Dois dias se passaram e então era hora de voltar para Londres. Eu já me sentia melhor, é claro que a dor de ter perdido minha vó ficaria comigo para sempre, mas me confortava saber que eu teria Niall e Marg comigo sempre.

– Ei! Enlouqueceu, Niall? - falei tentando fingir voz de brava, enquanto apontava para ele. - Vai entrar no aeoroporto assim, sem óculos escuros ou chapéus? As pessoas vão te reconhecer. - ele concordou, tirando um óculos engraçado de dentro da bolsa.

– E que tal agora? - falou rindo. Ele estava com um óculos que tinha um bigode junto, eu não pude segurar a risada.

Pegamos as malas no táxi e entramos. Por sorte, o aeroporto não estava tão cheio e conseguimos chegar no horário certo. Nosso voo já ia sair, por isso corremos e conseguimos entrar no avião. Eu me sentei com Niall, e Marg sentou-se logo atrás de nós. Eu estava animada em voltar, por isso não consegui dormir, até que alguns segundos depois senti a cabeça de Niall em meu ombro. Ele estava dormindo, e era tão fofo enquanto dormia. Tiveram momentos em que senti dores no corpo, mas não acordei ele. Ah Niall.

[...]

"Finalmente em Londres novamente", pensei. Eu amava aquela cidade e tudo lá. O clima, os dias chuvosos e frios, e principalmente as pessoas. Harry, Louis, Liam, Zayn e claro, Niall. Londres me deu pessoas tão especiais.

– Há! Parece que não sou a unica que tem cara de sono. - gritei, bagunçando mais ainda o cabelo de Niall depois daquilo. Pegamos outro táxi e fomos para casa.

Assim que chegamos, Marg pegou o carro e saiu para comprar algo para o almoço. Me joguei no sofá e Niall fez o mesmo, mas se jogou em cima de mim.

– Ei, seu gordo. Não faça isso. - eu gritava, tentando parar de rir e tirá-lo de cima de mim.

– Sem chances, não vou sair. - ele agarrou minha cintura enquanto eu batia em seu ombro, tentando fazer com que ele me soltasse. Niall era magro, mas não deixava de ser um pouco pesado.

Foi uma cena engraçada, até que nós dois caímos no chão.

– Obrigada. - falei, olhando para cima. Por termos caído no chão, ele já não estava mais me segurando. Mesmo assim, eu ria.

– Não seja por isso. - e então ele começou a me fazer cócegas, eu não conseguia parar de rir. Já estava perdendo o ar quando ele parou. - Ei, não morra. - brincou, parando de fazer cócegas e percebendo o erro que havia cometido. - Desculpe. - eu apenas sorri.

O celular dele tocou e era Louis, provavelmente querendo saber notícias de nós dois, mas Niall não quis atender. E eu, claro, querendo provocar, peguei o telefone e saí correndo para atender. Ele veio atrás de mim, gritando e como corria mais rápido, conseguiu me alcançar quando chegamos no jardim. Senti seus braços em volta de mim, suas mãos me puxavam para perto, nossa respiração estava ofegante devido a correria, ambos dávamos risada e eu ainda estava com o celular em mãos.

– Acho que isso é meu. - levantou uma das mãos e pegou-o de mim.

Assim que paramos de rir e percebemos o quão próximos um do outro nós estávamos, Niall se afastou, talvez temendo que minha reação fosse como no dia em que ele me beijou mas eu não retribui por estar abalada demais com o enterro de minha vó. Seus braços já não estavam mais me segurando, então fui atrás dele e coloquei minhas mãos em seus olhos, tampando sua visão.

– Adivinhe quem é. - eu ria.

– Não faço a menor ideia. - respondeu, rindo comigo. - Quem é? - perguntou.

– Sou eu. - afirmei, tirando minhas mãos de seu rosto, enquanto ele se virava para me ver. Ficamos novamente frente a frente. Coloquei minha mão em seu cabelo, bagunçando-os um pouco. Sorri, e então me aproximei dele, com uma mão em sua bochecha, ficando na ponta dos pés já que ele era mais alto que eu. Com todo cuidado, aproximei meu rosto do dele, fazendo com que nossos lábios se tocassem e ao sentir seus braços em volta de mim novamente, me puxando para mais perto, nos beijamos. Dessa vez, foi algo mais demorado, mais apaixonado. Eu não sabia se aquilo era o certo, nós erámos só amigos, por mais que eu gostasse dele de maneira diferente. Mas mesmo assim nos beijamos, e meu coração batia forte. Fomos interrompidos pela chuva, que veio forte, nos fazendo entrar na casa de novo.

Nenhum de nós falou nada, apenas sorrimos. Niall segurou minha mão, entrelaçando seus dedos nos meus enquanto íamos até a sala, depois foi até meu quarto buscar uma toalha, enquanto eu esperava na sala. Assim que voltou, me enrolou nela e me abraçou.

– Saiba que se você pegar uma gripe, a culpa não é minha. - falei, rindo e passando a toalha em seu rosto.

– Que simpática. - balançou a cabeça na intensão de secar o cabelo, fazendo com que gotas d'água viessem em minha direção.

– Mas, se você ficar gripado, não se preocupe. Eu cuidarei de você. - respondi, sorrindo.

Ele sorriu para mim e me roubou um beijo, me dando um abraço, logo depois.