Minha Namorada Por 1 Mês escrita por Kyllol


Capítulo 9
7º Dia - E eu sinto sua falta, amor...


Notas iniciais do capítulo

OPAAAAAAAAA ÓIA EU AQUI PRA VOCÊS.
Então gente, com essa de o nyah querer tirar a categoria de bandas, eu realmente não sei o que fazer. Na verdade, estou em dúvida.
Já me disseram pra postar no fórum do THBRASILOFICIAL e etc, eu já pensei em fazer um tumblr só pra terminar de postar, já pensei num projeto que eu estou fazendo com minha amiga pra colocar nossas fics... Enfim, pensei em MUITA COISA. Mas, pela urgência, acho que vou postar no tumblr mesmo (se vocês forem acompanhar, é claro).
Sem mais delongas, lá vai mais um capítulo ;)
AH, a música desse capítulo é Miss You Love, do Silverchair.



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Um campo aberto, cheio de flores e mato com algodão flutuante por cima, ou seja, lá o que seja aquilo. Dente-de-leão talvez fosse o nome, mas não queria pensar, não agora. Lá estava ela, simples, porém do jeito que eu achava que ela ficava linda. Mas havia algo diferente.

Ela sempre odiou vestido, então por que usava um naquela ocasião? Não que estivesse mal, pelo contrário, nunca esteve tão radiante e naturalmente bela. Ele era uma indefinição de bege, rosa ou cor de burro quando foge. Bill chamava isso de nude, mas pra mim aquilo era cor de sutiã bege broxante só que um pouco mais rosa. Tinha botões e gola pretos e era marcado na cintura. Mais uma vez podia afirmar que ela estava linda.

Seus cabelos também tinham um toque diferente, com alguns fios verdes e estavam soltos, do jeito que ela sempre deixava, balançando contra a brisa. Seus lábios estavam com um batom levemente vermelho, perfeitamente combinado com o tom da sua pele.

Ela sorria, andando pelas flores e dando uma risada tão gostosa que dava vontade de rir junto, e eu riria junto se não visse quem vinha correndo atrás dela.

– Vem Harry! – gritou ela.

Aquele maldito estava lá, perseguindo e fazendo-a rir numa brincadeira entre os dois. O vi agarrá-la pela cintura e puxá-la para si. O vi gritar “te peguei” e beijar a bochecha dela, deixando-a corada e com vergonha. O vi virá-la para si e aproximar seu rosto do dela enquanto ela envolvia seus braços no pescoço dele. O vi beijá-la com tanto amor que me dava vontade de vomitar.

Isabelle gostou daquilo, pois ao acabar, ela deu um suspiro tão doce e apaixonado que nunca tinha visto antes. Ela devia ter percebido minha presença, pois caminhou em minha direção com um sorriso que poderia julgar como sendo de deboche.

– Kaulitz – sussurrou – Já sei o que você quer, já sei por que me fez aquela proposta de ser sua namorada, já sei que estava me enganando... Mas saiba que não é o único que enganou aqui, Tommy.

Ela não estava em casa. Nem sei o porquê de ter ido tantas vezes a sua porta e dar de cara com a babá de seu irmão dizendo sempre a mesma coisa. “Desculpe Tom, ela saiu e eu não sei para onde ela foi. Volte mais tarde.”. Isabelle não era de ficar saindo por aí e demorando a voltar, alguma coisa tinha no meio.

Nem eu mesmo sei por que estava tão preocupado, talvez pelo fato de Rosengold estar interferindo nos meus planos mais do que deveria. Eu tinha que dar um fim nisso e o mais rápido possível, e qual é a melhor forma de fazer isso do que pela própria Isabelle? Minha doce e pequena Isabelle.

Ela era um pouco previsível, eu acreditava, e era verdade. Sempre ela ia pro mesmo lugar para pensar, chorar, até para comer chocolate escondido. Nosso cantinho no parque em que tanto ficávamos juntos. Cantinho de amor, ela chamava.

Andei até achegar ao parque, não muito longe da minha casa, e ela estava lá, como eu pensei. Bells, você é tão previsível, pequena. Ela estava passando seus dedos pelo concreto do cano gigante, creio eu onde nós escrevemos nossos nomes dentro de um coração. Mas ainda permanecia lá?

– Bells?


Bells POV


– Oi Tom – sorri fraco para ele – Por que está aqui?

– Estava te procurando, então deduzi que você estava aqui – ele sorri – Você está bem?

– É... Acho que sim...

Não, eu não estava bem. Hoje faziam 8 anos que meu avô tinha morrido, a pessoa mais especial que eu jamais terei novamente. Mas eu tentava ser forte, tinha que ser forte... Por ele. Tom acariciou meu rosto e colocou uma mecha do meu cabelo que caia sobre meu rosto atrás da minha orelha.

