Depois de um longo e apaixonado beijo meu cérebro fez
questão de lembrar que estávamos na escola e logo alguém estaria atrás de nós.

- Algum problema amor? – Edward perguntou atordoado quando
me afastei inesperadamente.

- Tinha esquecido que estamos na escola – eu ri sem graça e
ele me acompanhou.

- Eu também tinha esquecido – ele continuou rindo – sempre
esqueço de tudo quando estou com você – ele disse descarregando todo o seu amor
naquelas palavras.

- Amor, acho melhor voltarmos para a sala – eu disse me
levantando – antes que alguém venha nos procurar.

- É verdade – ele também se levantou.

Eu estava um pouco tonta, acho que de tanto chorar, me
desequilibrei enquanto voltávamos para sala, só não cai no chão porque Edward
foi rápido e passou o braço pela minha cintura, me apoiando.

- Esta tudo bem amor? – perguntou preocupado.

- Esta, só foi uma vertigem – eu disse meio tonta.

Edward não soltou minha cintura em nenhum minuto e juntos
chegamos a sala que estava com a porta aberta. Era aula de português e ela
parecia estar preocupada.

- Até que enfim vocês apareceram! Estava preocupada – ela
disse aliviada quando chegamos meio abraçados na sala.

Todos ficaram pasmos com a nossa chegada, deve ter sido por
me ver abraçada com Edward porque as meninas quase pularam da cadeira quando
chegamos.

- Nos desculpe, professora, Bella não estava passando muito
bem e eu fiquei para ajuda-la  - Edward
disse calmamente apertando mais seu braço na minha cintura, de forma protetora.

- Você esta melhor Bella? – ela perguntou preocupada.

- Estou – disse mas minha voz era quase inaudível.

- Acho melhor ligar para a mãe da Bella, ela esta meio tonta
– ele disse me olhando com doçura e preocupação e recebeu um olhar de reprovação.

- É melhor mesmo – a professora disse decidida – Edward você
poderia, por favor, ir a secretaria pedir que liguem a mãe de Bella?

- Claro – ele me soltou e ordenou– arrume o seu material.

Eu estava mais tonta do que imaginava, quando ele me soltou
tive que segurar na cadeira para não cair. Seria melhor ir para casa.

Eu arrumei o meu material e fiquei esperando Edward voltar.

Demorou algum tempo mas quando ele voltou estava com um meio
sorriso, que eu achei muito estranho e quando passou por mim, deu uma
piscadela. Ele estava tramando alguma coisa.

Minha cabeça começou a doer, que me fez debruçar na carteira
para ver se diminuía a tontura. Nunca pensei que chorar me trairia tantos
problemas.

Depois de alguns minutos uma senhora baixinha que ficava na
secretaria apareceu na porta.

- Licença professora, a mãe de Isabella Swan veio
busca-la  - eu me levantei devagar para
não cair – e também veio buscar Edward Cullen.

Então era isso que ele estava aprontando? Ia embora antes,
ele ia me pagar.

Edward deu um sorriso vitorioso e foi para a porta me
acompanhar.

- Tchau Bella! Melhoras! – a professora gritou quando
saímos.

De novo, como uma forma protetora, Edward passou o braço na
minha cintura e eu encostei a cabeça em seu ombro.

Quando chegamos a secretaria vimos Renée e Esme, as duas
pareciam muito preocupadas.

- Filha você esta bem? – minha mãe veio me abraçar logo que
chegamos, preocupada.

- Estou – eu disse meio tonta.

- Edward  ligou para
Renée e disse que você não estava passando bem e sua mãe estava em casa então
decidimos vir buscar vocês – Esme disse acariciando a minha cabeça.

- Acho melhor irmos – disse Edward decidido – Bella esta
tonta, não vai agüentar ficar tanto tempo em pé.

Ele tinha razão, eu sentia minhas pernas bambas e minha
cabeça estava doendo muito, fazendo tudo ficar rodando.

Renée me rebocou até o carro de Esme e fui no banco de trás
encostada em Edward.

No meu do caminho minha mente ficou retorcida e a ultima
imagem que vi foi o olhar de preocupação de Edward antes de desmaiar.

Minha cabeça estava dolorida, sentia pontadas estranhas mas
não sentia mais vertigem, lembro-me de estar no carro de Esme e desmaiar.

Abri os olhos devagar e vi um teto branco com aviãozinhos do
exercito pendurados. Aonde eu estava? Concerteza não era o meu quarto. Virei a
cabeça devagar e percebi que tudo era azul e tinhas carinhos por toda a parte.

- Não tive tempo de arrumar a meu quarto ainda – ouvi uma
voz baixa ao meu lado. Não precisava virar para saber quem era – se você
quiser, depois que estiver melhor pode me ajudar, Rose se recusou, disse que eu
devia arcar com as minhas bagunças – ele falou em uma imitação mal feita da voz
de Rose.

Com isso eu tive que rir porque nenhum imitação de Rose era
pior e nem mais engraçada do que a de Edward.

- Você esta melhor? – ele perguntou acariciando o meu rosto.

Seu toque é tão tranquilizador, podia ficar com ele
acariciando o meu rosto.

- Estou – eu disse fraquinho – o que aconteceu?

- Você desmaiou no carro –Edward falou calmamente – ai eu
trouxe você para o meu quarto para você poder descansar.

Aos poucos minha cabeça foi diminuindo as pontadas e eu pude
me sentar na cama. Edward estava sentado ao meu lado na cama.

- Não sei o que aconteceu comigo – eu disse – minha cabeça
começou a latejar.

- Foi porque você chorou muito e isso te deixou
desequilibrada – ele disse me abraçando – não quero te ver mais assim, me
deixou preocupado – ele beijou o topo de minha cabeça.

Eu amo o seu jeito protetor. Ele é tão carinhoso.

Não sabia porque razão tinha duvidado de seu amor mais cedo.
Nosso amor sempre foi e sempre será verdadeiro.