Posena escrita por Filha de Apolo


Capítulo 36
XXXVI - Help


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que vocês me amam
que eu estou de férias
num hotel
com uma internet bosta
e eu estou aqui
postando pra vocês
me amem.



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–Você sabe que eu te odeio, não é? - Atena disse, entregando 50 dracmas para Poseidon.

–Deve ser a quadragésima vez que você me fala isso nos últimos 5 minutos.

–Eu odeio você ainda mais agora.

–Eu sei – Ele disse, pegando e guardando os dracmas da aposta que acabara de ganhar. Apostara que Annabeth era quem beijaria Percy primeiro, e Atena apostara que seria Percy, já que “sua filhinha linda nunca se apaixonaria por um pescador-júnior de quinta categoria”, de acordo com suas próprias palavras.

–E essa aposta foi injusta!

–Só porque você perdeu...

–Não! Ele... ele... ele que é um miolo mole covarde. Se fosse homem já teria beijado ela há éons - Miolo mole? Como assim? Não tinha um defeito mais... defeituoso? Eu sou muito burra mesmo”.

–Porque você entende muito de beijos, não é mesmo, Ateninha? - Poseidon deu seu melhor sorriso safado e saiu andando, deixando Atena bufando de raiva para trás.

De beijos imaginários ela entendia bem. Ao menos disso.


X--X--X--X--X

Recapitulando: Sua filha estava apaixonada pelo avô dela, Cronos, que era apenas um titã tentando destruir o Olimpo e dominar o mundo. Só isso. E havia esse herói, filho de seu maior inimigo, que era praticamente o namorado de sua filha. E o mundo estava todo na mão dos dois. Mas ok, tudo estaria sob controle se o pescador, podre, acéfalo, doente mental, ignorante, imbecil, impulsivo e absurdamente lindo não a enchesse o saco sempre que conseguisse.

Ele dava a desculpa de que era porque eles deviam se unir para ajudar os filhos, mas ela desconfiava que era apenas para testar sua paciência divina.

E ainda que ela não aprovava, de jeito algum, o namoro de Annabeth com o acéfalo mirim, já que ele ia acabar levando ela para o “mal caminho”.

Não que ela quisesse que a filha virasse uma donzela como ela... ela queria, na verdade, mas entenderia se ela optasse por se aventurar como as mortais. Só não na adolescência. Muito menos com o Jackson.

Havia se passado um tempo desde a última vez que eles se falaram diretamente, até aquele momento.

–Hey... - A voz repugnante soou por seus ouvidos. Certo, talvez a voz dele mesmo não fosse repugnante, apenas ele e aquele modo pervertido com o qual ele a olhava. Sempre.

–O que é, Poseidon?

–Atena, ãn, podemos conversar?

–Não, eu ainda não enlouqueci e aceitei o namoro dos dois.

–Não é isso.

–Então... não, eu não deixei de te odiar.

–Eu sei que não, não é isso também...

–Hum... Não, eu não vou me unir a você em um plano maligno para destronar meu pai.

–Vai sim, só não hoje.

–Não vou.

–Vai sim, você vai ver. Chegará o dia em que você virá implorando para que eu...

–Tá, tá, o que você quer? - Atena disse, revirando os olhos acinzentados.

–É só que... eu preciso de um conselho.

–Como é? - Atena não conseguiu conter a risada. Poseidon pedindo ajuda? E pior, pedindo ajuda logo para ela? Era demais para uma só existência.

–É sério, Atena – Ela olhou para ele e realmente viu que ele estava falando sério. Parou para perceber que toda sua aparência mudara. Sua postura parecia estar desalinhada, perdendo a pose de rei que ele mantinha normalmente, ao menos fora assim todas as vezes que ela o vira. E seu rosto... os olhos estavam repletos de tristeza, toda aquela malícia e diversão que os inundavam haviam sido banidas por tristeza e preocupação. Havia pequenas rugas no canto dos seus olhos e seu rosto parecia muito cansado. Ele aparentava ter envelhecido muitos éons.

–O que... o que houve, Poseidon? Você está bem? - Era terrível vê-lo assim, mesmo que ele fosse seu maior inimigo, era um deus muito influente e ainda era irmão de seu pai.

