Come Back escrita por sankdeepinside


Capítulo 14
Seu toque é o que está me fazendo falta


Notas iniciais do capítulo

Olá. Gente essa notinha aqui vai ser 90% só agradecimento. Eu fui olhar o números de leitoras e VEI passamos das 40 leitoras e fiquei tipo, caralho mano. Tudo bem que dessas 40 só 12 mandam reviews mas sinceramente essas 12 reviews são sempre as mais perfeitas que eu já li. Queria agradecer também a linda da xDropDeadx que fez uma das recomendações mais lindas que eu já recebi, eu fiquei muito honrada com tudo que ela escreveu ali. Muito obrigada por lerem minha fanfic, deixarem a opinião de vocês ou apenas sei lá, lerem caladinhas. saber que vocês também sentem esse amor que eu sinto pelo Jimmy me deixa imensamente feliz. Bem vindas leitoras novas e obrigada por tudo leitoras antigas.
O titulo do capitulo é um trecho da música Comatose da banda Skillet (confessso que todas as cenas romanticas Allie/Jimmy eu escrevo ouvindo ela) então eu resolvi por como titulo.
O capitulo foi betado YAY beijos pra minha beta laleliloluq
Não vou falar mais nada
Boa leitura
Espero que gostem
Beeijos



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Morto. Eu corria pelos corredores com os olhos encharcados pelas minhas lágrimas. Eu atrapalhei tudo, ao invés de ajudar, só adiantei a morte dele. Aquela dor parecia ainda maior agora que eu havia passado tanto tempo próxima dele.

Uma porta. Eu a abri com todo meu desespero e ele estava lá, deitado numa maca solitária no meio do quarto, as tatuagens do seu peito nu reluziam. Corri até ele e me debrucei sobre seu corpo

- Me desculpa meu amor, eu não fui capaz de ajudá-lo.

- O que está fazendo aqui? – Olhos furiosos me repreendiam – Eu sabia que você ia matá-lo, você jamais deveria ter aparecido nas nossas vidas – Um Brian furioso me puxou pelos cabelos.

- Eu juro que fiz o que pude Brian – Eu soluçava alto

- Cala a boca! Você é uma desgraçada! Olha para ele – Ele me empurrou sobre o cadáver branco de Jimmy, eu chorava como uma criança, totalmente em desespero – Ele tinha a vida toda pela frente, não merecia! Você é quem deveria morrer!

Ele soltou meu corpo e eu cambaleei, olhei em volta. Os olhos de Matt avermelhados das lágrimas e da dor vinham em minha mente como uma condenação pela minha culpa. Johnny abraçava a si mesmo e gritava pelo nome do amigo, Zacky me empurrava para longe dali, como se eu fosse indigna de permanecer com eles. Podia ouvir os gemidos de Jimmy e sua voz ecoando “Eu acho que vou morrer agora”. Eu tremia e chorava, minha cabeça latejava.

Meu peito começou a doer, era como se o que o matara estivesse vindo me buscar, caí de joelhos no chão, sangue começou a escorrer pela minha boca. Um par de tênis parou diante de mim, levantei os olhos. Ela tinha uma careta de desgosto estampada na face. Os cabelos castanho-escuros escorriam pela face alva, magra e rodeada de profundas olheiras.

- Você o matou, meu ídolo, meu amor! MORTO! Graças a você! Eu odeio ser você! Eu quero morrer, só assim você nunca vai existir!

Tentei pedir desculpas, mas apenas sangue saia pela minha boca, meu coração batia descompassado. Ela puxou uma lâmina e cravou com força nos próprios pulsos, caiu de joelhos diante de mim, agora ela se tornara mais do que meu espelho.

- Você falhou Allie, você o matou. Agora você merece morrer.

- Hey Freak? – Acordei sobressaltada, os olhos castanho-avelã dele olhavam bem no fundo dos meus – Tudo bem? Cochilou e estava murmurando toda aflita. É melhor ir pra casa, ta parecendo um cadáver.

- E-eu estou bem e não vou a lugar nenhum – Falei bocejando e me esticando

Brian deu de ombros e se sentou ao meu lado, soltando um longo suspiro.

