Alguns meses depois.

Olhei atentamente as portas da igreja enquanto segurava a mão de meu pai paciente e quando ele bufou pelo 6º vez eu suspirei.

- fale – mandei enquanto arrumava meu vestido.

- não entendo onde errei – comentou – minha princesa se casando com um Cullen seu avô deve estar rolando no tumulo. Não acha que é muito cedo pra se amarrar em alguém? – eu dei um mínimo riso.

- pai eu amo o Edward... tive diversas provas disto – olhei minha barriga eu estava fechando os nove meses poderia ter Nessie a qualquer momento.

- mesmo assim – resmungou – tem tempo pra fugir ainda? – perguntou Olhando para trás.

- pai – xinguei, me virando para trás.

- estou brincando – falou rindo.

- bobão. – falei. Nos ajeitamos melhor e as portas da igreja se abriram. Olhei para frente primeiramente para Edward parado no altar com um sorriso reluzente e franzi o cenho ao ver os cabelos dele. Alguém em uma atitude frustrada tentou abaixar ou pelo menos alinhar os cabelos dele mais não surgiu efeito estava bagunçado como sempre.

Carlisle e Esme estavam ao seu lado como Emmett e Rosalie eu quase surtei quando Rosalie disse a mim que se mudaria para Forks ela e Emmett agora estavam noivos e compraram um apartamento para eles. Do outro lado estava minha mãe ansiosa e sorridente, como minha madrinha escolhi por incrível que pareça Alice. Alice foi mais complicado afinal eu a culpava muito por tudo que havia acontecido. Mais acabei perdoando porque acima de minha prima fomos criadas como irmãs e vê-la agora com Jasper ao altar me fez sentir como se tivesse feito a coisa certa.

Enquanto eu andava até Edward pude ver o rosto de conhecidos e parentes, como James um amigo, filho de amigos da minha família, ele não parecia contente e eu sabia porque ele gostou de mim desde sempre e no fim das contas antes de conhecer Edward eu sabia que um dia mais ou menos eu iria acabar casada com ele querendo ou não porque eu tinha muita influencia de meus pais na minha vida. Agora ele estava ali me olhando frustrado como se a vida dele fosse roubada.

No outro lado estavam outras pessoas colegas de turma inclusive Angela, Angela não tive muita vontade de olhar ela já que quando Edward sofreu o acidente ela queria porque queria ir para Londres e quando Esme lhe explicou a situação ficou mais irritada ainda, ao chegar aqui Edward conversou com ela... e no fim os dois se entenderam ela bem longe dele e ela bem longe de mim disse me Edward mais como o casamento era de nos dois ela acabou vindo.

Meu pai beijou minha testa antes de entregar minha mão para Edward que estava com os olhos brilhando. Naquele segundo eu me senti o ser humano mais amado do mundo. aqueles olhos verdes me olhavam com uma jóia tão rara que pudesse quebrar. Eu ri um pouco e as lagrimas caíram pelos meus olhos com a certeza que finalmente nos estávamos certo que nosso amor era certo. Enquanto ouvia os votos Nessie mexeu em minha barriga.

- Isabella Swan aceita Edward Cullen como seu legítimo esposo? – perguntou o padre.

- aceito – murmurei.

- Edward Cullen aceita Isabella Swan como sua legitima esposa? – repetiu a pergunta.

- aceito – disse e então trocamos as alianças.

- eu os declaro marido e mulher pode beijar a noiva – disse e eu sorri.

- eu te amo – ele murmurou perto de meus lábios – mais que tudo nesta vida. – Nessie chutou forte.

- Nessie não gostou do comentário. – falei.

- eu amo as duas – disse me dando outro beijo. – e muito.

Saímos da igreja e nos tocaram aqueles malditos arroz, a festa do nosso casamento seria em minha casa já que a minha casa era maior, na verdade quando foi resolvido isto deu muita briga e no fim foi resolvido pelo tamanho do salão de festa coisa que não agradou muito a todos mais agora já estava tudo bem. Caminhamos em direção ao salão e Edward me abraçou.

- sabe me sinto mal por não te dar uma lua de mel decente – comentei me virando pra ele colocando meus braços em volta de seu pescoço.

- oh – ele riu malicioso. – não se preocupe meu amor, espere Nessie nascer e você vai ver o que é lua de mel. – disse rindo e eu ri também.

- pervertido – comentei entrando no salão estava inexplicável. – nossa, nossas mãe capricharam.

- verdade. – disse rindo.

- ai – falei sentindo uma cólica forte e sentindo uma água escorrer pelas minhas pernas.

- que foi? – perguntou Edward preocupado os convidados também me olharam assim.

- sua filha quer nascer. – murmurei e ele arregalou os olhos.

- minha filha vai nascer... – disse pra si mesmo e então olhou para nossos pais. – Nessie vai nascer. – meus pais vieram em minha direção em pânico.

- calma... – disse minha mãe. – ta doendo? – perguntou.

- okay – disse Carlisle. – hospital agora.

- e os convidados? – perguntou Irina ela estava preocupada com a recepção? Eu estava tendo um filho.

- cuide disto – disse Emmett e Rosalie já estava ao meu lado.

- okay vamos lá. – disse Edward pegando minha mão.

- as coisas do bebe – murmurei.

- eu pego – disse Alice correndo pelo corredor sorrindo.

- obrigada – falei sorrindo de volta. Fomos para o carro e me sentei lá sentindo cólicas muito fortes. – ta doendo. – murmurei Edward me olhou com dor também.

