T.p.m - Ninguém Segura Essas Meninas! escrita por Victória Swan


Capítulo 5
Capítulo 5 - Possível Recomeço?


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo que se passará durante a noite! Espero que gostem! É baseado em alguns fatos reais e vividos pela autora que vos escreve, haha!
Enjoy it! Até o fim do capítulo amores!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/182023/chapter/5

Capítulo cinco: Possível recomeço? (Because the night...)

Narrado por: Isabella Swan, MORRENDODECÓLICAMODEON!

            Ficamos até bem tarde conversando e rindo, totalmente esquecidas da TPM. Tipo, eu só falava bem do Edward, a Alice estava toda fofa-derretida e a Rose estava com um fogo que só por Deus. Eu já começava a ficar com sono, então resolvi deitar e tentar dar uma relaxadinha. E foi aí que meu maior tormento deu sinal de vida: uma dor insuportável no baixo ventre me acometeu assim que eu encostei a cabeça no travesseiro. Pronto, se antes eu já estava insuportável, agora então ninguém, nem mesmo o papa, vai me aguentar.

            As meninas ainda conversavam e riam alto, o que contribuía para que eu não fechasse os olhos. Assim que desisti de dormir, resolvi pensar em tudo o que havia acontecido no dia, no Edward, no como ele estava diferente... E no quanto eu o amava. Eu sei que estou de TPM, mas todas as mulheres são e merecem ser amadas e eu ganhei na mega sena acumulada quando encontrei o Edward. Ele pode ser o que eu quiser, ele É o que eu quero. E quero para a vida toda. Mesmo tentando esquecer a dor, estava bem difícil, pois ela ficava mais forte a cada minuto. Dor aqui, dor acolá, que merda, dá até vontade de vomitar! Ih, rimo! Ok, não é hora para piadas porque eu acho que tem um Chuckbonecoassassino super estressado dentro de mim. Está doendo DEMAAAAAAIS!

            Revirei na cama pela milésima vez. Ô dor da peuga! Que saco, não consigo pregar os olhos! Sentei irritadíssima na cama, no que as meninas me olharam.

- Alguma coisa errada, Bells?

- Se você quiser a gente pode ficar quieta...

- Não precisa, Rose! Eu só to com muita dor – gemi no meio da frase, me encolhendo toda na cama.

- Quer alguma coisa? Comida, quem sabe?

- Não, só ia piorar. Eu preciso é de um remédio! Vocês têm remédio pra isso por aqui?

- Não, desculpe.

            Levantei da cama e peguei meu roupão.

- Aonde vai?

- Não sei, talvez andar, ver se essa droga passa...

- Quer companhia?

- Não, Rose, estou bem, sem problemas – lancei a elas um sorriso forçado, minha verdadeira vontade era de urrar de dor. Sério, pensa naqueles dias de cólica monstruosa que você tem ai quadruplica... É o que eu sinto todo santo mês.

            Agora, só preciso andar e andar que quem sabe isso passa. Sabe, andar sempre me ajuda, tanto quando estou com essas dores, quanto quando as dores são no coração. No momento, isto ajudava as duas, por mais estranho que parecesse. Eu só queria poder beijar o Edward, tocar sua mão, sentir seu olhar protetor em cima de mim. Mas nada, nesses últimos dias eu só soube ser uma verdadeira Fiona ogra do Shrek e dar nos nervos dele, ao invés de aproveitar a semana perfeita que eu teria aqui na casa dos Cullen. Enquanto eu andava, um desejo louco de ir visitar a biblioteca e procurar por um bom livro para me acalmar nos momentos de stress me acometeu. E lá fui eu, do corredor ao escritório de Carlisle, que, pela quantidade de livros, chamávamos de biblioteca. E com certeza fazia jus ao nome: eram com certeza mais de quinhentos livros dentro daquele lugar, só podia ser! Tipo, só aquele cômodo deveria ser do tamanho da minha casa. Mas enfim, quando lá cheguei fiquei andando na penumbra por um bom tempo, tentando enxergar os títulos dos livros. Enquanto o fazia, eu imaginava o que o meu lindo estaria fazendo neste exato momento, se ele estaria pensando em mim com a mesma intensidade que eu estava pensando nele.

- Ai! – a droga da dor ainda não passou, só para constar. Parece até que está piorando! – Droga viu!

            Voltei a andar batendo os pés. Encolhi-me de encontro ao roupão - por mais que esteja quente, eu sou extremamente friorenta, desde sempre. Não consigo me entender: adoro o sol. Aí me mudo para Forks poça alagada dos States e esqueço-me do sol. Viro friorenta ao quadrado (se eu já era, imagine agora), porém ainda assim quando está sol, como nesses dias, me recuso a usar algo mais que um short e uma blusa regatinha. Bom, cada louco com suas manias, né?! Mas, se quer saber, eu gostaria de entender mesmo é o Edward: porque ele faz essas coisas comigo? Porque uma hora ele quase me ataca dentro de um jipe e depois ele vem parecendo um príncipe me dar boa noite? Ah Deus, porque você não o fez com manual de instruções, hein? Eu juro que lia de trás pra frente quantas vezes fosse preciso, desde que eu soubesse o que fazer, quando fazer, porque fazer... Ah, quem dera entender a cabeça daquele homem lindo, perfeito, Deus grego, nossa, nossa, assim você me mata!

