Say You Dont Want It escrita por Lana


Capítulo 13
Como nos velhos tempos


Notas iniciais do capítulo

Mudança de planos again kkkkk sim, sou bem indecisa. MAS É QUE EU PRECISO COMPARTILHAR ESSE CAPÍTULO COM VOCÊS, é o meu preferido até agora. Espero que gostem.E ah, me desculpem pelos erros...
Boa leitura.



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(...) A castanha cruzou os braços e começou a balançar a perna impaciente, olhou para o topo da escada e nada de Voldemort aparecer. Olhou novamente, e nada. Por fim, olhou de novo e desta vez seu olhar se prendeu àquela pessoa parada ali no topo da escada.




A boca de Hermione se formou em um “O” perfeito enquanto via o homem de cabelos pretos que batiam no ombro, com o rosto repleto de cicatrizes, vestindo roupas amarrotadas e descalço. O olhar de Hermione se encontrou com o do homem, e tudo o que parecia fazer um pouco de sentido, acabou se esvaindo em um piscar de olhos. Ela não conseguia acreditar naquilo que estava vendo. Só um homem possuía aqueles par de olhos verdes, apenas um. E Hermione o conhecia muito bem para achar que era outra pessoa. Harry Potter estava parado no topo da escada, com Lord Voldemort a seu lado, sorrindo cruelmente.



–Meus caros amigos, para aqueles que estão se perguntando quem é este homem do meu lado, e estão bastante curiosos para saber, apenas vejam esta cicatriz. – e então, Tom Riddle segurou a nuca de Harry com bastante força e com a mão livre tirou o cabelo teimoso do moreno que caia por sua testa, fazendo com que a tão famosa cicatriz ficasse amostra para todos os comensais no grande salão. A respiração de Hermione estava desregulada e tudo o que ela mais queria ali era correr até Harry e abraçá-lo.



A maioria dos comensais que estavam presentes ali eram “novos” nesse mundo, portanto não chegaram a participar da batalha de Hogwarts há dois anos. Por isso, estes comensais em particular, estavam cruelmente radiantes pelo fato de estarem vendo seu mestre e Harry Potter juntos; com certeza estavam mais radiantes porque viram que Voldemort estava sob total controle de Harry.



O coração da castanha estava parado desde que havia descoberto que Harry estava vivo. Tudo o que ela mais queria era poder abraçá-lo fortemente, mas não podia. Clare, que estava a seu lado, notou a mudança repentina da amiga e sabia que ela estava impressionada e emocionada pelo fato de seu melhor amigo estar vivo.



–Hermione... mude sua expressão facial, agora. – Clare avisou, falando de modo que só Hermione pudesse ouvir. A castanha logo captou o recado e, com muito esforço, mudou a expressão facial de alegre-emocionada-impressionada para a mesma expressão dos demais comensais no salão.



–Pois é, meus amigos. Harry Potter está vivo, e completamente vulnerável. – Voldemort disse, sorrindo friamente no final. Ainda estava segurando fortemente a nuca de Harry. – Crucio – Tom Riddle lançou o feitiço calmamente e Harry caiu de joelhos, gritando de dor. O feitiço fora lançado tão forte que, provavelmente, os gritos de Harry poderiam ser ouvidos há quilômetros dali. Voldemort estava olhando para o moreno com bastante ódio e raiva. O coração de Hermione estava apertado demais, queria chorar, queria ajudar o amigo, mas não poderia fazer isso. Estava se sentindo completamente inútil, olhando o amigo ser torturado daquele jeito.



Voldemort continuou torturando Harry até que, em um momento, ele não agüentou de dor e seus joelhos cederam fazendo com que ele caísse um dois degraus da escada. Hermione, involuntariamente, andou um passo em direção ao amigo. Clare segurou a amiga pelo braço, para tentar faze-la voltar pro seu lugar, mas já era tarde demais.



Lord Voldemort notou o movimento dado por Hermione e então parou de torturar Harry, que caiu mais dois degraus. Hermione se arrependeu mortalmente de ter feito o que fez, mas não dava pra voltar atrás agora. Teria que continuar ali.



