POV Bella:

Lá estava eu parada no meio da linda cozinha da casa o Ed’ sendo observada pelo meu sogro. É estranho pensar assim em relação ao Gordon ele me parece tão mais... Pai.

Poisé, nessa hora parecia que o tempo tinha congelado, eu via tudo muito devagar, estava tudo em câmera lenta pra mim. Minha mente havia se ampliado. Se eu sei oque era aquilo? Sim, eu sei. Adrenalina. Vi o sorriso do pai do Ed’ aumentar, ele veio em nossa direção. Ele falou tudo muito devagar. Ou talvez fosse só eu.

- Meu filho, minha querida, parabéns. Eu estou tão feliz. Finalmente não é mesmo. Eu esperava isso há muito tempo. – o Tio Gordon parou, e o Ed’ o repreendeu.

- Filho, isso é só a verdade. – tudo de repente passou de câmera lenta a velocidade máxima. Eu desesperei. Por dentro.

Eu transmitia meu desespero pelo olhar, eu alternava o olhar entre o Ed’ e o Tio Gordon o tempo todo. Eles não pararam de falar. Na verdade eu acho que aquilo era uma discussão.

Quando voltei a mim sem desespero nem nada, – só a tremedeira por causa da adrenalina que aos poucos se espalhava pelo meu corpo – tentei me situar na discussão.

- Pai eu não queria que você aparece-se

- Filho eu só queria te dar oi, não é culpa minha se você estava com a sua namorada, assim.

- A Bella não é só a minha namorada. – Edward falou sério.

- Ah, então ela é sua noiva por um acaso? – Tio Gordon falou sarcástico.

- Gente... – Eu gritei pra eles pararem. – Parem de falar como se eu não estivesse aqui. E porque vocês estão brigando? –continuei aos gritos.

O Tio Gordon e o Ed’ me olharam incrédulos e então ficaram pensativos.

- Não sei. – Ed’ falou finalmente.

- Pesam desculpas um ao outro pela discussão desnecessária. – Os mandei fazer isso mais eu não olhei fixamente no rosto de ninguém eu só fiquei mudando o olhar de um rosto para o outro.

- Eu... Eu... M-me desculpa filho? – ele ia tentar achar uma explicação mais acabou desistindo.

- Sim. E... Desculpe-me pai, por eu ter sido infantil, prepotente e mal educado com o senhor? Devo-lhe sinceras desculpas por meu comportamento inconsequente, não devo me dirigir a ninguém de tal maneira. Prometo-lhe portar-me melhor de agora em diante – Fiquei boquiaberta com as palavras e sinceridade do Ed’. Ele é sempre tão inteligente. Olhei para seu pai e ele estava na mesma situação que eu.

Edward deu uma leve risada ao ver nossa reação. Ele fechou a boca de seu pai e veio em minha direção, como sempre eu corei. Edward tirou uma mecha de meu rosto e a depositou atrás de minha orelha, ele se aproximou da mesma e falou quase inaudível:

- Cuidado pra não deixar as moscas entrarem, você talvez às engula. – suas palavras não foram lá românticas mais deu pra me fazer arrepiar, si bem que acho que não foram às palavras e sim a nossa proximidade, e a presença de seu pai. Olhei em direção de onde o Gordon estava mais não vi ninguém ali. Edward parecia saber disso. Ele passou a mão em minha cintura. Eu tremia até agora.

- O que aconteceu? Você está tremendo! – Edward falou ainda baixo. E continuei com a boca aberta, o que pra minha sorte Edward não via – até porque estávamos abraçados, ou melhor, ele estava me abraçando.

- E-Eu... E-E... – gaguejei feio.

- Calma, respira. – eu simplesmente não consegui respirar fundo. Ed’ me olhou e eu ainda estava com a boca meio aberta. Ele riu baixo e passou o dedo em meus lábios. – Acho que isso tudo não foi só pelo que eu falei, foi pelo meu pai ter nos visto não é mesmo? – A única coisa que eu consegui fazer foi mexer minha cabeça positivamente, o que avalio como milímetros de comprimento. – Bella, não precisa ficar assim meu amor! Não se preocupe. Meu pai jamais pensaria algo ruim de você. – eu balancei, também por milímetros, minha cabeça negativamente. – Não é por isso não é mesmo? – balancei minha cabeça positivamente. – Nem você sabe o que é?