            Saindo de meus devaneios loucos (onde eu agarrava Edward com vontade por algum lugar da casa), resolvi me concentrar de novo nos livros. Andando mais um pouco eu encontrei uma história lindíssima, a qual eu amava mais que qualquer outra: Orgulho e Preconceito. Assim que peguei o livro nas mãos uma vontade de ler alguns capítulos ali mesmo me tomou e, sem negar isso a mim mesma, retirei o roupão, o estendi ali no meio de um dos corredores do escritório e me deitei, abrindo o livro numa pagina qualquer e começando dali. Olhei no relógio: era meia noite e meia. Sorri ao pensar que, se fossem dias normais, eu estaria nos braços de Edward, enquanto ele cantava minha canção de ninar para eu adormecer. Mas, como não eram dias normais, eu me contentei em ler o livro e me imaginar como a mocinha, a qual amava o mocinho sem poder amar, sacolé? Três paginas e tive que me mexer - a dor estava intensa demais!

            Já havia se passado uma hora e eu ainda devorava aquele livro. Faltavam apenas dez paginas para seu final, lembrando que eu comecei mais ou menos da metade. Sinceramente, agora eu percebo que minha vida daria um livro, ah, se daria! Vampiros, ação, romance, cenas quentes, cenas fofas, mistério, intriga, paixões ardentes e... TPM, of course baby! Por mais que eu não esteja com Edward e blábláblá esta semana está sim muito boa (tirando a cólica e a TPM de verdade). Estou com minhas grandes amigas, na casa do meu namorado, brincando de gato e rato com ele, sendo que a cada hora invertemos as posições. Fora que, meu amor, meu namorado não é pra qualquer uma, porque ele nem de longe é qualquer um. Ele é Edward Cullen, sabe aquele vampirão lindo, irresistível, que te dá arrepios por todas as partes do corpo, que te faz gritar por ele? Pois é, esse ai é meu e ninguém tasca!

            Terminei de ler! Yay! E agora? Droga, a dor ainda não passou, ainda são uma e meia da manhã, eu não quero nem um pouco voltar para o quarto. Resolvi ficar por ali mesmo, andando mais um pouco, quem sabe se eu encontro algum dos meus preferidos de novo e não resolvo ler?

...

...

            God, para tudo, eu juro que ouvi alguma coisa! Tudo bem, pare de ser ridícula, Isabella! Você está numa casa cheia de vampiros, namora um deles, seu Best é um lobisomem e você está com medo de um réles barulho - patética. Fazer o que, eu estou me sentindo sozinha aqui no meio dessa escuridão! E ainda mais agora que eu me sinto sendo observada... Oh meu Deus, que seja alguém do bem, amém!

Narrado por: Edward Cullen, que prefere nem comentar o que está fazendo.

            Assim que saímos do quarto das meninas fomos para a sala ler o tal do livro que o Emm tinha separado. Os dois estavam super empenhados em resgatar informações, mas só uma coisa me ocupava todo o cabeção: Isabella. O que será que ela está fazendo? Será que ela está pensando em mim? Ah, como me irrita não poder ler a mente dela, como me irrita! Por exemplo, se eu soubesse, eu poderia estar neste exato momento onde ela está, poderia falar o que ela quer ouvir, poderia não falar o que ela não quer ouvir e enfim, você entendeu. Opa, acho que ouço vozes...

- EDWARD, CARAMBA, SEU VAMPIRO IMBECIL, SERÁ QUE DAVA PRA ACORDAR PRA VIDA? – falei que eu tava ouvindo uma vozinha de Emmett.

- Que é?

- Onde é que você estava, cara?

- Aqui na sala com vocês, dããã!

- ¬¬ Isso a gente sabe, seu trouxa! Se você estaá aqui, então vem ajudar com o livro.

- Gente, desculpa, mas eu não consigo me concentrar.

- Bells? – perguntou-me Jasper, retirando os olhos do livro.

- Sim.

- Também estou pensando na Alice... Tudo que ela tem feito só tem me instigado mais e mais a querer ficar a eternidade com ela.

- Idem! – falamos eu e Emmett ao mesmo tempo.

- A Rose assim me estressa, mas sério, o amor que eu sinto por ela, com certeza é maior que essa TPM, seja lá se ela realmente tem isso.

            Ficamos em silêncio por alguns momentos e aposto minha eternidade (?) que cada um estava a pensar em suas respectivas princesinhas/ogras. Sabe, por mais que a Bells esteja um monstro comigo, nada, nunca vai mudar o que eu sinto por ela. Tipo, é mais que uma TPM, bem mais que isso. E agora eu entendo a coitadinha: deve estar passando por turbilhões de emoções, provavelmente pode estar com cólicas... Será que ela aceita uma massagem com óleo quente *pensa*? Ah, mas se quer saber se eu vou ter dó dela na hora de provocar ou na hora de pegar de jeito, a resposta é clara e uma só: nem ferrando. COITADINHA dela se a encontro sozinha por aí.

