Do Princípio... escrita por Vany Myuki


Capítulo 51
Ela voltou!


Notas iniciais do capítulo

Ela voltou! ( e dessa vez não foi o Valdemort ^^)
Enfim, meus leitores maravilhosos, magnifícos e totalmente explêndidos, eu devo dizer que o capítulo é meio monótono e poderia ser melhor, se não fosse minha pressa por adiantar a fic (desculpa mais os outros capítulos estão me fazendo correr nestes).
Bom, talvez (não sei ^^) vocês gostem, então...aí está!
Desculpem erros...



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P.O.V Pedro

Totalmente pronto e armado, caminhei para fora da caverna observando que os primeiros raios de sol começavam a brilhar no extremo do céu.

_Lúcia já partiu?_perguntei apenas para ter certeza que minha pequena estava em segurança.

_Ela e Lilliandil partiram à duas horas, devem estar um pouco para o Norte, é o mais perto que podem ficar para ter uma boa visão dos telmarinos quando estes avançarem.

Assenti sem olhar para Caspian, eu sabia que era dever meu não transparecer nervosismo, principalmente agora que a guerra estava prestes a se iniciar.

_Lúcia garantiu que fará com que Lilliandil forneça uma enorme claridade no céu quando eles estiverem se aproximando, é mais como um raio.

Olhei para Edmundo que estava do meu lado direito, a expressão de meu irmão mais novo demonstrava ansiedade pela luta, devo dizer que ele estava muito focado na Guerra tanto quanto eu.

_Espero que assim seja._disse seco, ainda não cultivava tamanha simpátia pela filha de Ramandu, algo no modo de agir da mesma demonstrava falsidade, de alguma forma era isso que eu vi quando olhava para ela.

_Ela o fará!_disse Caspian convicto.

Senti minha testa franzir-se, como Caspian podia ter tanta certeza que ela não nos apunhalaria pelas costas?

_Fora o próprio Aslam que a mandou Pedro, ele não mandaria alguém que não fosse de confiança._disse Edmundo dando de embros.

Afirmei para meu irmão, afinal ele tinha razão.

Aslam sabia em quem confiar, não mandaria uma cobra para dentro de nosso acampamento.

_Caspian, pesso que prepare os soldados no subsolo, sei que a hora está chegando.

Caspian olhou-me com a mesma certeza estampada em sua face.

_Não querendo me intrometer, porém já o fazendo, quero dar um palpite, você majestades permitem?

Eu, Edmundo e Caspian viramos para a voz que vinha detrás de nossas cabeças.

Christian estava parado já arrumado com suas devidas armas de combate.

_Fale logo Chris._disse Edmundo rindo para o mesmo.

Fiquei um pouco surpreso com a camaradagem dos dois, normalmente Edmundo era muito fechado e carrancudo, não tinha estima por ninguém e mantinha-se no anônimato na maioria das vezes.

Mais, ao que tudo parecia, desta vez meu irmão mudara, algo o mudara melhor dizendo.

_Os telmarinos terão total certeza que trata-se de uma emboscada se não avistarem o príncipe junto dos Reis._disse com uma certeza absoluta em sua voz.

Caspian deu um passo a frente e postou-se a falar:

_Acha mesmo que saberam? Quer dizer, e se soubessem eles não poderiam nada fazer, não é mesmo?_perguntou questionátivo.

_Acreditem, já fui do exército deles, eles podem parecer burros feito uma porta, mais há milhares de cabeças com uma capacidade de raciocínio que fariam qualquer coisa para se antecipar e acabar conosco o mais breve do que nunca.

_Mesmo assim o que eles fariam? Você tem um palpite?_perguntei com receio.

Christian assentiu e prosseguiu a falar:

_Eles, assim que verem que Caspian não se encontra junto dos demais, mandariam apenas metade de sua tropa, ou ainda menos dela, para nos atacar, e assim seria, seríamos testados e haveria muitas mortes, quando já estivessemos cansados eles nos atacariam com maior número de armas e homens, é como guerriar duas vezes em uma só batalha, mesmo que estejamos convictos e dispostos a lutar mais uma vez, o cansaço e o número vão nos sobrepôr, e acabaremos por dar-lhes a vitória, assim que o último narniano estiver no chão e a cabeça de vossas majestades cortadas como prêmios para o povo de Telmar.

Eu pude ver que Caspian ficou rígido ao meu lado, certamente ele presenciara o filme em sua cabeça assim como eu.

Olhei de soslaio para Edmundo, ele estava pensativo como sempre.

_Então, Caspian fica aqui em cima, na linha de frente e você comanda o subsolo. Aceita?_perguntei mesmo sabendo a resposta quando o rapaz sorriu feliz.

_Seria uma honra enorme._Christian se apressou e apertou minha mão, agradecido por estar liderando uma tropa.

Pude perceber que Caspian, apesar de saber que era o certo, ficara um pouco infeliz com a ideia de não comandar nosso pequeno exército que derrubaria os pilastres que sustentavam a Terra, mais era o jeito, Christian era um telmarino muito mais expêriente quando se tratava dos mesmos, ele sabia do que estava falando.

_Andem, se postem em seus devidos lugares, eles devem estar à caminho.

Todos os três assentiram, suas expressões tão sérias quanto à minha.

Depois disso virei-me e caminhei para frente da caverna, Caspian e Edmundo ficaram cada um ao meu lado, à espada reluzindo em suas mãos.

Pude ver que logo que nos postamos em nosso devido lugar, todos os demais narnianos fizeram o mesmo, a tensão dava para ser sentida ao nosso redor, com toda certeza essa era uma guerra que não possuímos tal certeza de vitória.

