Do Princípio... escrita por Vany Myuki


Capítulo 45
Horas antes da guerra


Notas iniciais do capítulo

Gente peço desculpas pela demora do capítulo, eu ia postar mais estou com uma gripe terrível, mal mesmo.
Enfim, peço desculpas pelo capítulo se ele não agradar à todos, afinal eu mal consegui lê-lo direito, estou pior do que cidade em época de enchente: em estado de calamidade pública ^^
Beijos pessoal.
Desculpem erros...



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P.O.V Lúcia

Eu caminhei para dentro da caverna confusa.

Eu queria definitivamente matar Lilliandil, pois quando encarei a imagem da mesma não foi Suzana que transpareceu nela, e sim a filha de Ramandu.

Comecei a me arrumar tentando encontrar uma maneira de encurralar ela e tirar a certeza de minhas dúvidas.

Mais algo dentro de mim mandava que eu fizesse o contrário, como se um aviso.

Talvez se eu aguçasse a raiva da filha de Ramandu ela conseguisse o corpo por inteiro, e algo me dizia que Suzana ainda estava lá.

Eu neguei-me a fazer isso, não podia arriscar a  vida de Suzana, quero dizer, se Lilliandil se alterrasse ao perceber que eu sabia da verdade talvez ela podesse até matar Suzana dentro de si mesma.

Engoli em seco, eu não podia arriscar tudo assim, era uma vida que estava em minhas mãos, a vida de minha amiga, irmã de coração...

Eu teria que levar essa mentira até o fim da batalha pelo menos, ai sim, se saíssemos vitoriosos, eu faria de tudo para tirar Suzana lá de dentro, mais, por hora, eu tinha que fazer-me de tonta, fingir que tudo estava como antes.

Era o mais prudente a se fazer, era o que Suzana faria.

Firmei a cabeça e saí preparada para fora da caverna, agora teria que encontrar Lilliandil e ir para minha missão.

Cerrei os punhos, lamentando ter que estar perto da egoísta filha de Ramandu e não lhe dar uma boa lição.

P.O.V Natália

Sem demora eu me juntei aos demais que duelavam, não querendo parecer muito cheia de mim mesma, eu tentei não mostrar todo o meu potêncial como guerreira, mais fiquei feliz ao constatar que ganhei três vezes consecutivamente de um minotauro, este devia ter o dobro de minha altura, mais como altura não tem nada ver com força fico feliz em dizer que me destaquei em nossa luta.

Vi o minotauro erguer as mãos e concentrar-se em sua respiração, um sinal de redenção.

_Descanse um pouco, e treine aquele golpe que lhe ensinei._eu disse me afastando do mesmo, procurando com os olhos alguém que estivesse livre.

_Quer treinar?_ congelei, de novo, ao som daquela voz.

Virei-me cuidadosamente para Jhuliano, e reprimi as emoções continuas de felicidade que passaram pelo meu corpo naquele exato momento.

Ele me olhou com cuidado, como se estivesse esperando alguma reação.

Finalmente consegui abrir os lábios e sussurrar um "sim" quase inaudível.

Percebi que ele sorriu e ergueu a espada, esperando que eu fizesse o mesmo.

Levantei minha espada, devo confessar que com uma dificuldade mais do que prevísivel, dado ao fato que aqueles olhos negros me encaravam assustadoramente atraentes.

_Quando estiver pronta._disse-me ele risonho.

Imaginei o quanto ridícula estava me saindo na frente dele, e sem mais delongas resolvi quebrar o feitiço que ele estava me impondo.

_Eu já nasci pronta!_disse debochada.

Jhuliano, ou melhor, Edmundo, eu teria que me acostumar com esse novo nome.

Edmundo ficou surpreso quando ataquei sem cerimônias, é claro que mesmo não querendo machuca-lo eu não lhe dei o chá de colher que havia dado para o minotauro, pelo contrário, mostrei o qual rápida posso ser com meus golpes.

Ele ria sorrateiramente quando achava dificuldades em lutar comigo.

Eu não consegui reprimir o som de uma risada cada vez que o sorriso se materializava na face angelical de meu amado.

Edmundo aproveitou minha distração com seu sorriso e me interceptou envolvendo-me com seus braços e repousando a lâmina da espada em meu pescoço, de forma que nossos rostos ficassem à milimetros um do outro.

Eu não conseguia respirar, isso sempre acontecia quando eu encarava-o, mais agora eu estava com meus pulmões implorando pelo oxigênio.

Edmundo desfez o sorriso brincalhão e encarou meus olhos profundamente.

Pude ver sua boca escancarrar-se em um misto de surpresa e carinho.

Não permiti-me sorri, eu não podia cultivar falsas esperanças, sempre fora assim durona, principalmente nas vezes que o encontrava e ele pouco se importava com minha presença.

Eu tinha que o conquistar em cada vida, mais por culpa da maldita dívida ele nunca fora de fato meu, haviam sempre empencilhos e forças maiores que conseguiam nos separar, sempre fora assim, não seria gora que a s coisas mudariam.

Suspirei, e pela primeira vez em milhões de anos deixei que uma lágrima escorresse pelo meu rosto, deixando o rastro de solidão, por falta de recíproco amor.

Pude ver os olhos de Edmundo arregalarem-se em choque.

Não aguentei mais ficar ali, presa em seus braços, em seu perfume....

Era tudo por demasiado dolorido.

Me livrei bruscamente de seus braços e enxuguei a lágrima que não achara um caminho.

_Vou comer algo._disse com a voz pastosa.