            OMG! OMG! Obrigado Senhor, te devo uma! São exatamente uma e cinqüenta da manhã e, sim, Bella está sozinha por aí, mais especificamente dentro do escritório do Carlisle. Ah, Isabella, de hoje não passa! Falei rapidamente o que ia fazer para os meninos e os proibi, TERMINANTEMENTE, de ir até o escritório. Espero que eles acatem, afinal, pretendo fazer coisas inapropriadas para menores de 100 anos naquele lugar. Corri para lá e, assim que entrei, na fobia e euforia de agarrar logo a Bells, acabei fazendo mais barulho que o necessário com a porta. Pela respiração dela tenho certeza que ela ouviu e deve estar com medo. Isso amor, trema, sue, grite de medo, Ed vampiro malvado chegou! Fui até a escrivaninha e peguei a chave da porta, trancando-a em seguida - vai que a menina consegue fugir de mim (só em sonhos, mas fazer o que), é melhor prevenir. Antes de ir falar com ela, de fazer minha abordagem inocente (sim, eu já tinha um plano em mente e garanto que a execução dele após a abordagem não será NADA inocente) fiquei a observando e percebi que ela estava desconfortável. Era hora de agir. Aproximei-me e murmurei em seu ouvido:

- Bells?

            Ops, acho que eu assustei a pequenina, ela deu um berro.

- Que susto, Edward! Na boa, você poderia ter pigarreado antes, se anunciado, sei lá! Chegar assim, no escuro, é covardia.

- Desculpe, não foi minha intenção te assustar. O que faz aqui? – eu sou um anjo, lálálá.

- Agora te interessa?

- Você sabe que sempre interessou – pensei em agarrar este ser tepeemático ali mesmo, mas para quê? Vamos brincar antes com a comida ;]

- Vim andar um pouco.

- Procurando por um bom livro?

- Não, só andando mesmo.

- Humm...e aí, posso te fazer companhia?

- Pode sim – ela fez uma caretona.

- Tem certeza? – olhei bem fundo em seus olhos, no que o coração dela acelerou consideravelmente. Não resisti dar o meu sorriso torto que percebo que ela ama.

- Claro.

- Então porque a careta? Se quiser eu posso ir embora, não quero te irritar ou interromper seu momento – ownti, como eu sou fofo! SÓ QUE NÃO, muahaha!

- Não! – ela respondeu de pronto, parecendo meio desesperada. Eu sorri ainda mais, ao que ela corou e se recompôs - Quer dizer, pode ficar. A careta é só porque eu estou com dor.

- Onde?

- Na barriga... Cólicas – ela ficou vermelhinha de novo, essa coisa linda.

- Vem aqui, sei de uma coisa que pode fazer passar.

            Envolvi-a pela cintura juntando-a a meu corpo. Fiquei um bom tempo massageando a barriga de Bells, louco de vontade de atacá-la, porém me controlando. Eu ainda tinha uma parte do plano a ser cumprida.

- Melhorou? – murmurei rouco em seu ouvido, no que ela se arrepiou em meus braços.

- Aham – ela simplesmente não conseguia se mexer.

- Que tal se achássemos um livro? Vem, eu conheço um muito bom e que sei que você ama.

- Onde está?

- Ali em cima... Você pode subir para pegar?

- Mas e se eu cair?

- Aí eu te seguro. Vai lá, Bells.

            Ela subiu devagar pela estreita escadinha e quando chegou ao topo eu fui dizendo que o livro estava mais para a direita.

- Este?

- Não, ainda mais para a direita...

- Mas está longe! Eu vou cair se tentar pegar e posso... – primeiro escorregão, yeah! – VIU! Eu quase caí!

- Anda, Bells, pára de ser mole! É só um pouco para a direita.

            Ela cambaleou para onde eu indicava e só me restava algum tempo até que ela caísse. Ela se segurava com força, mas sei que ela iria cair. Teria de cair. E não caia... ¬¬! Ela já estava descendo as escadas toda irritada dizendo não ter achado livro nenhum, no que eu já estava bolando outro plano para poder pegá-la sem ter totalmente a iniciativa, sacolé? Ainda não? Calma, deixa-me por em prática então... ISSO! Esquece, eu não preciso mais desse plano B – o “A” acabou de dar certo. Ela FINALMENTE caiu em meus braços e eu pude ver o quanto aqueles olhos gritavam por minha boca. Foi inevitável o que se passou a seguir.

            Nossas bocas se juntaram com tamanha brutalidade que eu fiquei até com medo de ter machucado-a. Mas também que se dane, ela não está reclamando, pelo contrário, ela está me atacando com tanta vontade quanto eu. Isso me anima, saber que o fraco não sou só eu. Minhas mãos puxavam seus cabelos e ela fazia o mesmo comigo. Até que começou a descer as mãos por minhas costas, arranhando a pele por sob a blusa de leve. Ah, isso é golpe baixo! Eu mereço provocar também, né? Então vamos lá... Virei-me rápido, colando-a a escada e, antes de voltar a beijá-la, retirei a camisa que usava, deixando-a com o peito arfante e o olhar cheio de desejo. Ela agora arranhava com força minhas costas e eu a sentia arrepiada, mas duvido que seja de frio. Por mais que eu seja como gelo perto dela, sei que o arrepio dela é por outro motivo. A ânsia com que nossas mãos percorriam os corpos era tamanha que, quando pude abrir de novo os olhos foi que percebi que ela estava com os três primeiros botões do pijama abertos. Coisa de louco, se quer saber. Ela mordia com força meu pescoço agora, enquanto eu prendia suas pernas em torno de mim. Por Deus, como a gente nunca se pegou com tanta vontade assim? É insano, é errado, É PERFEITO!

- Edward... – ela murmurou em meu ouvido, ao que eu retribui a provocação.

- Bells...

