Unidos, Mas Em Constante Perigo escrita por Rebecca3


Capítulo 5
Ronald, Hermione e Roxanne




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Percy começava a cambalear, os gritos de sua mãe ficavam mais altos, mesmo assim, ainda era o mais forte por ali, já que o bruxo ao seu lado, que, supostamente, devia estar tirando-os dessa fria, parecia prestes a desmaiar. Annabeth se agarrava com mais força no braço do semideus, ela parecia que estava tendo um pesadelo, mas o fato de ela estar com ele o reconfortava.

O semideus tirou a caneta dourada do bolso e apertou a tampa, fazendo surgir Contracorrente. Ele esperava que Harry continuasse se sentindo mal, aí Percy poderia dizer que foi só a imaginação do bruxo. A espada brilhava muito e, assim, afastou um pouco o ser encapuzado a sua frente, era como um escudo de proteção, só que temporário.

De repente, a porta da cabine se abriu novamente, os seis fecharam os olhos, esperando por mais dementadores, mas eram apenas dois jovens, provavelmente da mesma idade do que eles. Percy fez com que Contracorrente voltasse a ser uma caneta e desejou que os dois não tivessem visto a arma.

_ Expecto Patrono! – duas vozes gritaram, em coro.

Um terrier prateado, que mais parecia uma sombra, apareceu, mas, no minuto seguinte, ele evaporou. Uma lontra surgiu, também, um pouco mais sólida do que o terrier, mas sumiu rapidamente.

Os dois jovens se entreolharam assustados e deixaram a cabine.

_ Expecto Patrono. – ouviu-se novamente, mas não foi nessa cabine, foi em outra, na da frente.

Um dragão prateado apareceu no corredor, rugindo. Eles perceberam o vulto de outro dementador voando para fora do trem. Annabeth pensou que o dragão era bem parecido com Peleu, o dragão que guardava o Velocino de Ouro.

Tomado pela esperança que o Patrono causava, Harry fechou os olhos e conseguiu sacar sua varinha. Ele deu um lento suspiro e pensou no Brasil, um lugar onde, supostamente, ninguém nunca tinha ouvido falar de Voldemort.

Uma forte luz prateada emanou de sua varinha e um cervo elegante apareceu, forçando o dementador, que estava em sua cabine, a recuar e fugir do trem.

Harry se levantou em um salto e deixou a cabine. Pelos corredores, ele conduziu seu patrono, repelindo o restante dos dementadores.

_ Uau. – Travis exclamou quando os cinco semideuses se viram sozinhos.

_ Pois é... – Annabeth disse, largando o braço de Percy, que se sentiu como se o dementador tivesse retornado.

As luzes do trem continuavam apagadas, por isso eles estranharam quando vários pontinhos de luz azuis surgiram na entrada da cabine.

_ Harry?? – Thalia perguntou.

_ Não, nós somos os monitores. – uma garota falou, o rosto dela era o único iluminado pelas luzes da varinha. – Está tudo bem por aqui, pessoal. Podem ir checar as outras cabines.

Quase todas as luzes desapareceram, menos uma, a da varinha da menina, o que deixou o rosto dela brilhando.

_ Sou Roxanne, monitora da Corvinal.

_ Oi. – os cinco disseram em coro.

Depois de se apresentarem, rolou um silêncio constrangedor. Travis estudava a nova garota, ela tinha olhos verdes-azulados, pele bem branca, lábios vermelhíssimos, era magra e tinha belos cabelos pretos, ondulados e brilhantes. A menina usava as vestes de Hogwarts, iguais as que eles tinham recebido, só que um cachecol azul listrado com faixas cor de bronze pendia em seu pescoço.

Alguns minutos depois, Harry apareceu, seguido pela garota e pelo garoto que tinham tentado fazer surgir um terrier (ele) e uma lontra (ela).

_ Oi, gente! – Harry disse, ainda estava escuro e ele não tinha notado a garota nova. – Esses são melhores amigos: Hermione Granger e Ronald Weasley.

Ronald era alto, comprido, sarnento e tinha belos olhos azuis. Hermione era bem mais baixa que ele, era magra, tinha olhos amendoados, cabelos castanhos bem ondulados e uma expressão de sabedoria e perspicácia no rosto.

_ Lumus Solem! – uma bola luz amarelada saiu da varinha da bruxa e subiu na direção do teto, onde parou. A cabine ficou totalmente iluminada.

Roxanne apagou a luz de sua varinha com um baixinho Nox, mas não passou despercebida.

_ É ela, Rony! – Hermione exclamou, apontando para o rosto da garota. – Foi ela quem fez o Patrono do dragão!