–Ora, ora, Kylie. O que aconteceu? – Voldemort perguntou perigosamente. Hermione o olhava nos olhos. Isso fez com que provocasse Tom Riddle, e, uma parte bem no fundinho de Hermione, ficou feliz por isso. Voldemort desceu alguns degraus, até que chegou perto de Harry, friamente o chutou com o pé fazendo com que o moreno caísse mais três degraus. Harry já estava desacordado a essa altura. Voldemort continuou descendo, e então chegou no ultimo degrau. Poucos metros separavam a castanha do Lord, e ela não estava sentindo nem um pouco de medo.



–Você acha que eu não sei, Kylie? Do seu segredo... – Voldemort disse seco caminhando até Hermione. Todos os outros comensais atrás da castanha deram um passo para trás, Lord Voldemort já estava bastante próximo de Hermione quando disse: - Ou, melhor dizendo, você acha que eu não sei do seu segredo, Hermione Granger? – a esta altura, provavelmente uma palma da mão de Hermione separava-a de Voldemort. Os comensais que tinham coragem (bem poucos, aliás), cochicharam entre si. – Sim, meus amigos. Esta aqui é Hermione Granger. – Tom disse agarrando o braço de Hermione brutamente fazendo com que ela fosse para seu lado. Voldemort lançou um feitiço e fez com que o efeito da Poção Polissuco desaparecesse.



Todos os comensais não acreditaram no que estavam vendo, a maioria arregalou os olhos, inclusive Frank e Eddan. Clare, neste momento, estava prestes a chorar. Ela conhecia o Lord e sabia que este poderia ser o fim para Hermione.



–Você é tão tola ao ponto de achar que conseguiria me enganar com essa poçãozinha medíocre. Só poderia ser Grifinória e amiguinha do homem que está desmaiado atrás de nós. – Voldemort disse cruelmente, perto do ouvido de Hermione. – Acho que já me infectei demais tocando em você, sua sangue ruim da pior espécie. – Voldemort disse de modo tão frio e seco que fez Hermione se arrepiar e, pela primeira vez, sentir um verdadeiro medo. Voldemort a jogou no chão, como se estivesse jogando algum lixo em uma lixeira. Aliás, mentira, provavelmente ele jogaria o lixo com mais cuidado.



Olhou com nojo e raiva para Hermione, que ainda continuava encarando ele.



–Como você ousa, sangue ruim? COMO VOCÊ OUSA ENTRAR AQUI?! – ele berrou de modo assustador. Agora, toda a coragem que uma hora estava tomando o corpo de Hermione, havia indo embora e neste momento o que ela mais queria era chorar. Mas seu orgulho não deixaria que fizesse isso. Ela não chegou tão longe por nada.



–Tom, sua guerra é comigo, não com ela... – uma voz fraca, porém dura, ecoou pelo salão. Era Harry. Voldemort virou-se para ele e lançou um Crucio mais uma vez.



–NÃO! DEIXE-O EM PAZ! NÃO! – Hermione gritara, fazendo eco na mansão. Havia arrumado um restinho de coragem que ainda tinha dentro de si. Voldemort pareceu ignorar e continuou torturando Harry, quando o moreno desmaiou novamente, Tom virou-se para Hermione e deu-lhe um murro certeiro em seu rosto. A castanha sentiu o rosto arder e agora não conseguia mais agüentar, começou a chorar.



–Sua imprestável. Ouse me interromper mais uma vez, e eu não terei mais piedade. – Voldemort disse se agachando ao lado dela e dando outro murro no rosto dela. Hermione agora estava deitada no chão, na mesma posição que Harry. Ao mesmo tempo que a castanha encarava o amigo, ela chorava.



Todo o plano havia ido por água abaixo. Tudo por culpa de Hermione. Ela nunca havia sentido tanta raiva de si mesma como estava sentindo agora. Agora ela estava fadada a encarar a morte, que um dia lhe parecia tão distante, quando era apenas uma garotinha sonhando em fazer algo que mudasse o mundo bruxo para o melhor... Bem, parece que ela não conseguiu fazer o que tanto sonhou. Todo o esforço nesse ultimo mês fora em vão. Hermione Granger nunca se sentiu um desperdício de espaço como estava se sentindo neste momento.