- Eu tinha razão – Ele falava comigo, mas olhava para a parede branca do corredor – Sabia que você só ia fazer mal pra ele.

Um calafrio percorreu imediatamente o meu corpo. Coloquei as pernas sobre a cadeira e abracei os joelhos

- Sim – mordi meu lábio inferior com muita força – Me perdoe, não achei que as coisas ficariam tão sérias. Eu amo ele Brian, não achei que ele seria estúpido a ponto de...

- Acredite, não há nada estúpido o suficiente que James Sullivan não seja capaz de fazer – ele sorriu com o canto da boca – Mas você disse que ama ele. Então por que largou ele hein gênio?

- Ele vai ficar melhor com ela

Ele revirou os olhos

- E como chegou a essa conclusão absurda, Einstein?

- Eu apenas sei

- Larga de ser burra Alison, olha ao redor, quem é que ta aqui há mais de 24 horas sem dormir, parecendo uma múmia desenterrada chorando pelo cabeção? Nossa até eu que nem terminei o ginásio to enxergando isso. É você pedaço de ser humano. É você que é a pilha do bonecão lá, ele tava até animado pra compor graças a você.

Eu suspirei

- Mas não é assim que as coisas deviam ser.

- Não é? Então eu vou te contar uma realidade – Ele olhou para os próprios pés – Eu já pedi alguma coisa pra você?

- Não, na verdade acho até que você me odeia.

Ele sorriu por alguns instantes

- Te odeio sim, mas de um jeito bom – Ele me encarou, seu nariz era bem empinado, a barba começava a apontar que precisava ser refeita e os olhos muito castanhos – Não se afaste dele. Acho que sem você ele pode – uma breve hesitação dele e eu já consegui compreender – sem você ele pode morrer Allie. Eu digo isso por que eu vejo nos olhos dele o caos que mora ali e por algum motivo extraordinário, você o tranquiliza, como uma morfina aliviando a dor. Se você ama mesmo ele, sei lá, não precisa deixar ele te comer, só fica perto. Você acha que ele ama a Lea, mas ela não tem esse efeito sobre ele. Dessa vez foi por muito pouco, não quero pensar em uma próxima vez. Acho que sem ele eu não saberia nem por onde pisar – Nesse instante, Brian aparentou ter esquecido que eu estava ali, e começou apenas a falar uma porção de coisas que nunca imaginei ouvir dele. Justamente dele que aparentava ser tão alheio a sentimentos e por trás daquela pose toda era apenas uma criança que só tinha olhos para o irmão mais velho, não irmão de sangue, mas irmão de alma – Você deve me achar um covarde por não fazer nada por ele, mas eu tento, por Deus, como eu tento. Eu olho pra ele todos os dias, gargalhando, contando piada, me chamando de cuzão, e falo pra mim mesmo que ta tudo ok. Mas ai acontece uma porra dessa e a realidade da um puta soco na minha cara. Eu nunca te pedi nada Allie, mas vou ter que te pedir pra não deixá-lo morrer.

Ele agora me encarava, tinha os olhos tristes. Eu o puxei e abracei-o com muita força, ele retribuiu o abraço afagando de leve minha cabeça. Aquele era um dos motivos por eu ter voltado no tempo. Aquela era a dor que eu queria evitar.

- Não precisa pedir, ele é o motivo de eu vir parar aqui.

- Hã? – Ele se afastou do abraço com uma expressão meio confusa – Como assim?

Merda, falei de mais.

- Não é nada, eu só estou viajando um pouco.

- Hum

Os outros rapazes da banda haviam aparecido mais cedo, mas não deixei que nenhum deles ficasse, apenas Brian. Foi impossível discutir e acabou ficando comigo ali. Alguns minutos depois a enfermeira se aproximou de nós.

- Ahm, são os familiares de James Sullivan? – Nós dois confirmamos com a cabeça – Ele acabou de acordar, está perguntando por vocês.

- Podemos ir lá?

- Claro!

Nós dois fomos correndo e se esbarrando, disputando quem entraria primeiro. Chegamos frente à porta e começamos a brigar.

- Me deixa entrar primeiro caralho, ele é meu melhor amigo.

- Já ouviu falar em cavalheirismo Gates?

