Love Me Until The Death escrita por Madame Bovary


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oieee...
Sei que demorei. Mas estive meio que passando por uns problemas. Eu estou meio que sofrendo calada tentando resolve-los.
Muito obrigada a cada comentario do capitulo passado, eu pretendo não desistir dessa fanfic, eu tenho planos demais para ela, então gostaria de pedir que não deixem de comentar, isso destrói ótimos autores (não que esteja me incluindo) e também verdadeiras historias.
Enfim, leiam aí. ;D



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- Se vou descobrir logo, por que não me conta logo? – Nelly questionou. Apenas uma pequena parte do que ela queria saber, fora respondida, quando na terra ela poderia adivinhar se quer que Loretta era uma bruxa? Na verdade quando Loretta se envolveu com Gabriel, ela não podia nem imaginar que ela teria algo a ver com Alicia. Agora, pareceu uma idiotice infantil brigar com Loretta naquele tempo.

- Tenha paciência gafanhoto – Loretta disse calmamente observando mais uma vez os papéis amarelados.

- Você conseguiu traduzir os papéis? – disse Ryan meio desconfortável.

- Claro que sim, eu ensinei a Alicia essa língua, jamais traduziria com um aplicativo qual quer de computador – disse olhando ele como se fosse obvio – seu pai me falou que você não era exatamente humano, isso me deixou um tanto nervosa, eu deveria saber o que você é, mas creio que nem você próprio sabe o que é.

- E você acredita no que um vampiro miserável preso e prestes a morrer, diz? – o mexicano perguntou com uma sobrancelha erguida.

- Não, na verdade não acredito no que vampiros dizem e ponto final – a ruiva falou dando de ombros.

Loretta levantou a mão e assoviou, chamando a atenção de uma das garçonetes, a mulher veio deslizando seus patins barulhentos, ela tinha seus cabelos tingidos de vermelho, suas pálpebras estavam pintadas de um verde grotesco, que lembrava vomito, seu batom era de um vermelho chamativo, ela observava Loretta com inveja.

- Eu vou querer uma panqueca caramelada – Loretta disse e depois direcionou um olhar para o resto do grupo – e vocês?

- Eu vou querer a bebida mais forte que você te ver – Ryan disse.

- Eu não estou com fome – Nelly disse indiferente.

- Boa tentativa – a ruiva disse fazendo uma careta – ele vai querer bife com fritas, e ela uma porção de almondegas... Ah... E manda mais uns três refrigerantes – a garçonete acenou e saiu deslizando novamente, Loretta passou os olhos pelas folhas novamente – ok, a primeira coisa que vocês tem que saber é: que isso são páginas soltas de um diário, então a pergunta é: onde vocês conseguiram isso?

- Roubei da casa do Lockwood – Ryan murmurou, talvez um tanto envergonhado.

- Da casa dos Lockwood? – a ruiva questionou incrédula, ele assentiu em resposta – a meu Deus! Era isso que Katherine e Michel queriam!

- Mas pensei que você já soubesse disso, foi o que você usou para me convencer a dar elas a você.

- Eu estava blefando – revirou os olhos - quer dizer que ele quer o mesmo que todos nós queremos – disse torcendo a boca.

- Traduza os papeis e depois veremos o que vamos fazer – Nelly disse impaciente.

- Ok, ok – a ruiva levantou as mãos como em sinal de rendição.

“Dia 4 de abril 1864, às exata 11 da noite.

Poderia dizer tanto sobre o que estou passando agora, mas nada do que eu diria poderia traduzir meu real sentimento. Costumávamos a dizer na minha terra natal, que Abril era a época de algo novo, tinham razão de acreditar nisso.

Estou em uma luxuosa carruagem, que há uns tempos atrás nunca pensei que usaria. Rumo a uma pequena comunidade que não tinha ideia da existência até a noite de ontem.

Eu e minha estimada amiga e bruxa, Loretta, estamos no começo de algo, estamos tentando esquecer o passado e renovar o futuro, por isso me comprometi a não me martirizar mais pelo passado. Prometi a ela, espero que ela não seja tão rígida quanto a isso.

Faz muito tempo desde o ocorrido... O ocorrido do qual permitiu que meu coração bombeasse novamente, mas que também me levou a participar igualmente como Katherine no sacrifício.

Talvez eu seja a única humana a visitar, como eu gosto de chamar, o outro lado.

