This Feeling That I Get escrita por Schmerzen
Notas iniciais do capítulo
Ok, digamos que nesse capítulo acontecerão coisas ~ousadas~
hehehe
/cof/
Sirius já estava quase desistindo de esperar e de honrar o combinado de que não iria até a cama de Remus enquanto ele não fosse à dele. O castanho estava demorando demais para aparecer ali e ele tinha certeza de que os outros estavam dormindo. Que diferença faz a cama que estariam afinal, não é?
Já estava tirando a coberta de cima de si para levantar quando viu Lupin entrar no cortinado, silencioso. O garoto o encarou, com uma expressão estranha, por alguns segundos e então o que aconteceu em seguida foi meio confuso.
– Droga, vou me arrepender disso, amanhã – Remus sussurrou para si mesmo.
E então ele tirou a própria camisa e deitou em cima de Sirius, beijando-o com lascívia. Não demorou muito para que o moreno entrasse no jogo, passando os braços em volta do outro e retribuindo ao beijo, na mesma intensidade. Assim que perderam o fôlego, os lábios intumescidos e vermelhos, Lupin desceu os beijos para o pescoço de Black, que gemia baixinho. Sentiu a mão do menor acariciar a pele por baixo da camiseta e descer para a barra da mesma quando entendeu o que estava acontecendo.
– Espera! – falou com dificuldade, segurando as mãos de Remus longe dele.
– O que foi?
– Por que está fazendo isso?
– Não tem motivo, agora me deixa continuar – ele se estressou com a interrupção.
– É por causa daquilo que James falou, não é?
– O que foi que o James falou? Claro que não – Remus tentou beijar o moreno mais uma vez, que se esquivou.
– Não mente para mim, Remus.
– Certo, certo! É por causa daquilo que o James falou, satisfeito? Qual a diferença?
Sirius suspirou, saindo debaixo de Lupin. Pensou em como iria explicar aquilo para ele.
– Toda a diferença, Remus. Você achou que eu iria trair você com alguma garota?
Ele deu de ombros, abaixando os olhos.
– Talvez você estivesse sentindo falta de algo mais.
– Como vou te explicar isso? – Sirius balançou a cabeça, puxando o outro para seu colo em seguida. – Vem aqui perto de mim. Viu? Estamos juntos. E é disso que eu sinto falta. De estar com você. Não importa se estamos conversando, beijando ou sei lá. O que eu quero é estar ao seu lado, entendeu? E não quero que nossa primeira vez aconteça só porque você acha que eu quero transar com alguém. Quero que seja quando estivermos preparados e que seja especial, e isso pareceu muito mocinha, mas deixa pra lá – Remus riu, ainda com a cabeça baixa. – E acima de tudo, quero que seja quando você realmente quiser.
– Mas eu quero.
– Você disse que se arrependeria disso amanhã – Sirius comentou.
O castanho abriu a boca, mas não disse nada. A verdade é que ele estava realmente assustado com a ideia e não sabia se realmente queria fazer isso agora. O que Sirius falou fazia sentido, afinal. Pensou um pouquinho e se sentiu idiota por ter pensado que ele sairia por aí agarrando garotas a esmo.
– Desculpe.
– Pelo quê?
– Por desconfiar de você – Remus pegou a camisa no chão e deitou ao lado de Sirius.
– O que você vai fazer?
– Colocar a minha camisa.
– Não, fica sem.
– Está frio.
– Eu esquento você. Eu gosto quando você fica sem camisa.
– Pervertido – Remus riu e jogou a camisa no chão de novo.
– É, mas não fui eu que ataquei você sexualmente – Sirius gargalhou, vendo o menor ficar roxo de vergonha.
– Cala a boca, Sirius.
– Eu nunca trairia você – ele comentou, parando de rir.
– Bom, tecnicamente, não seria trair, não é?
– Por quê? – Black levantou a sobrancelha, olhando para o castanho.
– Bom, não é como se nós estivéssemos namorando e...
– Então vamos regularizar nossa situação.
– Como assim?
– Quer namorar comigo? – Sirius ajoelhou na cama. – Bom, eu sei que eu não precisaria ajoelhar, mas assim é mais legal – ele rolou os olhos, animado. – Quer?
Remus ficou encarando o ar sem saber o que fazer.
– É sério?
– Claro! Não sabia que você não tinha percebido ainda, mas para mim nós já estávamos namorando. Já que você quer um pedido oficial... Aceita?
– É claro que eu aceito.
Sirius se jogou ao lado do namorado, rindo.
– Eu estou feliz.
– Agora você vai ter que me levar para jantar.
– Ahn?
– Brincadeira – Lupin riu da cara confusa que Sirius fez.
– Se você quiser, nós podemos sair.
– Não, eu estava só brincando.
Sirius puxou a coberta por cima deles e virou de bruços, enfiando a cabeça no travesseiro. Ele estava pensando em algo que queria discutir com Remus há algum tempo. Sabia que não seria um assunto fácil, qualquer que fosse a decisão deles.
– Remus? Eu estava pensando... Tem algo que nós precisamos decidir.
– E o que seria?
– Eu acho que temos que contar para James e Peter.
Silêncio. Sirius sabia que esse assunto era um pouco complicado para Lupin, porque ele temia perder a amizade dos outros dois. Ele não conhecia James como Sirius conhecia. O moreno tinha absoluta certeza de que, pelo menos James, não iria reagir mal. Quanto a Peter não podia dizer com exatidão, mas ele não parecia do tipo que abandona os amigos.
– Não sei, Sirius. Precisamos mesmo decidir isso hoje?