- Foda-se a porra do cavalheirismo, ele não deve nem estar querendo te ver – Eu recuei imediatamente e ele percebeu o efeito de suas palavras – Allie eu não quis dizer que ele não gosta de você, me desculpe. Foi automático.

- Tudo bem Gates, pode entrar.

- Tem certeza?

- Tenho

Ele então entrou, me sentei nas cadeiras do lado de fora e fiquei pensando no que eu diria quando entrasse, como ele reagiria, se ele me culparia pelo que fez. Pra ser sincera, eu estava com medo. Cerca de quinze minutos a porta do quarto se abriu e Brian a segurou, me levantei e ele abriu um meio sorriso para mim, dando autorização para que eu entrasse.

Entrei tímida, muito acanhada e fechei a porta. Ele estava sentado na cama e automaticamente voltou os olhos para mim, senti meu corpo inteiro vibrar, ele estava bem mais pálido do que o normal, os lábios ressecados, os olhos azuis muito opacos, o cabelo negro arrepiado, mas na minha cabeça apenas um pensamento eufórico martelava, quase não me deixava agir de maneira sã: “Ele ainda está vivo”.

- Hey – falei enquanto me aproximava, me segurando muito pra não correr até ele e começar a chorar.

- Eu estou morto? – ele falou e enfim esboçou um sorriso

- Pro seu azar, não.

- Como consegui sobreviver?

- Eu cheguei a tempo – eu sorri de leve e ele abaixou os olhos, parecia realmente muito triste, então achei que era a hora de animá-lo um pouco. Caminhei até o pé da cama e peguei a prancheta com o prontuário dele – Tsc tsc tsc isso não é nada bom.

- O que?

- Além de ter uma parada cardiorrespiratória você está muito mal!

- Nossa, e precisou desse papel pra chegar a essa conclusão?

Olhei para ele meio cética e continuei

 - Aqui diz que você está com sérios problemas de dor de cotovelo – ele riu – mas por causa da sua burrice vai ser obrigado a ficar sem um monte de coisa pra poder melhorar

- Tipo o quê?

Fui me aproximando um pouco mais

- Nada de Heineken, cigarros, charutos, vinhos, chicletes de menta. Ah descobriram que você tem uma alergia muito séria a silicone, então não pode ficar perto da Leana, ou então você morre!

- Parei de ouvir quando falou Heineken

- Sério Sullivan, estou querendo arrancar todos os seus dentes. Que ideia babaca foi essa de enfiar Ecstasy pelo nariz? Isso faz mal pra caralho pro seu coração. Parece até que faz de propósito! Seus amigos estavam chorando ai por tua causa, seu filho da puta.

- É, acho que vou apanhar quando sair daqui.

- Quando sair daqui? – eu dei um soco forte no braço dele e puxei sua orelha – Acha que só por que eu não tenho 2m de altura e um bíceps tatuado que vai escapar de mim?

- Ai Ai Ai, não se bate em gente doente – ele segurou minha mão com força e olhou fixamente pra mim, fazia tempo que eu não ficava hipnotizada por aqueles olhos – Há quanto tempo está aqui no hospital?

- Algumas horas

- Quantas horas?

- Umas duas, talvez – Eu tentei mentir.

- Brian disse que está esperando há mais de um dia – Os dedos brancos dele tocaram meu rosto – as olheiras e as marcas de lágrimas também não mentem.

- Eu estava preocupada

- Me desculpe

- Ao invés de pedir desculpas você devia tentar cuidar melhor de si mesma – Ele abaixou o olhar e largou meu braço, então sentei no canto da cama e passei a mão por entre os finos fios negros do cabelo dele – Estou feliz por estar bem.

- E eu estou feliz por estar aqui – ele ficou em silêncio por alguns instantes – Posso te perguntar algumas coisas?

- Pode

- Allie tem alguma coisa diferente em você, que não tem na sua irmã. Além de você parecer um pouco mais velha, tem algo no seu olhar que faz com que eu me sinta confortável. É como se eu pudesse ver a minha dor em você. Talvez tenha sido só impressão minha, não sei. Mas então eu me dei conta que você nunca me falou além do básico sobre você. Você sofre Allie, eu vejo nos seus olhos. Quer me contar o por quê?

