Aconteceu Assim escrita por Rafa


Capítulo 1
Por Enquanto!!


Notas iniciais do capítulo

Eu comecei pelo começo, lá em São Francisco. Mas os cap. não vão estar necessariamente no tempo certo.
Tbm não sei quantos cap. vai ter, 4, 7 ou 10... sei lá.



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Desde o primeiro dia de palestra ela havia chamado a atenção dele.

Sempre sentando na primeira fila, enquanto ele falava ela não movia um musculo sequer, parecia hiponitazada com todas as informações que ele passava para aquela classe de alunos.

Ele não entendia como baratas em uma cena de crime podia chamar tanto a atenção de uma moça bonita como ela.

Não pode deixar de reparar na beleza que havia nela. Era fascinante.

 

 

Ele não sabia mas o que a deixava hipnotizada não eram as baratas. Era ele.

Inicialmente lhe disseram que como palestrante ele era maçante, o que esquerecem de lhe dizer era como ele era bonito.

Seu ar intelectual lhe dava um certo charme que a prendia.

Claro que não prestaria atenção em outra coisa a não ser o que a boca daquele homem dizia. Ela dava atenção a tudo, enquanto ele falava ela acompanhava seus lábios, não perdia uma vogal sequer.

 

 

Ela Fazia perguntas inteligentes, algumas ele não sabia a resposta. Para muitos isso seria frustante, mas para ele era encantador. Ela não demonstrava decepção quando não tinha sua pergunta respondida, com um gentil " Tudo bem" e um sorriso nos lábios ela lhe agradecia pela tentativa.

 

 

Passaram a ter uma relação diferente da que estavam acostumados entre aluno e professor, até porque muitas vezes era ela quem o ensinava.

 

 

**XX**

 

 

- E então, qual é a minha nota final como palestrante?

 

- Hmm... bom.

 

Eles caminhavam lado a lado pelo campus. Não tinha muitas pessoas circulando por ali, o sol ainda iluminava mas já estava de saída.

 

 

- Bom? Pensei que tivesse sido mais que isso.

 

- Foi bom. - Disse parando em baixo de uma árvore. - Bom é uma boa nota, e baratas são nojentas.

 

- Claro que não.

 

- Elas fedem! - Disse se sentando

 

- Me referia a nota. - Estava em pé ao lado dela.

 

- Porque não se senta? Daqui a pouco começa o pôr do sol, seria legal.

 

- O que seria legal? - Se sentou ao lado dela.

 

- Olha, você vai embora amanhã... seria legal vermos o pôr do sol juntos.

 

Ele apenas olhou para ela e acenou positivamente com a cabeça. Não sabia dizer o que estava sentido, a idéia de ir embora vinha junto com a idéia de não vê-la mais.

E estar ali ao lado dela era bom. Muito bom. Sua voz...

 

- Porque está sorrindo Grissom?

 

- É que... a sua voz... você fala assobiando. - Sorriu novamente.

 

- Devo tomar como um elogio?

 

- Sim. Eu gosto da sua voz, é doce.

 

- Diz olhando pra mim.

 

 

Ele não a olhou, não estava acostumado com aquilo. Não entendia o que estava acontecendo, sentia uma sensação estranha dentro dele. Queria sentir a textura da pele dela e ao mesmo tempo se sentia culpado por tal pensamento. Ela era mais nova que ele, era sua aluna.

 

- Grissom, olha pra mim.

 

- Não posso.

 

O sol se deitava para dar lugar a lua. Aquela era a hora do dia que ela mais gostava, se sentia calma, em paz.

A vista era linda.

Se silenciaram para apreciar tamanha benção.

Depois de alguns minutos passados o silênicio estava ficando constrangedor.

 

 

- Não pode porque não quer, ou, porque não pode?

 

- Porque não consigo. - Ele ainda olhava para o horizonte.

 

- Você disse uma vez... só queria olhar nos seus olhos quando estivesse falando.

 

- Eu falei por impluso Sara, não é o jeito que costumo agir... Isso é diferente.

 

- Diferente? - Pegava pedrinhas no chão e jogava para frente.

 

- Você. - Pausou por um instante. - Perto de você eu sou diferente.

 

- Isso é ruim?

 

- Não... eu me sinto bem...

 

- Então olha pra mim - Ela se virou e levou suas duas mãos até rosto dele fazendo com que ele olhasse para ela. - E diz outra vez.

 

Sorriu, mas não foi com os lábios. Sorriu com os olhos.

Os olhos chocolate sorrindo para os olhos azuis.

 

- Eu gosto da sua voz, é doce.

 

Ele cobriu as mãos dela que estavam em seu rosto com as suas mãos. Sentiu a textura da pele dela, Era quente e macia.

 

- Eu gosto dos seus olhos... Eles são meigos. - Ela disse

 

Agora ele retirou as mãos que pousavam em cima das mãos dela. As conduziu até o rosto de Sara, acariciou as maçãs do rosto dela.

Os olhos que sorriam se fecharam com a leveza do toque.

 

- Sua pele é macia.

 

- Agora é a hora que você me beija... - Ela disse baixinho.

 

E assim ele fez.

As mãos de um no rosto do outro. Seus lábios foram se aproximando... aproximando.. até que se tocaram.

Ficaram ali sentindo o lábio um do outro até a lingua dele pedir passagem para explorar o interior da boca dela.

 

Quando o contato dos lábios acabou o dos olhos voltou a existir.

Os olhos dela sorriam novamente e os dele retribuiam com a mesma vivacidade.

 

- Que horas é o seu voo amanhã? - Ela perguntou enquanto desviava seu olhar para o chão.

 

- Bem cedo.

 

- Então... acho que esse é o nosso adeus.- Tinha a voz em um tom diferente. Triste.

 

- Sara ... isso que aconteceu...

 

- Não era para ter acontecido?

 

 

Ele não respondeu.

 

- Sabe Grissom, você se parece com suas baratas, aquelas que ficam no pote azul.

 

- Baratas besouro.

 

- Isso! É inofensivo mas imita um animal nocivo pra não ser predado.

 

- Já fui comparado a muitas coisas, mas essa é a primeira vez. - Sorriu com a comparação. -Você está chateada?

 

- Porque estaria ? Não pensei que me pediria em casamento.

 

- Então como nós ficamos ?

 

- Assim - Prendia o cabelo em um rabo de cavalo. - Exatamente como estamos.

 

- Amigos... ?

 

- Amigos, por enquanto! - Deu um leve tapa no ombro dele.

 

- Sara! - Ele a repreedeu e ela sorriu.

 

- Olha, você vai embora amanhã então é melhor aproveitarmos esse tempo.

 

 

Ficaram ali sentados embaixo da árvore, as vezes falavam uma coisa ou outra mas na maioria do tempo ficaram quietos, aproveitando a companhia um do outro.

 

Eu poderia dizer que no céu tinha uma lua linda e redonda com muitas estrelas em volta, mas não tinha.

No céu a lua se escondia atrás de uma nunvem e as estrelas não deram o ar da graça.

 

 

- Sara, esse não é o nosso adeus, nos veremos em breve.

 

- Claro que sim, eu disse "por enquanto". Estava falando sério.


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Notas finais do capítulo

Reviews??
Vlw por ler :)



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