Say You Dont Want It escrita por Lana


Capítulo 11
Decisões cruciais


Notas iniciais do capítulo

OOOI GENTE. Então, algumas pessoas me cobraram algumas explicações da história, e eu coloquei algumas nesse capítulo. Espero que gostem.Eu gostei de escrevê-lo hehe E ah, me desculpem pelos erros.
Boa leitura.
OBS: Recadinho lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/184609/chapter/11



A vida de Hermione Granger no último mês deu uma reviravolta tremenda. Desde a batalha de Hogwarts, Hermione resolveu tirar um tempo para si mesma e então viajou por alguns lugares do Reino Unido; nunca, nunca mesmo, passaria por sua cabeça que um dia iria cuidar da segurança de Lord Voldemort. Uma parte de si queria mais que tudo tirar sua varinha das vestes e lançar um Avada nele; mas essa parte era, também, a parte irracional. Já que ele possuía a Varinha das Varinhas. Mas, havia uma outra parte dentro dela, que queria continuar com o plano, conseguir as informações, e ir embora dali.

Informações. Já faz um mês que Hermione estava naquela mansão e não conseguiu nem uma informaçãozinha sequer. Já estava frustrada com isso. Nas primeiras semanas, passava a maior parte de seu tempo ao lado de Lord Voldemort, em seus “aposentos”. Não era bem um aposento, era mais para um escritório. Sempre que entrava ali, se sentia terrível, era como se a felicidade nunca mais chegasse a ela, algo do tipo. Mas, com o tempo, ela foi se acostumando com tudo isso. Não trocava nem meia palavra, ou nem meio olhar, com o Lord, já que era capaz dele não estar afim de ouvir sua voz e lançar um Avada nela por isso. Ela não brincaria com fogo.

Lord Voldemort tinha cinco comensais encarregados para protegê-lo, porém Hermione nem ficava junto deles; eram os comensais mais imundos e nojentos que ela já havia visto naquele lugar, não sabia por que Voldemort havia os escolhido, talvez por que eles fossem muito bons em batalha. Por ele ter bastantes comensais a seu redor, às vezes Hermione conseguia dar uma escapadinha para tentar achar alguma informação sobre seu filho. Sempre voltava para seu quarto mais do que frustrada.

Pelo menos, nesse tempo que estava na mansão, Hermione conseguiu fazer o que se pode chamar de “amizade” com três comensais: Clare, Frank e Eddan. Os três tinham histórias de vida bem diferentes.

Clare Hastings perdeu os pais quando era bebê e foi deixada na porta da casa de Bellatrix Lestrange, a comensal a criou e Clare foi obrigada a se tornar uma seguidora de Voldemort, quando fizera 17 anos. Ela não teve nenhuma escolha.

Frank Henderson perdeu a mulher e o filho durante um acidente de carro trouxa, e, antes disso, ele havia perdido a mãe e o pai, por causa de uma doença bruxa sem cura. Por causa disso, ele se viu sem chão e acabou sendo influenciado por Lord Voldemort a virar um comensal. Ele já está servindo ao Lord há um ano e se arrepende todos os dias por estar nesse mundo.

Eddan Dubarry entrou nesse mundo por entrar. Sempre fora um adolescente revoltado e quando completara 17 anos tornou-se um comensal. Ao contrário de Frank, ele não se arrepende de ter se tornado o que se tornou.

A mente de Hermione estava a mil; não conseguia parar de pensar em jeitos e maneiras de conseguir achar informações. Estava, digamos que, viciada naquilo. Não ia conseguir descansar até encontrar nem que seja uma pistazinha para alguma informação sobre o herdeiro de Voldemort.

–Kylie, não vai comer? – Clare perguntou para Hermione, ou melhor, Kylie. A castanha olhou para a comensal a seu lado. Ela lembrava um pouco Gina, não pela aparência, até porque Clare é morena tanto de pele como de cabelo, mas sim pelas atitudes. Clare sempre se preocupava com ela, assim como Gina.

–Não estou com fome. – Hermione murmurou.

Era hora do almoço e o refeitório estava lotado, como sempre. Os comensais pareciam um bando de animais que não viam comida desde que Hogwarts foi fundada, e olha que isso não foi há pouco tempo. Não eram todos os dias que Hermione podia almoçar, já que ela ficava cuidando da segurança de Voldemort, mas, ultimamente, ela tem algum tempo livre para isso, já que o Lord está cheio de “seguranças”.

