Minha Amada Potter escrita por B_M_P_C


Capítulo 12
Albus entende a situação...


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos lindos reviews meninas, vocês arrasam!
Boa leitura ;D



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            Lilly Luna Potter narrando:

            Devo ter demorado a me arrumar, porque assim que corro para o Salão Comunal, todo mundo da Grifinória está ali, e parecem que sabem que vai ter um espetáculo, talvez Rose tenha acordado todo mundo para aquilo, tem muita gente de pijama ainda, é estou certa, ela que me humilhar, e me dar um “corretivo” para que eu nunca mais a enfrente, eu simplesmente preciso ser corajosa e por em prática toda a minha habilidade em duelos.

             -Protego – grito novamente e consigo repelir o feitiço de uma cambada de gente, e quero continuar correndo, se eu for para campo aberto tenho mais vantagem, corro em direção para a entrada, porém alguém me agarra pelo braço e esse alguém é Albus.

            -Aonde você pensa que vai? – ele pede com um sorriso besta, eu solto um feitiço sem pronunciar uma palavra (havia treinado escondida ás férias inteiras, o ministério não dá bola para mim), que dá uma leve sensação de queimação no braço dele e ele me solta, levantando a manga da minha blusa.

            -Para longe de você, seu filho de uma puta – eu retruco, e vejo que ele olha para os meus pulsos e dá um passo para trás, piscando o olho para ver se está vendo certo.

            -Você é minha irmã – ele fala assustado, e eu reviro os olhos.

            -Não parece – e dizendo isso saio correndo dali, abaixando a cabeça e ouvindo a Rose gritar de ódio, dou um sorriso maroto e continuo correndo até bater em alguém, que na verdade é Riley. É óbvio que eu me desequilíbrio e caio no chão, e ele prontamente me ajuda a levantar.

            -O que aconteceu? – ele pede preocupado e eu o puxo para o Salão Principal, explicando os fatos desde o que ocorrera de noite, apenas omitindo o que Scorpius me disse. Sentei nos sofás, e o fiz sentar do meu lado, e virei, soltando um suspiro.

            -Bem, tem mais uma coisinha... – claro que Riley já está indignado com tudo isso, ainda mais com o que Albus é capaz, acho que James já falou com ele, porém é provável que ele não tenha acreditado.

            -O que mais?

            -Scorpius viu meus cortes e me levou para o dormitório, e... Ele também se corta – eu sussurro, e Riley morde o lábio, encolhendo os ombros e respirando fundo, o encaro, sei que meus olhos ficam meio sinistros quando os maquio daquele jeito forte.

            Riley Black Malfoy narrando:

            Lilly se impsorta com quem a fez sofrer, isso é algo inteiramente estranho. Ou talvez ela se importe com os que ela sabe que é bom. Claro que eu sei que Scorpius se corta. Eu não faço isso, porém eu fumo e me drogo, e em uma das vezes que eu estava superchapado tentei me matar. Por isso ver Lilly daquele jeito me deixa preocupado, ela tem a família perfeita, tem tudo para ter a vida perfeita e nós tornamos a vida dela um inferno.

             A minha vida e a do Scorp é um inferno com nossos tios, Astoria é maluca e obsecada pela imagem, e tio Draco é um cara meio bipolar, que vive traindo Astoria, e despreza o filho e a mim. Nossa casa sempre vive em brigas e nós dois sempre nos apoiamos em tudo, a minha família é Scorpius e vice-versa. Eu sei que ele tem medo de Rose, porque tem medo que a paz que eu e ele achamos que temos em Hogwarts possa nos ser tirada.

            Não tiro a razão dele, mas estamos matando uma menina, fazendo aquilo que prometemos não fazer, prometemos que seríamos diferentes de nossos tios, prometemos que não iríamos fazer ninguém sofrer a ponto de querer morrer ou fugir. Quebraríamos algum coração, claro que sim, porém não quebraríamos vidas.