Eu sofro porque você sofre, meu amor. Eu podia falar isso, mas seria muito idiota da minha parte e ele nem acreditaria.

- Eu vou contar então

- Como é sua família, sua casa, seu cachorro, conta tudo.

- Minha família é bem normal, eu moro em um apartamento pequeno de frente pro apartamento do Max, que é meu melhor amigo e meu cachorro quase morreu intoxicado com Ecstasy –Ele gargalhou – Mas você é bem esperto Jimmy, tem algo que dói muito no meu peito.

- Decepção amorosa?

- Mais ou menos. Eu tinha um ídolo Jimmy,um grande ídolo. Ia aos shows sempre que podia, fazia o máximo pra chegar perto dele e poder ao menos senti-lo de perto. Nunca consegui nem sequer um autógrafo, mas nunca desanimei sabe? Eu o admirava muito, ele era minha motivação, era o que fazia com que eu levantasse todo dia e fosse a luta pelo que eu mais queria. Quando eu me vi, eu já estava vendo fotos dele com a namorada e falando mal dela, por que aquela altura eu já tinha me apaixonado completamente por ele, eu ouvia as músicas esperando pela voz dele e a cada nota era como se meu coração de fã se enchesse de uma esperança impossível, mas que insistia em me acompanhar.

- Não sabia que o amor de fã podia ir tão longe. Uma vez eu me apaixonei pelo Vinnie Paul, mas durou pouco, sabe como é, tinha que manter minha masculinidade – Ele brincou e apertou a minha mão com carinho e as lágrimas já rolavam pelo meu rosto, eu sorria com as palavras dele, ele não fazia a menor ideia de quem eu estava falando – Você ta falando sério Allie? Essa é sua dor? Não é possível que seja algo tão bobo.

- Não é bobo James! Deixe-me terminar – eu respirei fundo – Um dia, quando eu menos esperava chegou a noticia de que aquele cara, que eu idolatrava, que esperava ansiosa pela hora de dormir só pra sonhar com ele – eu solucei baixinho – havia falecido. Todos os meus sonhos foram pro ralo Jimmy. Eu tinha tanta esperança de que um dia eu ia tocá-lo, ao menos encará-lo de perto, e de repente nada daquilo era mais possível. Eu ainda era jovem, e eu pensei em muita besteira – Olhei para os meus pulsos, eu nunca fora capaz de realmente me cortar, mas eu considerei essa possibilidade, várias vezes – Eu não consegui lidar muito bem com isso.

- E o que você fez?

- Depois de quase surtar e andar beirando a depressão, encontrei uma outra maneira de mantê-lo perto de mim.

- Como?

- Eu descobri que podia voltar no tempo – Eu sorri de leve e ele retribuiu sorrindo de volta.

- Com memórias?

- Sim, com memórias – Eu não contei a verdade inteira pra ele, seria loucura se contasse. O abracei com força

- Isso é meio estranho sabe. Sei lá, não achei que essa coisa de fã fosse tão séria.

- Você nem imagina o quão longe um fã pode ir pelo amor ao seu ídolo Jimmy.

Ele olhou para mim e eu não consegui resistir por nenhum segundo mais. Os lábios dele eram como ímãs superpoderosos que atraíam de maneira muito intensa os meus. Minha boca se encontrou com a dele, eu tinha fome, fome por ele, minha língua percorria afoita sua boca, os lábios carnudos dele eram macios e vorazes, sugavam os meus com extrema intensidade. As mãos dele envolveram minha cintura e me puxaram para seu colo, adorava quando ele fazia isso.

Em um movimento bem vagaroso, as mãos dele subiram pelas minhas coxas, fazendo com que a pele por baixo do meu jeans se eriçasse, o toque dele me enlouquecia. Segurei com um das mãos em sua nuca e a com outra em seus cabelos, os braços dele envolviam completamente meu corpo, senti a ereção dele dar sinais embaixo de mim, eu também estava excitada. Meu corpo inteiro ardia, minhas pernas vibravam e apertavam o corpo dele logo abaixo delas. Nosso beijo era mais veloz e cada vez mais obsceno, desci minhas mãos em um deslize sutil pelo tronco dele, indo em direção ao seu sexo.

