Time Heals Everything escrita por LunacyFringe


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a "demora"!
Gente, eu sei que a fic abordou um assunto muito controverso, que é a religião, no ultimo capitulo, e nesse a seguir também, mas eu não quero que ninguém se sinta ofendido. Não é a minha intenção, certo. Se alguém se sentiu assim, eu peço desculpas.
Bom, esse capitulo é meloso e dramatico, mas eu prometo voltar com as piadinhas o mais breve o possivel certo?
Boa leitura (:



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Zacky POV
– Vai ficar tudo bem Bri... E você pode ficar aqui se quiser.
– Obrigado Zee. – Sorriu. – E eu acredito em você.
– Vem cá. – O puxei para ele deitar no meu colo e comecei a mexer em seus cabelos. Não precisou de um minuto e ele chorava baixinho de novo.
– Tudo vai ficar bem Bri, confia em mim...
– Minhas costas doem tanto... – Choramingou.
– Bri, você devia tomar um banho. – James disse. – Assim você pode dormir depois e descansar. Acho que vai ser melhor.
– Eu concordo com o Jimmy Bri. – Falei.
– Tudo bem... Você me ajuda? – Me olhou.
– Claro, vamos. – O ajudei a levantar.
Fomos para o meu quarto e ele se sentou na cama, enquanto eu fechava a porta e me escorava na mesma. Suspirei e o encarei, caminhando em direção ao guarda roupa.
– Acho que eu tenho algo que serve em você aqui. – Falei revirando as gavetas. – Aqui, essa boxer fica apertada em mim. - Ri. – E essa camiseta! Ela é larga, vai ser bom pra você. – Peguei uma camiseta velha e gigante do Mickey.
– Obrigado Zee. – Disse baixo quando lhe entreguei as roupas.
– Olha, eu sei como você deve estar se sentindo. – Sentei ao seu lado.
– Não Zee, eu sinto muito, mas você não sabe. – Me olhou com os olhos marejados. – O seu pai não te tratou como se você fosse a maior escória da sociedade. Muito pelo contrario, ele, e sua mãe claro, eles foram os únicos que permaneceram ao seu lado. – Suspirou. – Eu nem sei se eu vou conseguir chamar aquele homem de pai novamente.
– Brian, eu sinto muito. Eu -. – Eu ia me desculpar quando Brian me cortou.
– Você não tem que se desculpar okay? A culpa não é de ninguém. Me arruma uma toalha? – Virou para mim; antes encarava a janela que dava para o seu quarto.
– Claro, eu vou pegar aqui. – Falei levantando.
Brian seguiu para o banheiro e eu parei na frente do guarda roupas novamente para pegar uma toalha branca para ele. O segui para o banheiro e Brian estava parado na frente no espelho, parado, apenas olhando seu reflexo. Sabe quando você encara algo enquanto seu pensamento voa, e então seu olhar fica perdido naquele lugar? Brian estava assim, ele encara o seu reflexo, mas sua mente voava para outro lugar.
Ele mordeu o lábio inferior e abaixou a cabeça, me olhando de canto e finalmente percebendo que eu estava parado ali esse tempo todo.
– Acho minhas costas estão sangrando. – Falou simplesmente.
– Nossa Bri, ele bateu tão forte assim?! – Me apavorei, me aproximando dele.
– Acho que sim. – Deu os ombros. – Na hora doeu mais as palavras do que as cintadas.
– Me deixa ver. – Falei sério, colocando as mãos nos botões da camisa preta dele.
Desabotoei a camisa dele, tirando-a em seguida. Brian abaixou a cabeça e virou de costas, me mostrando suas costas feridas e avermelhadas.
– Elas não estão sangrando. – Falei baixo. – Mas estão bem vermelhas e marcadas.
– Vou tomar banho. – Virou rápido de frente para mim. – Depois eu... Posso deitar um pouco na sua cama?
– Claro Bri, fique à vontade. Eu... Vou lá. – Disse saindo do banheiro. Por mais que a minha vontade seja de ficar lá.
Sentei na cama e olhei para a janela que dava para o quarto do Brian. Eu podia jurar que havia alguma movimentação ali dentro, eu via sombras se movendo pela cortina branca.
Fiquei encarando aquela cena por muito tempo. A pessoa ia para um lado e para o outro, e eu pedia mentalmente que não fosse alguém fazendo as malas do Brian. Eu queria que o velho Haner se arrependesse e pedisse perdão ao filho, assim Brian não sofreria mais do que já está sofrendo.
– Zee... – Olhei para frente e vi Brian apenas com a camiseta e a boxer preta que eu havia lhe emprestado. – Linda essa sua camiseta. – Riu fraco.
A camiseta era velha mesmo, e grande pra caramba. Ela ficava abaixo do quadril do Brian, fazendo só um pedaço da boxer aparecer. Ele parecia uma menininha usando a camiseta do namorado lutador de MMA. Seus cabelos molhados e bagunçados pingavam na camiseta branca, deixando seus ombros molhados. Seus olhos revelavam o quão cansado ele estava.
– Deita aqui. – Bati na cama. – Descansa um pouco.
Brian foi para o outro lado da cama, do lado que eu sempre quis que ele se deitasse. Sentou devagar e encarou a parede, suspirando pesado. Deitou devagar, e se virou para mim no mesmo ritmo. Ele encolhia levemente o corpo, e enrolava o lençol na ponta dos dedos.
– Zee. – Me chamou baixo. – Se importar de ficar aqui comigo?
– Claro que não. – Me deitei ao seu lado. – Vem cá. – Bati de leve no meu peito.
Ele veio devagar e pôs a cabeça no meu peito. Suspirou novamente e colocou o braço sobre meu corpo, me abraçando. Coloquei a mão em seu cabelo molhado, e fiquei mexendo ali, numa tentativa de carinho.
Fechei meus olhos, a fim de dormir também. Não se ouvia nenhum barulho no quarto, nós não nos mexíamos. Apenas sentíamos o calor do corpo um do outro. Eu tinha imaginado essa cena muitas vezes na minha cabeça, quase toda noite antes de dormir. Dormir para sonhar com ele, pois não adianta, eu não consigo tira-lo da minha cabeça. É mais forte que eu. Eu só desejava que Brian não estivesse sofrendo, pois eu acabo sofrendo com ele. Dói em mim vê-lo desse jeito, tão indefeso, tão cabisbaixo. A única coisa que eu desejava no momento era o pior para o velho Haner, queria que ele sofresse tanto quanto o Brian.
Não mexa com o Brian. Não mexa com o meu Brian.




