Do Princípio... escrita por Vany Myuki


Capítulo 23
Enchergando


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de dizer que estou amando os comentários que vcs, leitoras, vem deixando na fic *-*
Outra coisa, este capítulo decidi narrar em primeira pessoa, ou seja, nossa narradora será a própria Suzana.
Devo dizer que o capítulo não ficou tão esclarecido quanto eu queria, mais pelo menos eu tentei ^^
E mais uma coisa, venho demorando para postar os capítulos, e peço desculpas por isso, é porque este ano é ano de vestibular e já comecei a estudar para o mesmo, sendo assim, peço que não se preocupem se os capítulos demorarem, pois eu sempre arrumarei tempo para posta-los ;)
Ficou pequeno, mais fiz de coração.
Beijos e espero que gostem da leitura.
Desculpem erros...



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Senti-me indisposta para levantar, sabia que quando o fizesse toda a realidade cairia sobre minha cabeça.

Ainda com os olhos fechados coloquei-me a lembrar dos fatos anteriores:

Eu sabia que tinha morrido, isso era certo.

Também estava ciente que não teria meu corpo humano novamente.

E sabia, mais do que tudo, que a conversa que tive com Aslam não havia sido um sonho.

Embora eu achasse que toda aquela conversa era algo além do meu entendimento, estava muito feliz por saber que ainda ficaria com os demais, fazendo-me útil para algo de certa maneira.

Aslam não havia específicado qual seria minha tarefa na batalha final que estava por se encaminhar, mais de alguma forma, eu sabia que não ficaria de braços cruzados, sendo eu um fantasma ou não.

Os raios de sol começaram a queimar o meu rosto fazendo-me levantar logo em seguida.

Abri os olhos e percebi que a floresta em que estava era a mesma em que Lúcia se escondera dos demais o dia em que Pedro lhe expulsou da reunião.

Devo dizer que senti muita felicidade por não precisar ficar perdida na floresta e mais felicidade ainda por não estar longe de todos os meus amigos.

Quando já estava de pé e começava a andar percebi que havia muito barulho vindo do lado onde ficava a fortaleza.

Alguns passos mais à frente o barulho só aumentava.Não pude evitar de sorrir ao ver que eram eles, em menor número devido à tantas mortes que tivemos, mais ainda sim eram eles.

Olhei de onde estava e pude ver que todos duelavam e treinavam seus arcos, mas algo estava estranho.

Percebi que todos lutavam com ódio e raiva, muitos demonstravam tristeza e outros apenas mantinham-se indecifravéis.

Senti-me muito ruim e responsável por isso, de qualquer forma fora eu que coloquei todos em risco e causei muitas mortes.

Tentei fazer com que este sentimento saísse de meu ser, afinal Aslam havia me enviado apenas para uma "missão" de certa forma, ele não iria gostar que eu ocupasse meu tempo corroendo-me com este sentimento.

Suspirei, e caminhei para a fortaleza, achei que certamente quando todos me vissem iriam ficar surpresos e assustados, principalmente pelo fato de uma luz irradiar em minha cabeça e um vestido branco cubrir minha pele já muito pálida, literalmente eu só não era um fantasma como parecia um.

Concentrei-me em ver a reação dos narnianos.

Caminhei, caminhei...

De certa forma isso estava errado, parecia que eu estava invisível.

Como se uma flecha me atingisse e trouxesse minha sanidade de novo, percebi que quando Aslam disse que eu não teria meu corpo ele quis dizer que eu literalmente eu não teria meu corpo.

Foi com uma certeza tristeza que caminhei por entre todos que treinavam sem sequer ser notada.

Entrei dentro da caverna à procura das majestades, mesmo sabendo que não me veriam eu tinha de vê-los, ficar perto deles fazia-me sentir bem novamente e isso era a única coisa que me restava, pelo que tudo parecia.

Quando adentrei mais afundo na caverna percebi que um silêncio mórbito caia sobre o lugar.

Olhei para mais além e percebi que uma parede de gelo se erguera onde outrora estava a imagem de Aslam.

Meu coração acelerou e tudo pareceu passar com uma certa lentidão sobre meus olhos.