- Nem eu – sussurrei.

- Você conseguiu falar algo. – ele falou sorrindo como se tivesse ganhado uma guerra.

Mais logo não consegui falar nada. Me perdi eu seus olhos que agora estavam  verdes. Sim, os olhos lindos do Ed’ mudam de cor, eu sou apaixonada por isso. A cozinha já não estava tão iluminada quanto antes. Como as cortinas de Leste e Oeste estavam abertas, podíamos ver em nossas peles a luz do Sol e da Lua. O Sol que já estava quase desaparecendo no horizonte iluminava Edward resultando em uma cor dourada indescritivelmente linda em sua pele. E Ed’ tinha um reflexo perfeito da Lua, que deixava sua pele branca ainda mais branca o fazendo parecer gelo. Os brilhos Gloss das paredes cintilavam e formavam pontos de luz em seu rosto. Se eu não soubesse desse reflexo juraria que havia pequenos diamantes em sua pele. Vi seus lábios se moverem mais isso só fez eu me perder mais. Agora em seus lábios que mostravam claramente a junção dos dois extremos que são a Lua e o Sol. Seus lábios pouco carnudos e rosados – mesmo com a claridade – eram de fato perfeitos.

Sai de meu transe quando vi a mão de Edward se mover rapidamente a centímetros de minha face.

- Bella – ele falou com o tom de voz já alterado. Eu olhei seus olhos novamente. Eles estavam assustados, e eles estavam assim por minha falta de reação. Se Edward se sentia assim comigo não respondendo a suas perguntas oque ele faria se eu desmaiasse agora? E se eu ficasse assim por horas? Como será que Edward se sentiria? Eu espero que ele não fique tão alterado caso eu não consiga falar por...

Meus pensamentos foram totalmente interrompidos no momento em que Edward me beijou. Seus olhos estavam abertos e cobertos por lágrimas ainda não autorizadas a sair. Mesmo assim ele estava lindo. Eu senti um frio na barriga e um choque na espinha. Achei estranho meu terceiro beijo me deixar mais nervosa do que os outros. Eu tinha medo de errar, de fracassar. Mais não cessei. Nossos lábios estavam grudados um no outro. Não seguimos adiante. Ficamos ali por pouco tempo. Logo que eu tive reação ele me soltou.

- Bella você está bem? – a voz de Edward estava normal, ao contrário de sua expressão. Edward me deu um abraço apertado.

- Sim eu estou bem Edward.

- Não me assusta assim de novo não. – Edward apertou ainda mais o abraço e pude sentir suas lágrimas em meu ombro. Retribui o abraço, agora sim eu percebi que ele estava mais abalado do que eu imaginava inicialmente. Diante daquilo achei que a melhor coisa que eu poderia o oferecer era meu silêncio.

Edward acalmou mais rápido do que eu imaginei que iria ser. Novamente ficamos abraçados por muito tempo.

(...)

Estávamos conversando, eram cerca de 8:00h da noite.

Eu estava na bancada oposta a que Edward estava encostado.

- Oque foi que aconteceu com agente hoje? – não pude conter o riso baixo que soou em minha garganta ao me lembrar. – Tá rindo de que?

- É que foi idiotice minha. Eu estava pensando enquanto estávamos sentados ao lado da minha cama. Revi cada frase nossa, e, só queríamos mostrar um ao outro que nos amamos e que queremos o bem um do outro. Mais eu estava tão alterada por causa de ontem anoite que eu queria um tempo sozinha, então eu precisava de uma desculpa, e a desculpa que achei para me afastar foi aquela. E o resto da história você já sabe. – Edward estava com o cenho franzido e o olhar sério. – Edward?! – chamei-o

-Hm. – Foi tudo oque ele respondeu.

- Desculpa?!

- Oque? – falou surpreso arregalando os olhos.

- Eu errei Edward, me desculpa?