            Capturei mais uma vez seus lábios com volúpia. Enquanto nos beijávamos eu me deixei passar a mão por todas suas costas e barriga, arrepiando-a cada vez mais. Ela me prendia com tal força no beijo e em volta de suas pernas, que eu duvidava que aquela fosse minha doce e quebradiça Bella. Neste momento ela era o leão. E que leão! Isabella Isabella... As provocações estão insuportáveis! Ela enfiou a mão no bolso na minha calça, sim, pasmem, ela me apalpou! Moça, você não deveria ter feito isso.

            Num movimento rápido e sem interromper nosso beijo ou qualquer contato eu terminei de arrancar a blusa dela, ao que ela ficou vermelha, tenho certeza. Comecei a descer os beijos por todo o pescoço dela, até que cheguei aos ombros e voltei. Ela estava mole em meus braços, justamente como eu gosto. Quando olhei para ela percebi que uma pequena marca se formava em seu pescoço, obra de arte de Edward Cullen. Resolvi falar para ver o que ela fazia.

- Bells, seu pescoço...

- O que? – ela arfava como nunca e seu coração estava tão disparado que parecia que poderia explodir a qualquer momento. .

- Marquei.

            Ela demorou um pouco até que entendeu o que eu disse. Não foi minha surpresa ver que ela inverteu nossas posições, me deixando agora encostado à escada. Ela sorriu sincera para mim no que eu retribui, até que ela começou a fazer o mesmo comigo, só que dando pequenas mordidas por todos os lugares. Oh, Deus, como ela me enlouquece! Se essa Bella de TPM tem os hormônios mais esquentadinhos e fica assim, toda cheia de vontade, eu nem me importo dela ficar de TPM o ano inteiro, 24 horas por dia.

            Ela passeava as mãos por todos os lados, deixando rastros vermelhos que logo sumiam – por mais que ela se esforçasse, não havia o que marcar em mim. Minha pele era forte demais e meu sangue estava “congelado”, por assim dizer. Após mais alguns segundos de puro amasso, fomos diminuindo o ritmo, colocando mais carinho do que desejo no momento, sendo guiados não mais pela vontade e sim pelo coração. Terminamos de nos beijar, este ultimo beijo calmo e lento, como se estivéssemos recuperando o fôlego.

- Isabella.

            Ela sorriu e foi colocar a blusa do pijama toda vermelha. Eu, num último ato ousado de provocação, retirei a blusa das mãos dela e coloquei-a eu mesmo, fazendo questão de arrepiá-la com minha mão.

- Sente frio?

- Não.

            Sentei-me ali encostado na escada e puxei-a pra meu colo. Assim que ela sentou-se, enrolei-a no roupão para que não sentisse frio. Ela procurou meus lábios mais uma vez, sem pressa, aproveitando. Nos beijamos por um bom tempo, até que percebi que ela estava cansada e com sono.

- Vá dormir, Bells, você precisa de um bom descanso depois de tudo isso – disse, fazendo-a dar uma risadinha enquanto escondia o rosto em meu pescoço.

- Certo. Sabe, passou a dor – ela então me deu uma leve mordida nos lábios e se aconchegou em meu colo, adormecendo instantaneamente.

            Além de tudo eu sirvo como remédio para ela. Só espero que ela procure por mais dessas doses ;]

Narrado por: Rosalie Halle, nas NUVENS! árvores.

            Coitadinha da Bells! Espero que ela esteja melhor e que esteja bem. Já é super tarde e ela não voltou para o quarto. Estou super entediada, porque Alice e eu paramos de falar há mais de uma hora e estamos feito duas altistas olhando para qualquer coisa (vulgo: brisando). Eu, como estou louca de vontade de saber o que os meninos estão fazendo, resolvi abrir o jogo com Alice. To sufocando com isso, sabe?

- Alice?

- OI.

- Vamos pra sala?

- Mas os meninos estão lá, Rose!

- Por isso...

- Rosalie!

- Ah, amiga, vai dizer que você não está com saudades do Jass?

            Ela virou o rosto de novo para onde olhava. Eu sei que a resposta é sim, ela só esta se fazendo de durona.

- Vamos vai, é só uma olhadinha, uma espiadela!

- Eu não vou! O Jasper vai pensar que eu estou fraquejando e eu não estou. Vá você, se quiser.

- AH, Alice, ok então! Fica aí com esses ataques de loucura que eu vou descer. Pode deixar que eu mando lembranças ao Jass por você.

            Voei do quarto antes que ela me desse uma voadora ao bom e velho estilo Amy Winehouse. Parece que essa coisa de TPM pegou mesmo, porque eu estou fraquejando e ela está aí, toda independente e durona. Enfim, não quero pensar nisso agora. Cheguei à sala e posso jurar que meus olhos brilharam ao ver Emmett com apenas uma calça de pijama azul bebê. Lindo, perfeito como sempre, nem preciso comentar.

- Olá, Rose. Aonde vai? – quem me perguntou foi Jasper, quebrando meu momento baba pelo Emm.

- Ahn, eu?

- Sim – ele me olhou de sobrancelhas erguidas, provavelmente desconfiado do real motivo para eu estar ali.

- Eu vim... Bem... Vim pegar uma toalha aqui no lavabo para levar para o banheiro de cima. A Bells precisa de toalhas de rosto – nossa! Essa foi com certeza a mentira mais ridícula e deslavada que eu já contei! Que HORROR!

- Sim, claro. Vai lá.

            Sai rapidinho dali, sei que Emm seguiu-me com o olhar. Passei no lavabo, peguei a toalha e subi para o quarto. Pelo menos, por mais breve e embaraçoso que tenha sido, eu o vi.

