A Escolha escrita por Aneliese Fanfictions


Capítulo 4
Capítulo 4 - Uma nova chance


Notas iniciais do capítulo

Lover´s.......
Bjs



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Stefan


Chega a ser hilário quando paro para pensar no rumo que minha vida tomou a partir daquele ano.

Desde que a conheci.

O mais intrigante,é que a partir do momento em que a vi pela primeira vez,eu sabia que ela me mudaria para sempre,só não estava nos meus planos que a mudança seria tão radical.

Há momentos em que desejo fazer o tempo voltar e apagar toda a tristeza ,mas eu tenho a sensação de,que se o fizesse,também apagaria a alegria.Assim,revivo as memórias da forma como são,aceitando todas elas.

Estou por esse mundo há muito tempo.....mais do que se supõe olhando meu corpo jovem,imortalizado em meus 18 anos.Experiência é algo que não me falta.

Medo de errar também já não me aflinge,pois tenho a vida toda para tentar acertar.

E então eu estou de volta ao início,onde tudo começou.A ela.

Ainda não sei o que me fez voltar aqui,onde as lembranças são mais vívidas.Mystic Falls faz com que tudo o que esteve perdido pelo tempo,não pareça ter sido um sonho,me trás de volta a 1864.

Lembro-me como se fosse ontem.

Flashback

Mystic Falls-Virginia-1864.

Estávamos no outono.O céu estava nublado.A grande propriedade da família Salvatore aguardava ansiosamente a chegada de uma convidada,uma jovem senhorita.Seu nome era Katherine Pierce.

Eram tempos difíceis aqueles,a guerra devastava cidades e corrompia os homens.

Precisávamos de esperança mais do que qualquer coisa.

Os melhores amigos,os irmãos Salvatore foram separados ,Damon havia partido como recruta para os exércitos confederados do Norte.

A guerra de Secessão tornava-se cada vez mais violenta e os dias cada vez mais escuros.

Ela chegou em meio ao caos,trazendo a luz para meus olhos já opacos.

Estava em frente a casa,a grande casa branca.A paisagem era típica do outono americano,o vento manifestava-se balançando levemente as folhas.

Fui desperto por um barulho de algo se aproximando.

Uma espécie de carruagem,puxada por cavalos era a condução via terrestre mais eficiente e utilizada na época.

Dirigi-me ao seu encontro.

Ela finalmente parou.O condutor,saiu rapidamente e abriu a porta para as senhoras que encontravam-se no interior da carruagem.Primeiro,desceu uma mulher que trajava vestes modestas e portava uma bagagem de mão.A dama de companhia,supus.

Posteriormente,uma jovem que trajava roupas elegantes,de tecidos finos característicos da elite,finalmente alcançou o solo.

Ela finalmente olhou para frente.

Arfei.Era incrivelmente bela.De longe a mulher mais linda que eu já havia visto.

Não consegui desviar meus olhos.Ela pareceu perceber meu fascínio e sorriu discretamente.

– Você deve ser a senhorita Pierce.—Disse dirigindo-me a ela.

– Por favor,me chame de Katherine.—Respondeu-me,enquanto eu pegava em sua mão e a beijava em reverência,sob suas luvas.Sua voz era doce.

Ao olhá-la mais de perto,pude notar o quão perfeito era seus traços.Seu rosto era divinamente lindo.Parecia um anjo.

Sua pele extremamente alva emoldurava profundos olhos verdes claríssimos.Seus lábios carnudos e bem desenhados davam um toque sensual a sua face.Os cabelos devidamente alinhados em coque,que deixavam soltos alguns fios em cachos,eram de um castanho intenso,que no sol puxavam um tom meio avermelhado,eram cobertos por um chapéu.

Olhamo-nos por alguns instantes.Ela sorriu de uma maneira encantadora.

Aquela foi a primeira vez que vi Katherine.

Os dias passaram rapidamente,nesse meio tempo,minha convivência com Katherine era cada vez mais intensa.Envolvemo-nos.Mantínhamos um caso,um romance secreto e inapropriado.

No entanto, ela não era qualquer garota.

Katherine escondia um segredo.Ela era uma imortal,uma vampira.

Em uma tarde,estávamos no jardim.Nos divertíamos como crianças.