James POV


Já eram quase cinco horas da tarde e o Brian e o Zee ainda estavam naquele quarto. Os pais do Zacky ainda não haviam chegado, e Johnny nesse exato momento está explicando o que aconteceu para Matt, e o mesmo está com a boca aberta, numa expressão de puro choque.
– Sério, garotos, vocês estão brincando comigo, isso não é verdade. – Matt relaxou da poltrona, mas ainda tinha aquela mesma expressão facial.
– É verdade Matthew! Porque eu estaria mentindo seu babaca?! – Johnny está um amor hoje.
– Porque isso não é um pai, isso é um monstro. – Falou como se fosse óbvio. – Eu não consigo imaginar um pai fazendo isso.
– Mas ele fez. E eu podia mata-lo nesse exato momento. O Brian está muito mal. – Abaixei a cabeça. – É horrível vê-lo assim.
– O Zee deve estar mal também. – Matt disse.
– Pois é – Johnny disse. – Se isso acontecesse com o Jimmy, eu iria pirar. Eu não ia ter o controle que o Zee teve. Eu acho que partia pra cima do Sr. Sullivan, mas não ia deixar aquilo acontecer. Sem falar que se eu visse o Jimmy chorando como o Bri chorou, eu ia secar de tanto chorar com você. – Me olhou e riu fraco.
E então eu tentei ficar sério, tipo: “Não faça isso seu anão. Eu não vou precisar disso.”, mas foi isso que saiu:
– Oin Jojo, eu também te amo. – O abracei.
– É muito mel, vou vomitar. – Matt falou.
– Seu sem coração. – Johnny falou.
– Olá garotos. Credo, até vocês dois? – o Sr. Baker e sua esposa chegaram em casa. – Ué, cadê o Zee?
– Tá no quarto com o Brian. – Johnny disse.
– Que safadeza. – Ele moveu a cabeça negativamente sorrindo.
– Vish, o senhor nem sabe. – Johnny disse. – Deu o maior barraco.
– Barraco? – A Sr.ª Baker perguntou. – Me esperem, eu vou fazer um café.
– Que nada, conta o que aconteceu. – Baker pai sentou no outro sofá.
Trinta minutos depois.
–Eu não acredito nisso. O Brian faz isso mesmo?! – Levantou irritado. – Não se trata nem um animal desse jeito, quanto mais um humano. E seu filho ainda por cima! Vocês não falaram nada? Não avançaram nele?
– Não, claro que não. – Johnny disse.
– Quem vem comigo? – Ele nos olhou.




