Evil In Love 2 - Os Segredos Do Passado escrita por LittleSet


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, aqui esta o capitulo do cemitério que vocês tavam tão animadas pra ler, acho que vocês não vão achar tão grande coisa como esperavam, mas ok kkkk



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A noite estava exatamente como a anterior, quente e abafada. As nuvens pesadas cobriam a luz da lua, deixando o cemitério mais escuro do que seria em uma noite normal.

Os jovens tentavam andar entre os túmulos e sepulturas, sem tropeçar nos pedaços soltos de cimentos ou nas ervas daninhas que cresciam por entre as trilhas que circundavam as covas. A frente de todos, estava Megan, trilhando o caminho seguro com uma lanterna na mão. Atrás dela, vinham às outras garotas, e depois os garotos que seguravam pás entre as mãos.

Todos andavam em uma fila única, para facilitar a passagem por entre os mausoléus, em direção ao lado mais antigo do cemitério.

- Acho que já é seguro contar o porquê de estarmos aqui agora, Megan. – Leah pediu, com a voz mais gentil que conseguiu arranjar naquelas circunstâncias.

- Ah sim. – disse a morena, parecendo despertar de seus pensamentos. – Uma das garotas da organização ligou hoje, ela me devia um favor e eu pedi para que achasse algumas coisas para mim. Eu tinha esperanças de que Lucius tivesse cometido algum erro quando matou nossas famílias. E de certa forma eu estava certa. Já vim aqui outras vezes e percebi algumas coisas estranhas.

- Você veio visitá-la não foi? – Sean perguntou.

- Só porque você se nega a visitar o tumulo de nossa mãe, não quer dizer que eu tenha que fazer o mesmo. – disse Megan.

- Só seus pais estão enterrados aqui? – Leah perguntou.

- Não, aqui é basicamente o cemitério da organização, por isso é tão longe de Los Angeles, e fica no meio do deserto entre a Califórnia e Nevada, para que ninguém ache. – disse a morena. – Todas as pessoas que matamos, e todos da organização que já morreram estão enterrados por aqui.

- Então, não deveríamos estar aqui, certo? – Ryan continuou. – Afinal, muitos dos mortos daqui têm coisas contra nós.

- O que foi Ryan? Medo de que os fantasmas puxem seu pé essa noite? – Sean perguntou, Ben prendeu uma risada.

- Cale a boca, Sean. – o ruivo rebateu carrancudo.

Ben riu alto, recebendo um olhar mortal de Ryan.

Eles continuaram andando, passando por cada vez mais túmulos, a procura do que realmente queriam. Leah tinha uma lanterna em mãos, assim como Sean que estava no final da fila.

Megan andou mais alguns passos, fazendo a curva em um mausoléu grande e entrando em mais uma fila de sepulturas. Sua expressão mudou, a dor tomou seus olhos, mas ninguém sequer percebeu por estar na frente de todos e a escuridão tomar boa parte do seu rosto.

A morena deu mais alguns passos, tentando ao máximo não iluminar a carreira de sepulturas por qual passava. Ela não queria ler os nomes escritos ali, já que as letras e as frases estavam gravadas em sua mente.

- É aqui. – ela disse ao chegar a certo tumulo.

A grama começava a crescer recentemente, ainda dando pra se ver a terra molhada pelo sereno da madrugada. Megan iluminou s escritas, que diziam em uma caligrafia simples: “Aqui esta Trinity Crash, uma mãe dedicada”.

- Quem é Trinity Crash? – Ryan perguntou.

- Não importa, só cavem. – Megan disse. O ruivo deu de ombros.

- Trinity não era uma das vice-presidentes da organização? – Sean perguntou a irmã, que apenas deu de ombros como se não se importasse.

Os garotos se aproximaram da cova e cavaram a terra molhada, enquanto as garotas apenas iluminavam o lugar. Demorou alguns minutos, para que as pás encontrassem algo solido ali, Ryan foi o voluntario para entrar na cova e abrir o caixão.

O ruivo segurou a mão de Sean para sair do buraco com a tampa aberta e com vários envelopes e caixas de papelão ali dentro, mas incrivelmente sem nenhum cadáver.

Megan se ajoelhou na terra, pegando as caixas e tirando uma por uma dali. Correndo o risco de sujar sua roupa e suas pernas expostas pelo short jeans, no entanto não se importando muito com os detalhes.

- O que são essas caixas? – Brianna perguntou.

- Itens pessoais que nossos pais nos deixaram antes de partirem. – a morena disse.

- Eles sabiam o que ia acontecer? – Leah perguntou, encarando a amiga.

- Acho que não. – disse Megan.

- Eles teriam que saber se quisessem deixar algo para nós, algo de valor emocional. – disse a loira.

- Não necessariamente. – a morena voltou a dizer.

