Como Em Um Conto De Fadas escrita por Ella NH


Capítulo 2
Capítulo 1- Era uma vez…


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo.
Minha narração pode ter ficado rápida...
Já estava quase desistindo de escrever, por que não fiquei satisfeita com o resultado então me digam o que acharem por favor...!



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Luto! Era essa a situação em que o reino se encontrava. O rei morrera, não conseguira sobreviver a terrível doença que contraiu; doença na qual o melhor dos médicos do reino não soubera diagnosticar e muito menos tratar com eficácia.

Um ano depois…

França, Século XV…

-Mamãe... Eu sinto muito! Sei o quanto você o amava. —Disse entre suspiros. Minha mãe jazia ainda deprimida em seus aposentos.

-Depois do seu pai, ele foi a pessoa que mais amei!—Disse minha mãe ainda infeliz pela morte de meu “pai”.

Sou Percy Jackson, príncipe herdeiro do trono da França. E agora que o rei morreu será apenas uma questão de tempo para que eu suba ao trono. Algo na qual não estou nem um pouquinho ansioso.

-Eu sei mamãe… Eu sei! –Deixei-a ali. Ela precisava de um momento a sós com seus pensamentos. Peguei uma capa que escondia meu corpo, rosto e roupas e saí do castelo para respirar um pouco. A tensão que ronda os corredores do imponente castelo da França estava me oprimindo.

Como se a morte do homem que me amou e criou a minha vida toda já não bastasse, todos me olhavam e esperavam que eu tomasse as rédeas da situação e me auto declarasse o rei. Mas eu não podia fazer isso, por causa da minha mãe, por respeito ao meu “pai”, por mim e a minha insegurança… Eu ainda não podia fazer isso.

Andava sem rumo e de repente percebi onde meus pés me levaram. Estava na praça central do reino, onde os comerciantes vendiam seus produtos, os camponeses andavam de um lado para o outro e muitas pessoas andavam ocupadas com suas próprias vidas, alheios a qualquer um que estivesse ao seu redor; e por um momento desejei ser um daqueles camponeses, mas me lembrei de minha linda mãe no castelo e sabia que eu não podia desistir do reino. Das minhas responsabilidades.

Um grito feminino me tirou dos meus devaneios. Olhei o que estava acontecendo e vi três homens grandes e robustos, já os conhecia de bailes reais e de planejamentos de guerra, eram os filhos de Sir Ares La Rue – o mais brutal e mais rico cavaleiro de toda a França – e eles eram tão brutais quanto o pai.

Os três empurraram uma menina loura que possuía um belo corpo, provavelmente, com a minha idade, numa possa de lama e se aproximavam para agredi-la.

--Me deixem!—Ela gritava corajosamente, embora não tivesse chance contra os três, enquanto grossas lágrimas escorriam pelo seu belo e frágil rosto.

-Pague o que seu pai nos deve, e talvez deixemos a senhorita ir. Talvez!—O mais alto falava enquanto tomava o queixo da bela garota. Ela cuspiu em seu rosto e puxou seu rosto das mãos dele com ferocidade.

Ele levantou a mão para lhe dar um tapa, mas eu já tinha visto demais.

-CHEGA!—Intervi antes que aqueles brutamontes machucassem a bela garota.

-Quem ousa nos desafiar?—Perguntou o mais alto, provavelmente o porta-voz daquele grupo.

Dei um passo a frente da multidão que assistia a confusão, com a capa cobrindo o meu rosto, não podia deixar aquelas pessoas saberem que eu estive ali. Seria muito arriscado.

Eles nem me perguntaram quem sou eu, apenas desembainharam as espadas e vieram na minha direção. Nem era necessário ser um ótimo espadachim para vencê-los, na verdade nem precisei desembainhar a minha espada.