–Sobre isso... ãn... você sabe, não foi apenas Cronos que “acordou”, há mais titãs se rebelando.

–Sim, sim, fui informada.

–Pois então, Oceano resolveu que era uma ótima ideia... sabe, me atacar – A notícia a surpreendeu. Era estranho alguém preferir atacar outro local que não o Olimpo, já que esse era a base dos deuses. Fazia sentido, porém, que Oceano fosse direto para Poseidon, já que era esse o domínio que ele querida. Iria ser difícil tirá-lo de lá se Poseidon fosse derrotado e perdesse o seu posto. - Ele está destruindo meu reino, e eu tenho péssimos estrategistas e, como você já deve saber, minha força vital é...

–...ligada ao seu reino, fazendo com que você enfraqueça uma vez que estão atacando seus domínios. Poseidon, eu sinto muito.

–Me ajude – Poseidon a implorava com seus olhos esmeralda.

–Eu.. eu não posso. Você sabe que estamos nos preparando para ir deter Tifão, eu não... eu não posso simplesmente abandonar meu pai. Principalmente por você... - Ela acrescentou a última frase como um comentário somente para si, mas havia chances dele ter ouvido.

–Claro que pode. Atena, eu não posso ajudar vocês se meu reino estiver sendo atacado, você sabe que não. E eu me nego a deixá-lo ruir. Eu precisava que você desse apenas uma olhada na situação.

–Poseidon... - Atena suspirou, frustrada. Era acostumada a ser consultada para batalhas, mas isso era tão diferente. Começando pelo fato de que Poseidon nunca a pediria ajuda se não fosse algo extremamente preocupante. E mais, era ele. Ele podia ser um pervertido com sérios distúrbios mentais, mas ainda assim ele era o Rei dos Mares, não era bem assim para ela ajudar ele. Sentia uma pressão interna, como se ela mesma estivesse se cobrando. Como que as notícias sobre essa guerra marítima não chegaram nos ouvidos de Atena? Se ao menos ela soubesse mais cedo...

–Atena... - Ele disse, impaciente. Ela não podia culpá-lo, se todo o que ela lutou para construir e reinar tivesse sendo atacado ela também estaria sem paciência.

–Eu não sei... eu posso até passar lá e ver como estão seus planos de ataque e defesa, mas você sabe como sua mulher é comigo...

–Eu não entendo a rixa que vocês duas têm.

–Ela... ai, você não vai entender.

–Tente.

–Ela me contraria! Ela acha que é mais inteligente do que eu! Como seu uma ninfa aquática plastificada e fútil tivesse moral para me xingar! Ela vem para as festas do Olimpo e fica pegando no meu pé como se eu fosse uma super ameaça à vidinha pacata dela – Atena recuperou o fôlego. Havia despejado as palavras para fora. Talvez nunca tivesse comentado aquilo com alguém. Claro que ela não diria nada sobre ilusões e batalhas imaginárias.

Nah, para quê, não é mesmo?

Até se dar conta de que havia xingado a rainha de Poseidon, Atena já havia corado o suficiente para se camuflar junto à sua cortina de um vermelho sangue. Ele a olhava com um esboço de um sorriso e o resto meio inclinado, como se a analisasse.

–Ah, céus, me perdoe, Poseidon, mas você sabe que ela é tudo isso, não sabe?

–Não. Você esqueceu do “oxigenada, fresca e ignorante” - Ele disse, deixando Atena um tanto confusa demais.

–Ãn, eu...

–Está tudo bem. Você passará lá para me ajudar, então?

–Eu talvez não tenha tempo depois... - Atena disse, mordendo o lábio e fixando seu olhar no de Poseidon. - Mas eu estou livre agora...

Um pequeno sorriso brotou nos lábios de Poseidon, e ambos se teletransportaram para o que ainda restava do Palácio de Poseidon, nas profundezas do mar.


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Notas finais do capítulo

Porque eu sou má
eu tenho o próximo capítulo pronto
ENTÃO MANDEM BONS REVIEWS
RECOMENDEM
E DIVULGUEM
que eu posto rapidinho :3
Me amem também u.u
Até porque eu amo vocês.