- Voltei.

- Certo.

            Alice lia um livro entretida e ao mesmo tempo entediada. Para ver como eu a conheço! Eu não agüentava mais ficar naquela droga de quarto pensando e pensando no Emmett, fantasiando nós dois juntos, nossas loucuras, nossos momentos, nossos diálogos curtos, porém muito significativos. Estava sendo difícil ficar longe dele, estava difícil ficar do lado feminino do campo, de seguir as regras impostas por nós mesmas.

- Fui Alice! – saltei a janela e cai no telhado. Desci até o jardim e aproveitei para arrumar meu pijama que havia subido todo. Comecei a andar em direção à floresta, fazendo questão de marcar bem meus passos, na esperança que ele ouvisse e fosse atrás de mim. Quando estava chegando perto de meu destino final, a grande arvore onde eu adorava gastar meu tempo, eis que ele surgiu.

-Rosalie?

- Emm?

- O que faz aqui?

- Não sei, vim pensar– sobre você e tudo o que aconteceu durante o dia, óbvio. Mas ele não precisa saber disso.

- No que? – ele subiu a arvore e se sentou em um galho acima de mim, podendo me olhar.

- Na vida, nas coisas.

- Hum... E o coração, como tá? – provavelmente estaria disparado com essa sua pergunta! Deus, o que eu respondo? Quem sabe a verdade, por mais que escondida.

- Confuso, bem confuso – desviei os olhos dos dele. Percebi-o me fitando intensamente, tão intenso que era quase palpável.

- O que você quer dizer com isso?

            Droga. Eu deveria saber que ele não desiste assim, tão fácil.

- Que eu não tenho certeza... Sabe, esses dias têm sido...

- Estranhos?

- Estranhos – sorrimos um para o outro e logo estávamos conversando animadamente sobre qualquer coisa.

            Para ver como nossa conversa não morria de jeito nenhum, até mesmo sobre desenhos animados nós dois conversamos. Era tão bom estar assim com Emmett, isso me lembrava muito há algumas décadas atrás, quando o conheci. Quando ele acordou para esta vida. Por mais que eu o ignorasse e tentasse ser forte, eu sabia que era impossível resistir a estes músculos e a este sorriso cheio de covinhas que estou a admirar. Isto me relembrava muito um começo, na verdade, um recomeço – exatamente o que estava a acontecer ali.

- Alguém está vindo – apurei os ouvidos. Realmente alguém vinha. E este alguém era Jasper.

- Ahn, oi gente. Interrompo alguma coisa?

- Não, Jass, estamos apenas conversando – ok, admito: fiquei com vergonha. Que coisa estranha.

- Eu não queria vir interromper a conversa de vocês, mas é que eu vi uma coisa super legal aqui no Iphone e quis compartilhar com alguém – ele disse, meio envergonhado e meio se desculpando por estar ali. A dor em seu olhar palpável – é claro que ele queria compartilhar aquilo com a moreninha emburrada que lia em meu quarto.   

- O que é?

- Ah, eu sei o que é! Rose, coloque o dedo aqui.

            Obedeci. Ele colocou o dedo do outro lado da telinha e um scan passou por nós, até que uma mensagem apareceu na tela. Ela era a seguinte: “O casal perfeito! Vocês dois têm de tudo para dar certo e são um casal lindo! Não perca tempo, chame-a para sair o mais breve o possível!”.

Ok.  P

Pára o mundo!

PÁRA TUDO!

O QUE FOI ISSO?!

- Hah, que legal! Parece que realmente funciona esse teste – eu mal podia ouvir o que Jass falava, eu ainda estava meio abobalhada. Mesmo que tenha sido pouco, para mim foi perfeito. As pequenas alegrias do dia a dia são o que fazem desta minha eternidade feliz. Estas pequenas alegrias são todas relacionadas à um pessoa: Emmett Cullen, o qual me olha no fundo dos olhos neste exato momento.

- Gente? Gente? Casalzinho, hey, HELLLLLLLLLOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOWWWWW!!

- Oi? – murmuramos Emm e eu.

- Será que dava pra sair do momento Love e prestar atenção em mim?

- Fala logo, Jasper – rosnou Emm. Ain, será que ele quer ficar a sós comigo de novo? toMARA!

- A Bells tá com a Alice?

- Não, ela ta autistando sozinha lá no quarto.

- Bom, já que todo mundo tá com todo mundo e eu sobrando, como também sou filho de Deus, vou lá atrás da pequenininha. Beijos gente, não façam nada que eu não faria ;]

            Nós dois rimos enquanto aquele louco se afastava rapidamente, provavelmente indo encher o saco de Alice. Um pequeno silêncio se abateu sobre nós dois, até que ele pulou para o meu galho e veio para perto de mim. Oh, God!

- O que você está fazendo?

- Te amarrando!

- E o que é isso?

- Um cadarço!

- O.õ de quem?

- Sei lá, tava ai na árvore! Pronto, agora você ta presa, Rosita!

            Soltei-me com um único movimento e ele fez um bicão lindo, no que eu ri com vontade. Estava sendo ótimo ter este tempo para nós dois, um que não tínhamos há muito tempo. Sabe, não sei nem quando foi a ultima vez que passamos tanto tempo juntos sem nos agarrar. Incrível o que esta semana está revelando e mudando! Ele continuou tentando me prender por um bom tempo, ao que eu me soltava toda vez e ríamos.

- Ah, chega, cansei! Sua malvada!

