Together escrita por giuguadagnini


Capítulo 24
Dominó, Manteiga e as Lembranças de Neville


Notas iniciais do capítulo

Vocês devem estar querendo me matar :/
Quero pedir desculpa pela demora, eu sei que dessa vez foi muito tempo sem postar.
Minhas aulas estão cada vez mais cansativas, passam pilhas de dever e eu não durmo mais do que quatro horas por noite já tem um tempo. Sem falar que chegou a trilogia de Jogos Vorazes para mim ler e eu estou eternamente apaixonada *O*
Juntando tudo isso, quase não há tempo para fic, e eu fico chateada com isso. Mas peço que me perdoem e que não me abandonem! mimimi*
Queria poder abraçar a Mari Malfoy que deixou uma recomendação muito linda. Vem cá Mari, deixa eu te abraçar menina, ♥ Este capítulo é dedicado a você, ta bom?
Já fazia algum tempo que eu não recebia uma recomendação, e foi você que me animou a fazer esse capítulo.
E eu já to vendo que essas notas estão ficando grandes de novo. Fazer o que? Eu gosto de conversar, hunf.
Enfim, vamos às músicas:
POV Blaise - Domino - Jessie J.
POV Fred - So What - Pink
POV Neville - Cough Syrup - versão Glee.
Hoje o capítulo é especialmente masculino, e só agora que eu percebi isso. HAHAHAHHA. Espero que não se importem.
Boa leitura e nos vemos lá em baixo :)



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POV Blaise Zabini

– Mas o que...? – acho que eu estava em estado de choque.

– Ela te beijou, bobão – Pansy me deu um tapa nas costas.

– Tem certeza? – perguntei e todos ali riram da minha cara.

– Ah, meu Merlin – Ron reclamou – O que você tá fazendo aqui ainda?

– Eu não sei – parecia que um explosivin ficou a solta dentro de mim, me deixando confuso e com tudo o que eu tinha, bagunçado.

– Vai atrás dela – Neville falou, abraçando Gina pelos ombros.

Certo, eu vou. Só deixa eu me lembrar de como se faz para conseguir ficar de pé.

Me levantei tão rápido que até me senti tonto. Saí praticamente correndo do Salão Principal atrás dela, Luna. A vi ir para o saguão de entrada e a segui.

– Hey, Lovegood! – gritei e ela se virou para me olhar.

– O que foi? – ela parecia irritada comigo. A alcancei e pude olhar dentro de seus olhos. Um azul profundo que me hipnotizava.

– Não sei, me responda você – comentei e me aproximei ainda mais dela.

– Não tenho nada para falar, Zabini – ela olhava meu rosto com curiosidade.

– Ótimo, eu não gosto muito de papo. Prefiro partir para a ação – falei e ela arregalou os olhos, surpresa.

– Ação? Do que você tá faland... – ela nem pode terminar aquela frase, a segurei pela cintura e tomei seus lábios. Totalmente exóticos e diferentes. Diferentes de qualquer outros que eu já havia provado.

Sabe qual era a sensação? Foi como se ela me derrubasse como um dominó. Foi tudo caindo por diante e eu sentia meu coração bater mais forte.

Ela passava os dedos pela minha nuca como se estivesse dedilhando um violão. Me fazia carinho no pescoço e travava uma dança divertida com nossas línguas. Eu estava mais preocupado em encostar cada parte do meu corpo no dela, como se eu precisasse senti-la a todo custo perto de mim.

Nunca havia sentido nada assim antes. Notei meu sangue pulsar mais rápido dentro de minhas veias, como se eu me sentisse vivo pela primeira vez na vida.

Acho que eu fui indo cada vez mais para cima dela, pois nós caminhávamos enquanto estávamos nos beijando. Eu a segurava presa a mim e ela se apoiava em meu pescoço com medo de cair no chão. Fui cambaleando com a loira até conseguir encostá-la em uma parede.

Aos poucos fomos nos separando, e meu corpo relutou muito para não agarrá-la novamente.

Ela me olhou ofegante e eu não consegui definir sua expressão. Raiva, surpresa, irritação? Eu não sabia.

– Me desculpe – falei sentindo minhas bochechas ferverem – Eu fui muito atrevido com você.

Ela pareceu avaliar a situação por um momento, mordeu o lábio inferior, indecisa, e voltou a me olhar.

– Não se desculpe – foi o que ela disse, se aproximando de mim novamente, me puxando pelos ombros e buscando meus lábios. Se eu estava impressionado? Sim, como nunca antes estive. Ela fazia minha cabeça girar, fazia meu mundo ficar de cabeça para baixo. Mas isso era bom. Muito bom.

O garoto galinha e a garota doce e imprevisível? Bem, acho que pode dar certo.

O que ela tinha que me deixava assim? Pela primeira vez, eu fiquei nervoso em relação a uma garota.