_ É mesmo! – Rony respondeu. Olhando diretamente para o rosto de Roxanne, disse: - Aquilo foi incrível! Eu nunca tinha visto um patrono dragão, principalmente ele sendo um de rabo-córneo-húngaro! Na verdade, eu nunca tinha visto um patrono tão grande!

Duas pessoas coraram: Roxanne e Hermione. A primeira por causa da vergonha e a segunda por causa da raiva e do ciúme, o ruivo nem notou.

_ Foi bem legal mesmo. – Harry disse, tentando acabar com a briga que se seguiria: Hermione versus Rony. – Que tal jogarmos Snap Explosivo?

Todos assentiram, apesar dos semideuses não terem a mínima ideia do que se tratava.

Rony se sentou na ponta do banco, ao lado de Percy. Harry se sentou ao lado de Roxanne e deixou que Hermione se sentasse em uma de suas pernas para que ela coubesse no banco, o que deixou Ronald vermelho e raivoso.

Thalia, Annabeth, Percy, Nico e Travis justificaram o fato de não saberem jogar com uma desculpa esfarrapada, mas Hermione e Harry perceberam a mentira. Mesmo assim, os bruxos logo ficaram amigos dos semideuses e, também, ensinaram como se joga Snap Explosivo. No final, a viagem foi tranquila e divertida.

Cinco minutos antes do trem parar, Harry e os semideuses vestiram as vestes pretas e os chapéus pontudos.

Os garotos desembarcaram, os semideuses foram seguindo os bruxos a uma certa distância, procurando parecer calmos e seguros do que estavam fazendo.

_ Tchau, gente. Vou me juntar aos meus colegas da Corvinal. – Roxanne se despediu.

_ Ela é bem legal, né? – Rony disse, quando a garota saiu correndo.

_ É... – Travis concordou, ele sorria como um bobo.

Hermione lançou a Rony um olhar terrível, um misto de raiva, ciúme e vou te matar, mas, novamente, o ruivo nem percebeu.

_ Vamos pegar uma carruagem. – Harry disse e saiu apressado, segurando Hermione pelo braço. – Calma, ok? O Rony é assim mesmo. Relaxa. – ele sussurrou, Hermione apenas assentiu. – Pensa em algo engraçado. Como na vez em que você socou o rosto do Malfoy.

Hermione riu. Os semideuses e Rony não sabiam do que os dois estavam falando, pois estes sussurravam, mas perceberam que eles riam, então ficaram curiosos, em especial o bruxo.

_ Foi um belo soco. – Harry disse, passando o braço por cima do ombro de Hermione.

_ Foi mesmo. – ela concordou rindo e passou o seu braço pelas costas do amigo. – Não sei o que eu faria sem você, Harry.

_ Hermione, sem você eu e o Rony não duraríamos nem cinco minutos!

A garota fez uma reverencia mal feita em agradecimento e os dois riram.

_ Ah, a amizade deles é fofa, né? – Annabeth sussurrou para os outros.

_ Fofa até demais... – Rony balbuciou, mas todos ouviram. O bruxo saiu pisando forte, como se fosse adiantar alguma coisa.

_ Eles são engraçados. – Travis falou rindo. – Daria um belo show para a TV HEFESTO.

Os semideuses acharam a piada muito sem graça, mas riram de verdade quando Percy, distraído, deu de cara com um poste de iluminação.

_ Que belos amigos. – ele disse irritado. – Rindo da dor dos outros.

­O comentário não fez nenhum deles parar de rir.

Chegando à carruagem, todos os semideuses se depararam com dois animais que pareciam uma mistura de um pégaso com um dragão, as criaturas puxavam o veiculo. Elas possuiam a estrutura corporal de um cavalo aparentemente esqueletal com escamas de répteis, cabeça de dragão com pequenos cabelos prateados, asas como as de um morcego e uma longa cauda negra que parecia servir como um chicote.

Annabeth gritou e pulou em Percy. Harry, que já estava na carruagem, olhou para os semideuses assustados.

_ Vocês os veem?

_ Sim, você não? – Percy perguntou. Ele sorria por dentro por estar abraçado a Annabeth.

_ Eu os vejo, mas os testrálios só podem ser vistos por quem já viu a morte. – Harry disse. – Rony e Hermione não os veem.

Os semideuses se entreolharam, era verdade. Infelizmente, todos tinham presenciado as atuações horripilantes da morte. Zoe-Doce-Amarga, Bianca, entre outros que partiram.

Annabeth largou Percy e tentou esquecer aquele pensamento. Os cinco semideuses subiram na carruagem.