_Que Aslam esteja com todos!_falei mais para mim mesmo, mais o silêncio era tão profundo que todos ouviram e puseram-se a murmurar em concordância.

_Estará Pedro, sempre esteve!

Olhei para os lados, procurando quem havia dito tais palavras, mais ao que tudo indicava, havia apenas sido minha imaginação tentando confortar-me. 

Sendo ela ou não, teve o resultado esperado: uma fonte de leveza se aprofundou em meu ser, e em poucos segundos eu sentia-me aliviado, como se a vitória fosse um fato consumado.

P.O.V Lilliandil.

Lúcia e eu havíamos partido já a algum tempo do acampamento, certamente eu não estava gostando da história de estar embrenhada numa mata escura à passos de meus inimigos.

_Então Sú, a Lilliandil não reclamou mais? Quer dizer, vocês não estão mais descutindo?_perguntou Lúcia, atraindo minha atenção.

Nós estavámos parada em cima do cavalo, atrás de algumas moitas, era o lugar que Edmundo havia indicado no acampamento, apesar de ter minhas desconfianças sobre o lugar fiquei um pouco mais reconfortada quando Caspian concordou com o Rei.

_Bom, ela está bem mais calma._eu não sabia mais o que falar, era meio difícil agora que Suzana havia sido expulsa por mim mesma de meu corpo.

Lúcia não olhou para mim, uma vez que eu estava sentado atrás dela no cavalo.

_Estranho, ela não é de ficar muito quieta, principalmente em situações que fazem-se não convidativas aos olhos dela.

Abri a boca para falar que eu não era da forma que a Rainha imaginava, mas pelas Estrelas consegui me deter, apenas concordando com a cabeça.

_Você também está tão quieta, o que está pensando?_perguntou curiosa.

As perguntas de Lúcia estavam me encomodando, era como se ela estivesse-as fazendo propositalmente, como se ela soubesse que não era Suzana...

A verdade passou-se em minha cabeça e se estalou na mesma: Lúcia havia descoberto meu disfarce, de alguma maneira ela sabia que Suzana já não estava conosco.

Sorte que ela não me olhava, pois meu olhar em sua direção era de pura perplexidade.

_Estava pensando em Pedro._disse, afinal, se ela queria jogar eu jogaria com as mesma cartas.

Suspirei, assim como Suzana fez quando Pedro se aproximou de nós no acampamento.

Pude perceber que o muscúlo do queixo de Lúcia abaixou-se indignado.

Sorri, com toda certeza ela sabia que não era Suzana.

_Acho..._as palavras de Lúcia morreram a medida barulhos estrondosos começaram a sugir em um ponto mais afastado.

Nós duas paramos mal respirando, meu coração parecia querer fugir dali o mais rápido possível.

_Acha que são eles?_perguntei temerosa.

Lúcia disse, os olhos esbugalhados:

_Tenho certeza Lilliandil.

Lúcia não pareceu notar que disse meu nome, mais com toda certeza isso não me passou despercebido.

Quando guardas infileirados formalmente começaram a avançar, fazendossem mais visíveis, nós duas congelamos.

O exército deles eram muito mais numerosos, o número de armas era tamanho que jamais conseguiriamos sair vitoriosos.

_Precisamos ir embora._disse com um medo implacável em meu peito.

_Não, precisamos fazer o Raio, ande Lilliandil._Lúcia disse aos sussurros, virando em seguida para olhar para mim.

_Como descobriu?_perguntei sarcástica.

Lúcia fez uma cara muito pior do que todas que eu já havia presenciado, parecia que ela queria me devorar, de tão zangada que estava.

_Suzana não é nem de longe parecida com você!_rugiu a menina.

Que petulância da parte dela! Sei que é uma Rainha, mais sou filha de Ramandu, mereço devido respeito também.

_Com toda certeza ela não é parecida comigo! É uma pobre coitada que tentou mostrar serviço, porém acabou com a própria vida por isso, deixando em seguida vocês a mercê da própria sorte e fugindo ridículamente como a vadia que é!_exaltei-me o sangue subindo por minhas veias.

Eu não consegui identificar de onde veio, mais foi muito forte e entorpeceu minha face por inteira, era uma sensação nova, algo que jamais experimentara na vida, porém fez muita raiva exalar por todo o meu corpo.

Caí de costas no chão, ferindo meus braços com os pequenos pedaços de gravetos que ali se encontravam.

Lúcia pulou do cavalo e se abaixou ao meu lado.

_Não ouse chamar Suzana desse jeito, ou você vai levar um irmão gemêo desse tapa!_rosnou ela em meu ouvido.

Levantei-me cuidadosamente, sabia que o ódio estava mais do que nítido em minha face.

_Você vai se arrepender de ter feito isso!_falei estridente.

Levantei minha mão, focalizando toda minha raiva na mesma.

A pequena Rainha Lúcia se arrependeria de ter-me feito tamanha afronta.

Antes que minha mão lhe cobrisse a face algo duro agarrou-me pelo pulso e trancou meu braço atrás de minhas costas, fazendo-me gemer em dor.

_A minha pequena não, sua vaca!_disse a voz raivosa de Suzana, fazendo-me temer, pela primeira vez, minha vida.


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Notas finais do capítulo

Ameiiiii *-*
Pelo menos o final ^^
Enfim, espero que tenha gostado e pesso desculpas se exagerei nas "palavras feias" ^^
Mil beijos e eu amaria, de verdade, se comentassem *-*



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