Renegade escrita por lonelyofthedesert


Capítulo 26
And when it rains you always find an escape


Notas iniciais do capítulo

Como prometida aqui está o novo capitulo
Estou um pouco mais inspirada nos últimos dias, então vou atualizar aqui mais rápido.
Espero que gostem!



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POV Sierra

Trabalho, Faculdade, estudar, fazer trabalhos, ser abusada por Adam. Essa é minha vida. Uma droga de uma rotina, um ciclo. Duvido que algum dia isso acabe. Apesar disso rezo com toda minha fé de que minha vida um dia vai melhorar. Olhei no relógio: 15 minutos para acabar minha aula. Os minutos se arrastaram e apesar do meu cansaço eu me encontrava elétrica, a ansiedade me fazia ficar assim. O motivo? Hoje é quinta feira. Meu mesmo pé repetia o mesmo movimento de sobe e desce desde o inicio da aula. Meu coturno batia contra o chão de madeira fazendo um leve ruído. A menina ruiva com cara de nojenta ao meu lado me olhava impaciente, meu barulho aparentemente a atrapalhava. Não liguei, continuei fazendo o barulho e contando os minutos para acabar a aula.

– É esse o conteúdo. Podem fazer alguns exercícios até a aula acabar. – falou a professora sorrindo docemente. A grande maioria da turma se reuniu em grupos para conversar, o que inclui a menina do meu lado. Abri meu livro e comecei a fazer as drogas dos exercícios, poderia estar impaciente, mas ainda estava atrasada nas matérias da faculdade. Quando a aula acabou eu soquei os livros em minha bolsa e sai caminhando rapidamente para fora da sala. Chovia forte, raios iluminavam a cidade deixando a mesma mais bonita do que o habitual. Peguei meu guarda chuva e fui encarar a tempestade. Inspirei profundamente sentindo o cheiro da terra molhada. Esse tipo de tempo é relaxante para mim. Eu sei, alguém que mora em Londres e ama chuva é quase que impossível. Mas eu nunca fui o que pode ser chamada de comum.

A caminhada ate meu apartamento era rápida, e mesmo assim cheguei totalmente encharcada em casa. Abri a porta e corri para o chuveiro e me tranquei lá sem nem ao menos cumprimentar o meu noivo. Demorei ali dentro, era o único lugar em que eu podia matar tempo sem Adam me incomodar. Apesar de tudo, pelo menos para isso ele me dá privacidade. Coloquei um conjunto de moletom cinza e preto e olhei meu reflexo no espelho. Minha pele e cabelo voltavam a ser o que eram antes: secos e quase sem vida. Eu podia dizer que sem Zayn é como se eu tivesse desvanecendo, morrendo aos poucos. Não digo meu corpo, mas minha alma. Eu sei que isso é um tanto quanto exagerado. Mas alem de meus tios e Zayn e os meninos eu não tenho ninguém na minha vida. Mas lembrei que em poucas horas eu sentiria seus braços em volta de mim e seus lábios sobre os meus. Mesmo que estivesse chovendo, nevando, acabando o mundo... ele estaria lá por mim. Ele sempre esteve. E eu espero com todas minhas forças que sempre esteja. Ao lembrar disso minha aparência mudou um pouco, como se apenas o fato de ele se importar comigo me fizesse bem. Na verdade faz.

Destranquei a porta e fui ate o quarto, deitei na cama e comecei a fazer minhas tarefas e trabalhos para a faculdade. Adam logo surgiu na porta e ficou ali encostado me olhando.
– O que foi? – perguntei enquanto fechava os livros e arrumava as coisas na pequena mesa no canto do quarto. Já sabia o que viria a seguir e não queria estragar meus livros. Adam andou até eu e começou a arrancar minhas roupas enquanto “acariciava” meu corpo. Aquilo não me estimulava de nenhuma maneira: nem boa nem ruim. Não eram boas com as de Zayn e nem repugnantes como eu achava no inicio de nossa relação. Talvez eu apenas tenha me acostumado. Dizem que quando você aprende a conviver com as coisas elas passam a ser mais toleráveis.

Mas viver longe de Zayn vai ser uma coisa que eu nunca vou conseguir conviver. Ou talvez eu apenas tenha me convencido disso.

Após a relação Adam adormeceu, como sempre fazia. Peguei meus livros e fui ate a cozinha. Fechei as portas do corredor e do quarto e comecei a preparar algo para comer. Catei meu celular e meus fones em algum canto. Quanto tempo fazia que eu não escutava música mesmo? Apertei o play e a melodia me acalmou.

Panic! at the disco - Lying is the most fun a girl can have without taking her clothes off

(http://www.youtube.com/watch?v=J-e-j2_QkKM )

Comecei a preparar o molho enquanto cantava baixinho e dançava no ritmo da musica. Quando terminei de cozinhar tudo eu comi. Sozinha, como normalmente fazia. Arrumei a cozinha e comecei a desenhar um vestido. Eu teria que desenhar e costurá-lo. Depois a professora analisaria e me daria à nota pela criatividade e costura. Quando terminei o croqui comecei a preparar um trabalho sobre a evolução da moda em outros países alem da Europa. O assunto era interessante, eu me foquei mais na evolução da moda em países asiáticos. Olhei no relógio. Era meia noite, meus olhos se arregalaram. O tempo passara rápido, mais do que imaginei que fosse possível. Coloquei um bota sobre a calça de moletom e coloquei uma jaqueta com capuz. Peguei meu guarda chuva e as chaves e sai para meu encontro. Raios continuavam iluminando a cidade e os trovões quebravam o silencio da rua pouco movimentada.

Entrei no parque e logo estava dentro da pequena mata. A lama sujava toda minha bota, como diabos eu esconderia isso de Adam? Depois dou um jeito, tentei me convencer e continuei o caminho. Havia chego a arvore, o processo de subida se tornara mais complicado ainda com as botas escorregadias devido a quantidade de terra depositada sobre elas. Finalmente alcancei o topo e percebi que Zayn ainda não havia chego. Encolhi-me em um canto abraçando meu corpo tentando me aquecer um pouco. Minutos depois pude escutar o barulho de passos na lama. Diferente de mim Zayn subiu as escadas agilmente e logo já estava em minha frente. Sorriu para mim. Seus cabelos molhados pela chuva pingavam, o que em minha opinião é bem sexy. Tirou o moletom e a blusa ficando somente com as calças em minha frente, deixando a mostra seu abdômen definido. Ele sorriu ao perceber que eu olhava cada ação dele. Aproximou-se de mim e começou um beijo. Sua língua explorava cada canto de minha boca, assim como a minha. Ele começou a retirar minhas roupas também e o contraste ente nossas temperaturas me provocou um arrepio. Ele soltou um riso rouco ao perceber minha reação. Como vingança arranhei suas costas levemente e mordi o lóbulo de sua orelha. Ele arrepiou também e foi minha vez de sorrir. Logo ambos estávamos nus e ele estava me penetrando.

Não ficamos muito tempo ali. Apesar de estarmos juntos o clima estava extremamente frio. Colocamos nossas roupas e ele me ajudou a descer. Fomos ate uma parte do caminho juntos, lhe dei um selinho e sai correndo.



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Notas finais do capítulo

O que acharam? *-*
beijos



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