Ela fugia de mim,eu a perseguia até que ela conseguiu alcançar uma estátua que delimitamos como sendo o limite.

– Ganhei!Qual é meu prêmio?—Ela estava radiante naquela tarde.

– O que gostaria que fosse?—Uma voz que não era a minha,irrompeu.

Viramo-nos para o dono da voz.

Damon.Ele estava apoiado em alguns arbustos,trajava seu uniforme de militar.

– Concederam sua licença?—Perguntei a ele.

– Estava me divertindo muito para voltar a batalha.—Disse ele levantando-se e vindo ao nosso encontro.Ele não mudava.Sempre com uma expressão serena e com o bom humor de sempre.

– Seu comprometimento com a Confederação é inspirador.—Fui ao encontro dele.Selamos aquele momento com um abraço fraternal.Um abraço saudoso de dois irmão unidos,que não se viam há muito tempo.

– Isso funciona muito bem para mim.—Disse Katherine,lembrando-nos de sua presença.

Viramo-nos para ela.

– Como assim senhorita Katherine?—Perguntou Damon curioso.

– Agora terei os dois para me manter entretida.—Falou aquilo como se fosse óbvio.—Primeiramente, preciso de alguém para me levar ao baile dos fundadores.

– Ficaria honrado—Dissemos eu e Damon ao mesmo tempo.

Ele havia retirado o chapéu e se curvado em reverência a ela,assim que se recompôs,nos entreolhamos.

Ela gargalhou e deu uma voltinha.

– Os espertos e bons irmãos Salvatore...ambos vindo me salvar!—Ela analisou-nos e prosseguiu—Como poderei escolher?

E assim começou nosso triângulo amoroso.

Katherine,Damon e eu.

Ela me escolheu.Eu a levei ao baile na genuína mansão Lockwood.Eu não ligava por ter conseguido algo que meu irmão queria.Não ligava se isso o machucava.Eu estava cego por ela,só sabia que a queria.

Damon,quando fica chateado não demonstra,não perde a cabeça.

Ele se vinga.

Katherine nos manipulava,controlava nossas mentes,fazia-nos ficar completamente obscecados por ela.

Não havia regras.

Ela sempre dizia que tinha um plano para nós. Os Três.

Fim do Flashback

Não devia ter voltado para casa.Conheço o risco.

Mas não tenho escolha.

Tenho que conhecê-la.

Depois de 145 anos fugindo do passado,fugindo de mim mesmo,resolvi que era hora de encarar o presente.

Há um ano mais ou menos,uma notícia me chamou a atenção.

A morte de Renée Swan,ex-esposa de um magnata.Um empresário muito influente na América.Mas não foi isso o que me comoveu.A nota que informava sobre o fato no jornal,trazia anexada uma foto da família.Fiquei estático quando reparei na menina retratava.

Era ela.

Depois de tanto tempo,meu coração pareceu bater novamente.A única diferença aparente,era a cor dos olhos,castanhos intensos,lembravam chocolate derretido.Na nota,constava o nome “Isabela Marie Swan Dellamary”,filha da vítima.

Aquela fotografia mexeu comigo de uma forma avassaladora,desde aquilo dia então,passei a acompanhar a sua vida.

Ela morava em Forks com o pai,tinha 18 anos e estudava na Forks High School.

A notícia de sua mudança repentina para Mystic Falls me fez tomar a decisão de voltar,precisa reencontrá-la.

Seria ela a minha Katherine?

– Você prometeu!—Tio Zac entrou bruscamente pela porta.Sua expressão era zangada,trazia um jornal em sua mão.

Veio até mim e me entregou o jornal.


“Corpos encontrados mutilados por animal”


Logo abaixo,a foto de um casal,que não aparentava ter mais de quarenta anos chamava a atenção.

Foi um ataque de animal.—Disse entregando-lhe o jornal.

Não me venha com essa!—Ele tomou o jornal e disse exaltado.—Conheço essa tática!Mutilam para parecer ataque animal!

Ele me encarava

Você prometeu estar sob controle.—Seu tom era acusador.

E estou.—Falei,andando em direção a janela.

Por favor Stefan...Mystic Falls é um lugar diferente agora.—Ele sentou-se na beirada da cama e colocou as mãos no rosto.