- Ai Emmett, só você! – respondi, rindo muito.

- Eu quero um abraço agora, só de raiva!

            Ele me abraçou e assim ficou por um tempo, um bom tempo. Não que eu estivesse reclamando, mas se ele continuasse ali por alguns segundos mais, eu poderia cometer um ataque.

- Agora você não sair daqui! Não vou te deixar mais ir embora!

- Mas Emm! – disse, fazendo manha, mas desejando desde o íntimo que ele não soltasse mais. - Daqui a pouco amanhece e eu quero ir achar a Bella!

- Shh, não conta pra ninguém, mas... Ela ta com o Ed! Pronto, falei!

- Bem que eu desconfiei! Aquelas duas pestes!

            Rimos mais uma vez. Ele ainda estava abraçado a mim, prendendo meus braços em si. Eu estava nas nuvens, quer dizer, no galho da árvore. Ah, MY MONKEY MAN!

Narrado por: Emmett Cullen euvousaircomaRoselálálá!

            Eu estava prendendo Rose comigo por um simples motivo: eu não queria ter que sair de perto dela, eu não queria! Sabe-se lá quando teríamos um momento tão lindo como este de novo, eu tinha de aproveitar e fazê-lo durar o máximo possível. Só o que eu queria neste momento era estar ali, exatamente como eu estava: abraçado à ela.

- Emm, me solta! Eu prometo que não fujo!

- Promete? Olha nos meus olhos e promete!

- Prometo! – ela olhou fundo nos meus olhos e meu coração se aquietou. Qualquer coisa passava quando nós dois nos olhávamos, o mundo parava, literalmente.

            Voltei para o meu galho da árvore. Ficamos mais um bom tempo conversando, enquanto eu pensava muito sobre o fato do celular. Aquilo me deixou meio bobo, admito. A lua brilhava intensamente acima de nós dois e nada a deixava tão bela quanto aquela luz branca acinzentada. Tomei coragem e respirei fundo.

- Você vai fazer alguma coisa em especial amanhã a noite? – vi seus olhos brilharem a simples pergunta.

- Acho que não.

            Deixei um silencio para fazer mistério, ao que ela desistiu de me olhar.

- Quem sabe você queira sair comigo.

- Eu?

            Não, to falando com a árvore ¬¬!

- É, quem sabe o celular estivesse mesmo certo e eu estivesse perdendo meu tempo em não te convidar para sair.

            Pude vê-la irradiar à luz do luar. Por menor que fosse este nosso momento, por mais que não estivéssemos nos beijando ou nos tocando, ela estava ali. E isso bastava.

- Por mim pode ser – ela murmurou sem me olhar.

- Que bom! Quem sabe um cinema? – não pude esconder a felicidade e o prazer em minha voz. Era ótimo saber que este não seria nosso ultimo momento em que ela era ela mesma. Quer dizer, um ela mesma muito mais fofa e menos durona que o de sempre. Um ela que eu amava, como qualquer um dos outros.

- Seria ótimo – ela finalmente me olhou nos olhos e sorriu. Pronto, eu não precisava de mais absolutamente nada.

- Você escolhe o filme, eu faço questão!

- Hum, quem sabe a gente possa ver o filme “diário de uma paixão”. Eu vi que está em cartaz  e pelo trailer parece ótimo!

- Perfeito! Qual horário é o melhor para você?

- Qualquer horário, Emm, eu não faço nadinha a noite que você sabe!

- Mas e as meninas?

- Aposto que elas também terão encontros.

- Mas vocês não tinham certas regras e tal?

- As quais todo mundo está quebrando porque eu estou do lado de vocês. Ninguém está respeitando o trato de ficar longe.

- É verdade... Então vamos escondidos?

- Pode ser. A gente se encontra aqui amanhã às oito da noite, ok?

- Claro! Eu vou estar aqui, pode ter certeza. 

            Sorrimos. Ia ser escondido, então ia ser ainda mais legal e mágico ainda. Estaríamos burlando as regras (não que não estivéssemos fazendo isso neste exato e presente momento, mas, bem).

- Acho que nós deveríamos...

            “PIRPIPIRPIRIPIRGUETE, REBOLA DEVAGAR DEPOIS...”

- Oh, droga!

- O que foi isso?

- Mensagem da Alice, Emm – respondi, tentando calar o celular, me atrapalhando.

- Ao som de piriguete? – ri incrédulo.

- É. Ela está chamando a gente para ir ver o nascer do sol lá do telhado. O Jass vai tocar violão. Vamos?

- Claro! Vai ser ótimo ficar mais um pouquinho com você – opa, foi espontâneo =X

            Descemos da árvore e ela não escondia o sorriso. Eu adorei saber que eu tinha poder sobre ela, adorei e quis de novo. Fui atrás dela e fingi que ia pular de cavalinho.

- Vou pular!

- Pula! – ela parou e fez que ia me pegar.

- Não, não esquece!

- Vem, eu te aguento! Pode pular, Emm!

- Não, melhor você pular! Vem!

            Peguei-a de cavalinho e fui andando a passos curtos e vagarosos para casa. Resolvi ir por dentro para levar mais tempo e eu a ter comigo. Quando chegamos ao telhado ela desceu. Todos nos aguardavam com os mesmos sorrisos iguais nas faces. Pelo visto, a noite havia sido boa para todo mundo, não só para mim e para o amor da minha eternidade.

Narrado por: Alice Cullen, indecisa até o último fio de cabelo.