–Isto é por você ter sido tão burra ao ponto de achar que poderia me enganar... – Lord Voldemort disse lançando um Crucio bem forte em Hermione, que gritou até os pulmões começarem a doer. Começou a se contorcer no chão enquanto gritava. -... isto é por você ter ajudado o Potter por todos esses anos... – e então a maldição piorou ainda mais, Hermione já não sabia onde estava ou quem era. -... e isto é por você ter simplesmente nascido. – cruelmente, e como se fosse possível, a maldição piorou cem vezes mais. Hermione já havia gritado tanto que perdera a voz.



Quando a maldição finalmente cessou, Hermione se concentrou em apenas regularizar sua respiração. Lord Voldemort começou a caminhar calmamente, em círculos, por toda a parte do salão que estava vazia. Ele ainda estava com raiva, porém agora em proporções menores.



–Se alguém aqui neste salão, até poucos instantes, estava duvidando do meu poder, espero que com estas demonstrações sua duvida já tenha se esvaído. Desperdício de sangue bruxo, ou melhor, sangue-puro bruxo... – Voldemort dizia e no “puro” olhou com desdém para Hermione que estava deitada naquele chão frio, vulnerável ao completo. - ... é uma perda completa e desnecessária. E eu não gosto nada disso. Contudo, se alguém ainda duvidar do que eu posso fazer, vou fazer com que muito sangue-puro bruxo seja derramado. – ele disse cruelmente.



Os comensais sabiam do poder de Voldemort, mas com as demonstrações monstruosas que ele havia mostrado a pouco, eles haviam ficado digamos que um pouco aterrorizados. Alguns deles não se atreviam nem a respirar muito forte.



Voldemort olhou para todos seus seguidores no salão e, em seguida, abriu um grande (e falso) sorriso:



–Agora, já que tudo está demonstrado e esclarecido, gostaria que Dubarry e Henderson se aproximassem e levassem esses dois fardos que estão deitados no chão da minha mansão. – ele disse, sua voz estava um misto de alegria cruel com um pouco de raiva ainda. – Não quero sujar minha mão com nenhum dos dois, principalmente com a sangue-ruim imprestável. – ele falou, rindo maleficamente no final.



Alguns (corajosos) comensais o acompanharam em uma risada falsa e amarela, Bellatrix, por exemplo, que estava assistindo a tudo de “camarote” no topo da escada. Seus olhos esbanjavam admiração por Voldemort, chegava a dar nojo.



A respiração de Hermione já havia se estabilizado e agora estava sendo carregada por Eddan, em direção a algum lugar. Permitiu-se abrir os olhos e fitou Harry por alguns instantes, que estava ao seu lado. Ao contrario da amiga, o moreno estava andando, porém com uma ajudinha de Frank, já que seu braço estava por cima do ombro do velho comensal.



–Eddan... – sussurrou a voz rouca e fraca da castanha, o amigo lhe deu um pequeno sorriso.



–Eu sabia que você era boa demais pra ser a Kylie. – ele comentou para Hermione. A castanha tentou sorrir, mas fora em vão, estava fraca demais para isso.



–Mione. – Harry chamou a amiga que voltou seu olhar para ele. Nenhum dos dois tinha força para sorrir, mas seus olhares já diziam tudo. Permaneceram se olhando por alguns minutos, até que eles chegaram a um pequeno corredor, atravessaram-no e se depararam com uma porta. Hermione ainda estava no colo de Eddan quando entrou em uma espécie de porão. O amigo colocou a castanha deitada em um colchão fino que estava no chão, não era nada confortável, mas dava pro gasto.



–Eu queria fazer alguma coisa pra te ajudar, mas... – Eddan começou a falar, mas foi interrompido por Hermione, que arranjou forças para poder falar.



–Eu sei, Eddan. – ela disse fracamente, porém dava pra sentir a compreensão em sua voz.



Ela sabia que se o amigo fizesse alguma coisa para ajudá-la, acabaria em encrenca. Ela não o colocaria em risco. Eddan deu um breve beijo na testa da castanha e em seguida, se afastou dela para que Frank pudesse falar com a amiga; o velho comensal se agachou ao lado de Hermione e então a castanha pôde perceber que o senhor a sua frente estava com os olhos cheios de lágrimas.