- Mais é claro que eu te desculpo meu amor. – Ed’ veio em minha direção e me levantou em um abraço e quando me colocou no chão, ao invés de afundar o rosto em meus cabelos – como era de costume quando não namorávamos – ele depositou um beijo em meu pescoço. Ele deixou meus cabelos caírem em meu ombro novamente, e só ai afundou o rosto em meus cabelos.

Edward adorava o cheiro do meu cabelo ele dizia que estava sempre com cheirinho de morango. Obviamente por causa de meu shampoo.

- Eu te amo! – sussurrei em seu ouvido.

- Eu sei. – eu comecei a rir e dei um tapinha leve em seu ombro.

- Eu também te amo! – Disse ele com o som abafado por causa do meu cabelo.

(...)

Agora estávamos em seu quarto. Eu estava sentada em sua cadeira giratória, que ficava logo a frente da mesa aonde se localizava um computador – Aquele computador devia estar criando poeira por estar parado há tanto tempo – Ed’ estava sentado na cama. Estávamos nos olhando a um tempo que eu não sei determinar qual é. Quando voltei pra mim me lembrei que tenho casa, e que tenho que voltar pra ela.

Olhei as horas pelo celular e já eram 9:40. Acho que estávamos nos olhando em completo silêncio há mais ou menos uma hora. “'Acho' que isso é muito tempo” – pensei sarcástica.

- Ed’ já tá tarde tenho que voltar pra casa. – Falei me levantando e indo em sua direção. – Você vai lá pra casa hoje anoite de novo né? – Falei colocando meu celular no criado-mudo.

Eduard corou mais do que o normal.

- Você fica tão fofinho corado, - Dei um sorrisinho e falei como se ele fosse criança (oque o fez corar ainda mais) – Desculpa, - falei meio sem graça – Que foi?

- É que vai ficar meio estranho eu ir já que... Somos namorados, não é mesmo? – ele corou mais ainda. Acho que se ele corar mais vai virar um pimentão pra lá de maduro.

- Affs Ed’, ninguém vai ficar sabendo mesmo, e além do mais não vamos fazer nada de errado. – ele concordou.

- Bom... Agora eu tenho que ir. – Mandei um beijo com a mão e fui em direção a minha bolsa.

Quando me virei pra trás Ed’ estava parado logo atrás de mim. Levei um susto. Ele por sua vez riu de mim.

- Linda.

- Bobo. – falei sorrindo.

- Encantadora!

- Idiota. – Falei dando um tapinha nele. Ainda sem tirar o sorriso.

- Perfeita. – Continuou.

- Já chega. – Falei agora séria.

- Parei. – Falou ele tirando o sorriso perfeito do rosto.

- Agora eu realmente tenho que ir. – Dei um selinho nele e fui em direção à porta.

Ed’ me parou com a mão em meu ombro e abriu a porta pra mim. Sorri.

- Eu vou te acompanhar. E Bella...

- Que foi?

- Temos que contar pra sua mãe.

- Ai, é verdade. Eu já tinha me esquecido. Merda.

- Calma Bella. Vai ser mais fácil do que você pensa.

- Tomara. – mordi o lábio.

Edward fez um sinal indicando que eu fosse à frente. E eu por minha vez o fiz.

Quando estávamos lá encima nos despedimos do pai do Ed’ e fomos para minha casa. Estávamos na porta da minha casa. Eu estava com a chave e era agora que eu teria que enfrentar a fera.

Não quero nem ver a reação da minha mãe quando souber. De um jeito ou de outro ela vai me humilhar perante o Edward, ou ela vai ficar super brava e talvez até meio que me proíba de vê-lo; Ou ela vai ficar mais feliz do que criança em Halloween. E eu particularmente não prefiro nenhuma opção.

Edward percebeu meu nervosismo.

- Qualé Bella, não é nenhum bicho de sete cabeças.

- Você não pensou assim quando o seu pai chegou lá na cozinha.

- Ui, ela tá bravinha. – Comecei a rir.

- Para.

- Tá. Mais, e então, vamos?

- O.K. – Destranquei a porta e abri a maçaneta. – Oi mãe. – gritei. Ela estava sentada no sofá assistindo televisão.

- Oi querida, como foi na... – ela parou de falar quando viu Edward logo atrás de mim – Edward?