POV Fred Weasley

Cheguei ao Salão Principal um pouco mais tarde do que o costume. A maioria dos alunos já havia saído para suas aulas e eu, bem, como falei antes, eu estava um pouquinho atrasado.

Fui até a mesa da Grifinória e me sentei ao lado de uma garota que estava lendo O Profeta Diário. Não consegui ver seu rosto, oculto atrás do jornal, mas nem dei muita atenção a isso. Eu estava com fome e não podia perder tempo. Minha primeira aula do dia começaria em menos de vinte minutos.

Me servi torradas, ovos e bacon. Fui comendo o mais depressa possível. Digamos que até as masmorras seria um longo trajeto, então, quanto menos tempo eu gastasse aqui, mais eu teria para não chegar atrasado à aula do seboso.

– Você me alcança a manteiga? – pedi a garota ao meu lado, levando o copo com suco de abóbora até a minha boca logo depois.

– Ah, claro – sua voz não me era estranha. Ela abaixou o jornal e o dobrou, e eu até levei um susto ao ver Charlotte, a artilheira do time da Sonserina, sentada ao meu lado. Tranquei o suco na garganta, não conseguindo engolir nem botar para fora.

– Fred – a voz de Angelina surgiu atrás de mim. Me virei para olhá-la, com as bochechas explodindo com o suco e o ar que eu armazenava ali dentro – Preciso falar com você depois – e então o Lino apareceu atrás dela, e começou a imitá-la. Eu me controlei para não rir, mas estava sendo quase insuportável – E o que ela está fazendo aqui? – Angelina olho torto para Charlotte, enquanto Lino voltou a imitá-la, colocando as mãos na cintura e inflando o peito.

Não aguentei. A pressão dentro da minha boca era tanta que eu mal conseguia respirar. Cuspi o suco em cima de Angelina, ela levantou as mãos, indignada, toda encharcada. Lino soltou uma gargalhada nada discreta, e todos passaram a nos olhar.

– Eu não acredito! – Angelina me olhou de um jeito assustador, morrendo de vontade de me pegar pelo pescoço e me matar bem ali, na frente de todos. Era capaz até de depois me usar de café da manhã depois – Eu te odeio, Fred Weasley, eu te odeio – ela repetiu, saindo rapidamente logo depois.

– Obrigado, gracinha! – gritei, e ela me olhou com raiva antes de sair pela grande porta do Salão Principal.

– Manteiga? – Charlotte estava com uma vasilha na mão, e me olhava, divertida.

– Ah sim, obrigado – aceitei e ao pegar a vasilha, meus dedos se encontraram com os dela. E assim ficou, cada um segurando em uma ponta daquele objeto frágil, que a qualquer momento poderia quebrar de tanta era a força que eu o segurava.

– Hum, vão esperar a manteiga derreter? – Lino colocou a cabeça entre nós dois, me fazendo perceber o quanto eu estava sendo bobo. Só uma coisinha que eu preciso anotar:

Matar o Lino mais tarde.


– Temos que ir, garotão – Lino passou um dos dedos no meu peito, fazendo um ziguezague entre os botões da minha camisa – E nem pense Sonserina bonita, nem sequer em sonho, em roubar meu homem – ele falou em um tom brincalhão.

Charlotte riu, assim como eu. Certo, agora vou corrigir minha anotação:


Matar o Lino enquanto ele dorme e depois deixa-lo exposto ao lado das mandrágoras na estufa numero 4 de Herbologia. Sprout ficaria louca.


– Fique tranquilo Jordan, eu nem pensei nisso – ela colocou as mãos para cima, mostrando ser inocente das acusações do moreno.

– Acho bom – Lino piscou para mim e saiu saltitando até a saída.

– Ele não é muito normal, né? – ela perguntou entre risos.

– Ele passa longe disso – sorri e enfiei a torrada na boca.

– Como você consegue fazer isso? – ela me olhou curiosa.

– Isso o que?

– Colocar a torrada inteira na boca. Tem um feitiço de expansão aí dentro? – ela pareceu me examinar, levantou meu queixo e mediu minha mandíbula.

– Ah, qual é? Você não consegue? – comecei.

– Claro que não. Olha só o tamanho da minha boca. É impossível, menos para você! – ela cutucou minha barriga e eu me encolhi. Cócegas me deixam vulnerável.

– Pois é. Mamãe diz que eu sou especial – pisquei os olhos seguidamente e ela riu.

– Você e a Angelina, bem... tem alguma coisa? – ela perguntou um tempinho depois, se concentrando no pequeno prato de gelatina à sua frente.

– Já tivemos – respondi dando de ombros – Por que?

– Nada não – ela parecia nervosa – É que ela tem o jeito de ser vidrada em você. Só de eu estar aqui ela quase teve um ataque de raiva.

– Sabe o que é – resolvi brincar – É que eu sou muito bonito, entende – ela sorriu – E acho que ela não aceitou muito bem o fato de não termos mais nada.