Estávamos na frente da porta dos Haners, e o Sr. Baker apertava a campainha incansavelmente, sem dar espaço de um toque para o outro. Logo a porta se abria, revelando a madrasta do Brian.
– Com licença. – James invadiu a casa. – Cadê o seu marido?
– James, você não pode invadir a nossa casa desse jeito. – Sra. Haner falou para o Baker.
– Cadê o seu marido? – Perguntou novamente.
– O que você quer James? – Haner Pai apareceu na escada. Tinha uma expressão de raiva no seu rosto velho.
– Eu quero falar sério com você, Brian. – James apontou o dedo para o outro.
– Sobre o que você quer falar? Sobre o jeito que eu criava aquele garoto que eu já chamei de filho? – Riu irônico.
– Ele vai continuar sendo seu filho, não importa o que -.
– Aquele garoto que você e seu filho criaram não é meu filho! – Apontou o dedo. – Você deve ter feito de propósito não? Mandou o seu filho importunar o meu! O Brian caiu na tentação do demônio e a culpa é sua!
– Por favor, Brian, você acha isso mesmo? Não acha que talvez Deus nos criou assim, como somos? – Falou tranquilo.
– Não, isso não é obra d’Ele James. – Foi para a cozinha.
– E agora você resolveu expulsar o seu filho de casa? Depois de bater nele? Você acha que isso vai resolver alguma coisa?!
– Não foi o que você fez? Mandou o seu filho para outra cidade por vergonha? – Nos olhou com desprezo.
– Não Brian, não foi o que eu fiz. Eu sugeri ao MEU filho que ele fosse morar em outra cidade, e só fiz isso porque pessoas ridículas e preconceituosas como você estavam fazendo-o sofrer. Eu fiz o que foi melhor para o meu filho, mesmo que ele tenha levado um pedaço de mim com ele. O Zee é tudo pra mim, não importa a religião dele, a sexualidade, ou qualquer outra coisa, ele sempre vai ser o meu filho, acima de tudo, e o Brian sempre vai ser o seu.
– Nossa, que lindo o seu discurso. – Haner bateu palmas e fingiu secar uma lágrima. – Fiquei emocionado.
– Pai...? Eu já fiz as malas do Bri. – Kenna apareceu na escada. Ela tinha os olhos vermelho e fungava de leve. – Por favor, pai, não faça isso com -.
– Cale-se McKenna, e vá para o seu quarto. Agora! – Haner ordenou sem nem olhar para o rosto da menina. Pobre Kenna.
– Você vai mesmo tirar o Brian de casa?! – Perguntei. O velho Haner me olhou bravo.
– Você diz para aquele seu amigo que eu não quero que ele pise na minha casa novamente. – Falava apontando o dedo na minha cara.
– Não fale assim com o James. – Sr. Baker disse pegando as malas que Kenna havia deixado ali. – E o Brian vai ficar na minha casa.
– O quê?! – Haner nos olhou. – Ele não vai ficar na sua casa com o Zachary! É pior ainda! Você vai deixar esse horror acontecer de baixo do seu nariz?!
– Você devia me agradecer por dar um teto ao seu filho com pessoas que vão o acolher acima de tudo Brian. – Disse pegando as malas. – Eu não consigo ver horror nenhum em um amor entre duas pessoas. – Abriu a porta e saiu. – Vamos Jimmy.
– AMOR? VOCÊ ACHA QUE EXISTE AMOR ENTRE DOIS HOMENS? OH JAMES, QUE HORROR, ISSO NÃO É NATURAL, NÃO É OBRA DE DEUS! – Isso foi a ultima coisa que eu o ouvi gritar.
– Você achar que os garotos se amam? – Perguntei ajudando o Sr. Baker a carregar as malas.
– Não sei, eu só disse isso para irritá-lo. – Sorriu.
– Agora eu sei porque o Matt te adora senhor Baker, você é incrível. – Falei sorrindo.
– Oin Jimmy, que gay! – Falou e caiu na gargalhada. – Vamos para casa.



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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Mereço reviews? *--*
Prometo uma aparição do Benji no proximo tá? UAHSUAHS
BJO BJO BJO
Inté!