Desviei-me do primeiro dando um passo para o lado e com o cotovelo acertando sua nuca. Um já foi! O segundo já veio mais preparado, vi que tentaria me acertar com um golpe em arco, abaixei e lhe dei uma rasteira, peguei sua cabeça e a conduzi ao chão levemente. Já foi o segundo! O terceiro, o mais alto que foi quem me desafiou, abaixou sua espada e vi que sua intenção era acertar bem no meio de meu tronco, desviei-me pela esquerda, enquanto ele passava pelo meu lado esquerdo segurei sua espada e a finquei em sua coxa e por último lhe dei um soco no rosto. Já se foi o último! E a capa ainda cobria meu rosto.

Todos pararam para assistir nossa breve luta. Precisava sair dali. Ofereci a mão para a menina mais bonita que já vi em minha vida. Ela aceitou grata.

-Preciso sair daqui!—Falei baixo, ela segurou minha mão e me conduziu para fora da praça.

Quando já estávamos em um lugar mais sossegado ela parou e me obrigou a parar também. Quando ela se virou para mim pude ter uma perfeita visão de seu belo rosto. Os cabelos longos, louros e encaracolados que caiam sujos por sobre os olhos, os olhos cinza como nuvens de tempestade que me encaravam com gratidão e culpa e o seu rosto cor de pêssego tão delicado se encontrava sujo.

-Não sei como lhe agradecer pelo que fez por mim hoje senhor!—Ela disse com a voz mais doce que eu já tinha ouvido

-Não foi nada! A senhorita precisava de ajuda!—Disse encarando tamanha beleza a minha frente.

-Foi sim! Ninguém ousa desafiar os filhos de Sir La Rue! A não ser o senhor!—Disse ela envergonhada e ainda agradecida—Ainda bem que não se feriu, se não eu nunca me perdoaria!

Ela parecia verdadeiramente preocupada comigo. Nenhuma das garotas que conheci, tirando minha prima Thalia, havia realmente se preocupado comigo. Isso me fez corar.

-Posso lhe perguntar por que eles estavam maltratando-na?—Perguntei realmente curioso. Ela me despertava curiosidade, sua fragilidade me fazia querer protege-la. – E principalmente posso lhe perguntar o nome?

-Meu nome é Annabeth Chase! E acredito que conquistou o direito de ter suas perguntas respondidas… --Ela me disse e notei em seu olhar um tom de rendição.

Encarei aqueles lindos orbes acinzentados a espera de sua continuação.

-Mas primeiro posso ver o rosto e saber o nome de meu salvador?—Perguntou ela com sincera curiosidade.

Era isso que eu temia. Eu não podia contar a ela ali. Se alguém visse…

-Pode. Mas terá que vir comigo!—Peguei-a pela mão e nos conduzi em direção ao castelo.

Não poderia entrar com ela. Mas ali seria o único lugar que poderia contar a ela a verdade e quem sabe poderia ajuda-la. Parei em frente a uma estalagem próxima ao palácio.

-Não saia daqui, eu já volto!—Ela me encarava em busca de resposta. Porém assentiu para mim.

Deixei-a ali e prossegui em direção ao castelo. Retirei a capa e passei normalmente pelos guardas do palácio. Thalia poderia me ajudar. Encontrei minha linda prima no salão principal do castelo, ela se encontrava de costas com seus lindos cabelos negros, da mesma cor que os meus, presos no alto da cabeça e com dois pedaços de tecido na mão e parecia indecisa.

-Thalia?--Chamei-a incerto. Ela me encarou com seus orbes azuis, mais intensos que o céu, transparecendo curiosidade.

-Sim, Percy?—Ela perguntou alegremente, deixando os tecidos completamente de lado.

-Poderia me ajudar?—Perguntei temeroso.

-Faria qualquer coisa que não seja ficar aqui escolhendo a decoração para o baile do mês que vem!—Ela disse fazendo careta.

Eu ri. Essa é a minha prima, Lady Thalia Grace, a nobre mais antissocial da França. Não entendo por que ela ajuda minha mãe na preparação do baile!

Contei pra ela sobre Annabeth. Thalia levantou-se do seu assento e veio comigo sem hesitar. Pegamos uma capa para ela e fomos em direção de Annabeth. Eu nunca falara de uma garota com ela muito menos pedira ajuda para trazê-la ao castelo.

