas recobrou a razão antes que fosse tarde demais.

-Vamos parar para dormir – Ele falou friamente, a soltando e se afastando. “Elas são parecidas demais, mas não são iguais, Hades” Ele convencia a si mesmo.

Hades já havia montado o “acampamento” deles, e até já havia acendido a fogueira e estava deitado, olhando as flores.

-Tá... - Ela ainda estava sem reação. Ela lembrava da última vez que alguém a segurara pela cintura daquele jeito, com mãos fortes e firmes, e aqueles lábios... “Eu daria tanto para ter você de volta, irmão”.




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Notas finais do capítulo

MENINAS, FELIZ DIA DA MULHEEEEEEEEEEEEEEEER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Nós somos fodas, falae.
Ah, ok, então, só pra lembrar, eu sou uma pessoa imunda, e vocês devem estar imaginando milhões de coisas nas suas cabecinhas, mas vocês não vão ficar sabendo até eu ganhar uma recomendação.
Sim.
Eu sou má.
Sério, eu me empenho tanto pra escrever, vocês podiam recomendar pra mim, né? *u*
Eu sei que você não vão recomendar, e aí eu vou escrever milhões de capítulos e eles vão ficar criando teias de aranha aqui durante uma semana, e eu vou ficar com raiva e vou postar mesmo assim, mas recomendações aceleram o processo.