Está sossegado há anos,mas há pessoas que lembram....e você estando por aqui...trará tudo a tona.

– Não é a minha intensão.

O que é então?Por que voltou depois de tanto tempo?Por que agora?—Levantou-se e deu a volta pela cama.

Não preciso me explicar.—Minha expressão era séria.Aquela conversa estava me deixando irritado.

Ele deve ter percebido.Se aproximou de mim,tocou meu ombro e falou com a voz baixa e macia.

Sei que não pode mudar o que é.Mas não pertence mais a este lugar.

– E a qual lugar pertenço?

Não posso lhe dizer o que fazer.—Ele olhava através da janela.

Ele pareceu voltar a si.Deu meia volta e saiu rumo a porta.

Antes de ir,acrescentou:

Ter voltado aqui foi um erro.

Observei a porta por algum tempo.Eu sabia que ele estava certo,mas eu já não podia recuar.

Não agora.

Não depois de 145 anos.

Abri uma antiga porta do armário.Lá estavam eles,meus velhos diários,organizados por ordem cronológica.O que mais me chamou a atenção foi um dos mais antigos,datava de 1864.

Não resisti a nostalgia e peguei-o.

Na primeira página estava uma foto de Katherine.Uma foto que remontava aos velhos tempos.

Essa era a hora.

E eu sabia onde encontrá-la.

Caminhei em silêncio.Os raios de sol irradiavam sobre minha pele.

O cemitério não ficava muito longe de minha casa.Pelo menos não era longe para alguém como eu.

Já era possível ouvir as batidas de coração que vinham de lá.

Parei por um instante.O cheiro de sangue era forte.

Aquilo me intrigou.

Como seria possível?

Ok.Vampiros podem enlouquecer?

Nesse minuto,passos rápidos vinham em minha direção,ou em direção à saída,já que eu me encontrava em frente ao grande portão.

Naquele momento meu coração perdeu uma batida.

Era ela.

Só que diferente.Havia vida nela.Seu coração bombeava sangue por todo o corpo.

Seu cheiro era inebriante.O ar nesse momento bateu contra mim,fazendo com que aquele aroma me invadisse.

Era um cheiro delicioso,com um leve toque de morangos.

Ela tinha uma expressão assustada.Nem se deu conta de minha presença até virar-se.

Por pouco não nos chocamos.

Você está bem?—Perguntei a ela.

Ela se assustou ainda mais.Seu coração perdeu uma batida.Ela arfou e levou a mão ao peito.

Finalmente olhou para cima.

Era impressionante.Era uma versão humana de Katherine.

Fiquei chocado.O mesmo rosto de 145 anos atrás,a mesma expressão.O mesmo olhar,excetuando a cor das íris,que eram de um chocolate envolvente.

Absolutamente linda.

Ela não reagiu.Permanecia estática.

Repeti a pergunta.

Você está bem?—Ela me surpreendeu com a resposta.

Estava me seguindo?—Ok.E agora?Eu deveria dizer a verdade,que eu realmente estava seguindo-a?Não,ela poderia me achar um louco.

Fui tirado de meu fluxo de consciência pela expressão de seu rosto logo em seguida.

Ela parecia envergonhada.

– Não,só vi você saindo assustada do cemitério e fiquei preocupado.

Aquela situação era um pouco constrangedora.

Ela então assumiu uma expressão amigável.Estava visivelmente mais tranqüila.

Certo.Estava por coincidência passeando pelo cemitério.—Disse sorrindo para mim.

Disse a primeira coisa que me veio na mente,o que não era uma mentira.

– Estou visitando.Tenho família aqui.—Aquilo pareceu pegá-la de surpresa.

Oh!Que indelicadeza a minha.Me desculpe.É....essa neblina que está me deixando confusa...e agora a pouco apareceu um pássaro e parecia cena do Hitchcock por um segundo.....Tem um filme do Hitchcock sobre pássaros não é?—Ela falava de forma afoita.Utilizando-se das mão para dar mais credibilidade aos fatos.

Sorri para ela.

Sou Isabella,mas pode me chamar de Bella.

Assenti.

–Sou Stefan.