Voltei para o local onde tinha deixado Annabeth e para o meu alívio ela ainda estava lá.

Ela olhava o nada pensativa.

-Annabeth?—Chamei-a suavemente.

Ela me encarou e sorriu. Mas seu sorriso morreu quando viu a minha linda prima retirando a capa que cobria seu rosto, ao meu lado.

-Annabeth, essa é minha prima Thalia. Thalia, essa é a Annabeth.

-É um prazer!-Ambas se cumprimentaram e a menção do meu parentesco com a bela moça ao meu lado Annabeth voltou a sorrir.

-Percy, ela realmente é muito bonita!—Disse minha prima para o meu total constrangimento.

-Thalia!—Disse numa falsa repreensão. As duas riram; Thalia de minha reação e Annabeth constrangida como eu.

-Posso te chamar de Annie?—Perguntou Thalia animada com a possível nova amiga.

-Claro. Como a senhorita desejar!—Annabeth deve ter deduzido nosso posto social quando reparou no lindo vestido que minha prima usava.

-Por favor, me chame de Thalia e nada de formalidade. Você agora é a minha mais nova amiga!—Minha prima disse feliz. Sabia que ela não possuía amigos de verdade, pois eu sentia o mesmo que ela.

Annabeth sorriu em agradecimento.

Venha vamos tratar de leva-la para a nossa humilde casa!—Senti o tom sarcástico na fala de Thalia e não pude conter o riso.

Annabeth ainda buscava respostas.

-Entre no jogo e aja naturalmente. --Ordenou Thalia.

Eu e Annabeth assentimos. Eu e Thalia tiramos nossas capas e ela me entregou a dela para que eu a levasse. Ela me agradeceu e nós prosseguimos.

-Ai Annie, você precisa deixar de ser tão desastrada!—Disse Thalia começando o teatro enquanto passávamos pelos guardas.

Pude ver por um momento o susto de Annabeth quando entendeu para onde nos conduzíamos.

-Ai Tha… Você sabe como eu sou!—Disse Annabeth fazendo sua parte. Thalia sorriu com o apelido carinhoso.

-Thalia, deixe-a! —Disse só para não ficar calado.

-Deixar como Percy? Ela deu sorte por estarmos próximos do castelo!—Disse Thalia enquanto nós já tínhamos chego dentro do palácio e nos aproximávamos do corredor do quarto de Thalia.

Ela entrou e puxou Annabeth.

-Percy, espere-nos na sala de jantar!—Disse Thalia e fechou a porta fui à cozinha e pedi que preparassem uma refeição para saciar a minha fome, a de minha prima e de nossa convidada.

A cozinheira assentiu e eu fui esperar onde marquei com minha querida- e nada doce- prima.

Esperei o que pareceram horas e logo a nossa refeição foi posta, alguns momentos depois minha prima e uma Annabeth, se possível, ainda mais linda, se juntaram a mim.

Ela me olhou nos olhos e corou.

Thalia a fez se sentar ao meu lado e sentou ao lado dela.

-Agora poderia me contar quem és tu e por que me trouxe ao castelo de vossa majestade?—Perguntou ela formalmente, o que significa de que foi bem educada.

Assenti.

-Meu nome é Perceus Jackson. Príncipe da França!—Disse temendo sua repulsa.

-O-o-o-príncipe?—Perguntou-me surpresa.

-Sim!—Eu respondi e depois de poucos minutos ela pareceu ter aceitado aquilo.

-Eu prometi e vou cumprir minha parte!—Ela disse e se endireitou no assento.

-Eu sou Lady Annabeth Chase! Mas só possuo o título de nobreza por causa da minha falecida mãe. Ela era filha de um nobre não muito influente que se casou com meu pai um pobre comerciante. Há um mês, meu querido pai veio a falecer e deixou uma dívida alta com Sir Ares La Rue. Hoje seus filhos vieram tirar satisfações comigo e graças a vossa alteza eu ainda estou viva. Obrigada!-Ela contou resumidamente sua história.