- MAS QUE POUCA VERGONHA É ESSA? – A porta do quarto foi escancarada por uma das enfermeiras, separei o beijo quase sem fôlego, meu rosto ficou roxo de vergonha – Desça já de cima do paciente mocinha! Ele é um cardíaco, por acaso quer matá-lo?

Eu saltei imediatamente do colo dele, estava ultra envergonhada e Jimmy se divertia muito com aquela situação.

- M-me desculpe senhora.

- Isso aqui é um hospital, não é um motel – ela se virou para Jimmy – E pode ir desarmando essa coisa, rapaz.

- Tem certeza que não quer aproveitar tia?

- Me respeite! Tenho idade pra ser sua mãe!

- Eu não tenho preconceito.

Ela balançou negativamente a cabeça e mandou que ele se calasse. Ele ainda gargalhava muito, a enfermeira logo me expulsou do quarto e eu saí com um peso infinitamente menor nas minhas costas.

Joy

Coloquei uma roupa neutra, um short jeans folgado e uma blusa branca, prendi o cabelo em um rabo de cavalo bagunçado para disfarçar a diferença do comprimento, calcei um par de chinelas e aguardei. Eu estava à cópia perfeita da Allie, daqui a cinco anos aquilo seria crucial para que tudo desse certo.

Eu estava ansiosa, caminhava de um lado para o outro da sala e então a campainha tocou, quase saltei de susto. Corri até a porta e respirei fundo, não queria parecer muito afoita, logo em seguida abri a porta e meu deus. Ele estava lindo, o cabelo curto e negro um pouco arrepiado contrastava com a pele extremamente clara, os olhos negros dele me analisaram por um longo segundo, ele me analisava bem para ter certeza.

- Allie?

- Oi Sam, entra.

Abri passagem para ele, que entrou um pouco desconfiado, olhando tudo ao redor.

- Está sozinha? Cadê sua irmã?

- Saiu

- Ahm, por que me chamou?

Aproximei-me dele, de perto ele era ainda mais bonito, os olhos negros pareciam reluzir e a pele era como marfim.

- Por que eu quero você – Com um movimento brusco o puxei pela gola da camisa, ele não esperou mais nada, me empurrou com força contra a parede e me beijou de maneira muito feroz, seus lábios eram macios e ávidos, o corpo dele me pressionava com força contra a parede e eu bagunçava seus cabelos escuros com as mãos.

Quando ele enfim perdeu o ar, percorri o contorno de meus lábios com a ponta da língua e sorri para ele, ele parecia totalmente entorpecido.

- Você não é a Allie.

- Uau, descobriu quase em tempo recorde.

Ele sorriu debochado e se afastou de mim

- Você não pode brincar com essas coisas, garota. Onde ela está?

- No hospital, com o James.

- Ah claro, sabia que essa de “terminamos” era só da boca pra fora. Foi pra isso que me chamou? Pra rir da minha cara?

- Não, na verdade eu precisava fazer um teste de visual, a minha sorte é que o Jimmy não repara tanto nessas coisas e com ele vai ser mais fácil.

- Você vai se passar pela Allie?

Idiota, eu não preciso me passar pela Allie, eu sou a Allie.

- Sim, e você vai me ajudar.

- Que? Nem fudendo, eu vou embora.

Segurei o pulso dele com força.

- Você ama a Allie, eu sei que você ama.

- Isso não é da sua conta

- Escuta Sam, você é um cara muito atraente, em outras circunstâncias eu provavelmente me apaixonaria por você, tenho certeza que a Allie também. Eu acho que isso pode ser possível, mas eu vou precisar da sua ajuda. Eu preciso chegar até o Jimmy.

Ele se soltou do meu aperto

- Olha aqui Joy, eu realmente amo a Allie – ele desviou o olhar – Talvez mais do que ela mesma imagina que seja possível, mas ela é louca pelo Sullivan e por mais que eu o deteste, jamais jogaria sujo pra ter a Alison comigo. Se você quer brincar com a semelhança de vocês duas, boa sorte, mas não conte comigo.

Ele me deu as costas e saiu pisando firme da casa. Idiota. Ele nunca mais terá outra chance como essa. Mas tudo bem, eu podia fazer aquilo sozinha, só precisava esperar pelo momento certo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
Bjs Bjs