–Era isso que você queria me dizer, mas não podia... não é, minha doce Hermione? – ele perguntou paternamente para a castanha. Hermione assentiu fracamente com a cabeça. – Você vai ficar bem, eu sei disso. – ele disse acariciando a bochecha da castanha.



Frank olhava para Hermione como se ela fosse uma filha e estava muito triste pelo o que aconteceu com ela. Levantou-se e foi ao encontro de Eddan, que estava esperando-o em pé perto da porta. Olhou uma ultima vez para Hermione e deu-lhe um pequeno sorriso reconfortante.



Assim que a porta se fechou, Hermione virou um pouco a cabeça e viu Harry sentado em cima de um colchão igual ao dela, ou, talvez, até mais fino. Ele estava olhando a amiga. Os dois continuaram sem falar por algum tempo – até porque não conseguiam.



Harry, com bastante esforço, foi se arrastando até Hermione e, em alguns momentos, soltava gemidos de dor. Quando chegou ao lado da amiga, deitou-se a seu lado. Não estava dando a mínima pelo fato de ter deitado no chão, ele estava feliz demais por estar vendo a amiga depois de tanto tempo.



–Mione... – ele disse com a voz rouca, e em seguida dando-lhe um sorriso de canto. Hermione queria mais que tudo poder retribuir o sorriso, mas não conseguia. Isso já estava deixando ela bem frustrada. – Que maluquice foi essa de ter vindo aqui? – ele perguntou depois de um tempo. Ele estava se recuperando mais rápido que Hermione, já que todos os dias ele era alvo dessa maldição.



Hermione demorou a responder, afinal de contas, ela queria responder com palavras, não com olhares somente.



–Também é muito bom ver você, Harry. – ela disse sarcástica, fazendo Harry rir com dificuldade.



–Eu senti tanta falta de você... – ele disse fracamente. Hermione conseguiu dar um pequeno sorriso para o amigo. Murmurou um “eu também” e continuou a olhar o amigo. Hermione queria chorar, seus olhos já estavam cheios de lágrimas. Harry notou e disse preocupado: - Mi, a dor vai passar rápido, eu juro...



Hermione sorriu fracamente enquanto algumas lágrimas caiam por seu rosto machucado.



–Por Merlim, Harry. Não estou chorando por causa da dor. Estou chorando de felicidade! – Hermione disse. Os olhos de Harry se encheram de lágrimas e o moreno sorriu para a amiga abertamente. – Então é aqui que você tem vivido nesses últimos dois anos? – a castanha perguntou. O amigo assentiu com a cabeça.



Harry foi trazido por Voldemort diretamente para este porão. Ele não conhecia mais nada da mansão, até poucos instantes atrás.



Alguns minutos se passaram e Harry, finalmente recuperado, levantou-se. Colocou um pouco de água em uma taça e foi em direção a Hermione novamente. Agachou-se e colocou a taça no chão. Com cuidado, o amigo ajudou Hermione a poder se sentar no colchão.



A castanha se se encostou à parede fria e, com esforço, segurou a taça com água que Harry havia lhe entregado. Bebeu de pouquinho em pouquinho, até que terminou. Seus lábios, que antes estavam ressecados, agora já estavam com uma aparência melhor. Encostou a cabeça na parede e, de olhos fechados, suspirou.



Harry se sentou do lado dela e, carinhosamente, pegou a mão da amiga envolvendo-a na sua. Os dois, então, começaram a relembrar das aventuras que eles enfrentaram no passado, fazendo com que em alguns momentos dessem boas risadas.




O que ela ia fazer agora? Não tinha a mínima ideia. O que aconteceria dali por diante? Também não sabia. Só sabia que, o que acontecesse, ela enfrentaria junto com Harry. Rony fazia muita falta, tanto pra ela como para Harry. Mas, de alguma maneira, ela estava se sentindo como nos velhos tempos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gente, eu preciso de MUITOS comentários, esse capitulo merece!! Leitores fantasmas apareçam por favorzinho!!
Beijos.



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