Enfim, a madrugada esta chegando aos pouco. O melhor é me permitir descansar, mesmo que esteja animada e em êxtase.

Loretta observou a dupla a sua frente, esperando alguma reação, mas Nelly limitou-se a acenar para que ela continuasse. A bruxa escorregou o papel que acabará de ler, para um canto da mesa. Apanhou um dos dois papeis que sobrara, e começou a ler.

Dia 16 de junho 1864, às 6 e meia da manhã.

Faz alguns dias que completamos dois meses em uma comunidade perto de uma cidade chamada Mystic Falls. Nunca ousamos chegar perto da cidade, por razões obvias.

Eu e Loretta discutimos ontem, ela quer me esconder de um vampiro, na verdade ela quer me proteger de algo que não posso evitar. Eu não quero mais fugir, eu não posso fugir de algo que sou, eu apenas gostaria que ela entendesse esse ponto.

Creio que com ela, ou sem ela. Irei para Mystic Falls, não posso mais fugir. Gostaria de poder dizer que estou destemida quanto a minha decisão. Mas estou com tanto medo, quanto qual quer um estaria no meu lugar. Tenho medo de Katherine, mesmo que nós estejamos no mesmo status agora, e mesmo que eu esteja em vantagem quanto a esse status.

Tenho medo do vampiro que me persegui e me procura noite, após noite. Ou imagino que me procura, não sabemos se ele ainda tem ideia da minha existência, mas prefiro me manter precavida.

A ruiva tomou em mãos outro papel, ela lia como se estivesse revivendo aquele tempo.

 “Dia 9 de setembro 1864, às 9 da noite.

O vampiro original, Klaus, esta a minha procura, ou a de Katherine, de qual quer forma. Apenas temos ideia de que ele esta próximo. Ando tendo visões surreais que não entendo, todas relacionadas á Loretta. Temo que esteja ficando louca, mas elas são tão reais... Que não creio que minha mente tenha uma capacidade tão forte.

Tenho que manter esse diário fora do alcance de todos. Até mesmo da minha amiga. Há coisas das quais nem ela própria tem conhecimento. Prefiro que ela se mantenha ignorante quanto a alguns fatos, sou um tanto temorosa a isso, se descobrir certamente, ela se culpará por algo que não valha a pena.

 Eu não posso suportar, o que Katherine esta fazendo com os Salvatore. Sr. Salvatore não faz ideia do que pôs em sua casa. Eu confesso que criei afeição pela família Salvatore, em especial, por Damon e Stefan.

Stefan é amável, um amigo confiável, mas Katherine é uma víbora, está o transformando em um fantoche, em uma peça de seu jogo, usando sua maldita compulsão.

 No entanto, Damon...”

Loretta encarou a folha em suas mãos, virou o verso. Mas esse era o termino.

- É isso? – Ryan perguntou confuso.

- Parece que sim – Loretta murmurou – o que ela estava escondendo de mim? Sacrifício? Ela nunca me falou sobre sua participação no sacrifício... Isso é impossível.

- O que ela quis dizer com “O outro lado”? – a Renard disse parecendo perturbada.

- Isso é algo que prefiro esclarecer mais tarde – a ruiva disse pegando as folhas e colocando dentro de sua bolsa prada – temos que achar o diário, se é que ele existe.

O barulho vindo da televisão chamou a atenção de Nelly, a velha senhora havia aumentado o volume em um jornal local, em uma televisão pequena e ultrapassada que ficava sobre uma bancada fixada no alto de uma das paredes. Todos se aproximaram para ouvir melhor, até mesmo a mulher fumante no canto se aproximou para ouvir. A Renard caminhou até a pequena reunião, sendo acompanhada por Ryan e Loretta.

Na televisão de imagem chuviscada, uma mulher vestida formalmente, tentando manter a seriedade da noticia, falava as noticias. Atrás dela situava-se a delegacia de Mystic Falls.

”O corpo encontrado ao norte da floresta localizada aproximadamente ao sul da casa dos Lockwood, afinal foi permitido para que possa ser, enfim, velado esta manhã. Thomas Key, como foi reconhecido, era apenas um médico, não esteve envolvido com gangues e não tinha ficha suja. Não se sabe se Thomas estava no lugar errado, na hora errada, ou se foi confundido com alguém.”

- Confundido? Com quem? Consigo mesmo? – debochou o caminhoneiro sentado em um dos bancos, deu uma gargalhada suja, a senhora que observava atenta, bufou, e murmurou uma ofensa.