– Sinto falta desse lugar – ele suspirou e deslizou seus dedos sobre o “Bells + Tommy” que estava dentro de um coração, gravado naquele lugar antes tão especial – Do que fazíamos, de como ríamos, do quão ingênua e doce você era... Tão especial...

– Desde quando você fala tão doce assim, Kaulitz? – arqueei a sobrancelha. Ok, isso já estava estranho.

– Não sei... – ele olhou para mim. Seus olhos brilhavam e suas pupilas estavam dilatadas – Bells, me deixe cuidar de você? Sinto falta de fazer isso...

Ok, isso já estava muito estranho.

– Kaulitz, qual é a tua? Antes estava cheio de garotas de biquíni na sua casa depois da “grande festa”, agora vem todo amor pra cima de mim. Desembucha logo e me deixa em paz. – estava irritada e magoada. O que ele queria?

– Para com isso Bells... – ele se aproximou, colocando um braço em meus ombros.

Pegou meu queixo entre seus dedos e me fez olhá-lo. Eu não ia chorar, não ia! Estava frágil, mas não ia fazer isso na frente dele. Tom aproximou seu rosto do meu e roçou nossos lábios devagar.

– Seu avô... Eu sei, Bells... – ele murmurou.

“– Ah Bells, desculpa poxa, achei que ele sabia, Tom é seu namorado e mais do que ninguém deveria saber. E achei que ele sabia também por ficar te observando toda hora.”

A lembrança me veio a tona. Droga! Tom estava mesmo vasculhando minha vida, mas para qual sentido? O que ele quer? Desvencilhei-me dele e me levantei, andando em direção a saída do parque, direto pra casa. Ele segurou meu braço e me fez olhá-lo.

– Como você sabe tanto? – minha voz quase não saiu, parecia mais um sussurro.

– A Sherlock aqui não é só você, Bells. – ele soltou um espasmo de riso. – Falando nisso, você tem ficado muito com Harry, sinto sua falta.

– Kaulitz, por favor, para de ser estranho e querer bancar o príncipe. Me diz logo o que você quer.

– Vamos para casa, Isabelle.

Tom me puxou para perto de seu corpo e me levou para casa assim, sem nunca sair de perto de mim, sem nunca tirar seus braços de cima dos meus ombros. No caminho, ele parou num mercado e comprou algo que parecia vinho. Mas para que?

Chegando perto de casa, Tom me arrastou para a casa dele, sem ao menos me dar chance de ir para minha casa avisar que estava viva. Porém eu estava bastante distante e vulnerável, Tom poderia me enforcar que eu só perceberia quando todo o oxigênio do meu cérebro sumisse. Subimos para seu quarto e ele se jogou na cama, abrindo a garrafa de vinho.

– Uma semana. Um brinde para nós – ele levantou a garrafa e deu um enorme gole. Apenas fiquei observando. Isso não vai acabar bem, meu subconsciente me avisava. – Venha Bells, sente do meu lado, beba! Vamos ver um filme, como nos velhos tempos.

– Não. Velhos tempos, como você disse, agora estamos no presente e eu estou com a minha mente um pouco mais inteligente pra sabe que você não é confiável.

– Tudo bem então – ele riu – Sente-se então, vamos ver um filme de qualquer maneira... Vou pegar algumas bebidas pra nós – ele acariciou minha bochecha e sumiu pela porta de seu quarto.

Vai embora logo, ele vai fazer alguma coisa, meu subconsciente gritava, porém eu queria saber até onde isso ia dar, saber o que ele queria de mim. Tom voltou com três garrafas de bebidas.

– Ainda não se sentou, Bells? São quase duas horas de filme, você vai se cansar – ele se jogou em sua cama e abriu a garrafa. Cheirava fortemente a álcool. Ele deu um gole longo e me ofereceu a garrafa. Neguei e ele sorriu – Qual é Bells, vamos lá.

– Já disse que não quero, tá difícil perceber?

Ele apenas me olhou e balançou a cabeça em negação. Levantou-se para colocar o filme e logo se largou novamente em sua cama, batendo duas vezes sua mão contra o colchão olhando para mim. Ah não, ele não estava me chamando...

– Não começa cara, sério.

– Eu não mordo – ele desviou o olhar fingindo estar pensativo – ou talvez morda, mas vou pegar leve com você.

Meu sangue parece ter congelado e os arrepios percorriam minha coluna como uma corrente elétrica. Kaulitz estava muito engraçadinho, e eu não estava gostando nada daquilo. Me levantei da cadeira onde estava e me dirigi para a porta, e antes que pudesse perceber, Tom já estava me prensando contra ela.