Frank sentou-se no banco a sua frente e a olhou atentamente.

–Kylie? – ele a chamou paternalmente. Frank era como se fosse uma figura paterna para Hermione naquele lugar; ele tinha por volta de 50 anos e cabelos grisalhos. E era muito observador. – Aconteceu alguma coisa?

– Não. – Hermione disse baixo, fitando o prato de comida a sua frente. Mas havia, sim, alguma coisa de errada.

Hermione não via Draco há semanas, e estava muito preocupada. No dia seguinte ao beijo que os dois deram, ele havia dito a ela que o Lord havia lhe dado uma “mini-missão para conseguir mais seguidores”, na Rússia. Draco disse, também, que ia demorar, no máximo, três dias. Bom, passaram-se quatro, cinco, seis dias e nada de Draco aparecer. Hermione já estava prestes a ter um colapso.

–Vocês já sabem da notícia? Parece que o Lord lançou um Crucio daqueles bem pesados em Bellatrix. – Eddan falou sentando-se ao lado de Frank, que lhe lançou um olhar reprovador.

–Espiando novamente, Eddan? – ele perguntou e Eddan assentiu minimamente com a cabeça. Frank deu-lhe um tapa na nuca, que fez ele fazer uma careta de dor. Eddan era como se fosse um irmão mais novo para Hermione, ele era o “palhaço” da turma. Lembrava muito Rony. Clare riu e Hermione limitou-se a dar um pequeno sorriso. Ela não estava em condições para dar nem um sorriso completo nesses últimos dias.

Se não fosse por Frank, Clare e Eddan, ela estaria se sentindo muito mais isolada e triste.

Isolada? Sim. A maioria dos comensais tinha um certo “medo” dela, eles tinham a ilusão de que os “guardas” de Voldemort, por passar tanto tempo com ele, aprenderam algum feitiço a mais ou coisa do tipo, fazendo com que eles não se aproximassem desses comensais. Em parte, Hermione havia gostado disso; não ia agüentar aqueles comensais imundos e ridículos a seu lado. Mas, dependendo do seu estado, ela até que aceitaria de bom grado qualquer companhia. Por esse e outros motivos que ela agradece todos os dias a Frank, Clare e Eddan estarem com ela.

O almoço terminou e os comensais, pouco a pouco, foram saindo do refeitório. Hermione continuou sentada, sem mover um músculo sequer. Clare e Eddan se despediram de Frank e Hermione, ou melhor, Kylie, e após alguns instantes, a castanha notou que Frank ainda estava sentado, olhando-a.

–Você não quer conversar com ninguém? – ele perguntou calmamente. Hermione levantou-se, rodeou a mesa gigante em que estava sentada e sentou-se ao lado do velho comensal.

Hermione queria mais que tudo nesse mundo poder desabafar com Frank, mas não podia. Isso a deixava muito triste. Abraçou Frank fortemente e ficou assim por um tempo. Chorou timidamente no ombro do velho comensal e, quando se acalmou, sorriu de canto para a figura paterna que estava ali em sua frente.

–Eu queria muito desabafar, mas não posso... – Hermione disse com a voz rouca por falta de uso nos últimos dias. Frank a olhou de modo paternal e acariciou-lhe a bochecha.

–Está tudo bem, querida. Não vou te forçar a nada. Mas saiba que sempre que precisar, eu estarei aqui. Aliás, não só eu, mas Eddan e Clare também. – ele disse com sua voz grossa e reconfortante. Hermione assentiu com os olhos cheios de lágrimas e deu um último abraço em Frank antes de levantar-se e aparatar para os “aposentos”, ou melhor, escritório de Voldemort.

Chegando lá, se deparou com o cômodo completamente vazio. “Provavelmente Tom deve ter ido àquela casa que só ele e Bellatrix sabem onde fica”, pensou Hermione automaticamente, mas então, uma lampadazinha (iguais aquela que aparecem em desenhos animados, quando alguém tem uma ideia) surgiu em cima de sua cabeça. Mas é claro! Por que ela não tinha pensado nisso antes? Sem duvida alguma as informações sobre o filho dele estavam nessa casa! Ela teria que arrumar um jeito de entrar lá. Não seria uma coisa fácil de fazer, mas ela tinha esperanças de que ia conseguir.