- Ele tem razão – Ryan disse de repente surpreendendo Nelly, até mesmo o próprio caminhoneiro – quer dizer tirando o sarcasmo, claro... Esse tipo de assassino não se engana assim do nada, isso foi homicídio proposital – observou analisando a situação fitando a televisão, enquanto passava um comercial qual quer, prometendo mais informações logo após.

- Você parece conhecer esse rumo, garoto – disse admirado o homem.

Ryan não respondeu, se manteve quieto, perdido em algum mundo particular.

- De onde você é? E não me diga que é Americano, sei que não é – o caminhoneiro perguntou desconfiado.

- México – se limitou a responder secamente.

O silencio se manteve. Loretta olhava a televisão, sem realmente vê-la, talvez ainda estivesse surpresa que Alicia houvesse escondido algo tão grande dela.

- Eu tenho um fetiche por mexicanos – sussurrou a fumante no ouvido de Ryan, soltando uma bufada de cigarro no rosto dele, ele olhou para Nelly como se pedisse socorro.

Loretta se pôs ao lado de Ryan enlaçando seu braço ao dele.

- É mesmo querida? – a ruiva disse com uma simpatia falsa – é o meu também, por isso que esse mexicano é meu e não seu – empurrou a garota, que a encarou abismada – se enxergue, você é a raspa do poço da inutilidade.

A mulher se afastou, recolhendo o que sobrara de sua dignidade. Ryan olhou de esguelha para Loretta.

- Me agradeça depois – disse se afastando e cruzando os braços.

Nelly se manteve prestando atenção novamente mais noticia eram ditas pela repórter, até chegar à que interessava.

“Thomas Key, foi sepultado hoje de manhã. Thomas não tem filhos e nem esposa, sua família se concentra na Escócia, segundo os amigos. Já é a morte de número sete só esse mês...”

De repente, a visão de Nelly ficou turva, e flash’s passaram por sua visão.

Um bilhete amarelo escrito 1453 dentro de uma gaveta de um guarda-roupa, mas um bilhete que parecia estranhamente brilhar, nele estava escrito nitidamente 1454, estava debaixo do guarda-roupa, mas metade dele se mantinha para fora. Uma janela a oeste do quarto, que acabara de reparar que estava, tinha uma macieira.

A Renard sacudiu a cabeça voltando a realidade, ninguém percebera que ela ficara em um estado inconsciente. Loretta observava as noticias seguintes, e Ryan evitava conversar com o caminhoneiro. Girou os calcanhares indo até a entrada.

- Vamos – disse Nelly a eles – acho que sei o que fazer.

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Stefan e Damon reviraram a cidade de cabeça para baixo atrás de Katherine e Michel. Nem sinal dos dois. Como algo pode ter os soltado dessa forma. Uma bruxa, talvez? Quem sabe. Em uma altura dessas não sabiam mais o que acreditar.

- Como alguém pode sumir dessa forma? Ou somos péssimos em rastrear, ou esse cara se esconde muito bem – Damon disse se escorando a uma arvore qual quer – creio que a segunda opção é a mais provável.

- Com certeza, até porque você passou uns bons anos da sua vida no meu rastro – Stefan falou amargo.

- Poderíamos tentar reviver esses tempos – disse, mas o celular de Stefan tocou antes, Stefan atendeu rapidamente.

Ligação *on

- Alô? Elena? – Stefan disse desesperado.

- Stefan, você tem que encontrar Nelly, ela e Ryan saíram daqui sem deixar explicações – Elena disse do outro lado, visivelmente nervosa.

- Com essa não contava – o Salvatore falou tentando manter sua habitual calma – por favor, não saia de casa, ok? Eu preciso que você se mantenha aí segura. Vamos, procurar Nelly.

- Tome cuidado – murmurou.

- Eu sempre tomo.

Ligação *off

Stefan se voltou para Damon, mas ele estava já olhando de forma enfurecida.

- Ela fugiu não é mesmo? – indagou.

- Parece que sim.

Damon puxou seu celular do bolso, e discou o numero de Nelly.

- Eu peço apenas que ela se mantenha segura, e isso é tão difícil? É nessas horas que eu preferiria que Nelly fosse como Elena – murmurou enquanto esperava que ela atendesse ou que caísse na caixa postal, claro que para seu azar, a ultima opção se concretizou, o bip da caixa postal soou, mas ele sabia que gritar na caixa postal não ajudaria em definidamente nada – Continue procurando Michel, eu vou atrás de Nelly, eu vou começar pela casa de Gabriel.