– Apenas não podemos fugir disso para sempre. Ou você pretende terminar comigo daqui a um mês e fingir que isso nunca aconteceu? – ele falou brincando, mas seu rosto ficou sério de repente. – Não pretende, pretende?
– Claro que não, de onde você tirou essa idiotice?
– Acho que eles merecem saber.
– Também acho, mas não sei se estou pronto para contar. Tenho medo do que eles podem dizer.
– Você se preocupa muito com o que as pessoas pensam, Remus.
– Quem convive com o preconceito das pessoas desde os oito anos acaba levando isso muito em consideração.
Sirius olhou para o namorado e viu toda a dor da rejeição nos olhos dele. Sentiu-se péssimo por estar pedindo a ele que se expusesse a isso mais uma vez apenas por um capricho idiota.
– Desculpa, não precisamos contar. Deixa para lá.
– Eu só... tenho medo, Sirius. As coisas estão ótimas assim, tenho muito medo de que mudem.
– Nada vai mudar – ele passou o braço em volta dos ombros de Remus, estreitando o contato enquanto o abraçava. – Quer dormir um pouco? Depois eu te acordo para você ir para a sua cama. Ou eu posso ir para sua cama e amanhã nos falamos que eu quis trocar por causa da janela, ou sei lá.
– Não é muito justo eu dormir com você me aquecendo e você ter que dormir sozinho, não é?
– O que você tem em mente?
– Bom, nós podemos fazer um plano amanhã cedo.
– Tem certeza?
– Só se você quiser que eu fique.
– Claro que eu quero que você fique.
Ele acariciou o rosto de Remus e então depositou um beijo em seus lábios.
– Boa noite.
– Boa noite, namorado.
De um modo estranho, Lupin sentiu algo segurando firmemente seu corpo quando acordou. Tentou se situar ao que estava acontecendo e sentiu uma respiração compassada em seu pescoço. Quase gritou antes de lembrar que estava na cama de Sirius, com ele agarrado a si. E então abriu um sorriso imenso, voltando a fechar os olhos para aproveitar a sensação de acordar abraçado a alguém.
Era incrivelmente bom!
– Achei que você tivesse morrido – ouviu a voz abafada do moreno. – Você costuma dormir como uma pedra, mesmo?
– Não sei – pensou em algo que sempre quis saber. – Eu ronco?
– Não. Não disse que pensei que tivesse morrido? É sério, você quase nem respira.
– Você ronca. Muito – Remus brincou, provocando.
– Até parece... Mesmo que eu roncasse, e eu não ronco, você não teria como saber.
– Sirius? – Os dois ouviram a voz de James e arregalaram os olhos. – Já acordou?
– O que eu faço agora? – ele sussurrou.
– Não sei.
– Belo plano – falou baixinho. – Estou acordado, James. Já vou levantar, não entre aqui.
– Até parece que eu vou abrir essa cortina... Nem sei se você dorme de roupas.
Eles ouviram a risada de Peter e Sirius revirou os olhos.
– Fique aqui, vou tirar eles do quarto e você sai depois.
Remus concordou com a cabeça e segurou Sirius quando ele fez menção de levantar. Beijou-o rapidamente e então soltou de novo. Black sorriu, ajeitando com a mão o cabelo bagunçado e colocando as vestes.
– Por que a algazarra aí fora? Nem me deixam dormir – Lupin ouviu Sirius ralhar com os amigos e então cheirou o travesseiro, que tinha uma mistura do cheiro do cabelo deles.
– Estamos acordados há um tempão – James acenou para si e Peter. – Achei que você tinha entrado em coma aí dentro. Ou talvez que não tivesse dormido aí – ele deu uma risadinha.
– Ah, pode acreditar, eu realmente dormi aqui. Onde está Remus? - perguntou para disfarçar.
– Não sei, ele não acordou ainda. Vamos lá ver se ele está bem? Será que ele dorme vestido?
– Dorme.
– O que?
– Quero dizer, deve dormir. Eu acho que deve, né? Sabe, afinal, ele é todo certinho e... E está frio.
– Bom, então vamos acordá-lo – Peter se dirigiu para o lugar onde Remus deveria estar dormindo.
– Não! – Sirius quase pulou em cima dos dois. – Deixem que ele durma mais um pouco.
Peter e James se olharam e então deram de ombros.
– Você está bem, Sirius?
– Claro! Vamos descer? Estou com fome.
– Também estou – Peter concordou, animado.
– Grande novidade, Peter. Mas eu também estou. Vamos logo, já perdemos muito tempo esperando o Sirius.
– Vocês não acham que o Remus vai ficar chateado por não esperarmos ele?
- Claro que não, Peter, logo ele aparece lá – Sirius estava quase implorando para que os amigos saíssem logo.
Assim que os três estavam quase no fim da escada, ele disse que havia esquecido algo e voltou correndo para avisar Remus que o caminho estava livre. Encontrou o garoto vestido, saindo do dormitório.
– Ouvi vocês saindo – ele se justificou.
– Essa foi por pouco.
– Muito pouco... E como assim eu sou todo certinho?
– Você queria que eu dissesse o que? “Ah! Eu sei disso porque nessas últimas semanas nós dormimos juntos toda noite. E ele está na minha cama agora, inclusive, mas está vestido!”.
Os dois reviraram os olhos, rindo, e encontraram Peter e James no pé da escada.
– Olha quem eu achei acordado quando voltei ao dormitório.
E então os quatro seguiram para a mesa da Grifinória, conversando animadamente.
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As enrolações deles para fugir do James e do Peter... Um dia eles ainda se entregam sem saber, KKK