            A única coisa de diferente entre eu e Scorpius, é que ele acreditava no amor, até achar a Rose, depois que descobriu ela o traindo e ela o ameaçando, ele parou de acreditar nele, ou talvez apenas parou de procurar por ele, eu nunca acreditei e talvez nunca vá acreditar. Meus pais não me amaram, apenas me abandonaram, meus tios não me amaram, nunca conheci o amor, apenas o companheirismo que eu tinha com Scorpius, talvez esse seja a coisa que se aproxime de amor que eu confie.

            -Eu sei – respondo para Lilly, e só pela maquiagem dela e as roupas desleixadas sei que isso a preocupa, e sei que ela se cortou. Ela me olha perplexa e sem pedir olha meus pulsos pela primeira vez na vida, e leio em seus olhos que ela está se achando burra por não ter visto isso antes.

            -Você tentou se matar – ela apenas afirma, vendo a única cicatriz fina que tinha nos meus dois pulsos, que eu sarei um pouco com magia, porém não tive coragem de removê-las, eu queria lembrar-me de quando as coisas parecessem ruins talvez tivesse uma saída, mas descobri as drogas e bebidas.

            -Você se droga, né? – eu arregalo os olhos, ainda me surpreendo em como ela pode saber tanto de mim quando apenas penso as coisas.

            -Como você sabe?

            -Fiquei com um garoto que tentou se matar uma vez – ela suspirou – Em um daqueles barzinhos bruxos que adolescentes vão durante as férias, ele não se cortou mais, mas se afundou em drogas.

            -Você não ia querer morar na nossa casa – eu sussurro, apesar de eu sentir um impulso de virar meus pulsos, o toque quente dela, e o carinho com que acaricia as marcas do pior dia da minha vida me faz permanecer quase imóvel.

            -Você não ia querer ter a minha vida – ela retruca, e eu fecho meus olhos, em muitos anos, sinto meus olhos ficarem úmidos. Ela tem razão, e o pior de tudo que eu era um dos responsáveis por aquilo, e a culpa que eu sinto nunca vai sair de mim.

            -Ruvinha – ouço a voz de Albus gritar e abro meus olhos, vendo um Potter tentando recuperar o fôlego e olhando com os olhos cheios de lágrimas para a irmã. Scorpius está logo atrás de Al, e vê Lilly acariciando meus pulsos, ela não para com isso, mesmo tendo virada assustada para encarar o irmão. Scorpius entende que Lilly foi querer entender porque ele se cortava.

            Lilly Luna Potter narrando:

            -Ruivinha – parece a voz de Al gritando, fazia séculos que ele não me chamava assim, penso que é alguma alucinação, porém viro meu rosto para ele, e vejo o garoto idêntico ao que seria o meu pai, do meu lado, respirando fundo e tentando recuperar o fôlego. Scorpius vem logo atrás dele, porém após olhar por um segundo para o loiro, encaro o moreno que tem o mesmo sangue do que eu.

            -O que você quer, Potter? – falo com desprezo, porém Al não retruca e não diz nada, apenas me dá um abraço de urso, um abraço que eu sonho em receber desde que voltei para Hogwarts, um abraço que lembra que ele é só Al... Meu irmão. Um abraço que diz que tudo pode ficar bem. Meus olhos enchem de lágrimas, e elas escorrem dos meus olhos, sinto meu corpo tremer.

            -Lils – ele me aninha em seus braços como se eu fosse um bebê e acaricia meu cabelo – Ah minha pequena – ele sussurra, e sinto as lágrimas de Al em meu rosto, o corpo dele também treme – Eu te amo minha irmãzinha – ele sussurra e segura meus pulsos, chorando ainda mais ao ver os cortes, como se sentisse a minha dor – O que foi que fizemos com você, hein? – ele sussurra, fazendo com que aqueles belos olhos verdes banhados por lágrimas me encontrassem.

            -Diga você – eu respondo chorando, e mordo o lábio, ele limpa minhas lágrimas com as costas da mão e tira meu cabelo do olho.

