A Perfect Christmas Night escrita por MagicHallow


Capítulo 1
A Perfect Christmas Night


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Era apenas mais uma noite de natal igual a todas as outras. Chata. Barulhenta. Intrometida. Horrível. Acredito que estejam intrigados, desde quando é que a noite de natal pode ser assim tão má? Pois acreditem, para mim ela é. Eu sou uma pessoa muito calma, gosto de estar no meu canto, eu a minha música e os meus livros. No entanto, tenho uma família enorme e que se dá extremamente bem, que organiza jantares um pouco por tudo e por nada, logo a época natalícia não podia escapar. Este ano, por sorte ou por azar, foram os meus pais a organizar o jantar de natal. Para ser sincera, neste momento estão exactamente 32 pessoas dentro da minha, não tão pequena, casa. Mesmo assim torna-se um sufoco. Estou sentada no sofá, ainda é cedo para o jantar. Os meus primos mais novos estão a brincar no centro, sei que estou distraída, que não estou a falar com os meus primos, a tentar ‘roubar’ algum álcool do bar para continuarmos a festa pela noite dentro quando os adultos estiverem a dormir.
Jessie! – Ouvi a voz do meu irmão mais novo chamar. Não respondi. - Oh não ela está de novo a sonhar acordada com aqueles, os Some Direction, ou como raio eles se chamam! –Gozou. Confesso que já não tenho muita paciência para estas piadinhas do meu irmão. Não percebo qual é o problema de uma rapariga de 18 anos gostar de uma boyband. Não há problema nenhum nisso, porque raio tem ele de implicar?
Brandon, se não tens nada de importante para dizer, então por-favor, cala-te.– Disse-lhe.
Por acaso até tenho! – Exclamou tentando chamar a minha atenção. – Sabes qual vai ser o teu presente de aniversário? Comprei-te uma t-shirt dos Way Direction!
Claro, Brandon… – Revirei os olhos. – Tu não tens dinheiro para mandar cantar um cego, além de que detestas os ONE DIRECTION. – Sinceramente, estava farta daquela noite que ainda nem sequer tinha começado.
Levantei-me rapidamente do sofá e subi as escadas até ao meu quarto sem que ninguém se desse conta, bom, na verdade, com tanta gente em casa quem repararia? Olhei pela janela, o tempo em Bradford estava calmo, a neve jazia, branca, no chão e nos telhados dos vizinhos. O céu estava cinzento, ainda não tinha anoitecido. Talvez ainda nevasse hoje.
Sentia-me cansada de toda aquela barulheira e a paisagem lá fora acalmava-me. Dirigi-me à cama e sentei-me, peguei no iPod que estava na minha mesinha de cabeceira e coloquei os phones, a música era outra das coisas que me acalmava. Lentamente, encostei-me à cabeceira da cama e os meus pensamentos vaguearam, e se eu fosse até lá fora? Certamente ninguém daria pela minha falta. A calma transmitida pela neve aleada à música calma que estava a ouvir estavam a tentar-me.
Quando me dei conta, já sentia as minhas botas pisarem a camada de neve branca depositada no passeio a par com a rua vazia. Sorri, aconcheguei o casaco e ajeitei os phones nos ouvidos. Podia dizer certamente, que um surto de felicidade me tinha atingido, sem saber bem como tinha conseguido sair daquela casa a abarrotar, sentia-me livre, como se pudesse fazer qualquer coisa.
Quando cheguei a um pequeno espaço com algumas árvores e bancos, uma espécie de pequeno parque os acordes de ‘Valerie’ começaram no meu iPod e a voz de Amy Winehouse contagiou-me, o sorriso cresceu ainda mais se é que era possível. Sem sequer pensar duas vezes fechei os olhos e comecei a balançar o corpo ao ritmo da música e atrevi-me mesmo a dar alguns passos. De todas as maneiras eu deveria ser a única maluquinha na rua na noite de Natal. Quando perdi o sentido de orientação abri os olhos antes que batesse contra alguma árvore.
