Hanna deixou o carro de sua mãe e desceu a colina. Se aproximou da Casa Grande e pôde ver Sr. D e Quíron jogando pinochle em sua velha mesa de carteado na varanda.

– Seja bem vinda de volta, Hanna Manson. - Quíron disse, lançando um olhar feio para o Sr.D.

– Que foi? Humpf, tá bom, seja bem vinda, Lanna Benson. - Ele disse, sem tirar os olhos de sua Diet Coke.

– É Hanna Man... Esquece. - Ela disse, percebendo que não adiantava contrariar o Sr. D.

Correu para o chalé de Atena, entrou e jogou suas coisas na cama próxima à janela. Nenhuma de suas irmãs havia chegado ainda. Ela saiu do chalé, e correu em direção ao chalé treze. Entrou lá, mas não havia ninguém. Resolveu pregar uma peça em Nico. Ficou fora do chalé, e quando viu que ele chegara e estava vindo, ela entrou e se escondeu no armário. Ele entrou em seu chalé cantarolando uma música de rock e quando foi guardar suas coisas no armário, Hanna saiu de lá e pulou em cima dele.

– Hanna! Caramba, que saudades! - Ele disse, depois de se recuperar do susto. Eles se beijaram apaixonadamente, matando as saudades acumuladas durante um ano inteiro. Nico estava mais alto, forte e seu rosto parecia mais vivo, saudável. Seus cabelos pretos estavam bagunçados, como sempre.

– Eu te amo demais. - Hanna sussurrou ao ouvido de Nico.

– Eu te amo mais, muito mais. - Ele disse. Hanna sentou na cama de Nico e ele continuou a arrumar suas coisas no armário, enquanto conversavam sobre o ano.

– Deixa que eu arrumo isso pra você. - Ela disse, pegando as coisas da mão dele. - Você só tá deixando tudo pior.

Começou a organizar as coisas dele. Meias e cuecas na gaveta, camisetas e jaquetas penduradas e assim por diante. Até que pegou uma coisa no fundo da mala dele.

– Nico. O que é isso? - Ela perguntou, tirando da mala uma cueca com o símbolo do Batman. Estava tentando conter o riso mas parecia impossível não rir.

– Ahn... Isso não é meu. - Ele disse, corando e tirando aquilo da mão dela. Ele atirou no fundo do armário.

– Não é seu, né? Tudo bem. Não tem problema você brincar de Super Herói. Vem aqui, Batman. - Ela disse, beijando-o. Pararam de se beijar pois começaram a rir muito.

– Você tá linda, Han. Mais que no ano passado. - Ele disse, depois de uns segundos de silêncio. Era verdade. Hanna estava mais alta, esbelta e seu cabelo loiro ondulado nas pontas estava maior e mais brilhante. Seu rosto palidamente gracioso estava com um rosado saudável e natural nas bochechas e seus olhos estavam mais brilhosos que o normal.

– Obrigada. - Ela disse, corando um pouco. Estava acostumada com elogios vindos de garotos, principalmete os da sua escola. Mas ouvir isso de Nico era diferente. Realmente a deixava lisonjeada. - Vamos ver se o pessoal já chegou!

– Claro! Vamos lá. - Ele disse, levantando e levando Hanna pelo pulso. Correram até os campos de morango e lá estavam Grover, Leon, Annabeth, Percy e Thalia.

– Oi, gente! Que saudade de vocês! - Disse Hanna, abraçando todo mundo. - Leon! Achei que nunca mais ia ver você, seu bobalhão!

– Pois é, eu estava em uma escola à procura de semideuses. - Disse Leon, o sátiro que costumava ser o melhor amigo de Hanna em sua antiga escola. Foi ele quem resgatou-a e levou-a para o Acampamento Meio-Sangue.

– E você achou algum? - Perguntou Nico.

– Na verdade, achei sim. Uma menina. Suponho que ela seja filha de Afrodite ou Deméter, mas temos que esperar para ver. - Ele disse.

– Tomara que seja de Atena. - Disseram Hanna e Annabeth ao mesmo tempo.

– Nossa, já tá na hora do almoço! Vamos! - Disse Percy, correndo para o pavilhão e puxando Annabeth com ele.

– Que esfomeado, Percy! - Gritou Hanna de longe, fazendo-o rir.

No pavilhão, Quíron apareceu na frente de todos e anunciou:

– Sejam bem vindos de volta, semideuses! Quero lhes apresentar a nova semideusa que se junta a nós hoje. Dêem as boas vindas à Jennifer!

Quando Quíron pronunciou o nome da garota, Nico olhou para ela e cuspiu o que estava tomando, engasgou e tossiu como um cachorro. Hanna olhou para ele como se dissesse ”Mas que diabos?”. Ele ignorou e continuou a comer, murmurando coisas como ”Não pode ser” e ”Ah, não.”.

Todos aplaudiram e gritaram coisas como ”Seja bem vinda!” e ”E aí!” enquanto Quíron a levava para se sentar na mesa de Hermes.