Há um mês ela está nessa mansão se passando por uma comensal e ainda não recebeu nenhum Crucio ou qualquer coisa do tipo de ninguém, nem do próprio Lord Voldemort. Isso a deixava intrigada, contente e com medo. Intrigada porque ele faz isso com quase todos os comensais, inclusive os de mais confiança, Bellatrix, por exemplo, como Eddan havia lhe dito no almoço; Contente porque não há ninguém nesse planeta que quer levar um Crucio, pelo amor de Merlim, então se ela não levou até agora é lucro; E com medo porque ela pode levar essa maldição a qualquer hora. Já que, como já dito antes, Lord Voldemort é completamente imprevisível.

Hermione sentou-se em uma poltrona perto da lareira e começou a observar as chamas. Draco... Draco... o nome do maldito ex-sonserino ecoava pela mente de Hermione. Ela queria mais que tudo parar de pensar nele, mas não conseguia. Estava preocupada demais. “Mas que droga, Draco! Por que você não dá sinal de vida?”, Hermione pensava pra si mesma.

Após alguns minutos pensando nisso, Hermione ouviu passos calmos e lentos fazendo um barulhinho por causa do piso de madeira vindos do lado de fora do escritório, no corredor. Era Tom. Levantou-se rapidamente da poltrona e se aproximou mais da lareira, ficando em pé a seu lado.

Lord Voldemort entrou na sala seguido por um dos comensais encarregados da sua segurança. Normalmente, ele entrava no escritório e ia direto para sua mesa, mas não desta vez; ele entrou com a varinha em punho e começou a destruir, literalmente, o escritório inteiro. Hermione se assustou com o ato repentino.

–SAIAM DAQUI! SAIAM DAQUI! – ele gritou de modo assustador. Hermione não pensou duas vezes em obedecê-lo. Ele estava desesperado. Andou juntamente com o comensal que estava encarregado da proteção do Lord e quando ele já estava se preparando para aparatar, Hermione o empurrou contra a parede, arrancando a varinha das vestes dele.

–O que aconteceu com o Lord? – ela perguntou com a voz fria e dura. O comensal, que aparentemente estava assustado, não demorou em responder:

–E-ele perdeu... dois de seus melhores comensais. – o homem respondeu com a voz esganiçada.

–Como eles se chamavam, Phyllis? – Hermione perguntou, ainda mantendo a voz fria. Afinal de contas, era Kylie Gerard.

–Não sei. Só fiquei sabendo que ele perdeu dois dos melhores comensais, não sei os nomes – o comensal disse. Hermione o soltou e jogou a varinha dele no chão. Olhou o comensal imundo dos pés à cabeça.

–Seu nojento. – Hermione disse com desdém e aparatando dali.





***





–Então ele não sabe os nomes? – perguntou Clare sentando-se na poltrona perto da lareira no quarto de Hermione. A castanha, de braços cruzados, negou com a cabeça.

Sim, ela tinha medo que Draco tivesse sido um desses comensais mortos. Algo dentro de si lhe dizia que ele estava bem, mas uma parte de Hermione não achava isso. Ela fazia de tudo pra que essa parte fosse exterminada, tudo o que ela menos precisava era ter mais um motivo para ficar triste agora.

Após andar em círculos no quarto, Hermione tomou uma decisão. Ela não podia concluir esse plano inteiro sozinha, era coisa demais para uma pessoa só. E agora então que Draco não está com ela... tudo piorou. Ela teria que contar para alguém sobre o plano, sobre ela, sobre tudo. Ela poderia escolher entre Frank, Clare e Eddan; Eddan, porém, não era muito confiável, apesar de ser gentil, então ela não poderia contar isso para ele; Frank com certeza iria ter um treco, não quando soubesse que ela bebeu a poção Polissuco para se transformar na comensal, mas sim quando soubesse que Hermione queria entrar na casa em que Voldemort fica quando não está na mansão. Então ele estava descartado também; Bom, só restava Clare. Ela era confiável e com certeza entenderia tudo.

A castanha sentou-se na poltrona a frente de Clare e, olhando para as chamas na lareira, falou com a voz enigmática:

–Tenho que te contar umas coisas.



CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom gente, o próximo capitulo vai demorar um pouquinho pra sair, mas não me abandonem tá? Prometo que não vou demorar muito.
Mas enfim... o que acharam desse capitulo hein? Quero muitos comentários com suas opiniões =)
Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Say You Dont Want It" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.