- Sim, Megan, necessariamente sim. – Leah retrucou.

Megan não voltou a responder, só continuou a tirar as caixas dali, Brianna se ajoelhou ao lado da amiga, ajudando-a. Os garotos se ajoelharam ao lado das caixas, começando a abri-las.

Ben revirava uma das caixas que parecia ser a mais nova, tirando álbuns de fotos e caixinhas de jóias de dentro, foi quando ele pegou um medalhão com um fraco brilho que parecia ser de ouro.

- Alguma de vocês reconhece isso? – Ben perguntou.

Os olhos de Leah, que antes permaneciam no chão, voltaram-se para o garoto e para o colar que havia entre seus dedos. A loira tomou um olhar frio, pegando o medalhão da mão de Ben e segurando forte entre seus dedos.

Ben a olhou como se não tivesse entendido e logo se virando para ver outra caixa que estava por ali. Leah esperou que todos estivessem ocupados, para que não percebessem quando se afastasse.

Ela andou no escuro pelos túmulos, a procura do que tanto ansiava para ver desde que fugira de casa.

Depois de estar a certa distância dos amigos, a loira ligou a lanterna e começou a olhar os nomes gravados nas sepulturas. Ela ouvira Megan dizendo que suas famílias não estavam muito longe umas das outras.

Felizmente, Leah não precisou andar muito, já que encontrou depois de uma caminhada um túmulo duplo onde seus pais estavam. Addison e Steven Narrow, enterrados juntos para passar o resto da eternidade um ao lado do outro como sempre fora. Não havia uma frase na lápide, só seus nomes e as datas de nascimento e óbito.

A garota se ajoelhou na frente das pedras, passando as mãos pela grama crescida. Ela nunca se despedira deles, só se desculpara antes de fazer algo que se arrependera ainda mais depois.

- Sinto muito. – Leah disse. – Sei que já devo ter dito isso antes, mas acho que naquela época eu talvez não estivesse sendo sincera. – seus olhos foram para o túmulo da mãe, brilhando mais do que o normal. – Mãe, eu acho que você gostaria de saber que não estou mais com o Connor, eu sei que você não o aprovava. Mas acho que o Sean você aprovaria. Ele é bom, mãe, e faz parte da organização que eu sei que vocês participavam. Ele me fez ser a mulher que sou hoje, me fez crescer... E pai, eu melhorei minha mira. Eu me lembro de que você me ensinava a atirar com pistolas de água, e me ensinava a ser boa. Talvez por isso eu tenha aprendido tão fácil e rápido como se faz com uma arma de verdade. Acho que vocês gostariam de saber que eu não sou mais a filha infantil que era antes. E percebo agora o quanto errei, eu não devia ter saído naquela noite.

As lágrimas desceram pelo rosto dela, fazia tempo que Leah não chorava. No entanto estar ali, na frente da cova de seus pais mostrava como tudo era real e como ela estava sozinha naquele mundo.

- Eu só não acho justo, como vocês me esconderam tudo. – Leah continuou. – Vocês poderiam ter me dito, poderiam ter me preparado não só com treinos sem sentido e sim com palavras. Não precisavam ter feito isso, eu iria entender. Eu teria tentado melhorar, porque o motivo de eu ter bebido tanto e odiado tanto vocês é que vocês nunca estiveram comigo quando eu precisei. Acho que não era só eu que precisava ter dito desculpas.

Leah segurou o medalhão mais forte em sua mão, e logo sentiu uma presença atrás de si. Uma movimentação perto do seu corpo e braços envolvendo seus ombros.

Ele não disse nada, apenas abraçou sua garota quando ela apoiou o rosto em seu peito e se pôs a chorar. No entanto suas lágrimas não duraram muito tempo, já que logo ela se recompôs e o olhou agradecida.

- Só vim dizer adeus. – ela disse, com a voz fraca.

- Não precisa me explicar nada. – Sean disse, com um tom doce e gentil na voz.

Leah só concordou, e os dois ficaram em silêncio. O moreno apenas consolando ela do melhor jeito que podia. A loira abriu a mãos observando o colar em suas mãos, um medalhão redondo e pequeno que se abria em dois lugares para se colocarem fotos. Depositadas ali, haviam fotos de seus pais, sorrindo para ela.

Sean apertou-a mais forte, depositando um beijo suave em seu rosto. Leah esboçou um leve sorriso.

- Sean, Leah! Já temos o que queremos, vamos embora! – a voz de Megan foi ouvida de longe.

- Esta pronta para ir? – Sean perguntou.

- Estou. – ela disse, fracamente. – Mas e você? Esta pronto para dizer adeus a sua mãe? 


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Notas finais do capítulo

é isso gente, até a proxima, espero que tenham gostado
kk
bjss =3



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