Meus olhos então captaram algo preso em sua roupa.Desarmonizando com seu visual.Havia uma folha presa em sua blusa.Ela pareceu perceber minha concentração e acompanhou com os olhos o trajeto de minha mão.

Pronto.—Disse lhe oferecendo a folha que estava grudada.

Obrigada.—Disse corando.

Mas ela era observadora,não deixando passar despercebido o grande anel azul em minha mão direita.Sua expressão era curiosa.

Anel legal.—Disse ela meio sem graça,por ter percebido que eu havia notado seu olhar curioso para meu anel.

Automaticamente estiquei minha mão e toquei-o.

É um anel de família.Ando sempre com ele.Estranho não é?—Respondi tranquilamente.

Não..não.É que há anéis e há isso.—Apontou para minha mão.Parecia ser sincera no elogio.

O silêncio se manifestou.Sorrimos um para o outro.

Então o cheiro de sangue se intensificou.Minha garganta queimava em resposta.

O monstro dentro de mim reagiu.

Você se machucou?Se cortou?—Apressei-me a alertá-la.

Ela parecia não ter percebido.

– Não sei.—Ela então deu uma olhada por sobre seu corpo,a procura de algum foco de sangue.

Isso não está bonito—Disse enquanto se recompunha

Foi o suficiente para despertar o meu lado sanguinário,sedento por mortes,clamando pelo prazer de avançar sobre seu pescoço e sugar até a última gota de seu sangue.

Ela não fazia idéia do quanto era apelativa para mim.

Era tão gritante,que eu não compreendia como ela não ouvia.

Virei-me em velocidade vampírica.Meus olhos foram ficando turvos,minhas presas cintilaram sem minha permissão.

– Você está bem?—Sua voz demonstrava preocupação.

Xinguei-me mentalmente.

Reuni o que me restava de forças e disse em voz baixa:

Preciso ir.Cuide Disso.—Me permiti uma última olhada.Ela estava abaixada,olhando para sua perna.O sangue reluzia.

Fugi como um covarde.O mais rápido que pude.

Era sábado à noite.Era hoje o tão aguardado baile da escola.

Minha deixa para ver Bella novamente,precisava conhecê-la,descobrir o mistério que ligava ela a Katherine.

Eu só esperava ser forte o suficiente para isso.

Optei por um visual clássico,nada muito formal.

Decidi que iria de carro.

A noite era bonita,a lua nova deixava em evidência a presença das estrelas.O vento não passava de uma brisa agradável,porém fria,indicava um início de noite que prometia esfriar bastante.

Quando cheguei,o local já estava completamente cheio,jovens em sua maioria.

Alguns já totalmente fora de si,embriagados.

Me audição super aguçada se concentrou ,na tentativa de localizar Bella.

....”—Nunca ficamos.

–--Sério?”

Eu conseguia ouvir cada palavra dita por todas as pessoas que estavam presentes.

Mas ainda não havia percebido Bella.

– É uma previsão Bonnie?—Essa era a voz de Elena.

– Sabe Bella,a Bonnie é meio que uma bruxa.Ela tem visões sobre as coisas.—Identifiquei como sendo Caroline.

– Pare Gabby...o que ela vai pensar de mim?—Falou Bonnie.

Ouvi risos.

– Então Bonnie,o que você vê sobre mim?—Finalmente reconheci a voz de Bella.

Fui em direção ao som das vozes.Era difícil me mover entre tantos jovens.

Com muito custo,finalmente consegui chegar próximo a elas.O cheiro era intenso.

Bella estava de costas para mim.Seu cabelo balançava com a brisa da noite.

Conversava animadamente com Bonnie,até que esta,vendo meu olhar fixo em Bella,disse baixinho em seu ouvido:


“--Hum..parece que tem gente arrasando aqui hein!

–-O quê?—Respondeu Bella.

–-O Stefan não para de olhar para você.”

E então ela se virou.Ela estava realmente linda.Seus olhos foram de encontro aos meus.

Convidando-me a me aproximar.Fui automaticamente atraído por ela.

Bella.-

– Oi Stefan. —Respondeu-me com a expressão serena.

– Já se conhecem?—Bonnie olhou-nos desconfiada.

– Sim,nos esbarramos hoje mais cedo.—Não mencionei o fato de termos nos encontrado no cemitério.Bella pareceu aliviada.