Pedro, Lúcia, Trumpkin, Edmundo e Christian passara por mim ser nem me notar e em poucos minutos já se encontravam com a criaturas que estavam no mesmo lugar.

Lúcia estava tentando salvar Trumpkin do anão Nikabrik, mais este parecia estar levando vantagem sobre os dois.

Edmundo duelava com um tipo de lobisomem, se é que aquilo era um lobisomem.

Christian estava lutando com um ser não indentificado ao meu ver, era um tipo de coisa meio bruxa, ela segurava um cajado em uma das mãos, com toda certeza era algo que não se dava para identificar.

Avistei Cáspian, e meu coração se alegrou ao ver que o príncipe estava bem e vivo;

Olhei mais atentamente a cena e vi que ele estava com um corte em uma das palmas das mãos, essa gotejava sangue.

Olhei novamente para o rosto de Cáspian e percebi que seu olhar estava hipnotizado, segui seu olhar e vi que havia uma mulher.

Senti meu coração parar quando percebi quem era, só podia ser a Feiticeira Branca, a qual as histórias relatavam, ter feito muito mal a Nárnia por muito tempo, ela que lutara contra os narnianos e contra as majestades em busca de acabar com a profecia e ter o trono para si mesma.

Lembrei que certa vez em uma dessas histórias alguém falara que a feiticeira ainda era muito poderosa e que a qualquer momento ela podia vir a ressuscitar e trazer todo o mal novamente para Nárnia.

Acordei, metaforicamente falando, e vi Pedro empurrar Cáspian, ele falava alguma coisa para a feiticeira e esta também lhe falara.

Percebi que Pedro ficou com os olhos igualmente aos de Cáspian, era certo o que aconteceria.

Olhei novamente para os demais, todos estavam aparentemente muito ocupados lutando.

E antes que pudesse reacíocinar corri para perto da imagem da feiticeira.

Eu não sabia o que estava fazendo mais sentia-me extremamente furiosa e forte ao mesmo tempo.

Arranquei a espada da mão de Pedro e enfiei-a na feiticeira.

Vi surpresa lampejar em seus olhos e em poucos segundos o muro de gelo fora transformado em pequenos pedaços do mesmo.

Olhei para espada em minhas mãos, ofeguei ao ver que não era apenas a espada que brilhava, eu estava brilhando e não era um brilho ruim, era um brilho tênue que irradiava de minha pele mais que dava uma sensação de conforto aos olhos.

Olhei para trás e percebi que todos já haviam conseguido livrarssem de seus oponentes.

Sorri para eles, ao ver que eles estavam enchergando a minha imagem.

Eu vi que a surpresa no olhar de todos os presentes era evidente, mais a emoção era ainda maior do que esta.

Eu estava tão feliz que levei um susto quando a espada caiu de minhas mãos e o brilho se apagou.

Encarei os demais e percebi que olhavam confusos, e o pior é que não olhavam para onde eu estava, varriam com os olhos o cômodo à procura de minha imagem.

Senti meu coração doer ao perceber que eles não conseguiam mais me ver.

Tentei, num impulso desesperado recolher a espada do chão mais minha mão passou por esta sem se quer movê-la.

Eu estava aturdida, eu havia conseguido matar a feiticeira com a espada e havia aparecido para eles, mais agora tudo já não funcionava.

Encarei-os novamente, eles se entreolhavam os olhos interrogativos.

Levantei-me e percebi que um olhar ainda estava cravado em mim.

Cáspian estava caído e seus olhos brilhavam em minha direção.

Achei que talvez ele apenas estava tentando esclarecer o que vira, mais algo fazia com que ele parecesse que estava de fato ainda me vendo.

Eu sorri, não sei se o fiz por estar triste ou por querer que ele me visse, já que mais ninguém o conseguia.

Assustei-me ao notar que ele correspondeu meu sorriso e sussurrou com lágrimas nos olhos.

_Suzana.

Não sei o que senti, mais o que tenha sido fez-me criar uma esperança que à muito já havia perdido.


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Notas finais do capítulo

Estou aqui para me desculpar, sei que o capítulo não ficou muito bom, mais tentei fazer o máximo para melhora-lo ^^
Espero que tenham gostado, e mesmo se não tiverem não deixem de comentar para me dizer no que posso melhorar.
Beijos *-*