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- Só uma pergunta: por que nós não usamos o meu carro? – Ryan falou emburrado do banco de trás.

- Essa é fácil, por que meu carro é conversível e o seu não – Loretta respondeu.

Ryan bufou, enquanto a ruiva dava uma risada da careta que ele fez. Talvez por um momento, Nelly conseguiu ver pelo espelho, Ryan desfazendo a careta e ouvindo a risada de Loretta com fascínio. Mas talvez ela estivesse vendo coisas onde não há.

Viraram na esquina e lá estava a tão cobiçada casa.

- Ok, Michel e Katherine estão atrás das folhas, no entanto, vão se manter escondidos, porque eles tem consciência de que sabemos o primeiro lugar onde eles vão, mas claro que eles vão tentar chegar até lá de um jeito ou de outro – Nelly disse observando a velha casa – eles não sabem que as folhas estão com Ryan, então se Caroline que esta vigiando a casa dos Lockwood, conseguir mantê-lo longe... – pressionou sua testa contra o vidro para ver melhor a casa – Loretta, você fica aqui fora para o caso de Katherine vir atrás de mim, e Ryan entra comigo na casa pela macieira.

- Ótimo plano, engenhoso e perigoso, do jeito que eu gosto – Ryan disse sorrindo.

Loretta arfou, e os dois a olharam assustados. Ryan acenou com a mão em frente ao rosto de Loretta, mas ela parecia inconsciente, talvez fosse assim que Nelly ficasse. Talvez fosse assim que as pessoas a sua volta se sentiam também. Loretta piscou os olhos fixando sua visão no rosto de Nelly. Parecia apavorada.

- Temos um problema, e dos grandes – a ruiva engoliu em seco – Katherine e Michel não esta sozinho, tem outros cinco vampiros vindo, e a vadia vampira sabe sobre o diário de Alicia, e ela sabe que você esta atrás dele, por isso ela vai tentar te matar, parece que uma bruxa amiga de Michel entrou na mente de Ryan.

- Mas como... – Ryan começou confuso.

- Não temo tempo para perguntas – Nelly disse abrindo a porta do carro repentinamente, Ryan logo fez o mesmo.

Os dois correram até a velha macieira tomando cuidado para não tropeçar nas ervas daninhas, alguns espinhos grudaram no tornozelo de Nelly, mas estava entorpecida demais com a adrenalina. Ryan foi o primeiro a tentar subir, se impulsionou para cima para que pudesse agarrar um galho e quando teve certeza que o galho era seguro se apoiou para que pudesse subir.

Agachou-se estendo uma mão para Nelly, ela segurou e ele a puxou repentinamente. Ele a ajudou subir mais um galho, para que se aproximassem mais da janela. Os vidros pontiagudos ainda estavam ali, Ryan retirou de dentro do casaco um pequeno pé-de-cabra, ela se perguntava como ele conseguia carregar algo tão pesado com tanta destreza e sem o afetar. Ele mirou o pé-de-cabra e com toda força que pôde chocou-o contra a janela, vários vidros se estilhaçaram, alguns caíram sobre Nelly, um deles bateu em seu rosto e causou um arranhão.

- Vamos – Ryan disse pulando para dentro da casa, sendo seguido por Nelly.

Ela observou a sua volta, e percebeu que estava no que seria uma sala, um buraco no teto iluminava o lugar com a luz da tarde, e cheirava a puro mofo e poeira. A morena andou rumo a um corredor, e por sorte ou intuição, achou o quarto que tantas vezes vira passar no seu inconsciente, situado do lado esquerdo do corredor. Duas camas caindo aos pedaços estavam exatamente onde vira em sua “visão”. E bem no canto, estava o guarda-roupa, se agachou e bem onde sabia o tempo todo que estava, um papel amarelado, pegou-o, mas assim que tocou algo inundou sua visão. Um túmulo velho que parecia de dois séculos atrás, e ao lado o tumulo de Thomas Key. Piscou, voltando a realidade. A morte de numero 7, pensou, a casa de numero 45, o bilhete de número 1454. Algo estalou em sua mente.

- Ela queria que eu encontrasse seu diário – sussurrou.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Não gostaram? Deixem sua opinião aí em baixo, e se possivel uma recomendação por favor.