– Não tem graça, Tom – ele apenas soltou um espasmo de riso e prendeu meus pulsos com uma mão. Sua cabeça pousou em meu ombro e eu não conseguia me mexer tanto por ele me segurar como por surpresa.

– Não tem mesmo... – ele se colou mais a mim e me prensou ainda mais na porta, meu ar já havia desaparecido havia muito tempo. Seu nariz roçou da extensão do meu ombro até meu pescoço. O que ele estava fazendo?

Sua mão que segurava meus pulsos os levou para acima da minha cabeça, e a outra mão acariciava minha cintura, passando por minhas costelas que mostravam seu contorno em minha pele. Sua mão subiu pelo meu corpo até chegar no meu rosto que estava voltado para baixo e provavelmente vermelho de tanta vergonha. Tom se aproximou da minha orelha e sussurrou de um modo que fez com que tudo em mim se arrepiasse.

– Minha – ele disse com certeza.

– O que você pensa que está fazendo? – ofeguei.

– Nada de mais. Ou melhor, nada que você não queira – Tom e suas frases clichês, muito engraçadinho.

– Ok Kaulitz, já perdeu a graça, pode me soltar.


“- Bells, como você está? – Tom estava no meu quarto. Eu estava doente, com uma febre de quase 40 graus e parecia que havia arame farpado na minha garganta. Eu estava horrível.

– Estou bem – respondi com a voz rouca, tossindo logo em seguida. Ele me olhava preocupado, parecia até que eu estava morrendo do jeito que ele olhava. – Tom, eu estou bem.

– Tudo bem... – ele suspirou – Tenho que ir pra aula, venho te ver mais tarde, ok?

– Tá bom.

Ele beijou minha testa por um temp, depois meus lábios, bem rapidamente e saiu pela porta do meu quarto. Tommy, meu Tommy.”

– Tommy... – ele riu sem humor.

“- Tom, você ainda está acordado? – chacoalhei Tom e ele caiu da cama onde estávamos. Comecei a rir descontroladamente enquanto ele resmungava.

– Agora eu estou né Bells – resmungou – O que foi?

– Nada, te queria acordado... Não consigo dormir.

Tom deitou de novo na cama e me aninhou em seu peito. Nós parecíamos àqueles casais de filmes que minha mãe ama ver. Ele beijou o topo da minha cabeça e acariciou meu cabelo.

– Dorme Bells, amanhã você tem aula.

– Boa noite... Marido – fechei os olhos e sorri. Tom deu risada e me apertou mais contra ele.

– Boa noite, princesa.”

– Tom, para! – consegui juntar forças e empurrá-lo para longe. Seu rosto estava perdido, atordoado. O que ele tinha? – Tom... – peguei seu rosto com minhas mãos e o fiz olhar para mim – Fala comigo.

– Olha o que você faz comigo... – ele suspirou – Não dá mais, não mesmo.

– Nunca “deu”, Tom. Só faço isso como um favor pra você. Agora, por favor, você me trouxe aqui pra ver um filme, não é? Então vamos ver logo isso e ficar de boa, pode ser?

Tom suspirou e se jogou em sua cama, e eu me arrisquei a sentar na borda dela. Tom deu play no filme e apoiou a cabeça em seu braço, se deitando um pouco de lado. Ele parecia uma criança.

No meio do filme, ele já estava sonolento deitado em minhas pernas, brincando com as tiras do capuz da minha blusa de frio em seus dedos. Ele estava me olhando, e eu evitava retribuir seu olhar, continuando a olhar para a tela da TV. Meu celular começou a vibrar indicando que eu tinha uma mensagem. Peguei-o do bolso e sorri ao ver o nome de Harry na tela. Tom pareceu ficar curioso e levantou-se do meu colo, olhando para a tela do meu celular para depois fazer uma cara feia.

– Rosengold, argh – ele resmungou.

Respondi a mensagem de Harry rapidamente, dando risada da mensagem que ele tinha me mandado. Tom se levantou e desligou a TV. O olhei confusa.

– Qual é? O filme estava legal.

Ele não me respondeu, se deitou novamente na cama e fechou os olhos, bufando logo em seguida. Quanta infantilidade, Kaulitz... Brinquei com um de seus dreads pra ver se ele abria os olhos, mas ele me ignorou.

– Parece uma garotinha com ciúmes – brinquei.

– Me deixa Isabelle – ele se virou de costas para mim. Peguei seu ombro e o virei em minha direção novamente.

– Para de graça – apertei sua bochecha. Por que eu estava fazendo isso mesmo? –Já está tarde, acho que vou pra casa.