Aquela linda menina era órfão de pai e mãe e não tinha a quem recorrer, mas eu estava disposto a ajuda-la.

-Eles não tocarão em você novamente. Irei quitar sua dívida!—Disse satisfeito de poder ajuda-la.

-E você pode morar conosco aqui no palácio!—Sugeriu Thalia também.

Annabeth sorriu, porém ela tinha algo mais em seu olhar.

-Eu não posso aceitar! Vocês já fizeram muito por mim! Eu não posso!—Annabeth nos olhava com medo de abusar da nossa gentileza.

-É claro que pode!—Disse Thalia e eu concordei com ela—Eu preciso de uma amiga de verdade. Sou muito sozinha. Sua presença pra mim seria o melhor presente que alguém poderia me dar.

Vi que Annabeth queria chorar pelas palavras de Thalia.

-Obrigada! E se eu puder fazer algo por vocês… Qualquer coisa… --Disse Annie. 

Estava prestes a dizer que isso não era necessário, quando minha mãe entra na sala de jantar discutindo com o representante do concelho real.

-Espere mais um pouco Johan!—Disse ela apressada e tensa.

-Não podemos Sally! Já esperamos um ano; ele precisa assumir o trono. Provavelmente estavam falando de mim.

-Mas ele ainda é novo! Só tem dezoito anos… --Mamãe ainda argumentava com ele.

Eles realmente estavam falando de mim.

Levantei-me, pus minhas mãos em cima da mesa e encarei minha mãe e Johan.

-Oque está acontecendo aqui?—Perguntei me impondo.

-Filho, o concelho real decidiu que você deve assumir o trono e se casar imediatamente. E para isso lhe deram uma semana. —Disse minha mãe explicando tristemente a situação.

Eles só repararam nas duas garotas a mesa quando olhei para Thalia em busca de apoio. Elas pareceram preocupadas com as palavras da minha mãe.

De repente Thalia sorriu e cochichou algo no ouvido de Annabeth que estremeceu e pareceu pensar por um momento, depois corou e afirmou com a cabeça. Thalia sorriu e bateu palmas. Eu, minha mãe e Johan olhávamos sem entender.

-Percy, já que é assim vamos ter que contar a sua mãe. –Thalia me olhou gravemente. “Contar o que?” me perguntei, mas seja lá o que for Thalia estava tentando me ajudar, então achei melhor não dizer nada; porém a minha expressão deveria ser de confusão. –Annabeth já concordou.

Agora eu realmente não entendia mais nada.

-Contar o que querida? Quem é Annabeth?—Perguntou minha mãe e Johan parecia querer saber o mesmo. Bom… Eu também queria.

--Essa é Annabeth. –Thalia apontou para nossa mais nova amiga—e Percy acabou de pedi-la em casamento.

Sinceramente não sabia quem estava mais confuso. Eu, minha mãe ou Johan.

Eu não sabia que tinha pedido em casamento a menina que salvei a vida hoje.

De repente minha mãe sorriu e abraçou Annabeth que parecia constrangida. Eu ainda estava em choque. Eu não podia deixar que ela fizesse isso por mim.

-Ai que bom, minha querida. Isso é ótimo! Parece que Perceus se adiantou e que já estava esperando por isso. –Minha mãe soltou Annabeth e me abraçou. Retribuí o abraço sem jeito.

Johan pareceu satisfeito.

-Vamos contar ao concelho!—Minha mãe disse animada e saiu seguida por Johan.

Eu encarei as duas a minha frente. Minha prima e minha futura esposa.

-O que deu na cabeça das duas para inventarem essa história?—Perguntei exaltado.

-Você precisava de ajuda e Annabeth concordou!—Thalia me respondeu calmamente.

-Mas você não precisava envolvê-la nisso! Agora ela terá que ficar confinada aqui como nós! Sem vida! Sem liberdade!—Argumentei

-Eu aceitei Percy. Sou grata a você. Você já arriscou hoje sua vida por mim, se ofereceu para pagar minha dívida; me deixe retribuir!—Annabeth disse contra argumentando comigo.

