Painful Love escrita por BooHyun


Capítulo 1
Douleur.




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As mãos soavam pelo nervosismo, o relógio mostrava que faltava pouco menos de meia hora. Os fios loiros eram constantemente bagunçados pelas mãos nervosas. Abriu os três primeiros botões da camisa discando aquele numero tão conhecido no celular.

Um, dois, três toques... Finalmente a pessoa do outro lado da linha atendeu.

- Onde você está? – O nervosismo lhe impediu de ser educado.

- Estou acabando com a minha dor, Hyukkie... – A do outro lado da linha saiu baixa. O coração do loiro falhou ao ouvir aquilo.

- Onde você está Lee Donghae? – Levantou a voz irritado, com medo, talvez? Não tinha resposta, apenas a respiração fraca do outro lado da linha. – Hae... Por favor. Me diga onde você está...

- Pra que? – A voz outra hora fraca elevou-se surpreendendo Hyukjae. – Você não viria mesmo. – Riu sem emoção. – Você vai se casar daqui a uns quinze minutos não é? E eu devia estar ai ao seu lado, sorrindo como se hoje fosse o dia mais feliz da minha vida. – Soluçou recuperando o fôlego. – Sendo testemunha da maior idiotice da sua vida com a porra de um sorriso falso na cara. – Hyukjae ouvida tudo em silêncio, Donghae não mentia. – Eu não sou tão masoquista quanto você pensa.  Hyuk, eu... Eu não suporto mais essa dor... – O silêncio se fez após terminar de falar, deixando o loiro atônico. 

- Donghae? O-oque... Espera Donghae, me diz onde você está Donghae, eu juro, eu largo tudo eu vou até você.– Insistiu, saindo do salão paróquia da igreja em direção ao estacionamento, deixando varias pessoas confusas pra trás, juntamente com seus pais aos berros pra que ele voltasse.  – Por Deus Donghae... Onde você está?  – Hyukjae ofegava contendo as lagrimas.

- Lembra... – Suspirou buscando forças. – Lembra quando você prometeu cuidar do meu coração? Que nunca o machucaria?

- Donghae, por favor, me responda... – Hyukjae ligou o carro esperando a resposta do outro.

- Lembra quando você disse que nem outra pessoa lhe faria feliz, se ela não se chamasse Lee Donghae e não tivesse o sorriso mais lindo do mundo como o meu? – Continuou ignorando a pergunta. O choro de Donghae era com uma adaga afiada rasgando o peito do loiro. – Hyukkie... Eu queria poder lutar por você, eu... Eu queria ser forte o suficiente pra ir contra seus pais. Eu queria ser forte o bastante pra te dar um soco na cara, pra tentar descontar a dor que você está me causando. Mas eu sou fraco, tão fraco quanto você. Lee Hyukjae... Apesar de tudo, meu coração continua sendo seu.

- Donghae, isso não importa mais, nem meus pais, nem meu casamento, agora me diz onde você está. Donghae? Donghae? – A ligação fora cortada. A dor dilacerava seu coração, mas o grito estava trancado na garganta pelo choro insistente.  Encostou a cabeça no volante tentando controlar as lagrimas, em vão. ‘Lembra quando você prometeu cuidar do meu coração? ’ Claro que se lembrava.  Esfregou os olhos com o dorso da mão, tirando as lagrimas que manchavam sua visão. Cantando pneu, finalmente saiu do estacionamento rumo ao parque próximo à sua casa. Donghae só podia esta lá, no refúgio dos dois, como sempre faziam quando tinham que se encontrarem as escondidas. O percurso da igreja ao parque pareceu maior do que era. Não sabia o que Donghae planejava fazer, mas não importava, o salvaria, tinha que salvá-lo. Deixou o carro em frente ao parque, não se importando de retirar as chaves da ignição, nem de travá-lo. Forçava-se a correr mais do que podia, o que era difícil, pois o medo e o cansaço faziam com que suas pernas pesassem, e as lagrimas atrapalhavam sua visão. Parou ao ver mais na frente o moreno de costa pra si, encostado numa árvore. Buscou o máximo de ar que podia voltando a correr.

- Donghae... – Chamo-o baixo, mas ele não respondeu. Ficou desnorteado ao ver um de seus pulsos perdendo sangue. Toco-lhe o ombro, fazendo apenas pender pro lado revelando sua face pálida, quase sem vida. Os pequenos olhos sem forças se fechavam, deixando uma lagrima solitária correr pelo seu rosto. – Hae... Você... Não me deixe, eu estou aqui. Eu vou cuidar melhor de você... – Hyukjae sussurrou puxando-o pro peito.

- Hyukkie, a dor esta passando... – Hyukjae podia sentir os batimentos do outro ficarem cada vez mais fracos, não tinha mais jeito. Apertou o gélido nos braços soluçando baixinho. Beijou-lhe o topo da cabeça, deixando o queixo se apoiar ali. – Eu te amo... – sussurrou com seu último suspirou antes de perder as forças completamente, entregando-se pra morte.

Beijing  Ten years later...

Descansava sobre a cama, em meio a papeis e fotografias antigas. O sorriso era constante folheando um álbum. Gargalhou alto encontrando uma foto de Donghae ainda bebê com orelhas de coelho com o rosto todo melado de chocolate.

- Olha filho, o Hae Appa também era um porquinho como você. – Pegou o pequeno no colo, o ajeitando pra que ficasse numa posição confortável. 

- Eu não sou um porquinho. – Emburrou-se torcendo o bico.  O pai não resistiu e deu uma dentada carinhosa em sua face.  – Isso dói Appa, você é mal.

- Quem manda ser tão fofo Henry? – Hyukjae riu apertando as bochechas do pequeno que reclamava. – Aigoo, meu filho está tão grande... –Admirou a criança sorrindo bobo. – Tão bonito, nem parece aquele bebê feio que chegou aqui em casa quatro anos atrás. – Fez careta passando a mão pelos fios de cabelo castanho de Henry.

- Você também não está nada mal Appa. – O pequeno deu-lhe a língua imitando a careta do pai. – Você ainda sente falta dele não é? – Acariciou o rosto do pai com as pequenas mãos. Hyukjae suspirou assentindo com a cabeça. – Também ainda sinto falta da minha mamãe...  – Olhou pra baixo evitando o olhar do pai. – Sabe, depois que eu te conheci, a dor não ficou menor, mas... – Voltou a encarar o maior, com as bochechas coradas. – Você me deu motivos pra não ficar sofrendo, você me fez feliz. Eu... Te amo? – Respondeu confuso franzindo o cenho. Hyukjae estava surpreso pela declaração, desda adoção, o pequeno nunca tinha lhe mostrado os sentimentos, nem mesmo nos primeiros dias, em que ainda sofria com a morte repentina da mãe, sua única família até então. Abraçou-lhe afagando os cabelos do pequeno que agora era seu sopro de vida. A força que faltava pra recomeçar a vida depois de anos de dor sem Donghae, sem o apoio da família após largar o casamento arranjado.

Mesmo sendo feliz com seu filho, nunca nenhum outro sorriso lhe faria tão feliz quanto o de Donghae.


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Notas finais do capítulo

Eu realmente não sei como acabar. AUHAU '-'



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