            Rosalie fica aí se arrastando pela casa para ver se esbarra com o Emmett, Bella deve estar com o Edward e... e... eu aqui, sozinha, mal acabada e morrendo de tédio! Três palavrinhas para isso: A-F-E! Como essas duas estão ficando bobas e trouxinhas e  apaixonadas! Urgh! Estou muito melhor aqui com o meu livro sobre seja lá o que for esta merda do que se eu estivesse com homem. Meu Deus, acho que a Alice de TPM imperou geral e legal aqui! Bom, que se dane também, se eu estou bem assim melhor pra mim e ponto final! Aposto que o nosso acordo da linha e de ficar longe foi pro beleléu, porque a Bells já estaria aqui faz tempo se ela não tivesse encontrado com o Ed e a Rose também, se ela não estivesse com o Emm. Esses homens bobocas, acham que podem com a gente. Tudo bem que eles podem, mas é só um pouquinho, comigo não ia funcionar esses truques baratos de malandro. Nem mesmo que o Jass entrasse aqui agora e me convidasse para ir não sei aonde com ele.

“Toc Toc Toc...”

            Eu e minha matraca gigante ¬¬.

- Entra – falei entediada.

- Oi, Lice, tudo bem?

- Tudo – isso, continua assim, continue grossa, você é mais forte que aquelas duas. Não é só porque ele veio atrás de ti que ele quer alguma coisa.

- Alice, eu estava aqui pensando... Você está sozinha, eu estou sozinho, a gente não tem nada pra fazer... Você não está a fim de dar uma volta?

- Não – POR FAVOR, ME OBRIGUE A IR!

- Tem certeza?

- Tenho!

- Bom, se você mudar de idéia eu estou no teto.

            WTF?

- Onde?! Você está ficando meio idiota, é?

- Não. Está uma noite linda e eu estou a fim de ficar lá sem fazer nada. Bom, se a senhora mau humor mudar de idéia – ele foi saindo do quarto.

            E agora, vou ou não vou? AH, MAS QUE DROGA! Ele tinha que aparecer para ferrar comigo e com meu momento “badass”, né?! QUE SACO! Por mais que eu tente dizer que eu não sou que nem elas, é mentira total, porque eu sou mil vezes pior! Se eu fosse mesmo melhor eu não estaria aqui arrumando o cabelo. Não! EU NÃO VOU! Pensando melhor... NÃO! Nem pense! Melhor, não pense, só isso! Oh, God, olha como ele me deixa! To tendo uma conversa de louco comigo mesma! Que raiva! Juro, eu não consigo entender o Jasper&Eu. Uma hora ele faz uma coisa, outra hora ele faz outra, depois ele é frio na frente de todos e o homem que eu pedi a Deus melhorado umas infinitas vezes quando estamos a sós. Ah, que raiva eu tenho disso! Por mais que eu tente, por mais que eu me esforce ele sempre ganha de mim. Eu necessito urgente aprender a mudar isso de uma vez por todas.

            Ah, Meu Deus, vou ou não vou? Se eu for, não estarei sendo fraca, e sim ele. Afinal, foi ele quem veio me chamar e me procurar, certo? Sim, certo. Pontofinalacabou, eu sou mais forte. Isso, use isto como mantra até chegar no telhado, Alice. Continue, ande mais um pouco.

“Ele é o fraco, Você é forte!”

“Ele é o fraco, Você é forte!”

“Ele é o fraco, Você é forte!”

“Ele é o fraco, Você é forte!”

“Ele é o fraco, Você é forte!”

...

...

...

- Alice, você veio! Que bom, eu pensei que fosse apreciar isso aqui sem você.

- Oi. Vim ficar um pouco, esperar passar o tempo para as meninas voltarem.

- Claro. Você não está aqui por minha causa?

- Não.

- Certo.

            Silêncio. Muito silêncio. Eu me sentei a alguns metros dele e fiquei mirando a lua. Ela estava realmente enorme e a noite muito bonita, como ele disse. Depois de algum tempo me deitei e fiquei observando as estrelas. Quando me dei conta ele me observava assim, na cara dura.

- O que foi?

- Nada. Porque você não chega mais pra cá – ele estendeu as mãos pra mim e, num ato sem pensar, eu fui.            

            Logo estávamos nós dois deitados observando as estrelas e reparando em seus formatos. Estava realmente divertido aquilo e, ok, por mais que me custe admitir, eu estava simplesmente aparvalhada com a presença dele, ainda mais tão perto de mim. Eu podia sentir a respiração dele logo ali, a meu lado. E era surreal, era perfeito.

- Alice?

- Sim? – respondi sorrindo, me virando para ele.

            Erro! Péssimo erro! Nós estamos muito perto, muito perto. E a distância só está diminuindo. Diminuindo... Eu me sentei rapidamente, assim que nossos lábios se roçaram. Eu fiz tudo sem pensar nas conseqüências, no futuro, no que estaria se passando. Agi como uma tola, burlei as regras. Porém, antes mesmo que eu pudesse me levantar ele me puxou de volta e eu caí em cima dele. Nossas respirações se aceleraram ao mesmo tempo.

-Não vai, fica aqui.

- Fico – arfei. Tratei de rolar para o lado, voltando à nossa posição inicial.

- O que está acontecendo aqui, pequena? – ele me perguntou torturado. Eu fui salva pelo gongo, digo, pelo Edward, porque se não fosse por ele eu ia agarrar o Jasper – sem pensar, claro – ali mesmo, completando a burrada em grande estilo.