Não danças mal. – Disse com voz de riso um rapaz muito bem agasalhado, mal se lhe via os olhos. Vi-o baixar-se e pegar um ramo do chão. Assobiar para um cão preto ali perto e atirar o ramo para o cão ir buscar.
Tu viste? – Perguntei o óbvio.
Vi.
Oh bela desgraça!
Não estava assim tão mau. – Replicou enquanto ajeitava o cachecol para lhe ser mais fácil comunicar. Oh Meu Deus! Arregalei os olhos, mas ele com certeza não viu pois Boris, pelo menos era assim que ele dizia que o cão se chamava nas entrevistas, tinha voltado e tinha-lhe entregue o ramo da árvore para que o dono o voltasse a mandar, e este não o desapontou. Tentei acalmar-me. Calma Jessie, calma! À minha frente estava nem mais nem menos do que Zayn Malik a.k.a. o meu favorito dos One Direction. Talvez num primeiro momento ele tenha sido o meu favorito por ser da minha cidade, mas depois passou a ser bem mais do que isso.
Então, não era suposto estares em casa com a tua família? – Perguntou-me.
A minha mãe pediu-me para vir comprar… Canela. – Menti. Num primeiro momento parecia-me demasiado ridículo dizer-lhe que tinha “fugido” de casa na noite de Natal. Mas rapidamente me arrependi. – A minha casa está a abarrotar de gente e eu precisava de um pouco de calma. – Disse envergonhada. Ele sorriu e o meu coração pareceu falhar uma batida. Sem me aperceber estávamos os dois a caminhar na mesma direcção.
Está a começar a nevar. – Zayn constatou ao tirar um floco do meu cabelo fazendo com que ambos parássemos de baixo de uma árvore para nos abrigarmos um pouco. – Devias voltar para a tua casa a abarrotar, ainda ficas doente.
Olhei o céu, por entre as árvores e realmente a neve parecia ter vindo para ficar. Eu sorri ao repara num pequeno pormenor e fiz-lhe sinal para que ele também olhasse.
Azevinho. – Ele disse simplesmente com um sorriso.
É, azevinho. – Respondi e coloquei a minha bochecha virada para ele à espera ele me desse um beijo na bochecha, mas senti a sua mão no meu queixo fazendo com que me virasse para ele e vi-o aproximar-se cada vez mais de mim, quando os nossos narizes já se tocavam, ele sussurrou:
Eu acho que essa história do azevinho não resulta muito bem com os beijos na bochecha. – Fez aquele seu olhar irresistível e por fim os nossos lábios tocaram-se.
Jessie! Jessie!! – Ouvi a voz da minha mãe e senti o meu corpo ser abanado. Mas eu não queria abandonar os lábios de Zayn, no entanto era impossível continuar.
Abri os olhos e deparei-me com a minha mãe à minha frente. Eu estava no meu quarto. Como assim estava no meu quarto?
Jessie, adormeceste? – Perguntou a minha mãe acariciando-me o cabelo.
Adormeci? – Perguntei. Tudo não passou de um sonho?
Parece que sim querida. Eu sei que toda esta agitação te deixa cansada e até um pouco zangada, mas é só uma vez por ano. – Sorriu-me. – Fazes-me um favor? – Pediu-me.
Claro. – respondi sem grande entusiasmo.
Ainda não anoiteceu e assim saías um pouco aqui da confusão. Importas-te de ir à loja de conveniência ao fundo do parque e trazeres-me um pacote de canela?

Seria possível? Existiria tanta magia no mundo na noite de Natal que pudesse tornar um sonho realidade?
Seria esta uma noite de natal perfeita?

[Fim.]


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Notas finais do capítulo

comentem, sim?
Deixem a vossa opinião! ;)
Qualquer critica construtiva será bem vinda.
xoxo



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