            -Estamos te matando...

            -Não está feliz? Deveria estar, você e a Rose amam fazer isso... – eu retruco para ele, que me abraça forte de novo – Amam me fazer sofrer – eu sussurro, e sinto o corpo do meu irmão tremer.

            -Eu não achei que causasse isso, minha pequena. E o Jay tava falando a verdade ontem... – eu não respondo apenas aproveito o abraço do meu irmão.

            -O que você acha? – eu sussurro – Eu não seria uma vadia nem que eu quisesse ser, você sabe o que eu sempre pensei sobre isso – Al assente, mesmo sem que eu possa ver – Como acreditou na Rose? O que ela disse para você?

            -Eu não sei Lilly, ela só me fez odiar você – sua voz soa extremamente culpada – Eu nunca achei que isso te afetasse tanto.

            -Não é só isso – eu respondo para ele – Conte as minhas refeições, conte ás vezes que eu vou pro banheiro vomitar, conte todas as vezes que alguém se importou comigo, sendo papai ou mamãe, ou vocês – eu já não estou mais chorando, minha voz soa fria, não posso arriscar que Rose chegue e me veja chorando – Conte quantas vezes vocês acharam que Rose era melhor do que eu.

            Albus Severus Potter narrando:

            As verdades que Lilly citava caiam em mim como um banho de água fria. Depois de ver seus cortes eu tive certeza que o que James me contara era verdade, que estávamos matando nossa pequena, nossa princesinha, porque uma vadia nos cegou. E Rose realmente me cegou, ela me fez acreditar que minha irmã merecia morrer, mas tudo mudou ao ver aqueles cortes e cicatrizes.

            Lilly estava certa, durante as jantas mamãe só vangloriava Rose, papai elogiava as notas altas de Rose (todas conseguidas de meio ilícitos), e pareciam querer falar para Lilly “Seja que nem sua prima, porque você nos envergonha”. Lilly sempre teve notas melhores do que a Rose, sempre foi melhor em tudo do que a Rose, porém minha prima cegou toda a família e fez que todos odiassem Lilly. Mas aquilo tinha que mudar.

            -Lilly – eu sussurro – Eu, James, mamãe e papai te amamos – os últimos dois eu falo vacilando, eles amam a Lilly, mas amam ainda mais a Rose – E papai vai se orgulhar quando souber que você está no time.

            -Não quero que ele saiba, nem a mamãe – ela sussurra para mim de uma maneira tão baixinha que eu fico em dúvida se escutei o que ela disse.

            -Por que não? – eu pergunto ficando em dúvida, ela não queria que eles se orgulhassem?

            -Eles me proibiriam de jogar, Rose os faria fazer com que eu parasse – soa insano para alguém que não sabe do que Rose é capaz, porém Lilly está certa – E você não tem noção de como eu amo quadribol – a voz da minha irmã soa tão apaixonada, tão incrível, tão calorosa quando fala a palavra quadribol, que sinto a culpa gritar em meu subconsciente por ter duvidado dela, e sei que não foi sorte ela ter desviado todos os balaços, ainda mais os que estavam enfeitiçados para atingi-la.

             -Eles não fariam... – deixo a frase morrer, e eu e Lilly nos encaramos, sim eles fariam. Rose já devia estar mandando cartas para acabar com a reputação da Lilly, eu e ela já não estamos mais abraçados.

            -Você sabe que fariam, eles a amam e me desprezam – Lilly abaixa o olhar e sei que já se conformou com isso – Eu só queria saber o que fiz para que ela me odiasse... Ou talvez não – Lilly fica pálida e vejo Riley a puxando para si e a abraçando. Uma pontada de ciúmes me corrói, ainda sou irmão dela, porém não digo nada, não tenho direito de ter ciúmes depois de tudo o que eu fiz – E você não tem a obrigação de vir falar comigo Al – ela fala – Nem você Scorpius.