-Mas você vai estragar a sua vida!—Disse preocupado com ela.

-VOCÊ PODE ME AJUDAR E EU NÃO? EU ESTOU RETRIBUINDO… E NÃO SEI SE VOCÊ PERCEBEU, MAS EU NÃO VOU TER VIDA FORA DAQUI! Só tenho um trabalho que mal me sustenta, vivo na casa dos outros dependendo de suas gentilezas, chego a possuir uma casa que está caindo aos pedaços, a única coisa que sobrou de meu pai… --Disse ela terminando com dor na voz. Eu não gostei de vê-la assim. A abracei gentilmente… Se era para me casar por pressão, que seja com alguém que se importe comigo e que precise de minha ajuda.

-Você está certa! Obrigada!—Disse ainda envolvendo-a. Senti algo molhado contra minha pele e minha fina roupa de Algodão puro, e percebi que ela estava chorando. Ela retribui o abraço e minha prima se juntou a nós.

-Viu você já está sendo boa influência. Já fez essa criatura fazer duas coisas que nunca o vi fazer. A primeira me pedir ajuda para trazer uma garota para o castelo, embora tenha muitas garotas que dariam tudo só para que ele olhasse pra elas, e a segunda foi admitir que alguém, que não seja ele, tenha razão. —Thalia disse fazendo Annie rir e eu dirigir a ela um olhar mortal a ela, embora não estivesse realmente com raiva, pelo menos não enquanto Annabeth está em meus braços.—Priminho esses olhos verdes só dão medo nas pessoas que não convivem com você!

Eu comecei a rir- Thalia morre de medo quando eu olho para ela assim. Ela só não admite. - e ela fechou a cara e cruzou os braços ficando de costas para Annabeth e para mim.

Minha mãe voltou com os conselheiros reais. Eu ainda estava abraçado a Annabeth o que aumentou o sorriso da minha mãe.

-Vejo que sua mãe falou a verdade Vossa Alteza!-Falou o conselheiro chamado Pierre. —E vejo que ela também não mentiu na beleza da nossa futura rainha.

Annabeth corou com o comentário. Eu não gostei dele tê-la elogiado. Mas mesmo assim sorri a contragosto.

-Está desconfiando de minha palavra, Pierre?—Pareceu uma pergunta ingênua, mas pude perceber o tom ameaçador na voz de minha mãe.

-De jeito algum, Vossa majestade. Apenas quis elogiar o jovem príncipe pela bela escolha!—Ele respondeu parecendo calmo, mas percebi que ele engoliu em seco.

-Querida. Qual o nome de seus pais?—Minha mãe perguntou a Annabeth.

Ela encarou o chão e me abraçou mais forte. Apertei meus braços ao redor de sua cintura e descrevi círculos em suas costas com o polegar, na intenção de reconforta-la. Entendia sua dor.

-Meu pai morreu há um mês e minha mãe quando eu ainda era muito pequena. —Embora aquilo fosse dolorido, sua voz não falhou nenhuma vez. Ela era muito mais forte do que aparentava… --Meu pai chamava-se Frederik Chase e não possuía título de nobreza, porém minha mãe se chamava Lady Athena Coller.

Minha mãe ficou pálida ao pronunciamento de Annabeth sobre o nome de sua mãe.

-Athena Coller?-Minha mãe deu um passo para trás esperando a confirmação.

Annabeth saiu dos meus braços e encarou minha mãe. O concelho ficou inquieto. Eu novamente não estava entendendo nada, mas dessa vez Thalia também não.

Annabeth afirmou com a cabeça.

-Mãe você a conhecia?—Perguntei e Annabeth também estava interessada em saber.

-Sim Percy! Ela era a melhor amiga do seu pai!—Minha mãe me respondeu o que me deixou atônito.

-Como?—Perguntou Thalia.

Os conselheiros saíram e minha mãe se sentou na sala de jantar.