Ele me olhou com a boca escandalizada em surpresa.

Em segundos eu lhe dei as costas, e com medo que ele pedisse explicações deixei que minhas asas me levassem para o céu rapidamente.

Eu precisava de um pouco de ar, e ingeri esse durante o breve voo.

Em instantes desci até a entrada da fortaleza e me embrenhei para dentro da mesma.

Lugares fechados nunca me atraíam, mais esse parecia ótimo para esconder-me da fragilidade que Edmundo estava me causando.

P.O.V Christian

_Ok, preciso de cinco minutos._eu disse para um sátiro que lutava comigo, não estava cansado, pelo contrário, a vingança que ardia em minhas veias estava me mantendo eufórico a cada duelo que travava.

Pedi alguns minutos pelo fato de querer falar com Caspian, eu precisava saber em qual posição em ficaria quando chegasse a hora.

Depois de muito procurar entre todos que estavam ali, eu consegui avistar o príncipe falando com a tal filha de Ramandu, olhei desgostoso para a cena.

Eu não tinha sentido a mínima sempátia por Lilliandil, não conseguia imaginar Suzana nos traindo, ela fora a única que sempre lutara e acreditara nos narnianos, e pensar que aquela mulher, que agora encontrava-se conversando com o príncipe, havia se referido à ela como uma covarde, fazia meu sangue pulsar, mais eu tinha que me controlar, afinal, ela era uma mulher, por pior que ela fosse a feminialidade da mesma fazia com que eu não pudesse partir para cima dela e enche-la de uns bons cascudos por ter falado mal de minha Suazana.

Caminhei contráriado para onde eles estavam.

Eles não pareceram notar minha presença quando cheguei ali e continuaram sem nada a falar, tinham apenas os olhares grudados um no outro.

Eu fechei a cara, quer dizer que agora Caspian estava interressado por Lilliandil?

Quero dizer, ele não havia demonstrado o mesmo sentimento por Suzana?

Como ele podia ser tão indeciso?

Eu, com minha paciência totalmente esgotada, falei, sem me importar o qual grosso eu parecia:

_Acho que interrompo algo, mais que se dane!_os dois desviaram o olhar.

Caspian me olhou com indignação por culpa de minhas palavras empregadas na hora de falar, já a garota tinha a raiva transparente em sua face.

Eu olhei com nojo para ela, deixando claro que também não tinha nenhuma estima pela mesma.

_Que modos são..._não deixei que Caspian continuasse com um sermão e apressei-me em falar.

_Não venho para falar de modos, e sim da Guerra. Lembra dela, não é mesmo?_perguntei sarcástico, arqueando as sombrancelhas na direção dos dois.

Caspian virou-se para Lilliandil e falou sem jeito:

_Nos dê licença, por favor.

A filha de Ramandu ia contradizer as palavras do príncipe, mais eu, que já havia gastado o restante de paciência, fui mais rápido e puxei Caspian pelas vestes, deixando claro que não me importava de ele ser ou não um príncipe.

Não liguei para os protestos do mesmo, quando enfim nos afastamos alguns passos da filha de Ramandu eu o larguei.

Caspian, para minha surpresa, não parecia ofendido, pelo contrário, parecia aliviado de eu ter-lhe tirado do lado da estrela.

_Não sei se lhe agradeço ou lhe dou a senteça de morte._disse ele com o olhar divertido.

Eu pus-me a abrir a boca, afinal, esperava uma reação mais violenta do príncipe.

_Não queria ficar ali?_perguntei apontando para o lugar que Lilliandil deixava com os olhos ardendo em ódio.

Caspian suspirou encomodado.

_Não sei..., não é certo, ela não possuí o mesmos olhos..._Caspian não estava falando comigo, era evidente, falava mais consigo mesmo.

_Não entendi nada, é claro._eu disse fazendo um sinal de frustação._Mais, de qualquer forma, não fora isso que eu vim discutir.

Caspian olhou-me com curiosidade.

_O que seria?_perguntou-me.

_Devo ficar no subsolo ou na linha de frente com os Reis?_perguntei direto, era hora de alguém parar com tanta embromação.

Caspian assentiu pensando no assunto.

_Quero que fique no subsolo, seremos os primeiros a atacar quando saímos pela porta improvisada, e acho eu, que você quer ser um dos primeiros a atacar os telmarinos.

Caspian riu, provavelmente lembrando-se que eu era um deles.

_Certamente que sim, pena que não posso atacar o telmarino que eu quero._falei ríspido, deixando claro que queria ataca-lo, porém tais circunstâncias me empediam de tal ato, e de alguma forma, Suzana também me empedia, afinal, ela gostava do príncipe e eu não ousaria fazer mal a ela, pois eu tinha total certeza que ela voltaria, cedo ou tarde.

Caspian se preparava para apunhalar-me com palavras, mais  rumei, sem nada dizer, para o treinamento, tentando controlar meus pés de não voltar lá e acerta-lo com um só golpe, eu precisava acalmar-me.

Com tais pensamentos comecei a treinar novamente, e dessa vez não haveria minutos de descanso, pois eu estava, mais do que nunca, preparado para lutar.


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Notas finais do capítulo

Bom, queria deixar um beijo grande para todos os meus leitores, sem vcs e seus comentários magníficos eu já teria desistido da fic, então meu sincero obrigada *----*
Enfim, eu vou amar se por acaso poderem comentar, sério, isso me faz muito feliz.
Me alegra demais ;)
Beijos, eu adoro todos vcs ♥