– Percebe-se – Charlotte mexeu a cabeça e seu cabelo deu uma bagunçada no ar, levando um cheiro de melancia até mim – Bom, eu preciso ir! Até mais, Weasley.

– Me chame de Fred.

– O Lino vai ficar com ciúmes – ela preveniu, sorrindo abertamente.

– Ah meu Merlin, eu mereço – joguei a cabeça para trás, fingindo estar desesperado. Ela riu ainda mais.

– Até... Fred.

– Até, Charlotte – me despedi da Sonserina. Ela era perfeita, em cada detalhe. E... Oh não, preciso correr. Estou bem mais do que atrasado.


POV Neville Longbottom

Aula de Adivinhação. Não é a matéria que eu mais gosto, mas tudo bem.

Minerva está falando lá na frente em como devemos transformar sapos em bules de chá. Sapos. Isso me faz lembrar Trevo, meu velho sapo que eu vivia perdendo. Meu pai que escolheu o nome.

Um dia antes de vir pela primeira vez à Hogwarts, minha avó me levou ao St. Mungus para ver meus pais. Eles já não eram os mesmos. Graças a Você-Sabe-Quem, eles haviam enlouquecido. Talvez nem lembrassem quem eu era. Fui até a janela, onde estava meu pai, e o fiquei observando. Eu tinha onze anos, era uma criança e ainda assim, já tinha de lidar com o fato de não ter mais meus pais perto de mim. Eles deviam me ver como um estranho, mas eu não me importava. Tudo o que eu queria era poder estar com eles o máximo que eu podia.

Puxei de leve a ponta da camisa branca de meu pai, para chamar sua atenção e ele olhou para mim. Tirei do bolso o sapo que minha avó havia comprado para mim dois dias atrás no Beco Diagonal. Meu pai o olhou e sorriu, pela primeira vez em muitos anos.

“Trevo” – ele disse.

“Deve ser o nome dele, pai?” – perguntei.

Ele assentiu com a cabeça. “Para dar sorte” – completou e segurou minha mão.

“Como o trevo de quatro folhas?”

Ele assentiu mais uma vez, apertou minha mão e sorriu, a largando logo depois. Voltou a olhar para a janela, mirando o nada.

Ele nunca havia falado diretamente comigo antes. Esse era um dos dias mais felizes da minha vida. Foi a primeira vez que meu pai falou comigo depois do que aconteceu.

Bem, não sei se foi carma ou algo assim, mas sorte o Trevo não trouxe não. Ele vivia se perdendo e eu surtava quando isso acontecia. Ele era como algo valioso para mim, foi o motivo de meu pai ter falado algo depois de anos sem dizer uma palavra.

Às vezes eu me recuso a pensar nisso, em me deixar ficar mal. Mas não dá pra evitar isso para sempre.

Uma lágrima escorre em meu rosto, mas Parvati, que esta ao meu lado, não pareceu notar. Melhor assim. A limpo rapidamente das minhas bochechas e pego minha mochila. Teria de copiar algo que Minerva colocou no quadro. Coloquei um pedaço de pergaminho sobre a mesa, e quando fui apanhar a pena, acabei achando um bilhete.


Eu te amo, Neville.
Nos vemos no intervalo.
Sua Gina Weasley.


Em baixo do recado, havia a marca da sua boca, um batom levemente rosa com um cheiro muito bom. O seu perfume.

Não pude evitar sorrir. Gina foi a primeira pessoa que disse que me amava. Algo que eu nunca vou conseguir descrever é o meu sentimento por ela. Parece que dizer que eu a amo não é suficiente, é bem mais do que amar. Ela consegue me fazer sorrir quando tudo fica na pior situação possível, me faz ter esperanças de que existem dias melhores, que nem tudo está acabado.

Ela é meu motivo, minha razão. Sem Gina eu não sou o mesmo. É algo surpreendentemente perfeito. Quando estou com ela, sinto que nada mais importa, que nada mais existe. Ela é tudo. Tudo o que eu sempre sonhei e pedi na minha vida. Ela é meu primeiro amor. Meu primeiro e único amor.



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Notas finais do capítulo

Oi! Eu ainda to aqui (:
E aí, o que vocês acharam? Tava pequeno em relação aos outros, mas como eu disse, o tempo ta apertado.
Obrigada Thalessa Ketlen, IsabelleMalfoy, SofiaB, Chizuru e Giulia Potter, minha chará e leitora nova. Seja bem vinda, Giu.
Obrigada pelos reviews gente. Vocês são tudo.
Agora eu preciso ir, então não deixem de comentar. Eu amo reviews grandes. Vocês não tem noção do quanto eu sou louca por eles, HAHAHAHAH.
Ok, chega. Vai parecer que eu to apelando, :P
Então é isso, um super beijo a todos e todas, tudo de bom hoje e sempre.
Giulia Guadagnini ♥