- não posso te ver sofrendo. – disse – dói em mim.

- respira cachorrinho – disse Rosalie no banco de trás e eu a olhei pasma. – que foi?

- como você entrou aaah – resmunguei baixinho. – ai? – perguntei.

- pela porta. – revirou os olhos brincalhona e segurou minha mão – vamos Edward dirige logo.

- tudo bem – disse.

Chegamos ao hospital e eu me senti ridícula já que estava ainda com o vestido de noiva as pessoas me olharam pasmas fui encaminhada para um quarto minha dilatação estava ótima eu já poderia ir para mesa de parto coloquei uma daquelas camisolas de hospitais horríveis e la estava minha mãe, Rosalie e Edward. Edward pegou minha mão e eu respirei fundo.

- preciso que você faça força! – pediu o medico e eu comecei a fazer. Era horrível, não tinha explicação para aquilo doía muito. – vamos Isabella esta quase lá.

- ai meu deus – murmurei apertando os dedos de Edward e olhando nos olhos dele, me olhavam com paixão e compreensão eu o amava tanto

- força amor – disse fazendo uma leve pressão em meus dedos – estou com você... vamos cuidar do nosso bebe. – disse me dando um beijo na testa.

O choro do meu bebe me deixou em um transe, a minha volta tudo parecia ter perdido a importância e eu so conseguia ouvir o choro da minha filha. Depois de uns 2 minutos me trouxeram ela e coloquei ela junto a mim.

Com bastante cabelo e bronzes como o do pai e os olhos verdes. Ela bocejou ela de mim praticamente não tinha nada a não ser as bochechas rosadas. Ao parar em meu colo ela cessou o choro e eu senti as lagrimas caírem pelo meu rosto.

- nossa filha Edward – falei olhando para ele que nos olhava fascinado.

- nossa filha – disse me dando um beijo na testa. – eu te amo tanto minha Bella. – Renesmee resmungou e eu ri. – você também anjo. – disse acariciando a bochecha.

- ela é a sua cara – comentei e então a enfermeira me pediu ela. Não tive escolha tive que entregar o meu bebe e fui encaminhada para o quarto era estranho. Eu me sentia vazia meu corpo estava estranho como se precisasse da minha filha aqui. Estava deitada na cama quando Edward apareceu com uma bandeja enorme.  

- mal ganhei meu bebe e você já quer me engordar? – perguntei.

- quero cuidar da minha esposa que esta linda por sinal – disse sorrindo. Belisquei algumas coisas e tomei um pouco de suco.

- sabe... –comecei. – tem coisas boas que acontecem que a gente não vê. – falei. – acho que é porque estávamos acostumados com as coisas ruins. – comentei e ele colocou uma mexa do meu cabelo atrás de minha orelha. – mais você é como um raio de sol que iluminou minha vida e não sei como te agradecer por me fazer feliz.

- meu amor... você me amando é a melhor recompensa do mundo. – disse me dando um beijos nos lábios aqueles mesmo lábios que me tiraram de orbita  quando nos beijamos pela primeira vez. Alguém bateu a porta e nos sorrimos.

- entra – falei e meus pais entraram no quarto com uma caixinha vermelha em mãos.

- oiii – disse minha mãe animada – trouxemos um presente. – disse contente.

- porque? – perguntei.

- você se casaram precisam de uma casa e é uma forma de nos desculparmos com você não é só nosso é de Carlisle e Esme... bom no começo foi impasse mais no fim eles reformaram e ficou sendo presente de nós todos. – ela nos entregou a caixinha e olhei para Edward confusa.

- abre – falou meu pai. Quando abri era uma chave.

- chave? – perguntei.

- é sim – disse minha mãe – é da casa do lago... sabemos o significado pra vocês então... é um presente – Edward me olhou encantado e eu sorri boba. Foi onde Nessie foi feita foi onde eu tive minha primeira vez, foi onde Edward me deu o anel e onde dissemos de verdade eu te amo um pro outro. Foi onde fomos tirados um do outro e aquilo tinha um valor imenso. Mesmo com a triste lembrança as outras tinham muito mais importancia.

- pai, mãe – falei sentindo água nos olhos – obrigada eu e Edward agradecemos muito. – alguém bateu a porta e olhei a enfermeira com meu bebe. Meus pais pediram licença e eu peguei Nessie no colo.

Agora limpa e arrumadinha ela era ainda mais linda Edward sentou ao meu lado e nos olhamos ela.

- foi o maior presente que alguém poderia me dar. – comentei.

- você são o melhor presente que alguém poderia me dar. – disse sorrindo.

Eu sempre me senti sozinha, sempre sonhei em me apaixonar mais nunca passou pela minha cabeça que eu ia me apaixonar por um Cullen. Eu não esperei e nem provoque isto pra mim foi uma forma um tanto peculiar do destino para acabar com gerações de discórdias e transformar nossas famílias em uma só. Eu e Edward sofremos com o medo e com a falta de compreensão de nossas famílias por um ódio alimentado por anos sem sentido algo que agora era passado. Algo que agora era menosprezado.

- eu amo você – murmurei para Nessie – eu amo muito você – falei olhando nos olhos de Edward enquanto ele depositava um beijo em meus lábios.

- te amo mais. – falou – sempre mais e mais.

“Assim que o amor entrou no meio, o meio virou amor o fogo se derreteu, o gelo se incendiou e a brisa que era um tufão depois que o mar derramou depois que a casa caiu o vento da paz soprou.”

- Romeu e Julieta por William Shakespeare.

FIM.