– Vai mesmo, Rosengold deve estar te esperando no Skype pra cantar alguma música de viadinho pra você. – ele ironizou.

Como pode alguém ser tão frustrante? Revirei os olhos e me levantei, limpando as migalhas de pipoca que estavam em meu colo.

– Acho que a ressaca chegou mais cedo e deixou alguém de mau humor – dei risada – Te vejo depois.

– E o meu beijo? - Tom exclamou. Cruzei os braços e o olhei feio.

– Vai dormir Kaulitz.

Saí do quarto dando risada e fui para casa. Apesar do incidente mais cedo, foi um dia consideravelmente agradável. Subi para o meu quarto e tomei um banho rápido. Vesti meu pijama e me joguei na cama, encarando o teto e livrando minha mente de qualquer pensamento. Mas um som de uma guitarra me desviou da limpeza da minha mente.


Millionaire say

(O milionário diz que)

Got a big shot deal

(Conseguiu um grande negócio)

And thrown it all away

(E jogou tudo pro alto)

But I'm not too sure

(Mas eu não tenho certeza)

How I'm supposed to feel

(De como devo me sentir)

Or what I'm supposed to say

(Ou o que devo dizer)

But I'm not, not sure,

(Mas eu não tenho muita certeza)

Not too sure how it feels

(Não tenho muita certeza de qual é a sensação)

To handle every day

(De aguentar todo o dia)

And I miss you love

(E eu sinto sua falta, amor)

Kaulitz? Sabe ele que essa é uma das minhas músicas favoritas? Decido não interromper, apenas acompanho a melodia cantando baixo junto com ele.


Make room for the prey

(Crie espaço para a vítima)

'Cause I'm coming in

(Porque estou chegando)

With what I wanna say but

(Com o que quero dizer, mas)

It's gonna hurt

(Isso vai doer)

And I love the pain

(E eu amo a dor)

A breeding ground for hate but...

(Um solo fértil para o ódio, mas…)

I'm not, not sure

(Eu não tenho, não tenho certeza)

Not too sure how it feels

(Não tenho muita certeza de qual é a sensação)

To handle everyday

(De aguentar todo o dia)

Like the one that just passed

(Como aquele que acabou de passar)

In the crowds of all the people

(Nas multidões com tanta gente)


Por que ele tinha tanta dor na sua voz? Era pelo contexto da música mesmo, ou algo aconteceu? Continuei a cantar baixo junto com ele.


Remember today

(Lembre-se de hoje)

I've no respect for you

(Eu não tenho respeito por você)

And I miss you love

(E eu sinto sua falta, amor)

And I miss you love

(E eu sinto sua falta, amor)


I love the way you love

(Eu amo o modo como você ama)

But I hate the way

(Mas odeio o modo [que])

I'm supposed to love you back

(Eu deveria te amar de volta)


Me levantei da minha cama e me aproximei um pouco mais da porta da minha sacada. A melodia ficou mais forte e a voz de Tom também. Continuei a cantar.


It's just a fad

(É apenas um capricho)

Part of the, teen, teenage against brigade and

(Parte da brigada da angústia da adolescência, e)

I'm not, not sure,

(Eu não, eu não tenho certeza)

Not too sure how it feels

(Não tenho muita certeza de qual é a sensação)

To handle everyday

(De aguentar todo o dia)

Like the one that just passed

(Como aquele que acabou de passar)

In the crowds of all the people

(Nas multidões com tanta gente)

Remember today

(Lembre-se de hoje)

I've no respect for you

(Eu não tenho respeito por você)

And I miss you love

(E eu sinto sua falta, amor)

And I miss you love

(E eu sinto sua falta, amor)

Me encostei na porta , deslizando até me encostar no chão. Aquilo estava mexendo comigo, e isso não era nada bom.


Remember today

(Lembre-se de hoje)

I've no respect for you

(Eu não tenho respeito por você)

And I miss you love

(E eu sinto sua falta, amor)

And I miss you love

(E eu sinto sua falta, amor)


Encostei minha cabeça no vidro da porta e cantei os últimos versos com ele, só que um pouco mais alto. Talvez ele me ouvisse...


I love the way you love

(Eu amo o modo como você ama)

But I hate the way

(Mas odeio o modo [que])

I'm supposed to love you back

(Eu deveria te amar de volta)


– Eu te amo... – sussurrei para mim mesma.



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Notas finais do capítulo

Não deu tempo de betar, me desculpem se tiver algum erro e me avisem se for o caso, ok?
E, por favor, me digam se apoiam que eu continue postando no tumblr caso eu não consiga terminar a fic até dezembro.
See ya ;) (uma recomendação me deixaria muito feliz ok? só avisando e.e)