A viagem até o castelo passou lentamente, pois eles nem conversaram, mas, quando a silhueta do grande castelo surgiu, os semideuses não contiveram exclamações de encanto.

_ Uau, uau, uau. Isso é lindo, é incrível, maravilhoso! – Annabeth era a mais animada, afinal, ela queria ser arquiteta.

O grande salão então... A filha de Atena não parava de sorrir e apontar para todos os cantos.

Thalia soltou um grito quando um quadro assobiou para ela.

_ Quê isso, garota? – o homem retratado perguntou indignado. – Só estou te cumprimentando pela sua beleza e você solta um grito desses? Até parece que nunca viu um quadro que fala!

Rony, Hermione e Harry olharam para Thalia, desconfiados.

_ D-desculpe. É que você me pegou desprevenida, sabe? – os semideuses suspiraram de alivio.

_ Tudo bem, minha encantadora jovem! – o homem disse, aprumando-se.

De repente, uma senhora elegante usando óculos retangulares surgiu.

_ Vocês devem ser os novatos, certo? – os semideuses assentiram. – Vocês devem fazer a seleção, mas isso deve ser feito depois da dos alunos do primeiro ano.

_ Olá, Professora Minerva. – Hermione cumprimentou.

_ Olá, Srta. Granger. Poderia fazer a gentileza de ir se sentar? – a bruxa acenou positivamente com a cabeça. – Leve consigo o Sr. Potter e o Sr. Weasley, por favor.

Os três bruxos desapareceram.

_ Muito bem, fiquem aqui. – Minerva disse. – Vou buscá-los na hora certa.

E saiu.

_ O que nós vamos fazer? – Nico perguntou. – Não temos ideia de como é essa seleção.

­_ Eu tenho, sim. – Annabeth disse, subitamente. – Minha mãe me disse que só temos que colocar o chapéu na cabeça e vai dar tudo certo.

Alguns minutos depois, eles ouviram um discurso breve, provavelmente do diretor de Hogwarts, uma música, que eles não sabiam de onde vinha, muitos nomes e exclamações como: Grifinória, Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa.

_ Essas são as quatro casas! – um homem velho, mas muito elegante, com os cabelos e a barba na altura da cintura e oclinhos de meia lua escorregando sobre o nariz torto, apareceu. – Cada uma tem suas características. Vocês vão ser designados para a casa que melhor refletir as suas qualidades. Vou apresentá-los agora para a escola.

_ Desculpe, mas... Quem é o senhor? – Percy perguntou.

_ Ah, sou Alvo Dumbledore, diretor da escola de magia de Hogwarts. – ele sorriu bondosamente. – Me surpreende o fato de não me conhecerem.

_ É que... que... somos do Brasil. – Travis gaguejou.

_ Hum... sei. Entendo. - Dumbledore disse. – Sigam-me, por favor.

O bruxo os conduziu pelo salão e fez com que parassem a frente de quatro compridas mesas repletas de estudantes. Em uma das mesas, Harry, Rony e Hermione sorriam para eles.

_ Esse ano, recebemos, de braços abertos, cinco novos alunos estrangeiros. – Dumbledore anunciou e três mesas aplaudiram, uma com as cores verde e prata ficou apenas assistindo. – Chase, Annabeth.

A loira deu um passo à frente. Dumbledore indicou a ela uma cadeira e a garota se sentou. No momento seguinte, um chapéu caiu na cabeça da semideusa.

_ Olá, Annabeth. – a loira ouviu. A voz parecia sair de sua cabeça. – Sou eu, o Chapéu Seletor. Era eu quem estava cantando.

Chapéus falam? ela pensou.

_ Ah, só se eles estiverem enfeitiçados. Muito bem, vejamos a sua mente. – o chapéu disse. – Ideias realmente inteligentes, Annabeth. Planos muito bem formulados e objetivos grandes. Você é muito esperta, querida, poderia ir para a Corvinal, mas seus objetivos são gananciosos, poderia ir para a Sonserina.

Mesmo sem saber o porquê, a loira não gostou da ideia de ser mandada para a Casa da Sonserina e, na mesma hora, teve a certeza de que a única mesa que não os aplaudira havia sido a daquela casa.

_ Vejo que não gostou muito da ideia. Vou aprofundar na sua mente.

Passou-se alguns minutos, Annabeth estava inquieta.

Então? – ela pensou.

_ Annabeth, tenho certeza de que você não é uma bruxa. – o chapéu concluiu. A semideusa rezou para que só ela estivesse ouvindo essas palavras. – Grifinória!


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Notas finais do capítulo

Demorei para postar, mas... Ta aí, espero que gostem!



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