Estava uma bela manha, e era nosso primeiro dia de aula. Nós já sabíamos que no próximo ano não estaríamos mais aqui, com certeza estaríamos atras das horcuxes de você-sabe-quem. Harry teimava em dizer que queria ir sozinho, mas o Ron e eu não deixaríamos, ficaremos com o Harry até o fim, afinal somos amigo.

Prometi a mim mesma que esse ano seria diferente, que não mais me apegaria a ninguém, pois  a separação no fim do ano letivo seria bem difícil. E talvez após sairmos do castelo, não haverá retorno. Pode nos acontecer qualquer coisa no caminho.

Levantei da minha cama, do quarto dos monitores, arrumei minha roupa e fui tomar banho. Troquei-me e quando fui sair dei de cara com aquela doninha nojenta.

-Precisa demorar tanto assim, sua sangue-ruim? Por mais que você demore, seu cheiro nojento não vai sair- Disse Malfoy com aquela de desdém que fazia sempre ao me ver.

-Cala boca Malfoy, não to a fim de discutir com você logo cedo. - Virei as costas e saí andando.

Apenas ouvi o Malfoy resmungando entre dentes “Aquela sangue ruim imunda”. Mas este ano não to nem ligando pro Malfoy. Tenho muito mais com o que me preocupar.

Desci para o salão principal, encontrei Ron e Harry nas escadas. Os dois como sempre já estavam discutindo sobre quadribol. Fomos tomar nosso café da manhã, sentei ao lado da Gina e começamos a conversar sobre vários assuntos, mas como sempre quando estava com a Gina o principal era sempre Harry.

-Então, Mione, porque você nunca fala de nenhum garoto? Sempre sou que falo dos meus “amores” e você sempre fica apenas me ajudando. Você desistiu do Rony?

-Âhh, é..... bem  eu não sei bem. Sei lá o eu gosto do Rony, mas ele me vê apenas como amiga e.....- Eu nem sabia se eu gostava do Rony de verdade, afinal, agora que ele estava com a Lilá, eu nem me importava mais, no começo doeu um pouco, mas agora.... Nem sei mais- Nesse momento vi Malfoy entrar no salão principal, ele me olhou, senti meu coração desparar, ele estava muito bonito naquele uniforme da sonserina. O que? Não eu não estava pensando nisso. Não mesmo. Malfoy é um COMENSAL DA MORTE. Eu não posso acha-ço bonito, em hipótese alguma. Gina continuava falando comigo, resolvi prestar atenção no que ela dizia

- A:miga, eu acho que você deveria realmente falar com o Rony sobre tudo que você sente, não guarde esse sentindo apenas para você. –Gina sempre sabia o que dizer, gostava de falar com ela, pois ela dava bons conselhos.

A nossa primeira aula era de poções, era a primeira vez que entravamos naquela sala e ela não estava sombria, o professor Horacio mudou totalmente a decoração do local. A sala estava mais clara, mais limpa e organizada. Em cima da mesa do professor, tinha um frasco pequeno, com uma poção brilhante. Tinha um cheiro agradável e me lembrava alguém, mas não sei quem era. O professor Slughorn entrou na sala e todos ficaram em silencio.

-Garotos, alguém sabe me dizer qual é esa poção que está aqui em cima da minha mesa?

Eu sabia, então levantei minha mão. Nesse momento Draco Malfoy entrou na sala. Havia apenas um lugar, e esse era bem do meu lado. Draco sentou ali mesmo, e percebi qual era o cheiro que senti.

-Muito bem srta Granger, qual é essa poção?- Perguntou-me professor Slughorn

-É a poção do amor. Ela tem um cheiro diferente para cada pessoa. É com certeza uma poção muito perigosa.

-Muito bem srta Granger. 10 pontos para grifinoria. A srta poderia nos dizer qual o cheiro que a você está sentindo nesse momento?

-Bem, estou sentindo o cheiro de um Shampoo, (não vou que é o shampoo que o Draco usa, de jeito nenhum) e de doninha. Talvez seja porque eu amo esse bichinho, eu não sei.

Nesse momento Harry olhou para mim com cara “Voce não disse isso”, senti minhas bochechas queimarem. Malfoy olhou para mim,não havia percebido até então, que ele tinha olhos azuis acinzentados, e seu olhar era tão intenso que senti como se ele pudesse ler minha mente.

O professor terminou a aula, e sai da sala correndo. Harry veio atrs de mim.

-Hermione, spere, quero falar com você!!!!!!!!!!!!!

-Harry agora não dá. To atrasada para a próxima aula.- Mas o Harry não desistiu. Segurou meu braço e me puxou para dentro de uma sala vazia.

-Hermione, que negocio é esse? Cheiro de Shampoo, Doninha? Hermione, você ta apaixonada pelo Malfoy?

Fiquei sem palavras, não sabia o que dizer. Últimamente, sempre que via o Malfoy me sentia estranha. Não queria mais brigar com ele.

-Harry, porque você está falando isso? Não eu to apaixonada pelo Drac...Malfoy.- Eu não ia conseguir esconder isso do Harry, ele me conhecia, saberia que eu estava mentindo- Como eu poderia Harry, estar apaixonada por um “mini-Comensal” egocêntrico?

-Hermione, eu sei, não adianta você esconder de mim. E o Malfoy percebeu! Hermione, por favor, não se envolva com o Draco, ele vai te magoar e eu juro que se ele fizer isso com você eu mato aquele.......-Harry ia xingar o Malfoy, mas resolveu não fazer.

Saimos da sala e vi, pelo menos eu achei que vi, o Draco atrás de correndo para tras de uma parede onde não poderíamos ve-lo.

O dia se passou tranquilamente. Harry prometeu não contar para ninguém sobre o que eu achava que estava sentindo pelo Draco.

Subi para a ala dos dormitórios dos monitores. Estava mais vazio do que de costume. A luz estava apagada. Eu não iria acende-la. Resolvi ir diretor para o meu quarto. Precisa pensar sobre tudo isso. Como eu não tinha percebido que estava apaionada por um Malfoy? Eu sabia que seria impossível. Draco JAMAIS namoraria uma “sangue-ruim” como eu. Ele sempre se orgulhou da sua arvore genealogia ter apenas “sangue-puro”.

Cheguei no meu dormitório. Abri a porta, acendi a luz. Quando me virei para minha cama, ele estava lá. Draco Malfoy estava sentado na minha cama.

O que será que ele queria?