Era de manhã quando Emma entra no quarto preto e bagunçando com algumas caixas de pizzas esparramadas e empilhadas uma sobre as outras, o som ligado no ultimo volume e uma ruiva com uma calça preta apertada e sua blusa gasta de manga está esparramada na cama com alguns copos de vodka usados dormindo como se não houvesse amanhã.

– Gina, Gina acorda. – Emma puxava o pé da menina com força, possivelmente estava louca para sair daquele quarto.

– Ah porra, me deixa. – Gina puxou o pé e virou para o outro lado, depois de algum tempo acordou sonolenta e com raiva. – caralho, quantas vezes tenho que falar para me deixar em paz?

– Desculpe, mas seu pai está te chamando, ele disse que quer conversar com você. – Emma não teve coragem de falar sobre o que o pai da menina queria falar com ela, apenas ficou a encarando.

– Ok ok, outro sermão, Emma, pega uma garrafa de vodka no armário pra mim. – ela disse pegando um copo e a empregada ficou no mesmo lugar. – ta legal certinha, eu vou lá e pego, agora da licença do meu quarto. – Emma saiu com a cabeça baixa, estava feliz por sair daquele quarto. Gina se levantou, empurrou algumas peças de roupa e algumas caixas de pizza para o lado e abriu seu armário lá pegou uma garrafa pela metade de vodka, encheu seu copo e bebeu, foi até o escritório de seu pai. Bateu na porta três vezes e como não houve resposta entrou.

– Bebendo, a está hora? – disse um senhor magro, porém alto, ruivo como ela.

– Não finja se importar com isso, anda, que que você quer falar. – disse a ruiva com raiva.

– Igual a mãe, prepotente, sem graça, bêbada. – a ultima palavra badalou no ouvido de Gina por alguns instantes, era a verdade, sua mãe era uma bêbada, alias, ela não podia falar que tinha mãe, tinha um mostro no lugar de mãe.

– Dá pra acabar com essa palhaçada logo? – disse a garota com mais raiva do que no começo.

– Ah, claro que sim, então, eu vou começar a filmar um filme – a garota murmurou algo como “novidade” mas o homem fingiu não ouvir. – e eles querem uma entrevista comigo, porém, eles querem você lá.

– Eu não vou. – ela ia se preparando quando o homem pegou em seu braço e o puxou com força fazendo ela ficar de frente para ele.

– Ou você vai, ou simplesmente você não compra mais nenhuma bebida. – A garota saiu batendo pé, precisava falar com alguém o mais de pressa possível, precisava de alguma coisa mais forte para beber. Tomou um banho e trocou de roupa, pronto agora estava com a cara melhor, pegou o celular e saiu, sem rumo e sem saber se ela voltava para aquela casa, odiava aquilo tudo, odiava o pai e a mãe. Odiava as mulheres que tinham idade para ser sua irmã e ficavam dando em cima de seu pai, odiava sua casa, odiava sua vida. Seus pensamentos foram interrompidos por alguns flash era comum, afinal, ela era filha de um astro de cinema, era comum, porém ela não gostava, olhou para trás e viu um fotografo, saiu correndo até ele, pegou sua câmera e a tacou no chão, começou pisar nela descontroladamente, e quando só era pedacinhos virou as costas e saiu.

– VOCÊ FICOU LOUCA?! – gritou o fotografo, ela deu dedo para ele, pouco importava para ela se aquilo parasse na capa de alguma revista, era comum ela ser metida em escândalos. Finalmente chegou em um bar. Entrou e se sentou em um banco próximo da onde se pega as bebidas, pediu uma batida e ficou esperando, enquanto isso um loiro de olhos cinzas-azulados entrou e se sentou ao lado dela, tirou do bolso algo branco e em forma de pó, colocou em fileiras e começou a cheirar, Gina olhava aquilo curiosa, eram 14:00 hrs, tinha andando tanto que nem percebeu o tempo passar, queria experimentar aquilo queria sentir a sensação que aquilo dava a pessoa.

– Quer usar? – perguntou o loiro levantando a cabeça, Gina assentiu e ele colocou 4 fileiras em sua frente,quando estava quase lá um moreno, alto com olhos verdes como uma jóia, a puxou pelo braço.

– Tá maluca é? – a voz dele não era grossa nem fina, era uma voz sedutora que saia como um sussurro.

– Ah, qual é Harry? Deixa a menina sentir essa sensação cara, larga de ser careta – Disse o loiro rindo.

– Cala a boca Draco, você já estragou vidas de mais com essa merda, mas a dessa menina não, vem vamos sair daqui. – puxou Gina pelo braço e ela não teve alternativa se não seguir ele.

– Quem, você pensa que é? – disse ela em meio um ataque de raiva esmurrando cada parte do corpo do moreno a sua frente que conseguia alcançar.

– Uau, que forma de agradecer, ah, e eu sou Harry, Harry Potter, e você? – disse o moreno segurando as mãos da ruiva.

– Então você não me conhece não é? Raro ver pessoas que não me conhecem. – disse ela se soltando das mãos grandes de Harry e passando a mão sobre seu punho.

– Garota, se eu soubesse quem você era, certamente eu estaria te chamando pelo nome não? – a ruiva corou e seu rosto ficou da mesma cor dos cabelos.

– Gina, Gina Weasley. – Ele abriu um sorriso, tinha visto esse sobrenome em algum lugar, porém não se lembrava agora aonde.

– Então Gina, está maluca? Sabia que aquilo era cocaína? – disse o moreno andando, Gina o acompanhou, estava começando a chover e pingos molhavam os dois.

– Eu sabia muito bem o que era aquilo, e se eu queria usar, porque não deixo? – O moreno ficou calado então ela continuou. – quem você pensa que é? Meu pai? Meu anjo da guarda? Se eu quiser usar cocaína eu uso beleza? Eu faço o que eu quiser.

– Então vai lá idiota, vai lá e estraga sua vida, agora, depois se um dia eu te ver em um estado deplorável, não fale comigo, eu tentei te ajudar, mais você é estúpida demais para entender isso não é? – Depois disso o moreno saiu deixando a garota ali, a chuva engrossou e ela não estava entendendo nada, só estava voltando ao real, Harry tinha razão.

– Ei, calma – disse ela apertando o braço dele e ele se virando. – me desculpa, eu sei que você só queria ajudar, mas eu sou estúpida demais pra entender não? – ela deu um pequeno sorriso com vergonha e os dois ficaram ali, conversando, eles tinham gostos iguais, pensamentos iguais, e Harry descobriu, ela era filha de um cara famoso, mais isso não importava para ele, para ele era apenas uma menina com a cabeça totalmente bagunçada.