- Ahn ahn! Interrompemos?

- Não, Ed. Pode vir para cá – ele respondeu por mim, olhando ao casal que chegava, enquanto eu, boboca como estava, sequer me mexi, na vã esperança dele voltar para a mesma posição e eu continuar a ficar pertinho dele. Doce ilusão.

            Jasper me deu a mão e sentamos, ainda assim ao lado um do outro, o que me aliviou.  Bella e Edward sentaram-se de frente para nós dois e ficaram em silêncio. Eu, para alfinetar, perguntei:

- Onde vocês estavam até uma hora dessas?

- Lendo – Edward cínico!

- Leitura corporal agora vale, Ed? – Jasper perguntou brincalhão e olhou para mim, sorrindo. Ele estava sacaneando também. Bella ficou vermelha na hora. O.õ o que será que eles REALMENTE fizeram? Só espero que não tenhamos que colocar censura nesta parte da história!

- Vamos tocar, Jass? – perguntou Edward, certamente tentando mudar de assunto. A pobre Bella já estava quase querendo se jogar do telhado de tanta vergonha.

- Claro! Daqui a pouco amanhece e ia ser muito legal! Topam meninas?

- Sim – respondemos de pronto.

- Já volto com o violão. Alice, você liga pra Rose e pro Emm e pede para eles virem para cá?

- Ligo sim, pode deixar – ele se foi pegar seu violão. Edward decidiu deixá-lo tocar só. Eu, claro, fiquei super feliz. A noite tinha sido ótima, cheia de erros e burradas sem pensar, mas, afinal, isso é a vida, certo?

Narrado por: Jasper Halle e o começo de um novo dia.

            Eu corri pegar o violão. Aproveitei e peguei os óculos de sol Rayban que eu sei que a Alice ama. Eu só espero que ela goste da surpresa que eu fiz para ela.

            Quando voltei todos já estavam lá, inclusive Emm e Rose. Sentamo-nos em roda e eu fiquei entre Alice e Bella. Comecei com uma música que todos cantaram, uma música que todo mundo amava: The time of your life, do Green Day. Quando ela terminou, resolvi dar minha cartada:

- Alguém conhece a música Leave Out All the Rest? – o olho dela brilhou, lálálá!

- Eu conheço!

- Não! – todo o resto respondeu, claro.

- Então você canta.

            Comecei a tocar olhando-a nos olhos. Ela cantava perfeitamente a música comigo. Assim que terminamos Rose e Bells suspiraram e, quando questionadas por uma Alice toda envergonhada e irritada, disseram que fora uma linda musica, mas eu sabia que foi porque não desviamos nossos olhos um segundo sequer. Foi realmente lindo, muito lindo.

            Ficamos um tempo tocando lá, até que Edward assumiu o violão e começou a tocar para Bells. Emmett e Rose conversavam e riam em um canto. Eu e Alice estávamos quietos. Eu, aproveitando a oportunidade de ficar pertinho dela, me aproveitei: Em um movimento rápido me sentei no colo dela.

- Hey! Que abuso é esse? – ela riu, amém!

- Nada, Ca!

- Ca?!

- “Ca” de “cadeira”... Entendeu? – own, até que ficou fofo esse apelido!

- Ah, sim, FADA!

- Quem?

- “Fada”, de “almofada”!

            Nós dois rimos e quando virei minha cabeça para trás nossas bocas ficaram muito, muito perto.

- Acho melhor a gente manter certa distância, não é? – perguntei sem me afastar um segundo sequer.

- Concordo – ela também não se afastou.

- Está pesado?

- Não, pode ficar. Está confortável.

- Idem – sorrimos. Eu tive que me controlar tanto para não roubar um beijo.

            Virei-me para frente de novo e encostei-me a ela, pegando suas mãos e passando em torno de mim. Ela não reclamou, pelo contrário: entrelaçou os dedos nos meus. EU sorri abertamente enquanto o sol surgia no horizonte e todos ficávamos em silêncio, ao som de “Wonderwall”. Um novo dia começava ali e, junto dele, grandes mudanças chegavam e elas não tinham nada a ver com a TPM. Elas tinham a ver com todos nós, com todos os nossos estranhos jeitos de amar. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: Como o prometido, sem demora postei mais um capítulo! E então, amores, o que acharam deste? Posso assegurar que desse capítulo em diante cada cap. fica maior, porque já estamos na metade da fanfic, afinal! Esse foi apenas o primeiro que se passou durante a noite, teremos muitos outros, ok? Quem quiser saber alguma coisa sobre o cap., se quiserem saber nome de música, o que eu vivi de fato, o que eu não vivi, de onde eu tirei as idéias, podem perguntar amores! hahaha, vou adorar responder, como sempre! Bom, espero que vocês comentem MUITO esse capítulo, pois os dois últimos que postei apenas 4 pessoas deixaram lindos coments, mimimi! Ok, não vou ficar choramingando, não precisam me olhar dessa forma, hahah!
Espero os comentários, ok?
AH! ANTES QUE EU ESQUEÇA! Se alguma de vocês não souber sobre o "cantinho TPMático", que é um espaço que criei no facebook para todas as minhas leitoras entrarem em contato comigo e onde fico dizendo quando vou postar e se postei, por favor diga no coment, que eu passo o link e seremos todas muito felizes, haha!
É isso amores! Até o próximo capítulo - "Saindo de casa".