Doidas Demais escrita por Lolis, Nessa Poison
Notas iniciais do capítulo
Eu sei. Demorei. Mas não tive a intenção, é que eu ando meio com a vida corrida... Mas venho me redimir com esse capitulo *_* Espero que gostem!
Enjoy it! - Lolis
Sunset Strip, Los Angeles, Califórnia – 22 de junho de 1989
Los Angeles era diferente de tudo que eu e Donna já tínhamos visto. Diferente das outras cidades por onde havíamos passado, no interior dos Estados Unidos, principalmente, Los Angeles era viva.
A nossa esquerda, um grupo de mendigos brigava por um cheeseburguer, a nossa direita, garotas de leggings coloridas e cabelos enrolados para cima, lotavam um salão de beleza e a nossa frente, malabaristas divertiam – e roubavam motoristas nos faróis.
- Acho que gostei desse lugar... – Donna comentou observando tudo atentamente e depois sorrindo satisfeita.
- Eu também, maninha. – concordei tirando os óculos escuros e estacionando o carro em frente a uma espécie de boate.
Rainbow.
- Por que parou aqui? Pensei que fossemos ver um apartamento.
- Temos que achar uma vitima antes – falei – E esse lugar parece perfeito.
Apontei para a quantidade de homens, vestidos em suas jaquetas de couro e calças de fibra que entravam no estabelecimento.
- Acha que vamos achar algum astro do rock aí? – Donna quis saber.
- Provavelmente. Ouça, se acharmos, já sabe o que fazer, certo?
- Sei – ela deu os ombros indiferente – Tenho uma navalha na bota em caso de emergência e uma calibre 44 no bolso da jaqueta. O que poderia dar errado?
- Não, eu não falo de armas. Me refiro a como vamos engana-los. Não somos groupies de verdade.
Donna pareceu pensar a respeito.
- Bom, eu creio que groupies dêem em cima dos caras. Vamos fazer isso, então.
- Ótimo – concordei – Acha que uma calibre 38 é o suficiente?
- Pegue mais essa Derringer. Ela pode ser pequena, mas é útil. – disse me entregando a minúscula arma de cano duplo – Vamos.
Saímos do carro e entramos na boate.
Mesas e mais mesas abarrotadas de bebida, mulheres e aspirantes a astros do rock.
- Parece que temos concorrência. – Donna riu, se referindo as mulheres que lá estavam.
Ri.
- Vamos chutar uns traseiros... Vê se você acha algum astro em potencial.
Donna procurou naquela multidão.
- Quem é o cabeludinho ali? – ela me cutucou e indicou com a cabeça um homem no balcão.
Eu sabia muita coisa sobre rock e sobre os artistas desse ramo. Da mesma forma que Donna seria se extrema utilidade quando lidássemos com os punks, eu estava ajudando com os astros do hard rock atuais.
- Oh Meu Deus, não acredito que Jon Bon Jovi está aqui... – me choquei.
- Ele parece famoso... e arrogante. – Donna comentou.
- Ele é famoso. E só um pouquinho excêntrico... – suspirei – Será que ele assina minha camiseta se eu pedir?
Donna me encarou cética.
- É talvez. Depois que eu atirar nele e capar toda a grana do cara, ele com toda a certeza vai se sentir a vontade para assinar sua camiseta.
- Desculpe, foi só uma sugestão – fiz careta. Donna bufou.
- Aham, tudo bem. Vamos logo com isso.
- Você o atrai para os fundos, pode ser?
- Por que eu?
- Por que não?
- Não fui com a cara dele... – ela franziu o cenho. Rolei os olhos.
- Eu atraio – resolvi. – Te dou um sinal quando for o momento.
- Que tipo de sinal?
- Um sinal. Não resolvi ainda que tipo pode ser, só fique atenta.
- Certo. Posso me ocupar de algo enquanto isso?
- Por exemplo...
- Conversar com o barman ali... – ela disse mostrando um cara musculoso pegando bebidas.
- Pode – ri – Mas pergunta se ele tem um irmão gêmeo, ok?
- Ok... – ela falou sem prestar muita atenção, já indo em direção ao balcão.
Caminhei até Bon Jovi.
- Olá... – cumprimentei me sentando num banco ao lado.
- Oi... – ele respondeu tomando um gole da bebida.
Chamei a balconista.
- Um pouco de vodka, por favor. – pedi.
Bon Jovi me encarou.
- Vodka, garota? Já pretende começar pela vodka?
- Que mal há nisso? – falei inocentemente.
- Bom, é forte demais para alguém na sua idade.
- Ah é? E que idade eu tenho?
- Menos de vinte. Acertei?
- Não. Tenho vinte um.
Ele estranhou.
- Não parece.
- O senhor bebeu muito... – balancei a cabeça de leve.
- O senhor? – ele pareceu se irritar – Não sabe quem eu sou?
Neguei.
- Eu sou Bon Jovi, menina – ele se apresentou pomposo – O prazer é todo seu.
- Claro, Bon Jovi, como eu não te reconheci...? – dei um gole na minha recém – chegada bebida.
- É verdade. Geralmente as menininhas fazem loucuras para chegar perto de mim... – ele pareceu se recordar de algo horripilante – Escute, não que beber num local mais reservado?
- Pode ser... – dei os ombros e fui puxada até uma mesa, localizada perto das portas do fundo.
Bon Jovi me beijava furiosamente, numa parede de concreto, aos fundos da boate.
‘Cadê a Donna?’ me irritei. Ele me beijava ainda mais. Me afastei.
- O que foi? – ele pareceu confuso ao ver minha cara.
- Hã? Ah, nada não. É que preciso ir ao banheiro...
- Certo. Não fuja, gracinha...
- Não vou fugir... – sorri sem graça. Corri de volta para a boate e procurei Donna.
A achei, ainda no balcão, se atracando com o barman. Os dois estavam tão grudados, que alguém estranho não saberia separa-los corretamente.
- Dominique! – gritei. Ele virou o rosto alarmada.
- Lottie! – falou empurrando o homem para longe em limpando o borrado de batom.
- O que exatamente é isso? – quis saber.
- Bom, você parecia tão entretida na conversa do tal Bon Jovi que eu resolvi aproveitar um pouquinho também...
- É, mas a questão é que o Bon Jovi já está lá fora a ponto de tirar as calças! Será que daria para você pegar sua calibre 44 ou seja lá o que você tiver ai e entrar em ação?
Donna suspirou.
- Dá... – disse mal-humorada. – A propósito, o George não tem um irmão gêmeo.
- George?
- Sim, é o nome do barman.
Revirei os olhos e saí na frente.
- Hey! – chamei. Bon Jovi se virou para mim.
- Pensei que havia fugido.
- Por que eu faria isso? – me fiz de ofendida. Ele sorriu e me agarrou novamente.
Não por muito tempo. Donna havia posto a arma na nuca dele, e o calibre gelado da 44, o paralisou no momento.
- Passa a grana. – ela disse pausadamente.
Bon Jovi ergueu as mãos lentamente para cima.
- Não tenho grana.
- Tem – confirmei sacando minha calibre 38 e pondo contra o nariz dele – E eu posso provar.
Enfiei minha mão no bolso de trás dele e puxei um cartão de débito.
- Isso é nosso agora. – Donna determinou – Tem algo que precisa reclamar?
- Na verdade sim. Por que diabos estou sendo roubado por groupies?
Rimos.
- Não somos só groupies, baby... Somos as Irmãs Doidonas.
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Rewiens?
Bjs
Lolis