Doidas Demais escrita por Lolis, Nessa Poison


Capítulo 5
Capitulo 04 - As Irmãs Doidonas


Notas iniciais do capítulo

Eu sei. Demorei. Mas não tive a intenção, é que eu ando meio com a vida corrida... Mas venho me redimir com esse capitulo *_* Espero que gostem!
Enjoy it! - Lolis



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Sunset Strip, Los Angeles, Califórnia – 22 de junho de 1989

Los Angeles era diferente de tudo que eu e Donna já tínhamos visto. Diferente das outras cidades por onde havíamos passado, no interior dos Estados Unidos, principalmente, Los Angeles era viva.

A nossa esquerda, um grupo de mendigos brigava por um cheeseburguer, a nossa direita, garotas de leggings coloridas e cabelos enrolados para cima, lotavam um salão de beleza e a nossa frente, malabaristas divertiam – e roubavam motoristas nos faróis.

- Acho que gostei desse lugar... – Donna comentou observando tudo atentamente e depois sorrindo satisfeita.

- Eu também, maninha. – concordei tirando os óculos escuros e estacionando o carro em frente a uma espécie de boate.

Rainbow.

- Por que parou aqui? Pensei que fossemos ver um apartamento.

- Temos que achar uma vitima antes – falei – E esse lugar parece perfeito.

Apontei para a quantidade de homens, vestidos em suas jaquetas de couro e calças de fibra que entravam no estabelecimento.

- Acha que vamos achar algum astro do rock aí? – Donna quis saber.

- Provavelmente. Ouça, se acharmos, já sabe o que fazer, certo?

- Sei – ela deu os ombros indiferente – Tenho uma navalha na bota em caso de emergência e uma calibre 44 no bolso da jaqueta. O que poderia dar errado?

- Não, eu não falo de armas. Me refiro a como vamos engana-los. Não somos groupies de verdade.

Donna pareceu pensar a respeito.

- Bom, eu creio que groupies dêem em cima dos caras. Vamos fazer isso, então.

- Ótimo – concordei – Acha que uma calibre 38 é o suficiente?

- Pegue mais essa Derringer. Ela pode ser pequena, mas é útil. – disse me entregando a minúscula arma de cano duplo – Vamos.

Saímos do carro e entramos na boate.

Mesas e mais mesas abarrotadas de bebida, mulheres e aspirantes a astros do rock.

- Parece que temos concorrência. – Donna riu, se referindo as mulheres que lá estavam.

Ri.

- Vamos chutar uns traseiros... Vê se você acha algum astro em potencial.

Donna procurou naquela multidão.

- Quem é o cabeludinho ali? – ela me cutucou e indicou com a cabeça um homem no balcão.

Eu sabia muita coisa sobre rock e sobre os artistas desse ramo. Da mesma forma que Donna seria se extrema utilidade quando lidássemos com os punks, eu estava ajudando com os astros do hard rock atuais.

- Oh Meu Deus, não acredito que Jon Bon Jovi está aqui... – me choquei.

- Ele parece famoso... e arrogante. – Donna comentou.

- Ele é famoso. E só um pouquinho excêntrico... – suspirei – Será que ele assina minha camiseta se eu pedir?

Donna me encarou cética.

- É talvez. Depois que eu atirar nele e capar toda a grana do cara, ele com toda a certeza vai se sentir a vontade para assinar sua camiseta.

- Desculpe, foi só uma sugestão – fiz careta. Donna bufou.

- Aham, tudo bem. Vamos logo com isso.

- Você o atrai para os fundos, pode ser?

- Por que eu?

- Por que não?

- Não fui com a cara dele... – ela franziu o cenho. Rolei os olhos.

- Eu atraio – resolvi. – Te dou um sinal quando for o momento.

- Que tipo de sinal?

- Um sinal. Não resolvi ainda que tipo pode ser, só fique atenta.

- Certo. Posso me ocupar de algo enquanto isso?

- Por exemplo...

- Conversar com o barman ali... – ela disse mostrando um cara musculoso pegando bebidas.

- Pode – ri – Mas pergunta se ele tem um irmão gêmeo, ok?

- Ok... – ela falou sem prestar muita atenção, já indo em direção ao balcão.

Caminhei até Bon Jovi.

- Olá... – cumprimentei me sentando num banco ao lado.

- Oi... – ele respondeu tomando um gole da bebida.

Chamei a balconista.

- Um pouco de vodka, por favor. – pedi.

Bon Jovi me encarou.

- Vodka, garota? Já pretende começar pela vodka?

- Que mal há nisso? – falei inocentemente.

- Bom, é forte demais para alguém na sua idade.

- Ah é? E que idade eu tenho?

- Menos de vinte. Acertei?

- Não. Tenho vinte um.

Ele estranhou.

- Não parece.

- O senhor bebeu muito... – balancei a cabeça de leve.

- O senhor? – ele pareceu se irritar – Não sabe quem eu sou?

Neguei.

- Eu sou Bon Jovi, menina – ele se apresentou pomposo – O prazer é todo seu.

- Claro, Bon Jovi, como eu não te reconheci...? – dei um gole na minha recém – chegada bebida.

- É verdade. Geralmente as menininhas fazem loucuras para chegar perto de mim... – ele pareceu se recordar de algo horripilante – Escute, não que beber num local mais reservado?

- Pode ser... – dei os ombros e fui puxada até uma mesa, localizada perto das portas do fundo.

Bon Jovi me beijava furiosamente, numa parede de concreto, aos fundos da boate.

‘Cadê a Donna?’ me irritei. Ele me beijava ainda mais. Me afastei.

- O que foi? – ele pareceu confuso ao ver minha cara.

- Hã? Ah, nada não. É que preciso ir ao banheiro...

- Certo. Não fuja, gracinha...

- Não vou fugir... – sorri sem graça. Corri de volta para a boate e procurei Donna.

A achei, ainda no balcão, se atracando com o barman. Os dois estavam tão grudados, que alguém estranho não saberia separa-los corretamente.

- Dominique! – gritei. Ele virou o rosto alarmada.

- Lottie! – falou empurrando o homem para longe em limpando o borrado de batom.

- O que exatamente é isso? – quis saber.

- Bom, você parecia tão entretida na conversa do tal Bon Jovi que eu resolvi aproveitar um pouquinho também...

- É, mas a questão é que o Bon Jovi já está lá fora a ponto de tirar as calças! Será que daria para você pegar sua calibre 44 ou seja lá o que você tiver ai e entrar em ação?

Donna suspirou.

- Dá... – disse mal-humorada. – A propósito, o George não tem um irmão gêmeo.

- George?

- Sim, é o nome do barman.

Revirei os olhos e saí na frente.

- Hey! – chamei. Bon Jovi se virou para mim.

- Pensei que havia fugido.

- Por que eu faria isso? – me fiz de ofendida. Ele sorriu e me agarrou novamente.

Não por muito tempo. Donna havia posto a arma na nuca dele, e o calibre gelado da 44, o paralisou no momento.

- Passa a grana. – ela disse pausadamente.

Bon Jovi ergueu as mãos lentamente para cima.

- Não tenho grana.

- Tem – confirmei sacando minha calibre 38 e pondo contra o nariz dele – E eu posso provar.

Enfiei minha mão no bolso de trás dele e puxei um cartão de débito.

- Isso é nosso agora. – Donna determinou – Tem algo que precisa reclamar?

- Na verdade sim. Por que diabos estou sendo roubado por groupies?

Rimos.

- Não somos só groupies, baby... Somos as Irmãs Doidonas.


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Notas finais do capítulo

Rewiens?
Bjs
Lolis



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