– Bom....eu acho que vou procurar pela Elena.....Vejo vocês depois.

– Ok Bonnie.

Assim que Bonnie nos deixou a sós,Bella e eu começamos a caminhar.

– Eu gostaria de me desculpar por hoje mais cedo.Sabe...por ter sumido de repente.Sei que foi estranho—Estava meio inseguro com relação a impressão que possa ter causado à ela.Meu comportamento não foi digno de um cara de 145 anos,eu parecia mais um garotinho assustado.

– Tudo bem,já entendi,você não consegue ver sangue não é?—Com essa eu tive que sorrir.Dava para ser mais irônico?

–Algo assim! Como está sua perna?

A tudo bem.Foi só um arranhão.

Lembrei-me então do que trazia escondido em minha jaqueta.

Levei a mão ao bolso interior e achei-o prontamente.

– Achei que talvez quisesse isso de volta.—Sua expressão era de surpresa.Ela parecia nem ter notado que o havia perdido.

- Ooh..tão descuidada !Obrigada. – entreguei – lhe o objeto

– Não preocupe,eu não li.—Disse a ela,antes que algo parecido passasse por sua cabeça.

– Não.

Neguei com a cabeça.

–-Por que não?Muita gente teria lido?—Ela não parecia desconfiada.

–-Não gostaria que alguém lesse o meu.—Percebi que ela me encarou.

–-Você tem um diário?—Sua voz subiu um décimo.

–-Sim,se não escrever as coisas,eu as esqueço.As lembranças são importantes.

–-É..—Foi o que ela respondeu.

Resolvi investigar um pouco sobre ela.

–-Você é o assunto da cidade,sabia?—Falei para ela enquanto andávamos sobre a ponte.

–-Sou?—Um sorriso brincou em seus lábios.

–-É.A novata misteriosa.—Fiz um clima com a voz.

–-Hum....você tem um lance misterioso também.Parece meio tenso.—Ok.Ela era observadora,eu teria que tomar muito cuidado perto dela.

–--Você parece triste.—Falei com a voz séria.

Paramos de caminhar.

–-O que te faz pensar que estou triste?—Ela era rápida.

Resolvi começar pelo óbvio.

–-Hã....eu te conheci em um cemitério.—Ela pareceu ser pega de surpresa com meu argumento convincente.

–-Certo.Você é bom.—Rimos juntos.

–-E então,vai me contar?—Insisti.

–-É...complicado.....---Foi o que se limitou a dizer.Notei que neste momento seu semblante ficou sério.Havia melancolia em seus olhos.

–-Tenho certeza de que posso compreender.---Levantei seu queixo,para olhar em seus olhos.

–-Hum....um dia eu te conto.Prometo.É um assunto o qual eu evito.—Ela então se encostou na ponte.

–-Tudo bem então.---Fiz companhia a ela.

Era incrível a sua semelhança com Katherine e ao mesmo tempo a sua diferença.Nesse pouco tempo em que estive com ela,pude perceber o quanto ela era boa,seus sentimentos eram os mais nobres e puros.Isso transparecia em seus olhos.


“---Socorro!!”

Fomos surpreendidos por gritos.

–Ouviu isso?—Bella perguntou-me.

–Sim....não deve ser nada.—Tentei tranqüiliza-la.



“--Por favor!!Alguém me ajude!!”

–Ok,parece ser importante.—Corremos em direção aos gritos.

As pessoas se aglomeraram próximas ao começo da floresta que circundava o local.Supus que se houvesse alguém ferido,lá seria o melhor lugar para obter informações.

Ao nos aproximarmos,senti um forte cheiro de sangue.Hesitei continuar.

Bella foi em direção as amigas.

Meio minuto depois,uma maca era removida do local.Deitada,estava uma garota inconsciente,com sangue escorrendo de seu pescoço.As marcas dos dentes eram perceptíveis a distância.

Ok.Algo de muito estranho estava ocorrendo e eu precisa agir,antes que o conselho resolvesse fazê-lo.

Aproveite-me da distração de todos com o incidente e corri o mais rápido que pude para a casa de tio Zac.

Assim que alcancei a maçaneta,abri a porta de supetão.



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