-Meu pai era o rei da França, porém ele só teve três filhas. Eu, a mais velha; minha irmã do meio Madeleine, mãe de Thalia, e minha irmã mais nova Maria. Por não ter tido nenhum filho homem, o trono ficaria para o meu marido. Quando completei dezessete anos conheci Posseidon, o pai de Percy, mas fomos muito irresponsáveis e eu fiquei grávida. Isso poderia me trazer graves consequências, então eu e ele íamos nos casar. Semanas depois de Percy nascer, ele precisou ir a fronteira do país e sua mãe Annabeth, que acabara de dar a luz o acompanhou por ser a nossa melhor diplomata e estrategista. Lá eles foram brutalmente assassinados. Paul, meu ex-marido, era meu melhor amigo e era apaixonado por mim, ele se casou comigo e assumiu Percy como filho dele, antes de ser contado ao reino o que na verdade aconteceu. –Minha mãe terminou e com uma lágrima escorrendo por seu rosto marcado pelo tempo e pelas perdas que sofreu. Ela nunca me contara essa parte da história.

Annabeth a abraçou.

-Obrigada por me contar Vossa majestade!—Annabeth disse emocionada.

-Por favor, me chame de Sally querida. Afinal, você será minha nora amanhã!—Ela disse parecendo satisfeita.

-AMANHÃ??? —Eu, Annabeth e Thalia perguntamos assustados.

Minha mãe caminhou até mim e me abraçou.

-Eu lhe disse que seu casamento deveria ser imediatamente. —Ela disse, colocou algo em minhas mãos, uma caixa, e saiu sem esperar por nossas reações.

Percebi que nem Thalia, nem Annabeth perceberam que minha mãe tinha me entregue algo. Elas conversavam sobre o porquê deles quererem que esse casamento ocorresse tão depressa e cogitavam possíveis hipóteses.

Olhei para caixinha em minha mão e percebi do que se tratava, mas mesmo assim abri para confirmar. Eu estava certo! Dentro da caixa tinha duas alianças de noivado, as alianças do meu pai e da minha mãe.

Eu fechei a caixa de novo e suspirei. Dirigi-me até onde Thalia e Annabeth ainda discutiam. Encarei ambas as moças e esperei que me notassem.

-Eu não sei fazer isso!—Disse por fim chamando a atenção delas para a minha pessoa.

-Não consegue fazer o que, Percy?—Perguntou Thalia confusa.

-Eu vou tentar fazer isso da melhor maneira possível. –Dei uma pausa, ajoelhei-me e peguei as mãos de Annabeth, abri a caixinha e olhei nos seus olhos – Lady Annabeth Chase, me daria a honra de ser minha esposa?

Coloquei a aliança em seu dedo anelar.

-Mas é claro Vossa Alteza. A honra é minha!—Disse ela, colocou minha aliança em meu dedo enquanto nós riamos.

-Eu preciso ir atrás da sua mãe Percy tenho um baile real, e agora um casamento, para planejar… --Disse Thalia e se retirou ainda encarando a aliança de noivado que agora eu e Annabeth usávamos.

-Venha… Vou lhe mostrar todo o palácio. —Disse puxando Annabeth pela mão e a levando para conhecer seu novo lar.

-E aqui se localiza a área dos quartos!—Disse por fim. Era o último cômodo que faltava.

Já estava próxima a hora do Jantar, e uma das servas do palácio se dirigiu a Annabeth.

-Senhora, Vossa Majestade me designou para lhe servir. Também pediu que lhe levasse aos seus aposentos provisórios. —A serva fez uma reverência. Annabeth olhou para mim e em seus olhos havia súplica.

-Pode segui-la querida… --Disse para Annabeth envergonhado, mas ensinando a ela o que fazer. Ela era muito inteligente e por isso entendeu o que deveria fazer.

Ela me agradeceu e seguiu a serva.