            -Por que não? – eu pergunto junto com Scorpius.

            -Vocês estão do lado da Rose, não quero que ela torne tudo pior, quero enfrentá-la, porém tirar o namorado de perto dela e o primo queridinho que deve tê-la na cama dia sim ou dia não – eu coro com aquilo, porque é verdade, e Scorpius sabe disso, sempre dividimos a Rose.

            -Eu tô cansado de ser corno – Scorpius disse sentando em um dos sofás – Vou terminar com a vadia.

            -Isso vai fazer da sua vida um inferno – Lilly retruca – Não quero ser culpada disso.

            -Minha vida já é um inferno, e a culpa não iria ser sua, uma hora ou outra isso ia acontecer – Scorpius responde para minha irmã que se encolhe preocupada nos braços de Riley.

            -Eu sou seu irmão mais velho, não dela – retruco para Lilly, que dá um sorrisinho, mas se encolhe nos braços de Riley que a acolhe, e a olha com olhos preocupados e de carinho, e creio que o Black não sabe, mas está aprendendo a amar alguém, eu resmungo mentalmente, tinha que ser justo a minha irmã?

            Lilly Luna Potter narrando:

            Encolho-me, não quero que a vida de ninguém vire de ponta cabeça por minha causa, mas sei que Rose vai dar um jeito de acabar com aquilo e eles vão ir como cachorrinhos para o lado dela, para voltar a me bater e me torturar, porém tenho que aproveitar aqueles momentos que tenho com meu irmão e o primo do Riley.

            Eles não pedem mais nada sobre meus cortes ou da minha bulimia, conversamos coisas fúteis, e conto como foi fantástica a vez que uma bandinha me convidou para substituir a vocalista deles e o pessoal do show simplesmente amou, apesar de ter sido em um barzinho bruxo, só para adolescentes meio excluídos e ricos.

            Meu irmão me encarou surpreso, Scorpiu sorriu e Riley pediu o nome da banda, ele conhecia o baterista eu acho, algo assim. Não falava com eles por carta, o relacionamento com o pessoal de barzinhos de férias era só em bares de férias. Claro que eu só ia uma vez por semana, talvez um pouco mais, porém eu só ia para fugir das risadas de Rose, das brincadeiras perigosas dos meus irmãos e do desprezo dos meus pais.

            É quando Rose chega com a sua trupe e vem tirar satisfações com Scorpius e Al, eu me encolho em Riley que ainda está me abraçando, e eu me sinto tão protegida ali, tão bem... Porém com Rose por perto meus medos voltam, mesmo eu tendo coragem para enfrentá-la, temo por Albus, e de certa forma por Scorpius.

            -O que estão fazendo com essa vadia? – Rose pergunta com uma voz nojenta, Riley me abraça com segurança.

            -A única vadia aqui é você Rose, aliás, vai dar pra alguém e saí da minha vida – Scorpius responde jogando a aliança de namoro para cima e fazendo com que ela explodisse, claro que nesse momento um monte de gente já está sentado nas mesas e tendo uma visão linda do casal mais popular da escola rompendo o namoro.

            -Que... Que... – os olhos claros de Rose ficam arregalados e sua expressão é de surpresa.

            -Eu estou aqui com a minha irmã e vou ficar com ela o tempo que eu quiser, e você não é ninguém além de uma prima vadia, beleza? – Al fala com a voz bem alta para todos entenderem que eu não era o que Rose pintava e bordava, como se todos não soubessem disso. Rose fitou-me, fuzilando com o olhar.

            -Isso não vai ficar assim – ela respondeu furiosa e saiu marchando para a mesa da grifinória e começa a escrever algo, eu simplesmente dou de ombros, e sinto meu rosto ficar vermelho quando todos os olhares de Hogwarts se dirigiam para mim, alguns de pena, alguns de ódio e outros de curiosidade.


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço reviews e recomendações?
Quatro reviews para o próximo minhas limdas, com m de minhas!
beijinhos ;3