Fui ao meu aposento e me preparei para o banquete. Me lembrei que hoje a noite iria haver um reunião com o Lorde Dare sobre os latifúndios do sul. E provavelmente traria a interesseira filha dele. Lady Rachel.

Após terminar de me preparar, estava com a roupa de gala. Pedi que uma das minhas servas fosse verificar se Annabeth estava pronta.

-Senhor… A senhora está esperando pelo senhor em seus aposentos. –Disse ela e depois de me informar me conduziu até lá.

Assim que chegamos a porta ela fez uma mesura e se retirou. Bati na porta.

-Pode entrar Percy! Eu sei que é você!—Ela disse e eu ri.

Ela estava mais linda, se é que é possível. Seu vestido era verde, da cor do mar, da cor dos meus olhos, e caiam perfeitamente em seu corpo perfeito. Tive que me concentrar em me lembrar em como tratar uma dama. Sua beleza estava me retirando a coerência. Balancei a cabeça com o intuito de clarear a mente e tive que usar toda a minha concentração para ser coerente.

-Então vamos sabidinha?—Perguntei estendendo o braço para ela que aceitou e juntos fomos para o salão de jantar.

-Vossa alteza está muito bonito!—Disse minha noiva para mim.

-Nem tanto quanto a senhorita! Estou tendo problemas de coerência por tamanha beleza a minha frente. –Disse gesticulando em sua direção. Pude vê-la corar.

Chegamos a porta do salão e eu fui anunciado primeiramente.

-Vossa Alteza Príncipe Perceus Jackson!—Entrei e sentei na cabeceira da mesa, no meu lado esquerdo se encontrava a rainha minha mãe, o meu lado direito jazia vazio. O lugar de Annabeth.

--Lady Thalia Grace!—Minha prima foi anunciada. Ela se sentou ao lado do lugar em que Annabeth se sentaria, o que chamou a atenção de todos, pois ela sempre se sentava ao meu lado.

-Lorde Nicolas Di Ângelo!—Meu outro primo foi anunciado e se sentou ao lado de Thalia. Agora só faltava Annabeth. O Lorde Dare se encontrava ao lado de minha mãe, e Rachel ao ado dele. Os outros 24 convidados se encontravam ao redor da extensa mesa de jantar.

-Lady Annabeth Chase!—Ela foi anunciada. Sua entrada foi como o de uma verdadeira rainha. Ela parecia procurar alguém pela mesa. Quando me viu sorriu e se dirigiu a cadeira ao meu lado. Um dos servos veio em nossa direção o dispensei com um gesto e me levantei para puxar a cadeira para ela. Ela se sentou e eu voltei ao meu lugar.

Autorizei o início do jantar e os servos trouxeram os pratos. Assim teve início o banquete.

-Então meu príncipe, quem é essa bela dama que o acompanha?—Perguntou o Lorde Dare.

Notei que Rachel olhou raivosa para Annabeth.

-Quero lhes apresentar a minha linda noiva, Lady Annabeth Chase!—Anunciei a todos os presentes.

-Vamos nos casar amanhã!—Anunciou Annabeth sorrindo vitoriosa para Rachel. Suprimi a vontade de rir.

-E vocês estão convidados!-Finalizou minha mãe.

Pude observar o sorriso cumplice de Thalia para Annabeth.

Ela se adaptou maravilhosamente bem. E parece que está satisfeita por casar-se comigo. Eu até que me agradei da ideia. Poderia arriscar dizer que tivemos um amor a primeira vista, pois me sinto apaixonado por aquela menina que tanto me encantou.

O jantar se passou com Rachel olhando de cara feia para Annabeth e ela sorrindo pra mim, comigo retribuindo; com Thalia conversando com Annabeth; com minha mãe opinando sobre o assunto das duas e comigo e Lorde Dare resolvendo assuntos sobre os latifúndios do sul.

 Depois do jantar fui para meus aposentos e deitei. Amanhã seria um dia cheio!

O dia do meu casamento.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?
Me digam se ficou bom...
O próximo capítulo é menor e está pronto, e assim que tiver reviews eu posto o último...
`uma short fic