- Você esta falando serio? – eu perguntei depois que ele me beijou.

Ele riu.

- É sim – ele respondeu rindo – porque não acredita?

- É que tem tantas meninas atrás de você... que eu achei....
– eu fiquei com vergonha.

- Isso é verdade – ele riu mais – mas nunca gostei de
nenhuma como gosto de você.

Ele acariciou meu rosto.

- Posso perguntar uma coisa – eu disse devagar.

- O que quiser, amor – ele disse suavemente.

- É apenas uma curiosidade – eu disse – por que você foi
embora?

- Isso é meio estranho – ele disse devagar – meus pais
queriam que eu fosse para o exercito como o meu avô foi um dia e quando eu era
pequeno não era o tipo “ quietinho e bonzinho” – nós rimos -  ai os meus pais decidiram me mandar antes para
a casa dos meus avós – ele disse devagar – eu não queria ir mas meus pais
disseram que se eu não fosse eles me mandariam a força – eu estava indignada –
mas não foi tão ruim quanto eu imaginava, a escola não era tão ruim e meus avós
sempre cuidaram de mim como um filho mas eu quis voltar porque sentia falta dos
meus pais, mesmo eles me obrigando a ir morar com os meus avós eu sabia que
eles tinham feito isso para o meu bem.

Uma coisa fez o meu coração apertar, talvez pensar no
futuro.

- Então – eu disse devagar – você... vai ... para o
exercito? – eu não queria isso, estava preocupada.

Ele percebeu que eu estava preocupada e começou a acariciar
o meu rosto.

- Não meu amor – ele disse sorrindo – a algum tempo eu sai
da escola e não terminei, não gosto dessas coisas, eu sempre fui contra a
violência mas fiquei 3 anos na escola para não magoar o meu avó ai depois eu
decidi conversar com ele e dizer que não queria mais ir pro exercito e ele
falou que eu devia fazer o que gostava então eu fui para uma escola normal e
comecei a fazer um curso de desenho – ele virou – isso me faz lembrar... eu
tenho uma coisa para você.

Ele pegou uma pasta que estava atrás dele e de lá tirou uma
folha e colocou no meu colo.

- Eu fiz para você – ele disse delicadamente.

É o desenho de uma mulher escrevendo, ela tinha um rosto
delicado e os cabelos com cachos bem enrolados e o contorno de seus olhos não
me é estranho.... É EU! ELE TINHA ME DESENHADO!

Quando ele percebeu que a minha ficha tinha caído ele riu.

- É... é – eu estava sem palavras. O desenho é perfeito
parecia que eu estava me olhando no espelho – é lindo! Eu amei!

- Eu amo desenhar e fica melhor ainda quando eu desenho você
– ele disse sorrindo e abrindo a pasta.

Tinha vários retratos meus, alguns de perfil outros de
frente até alguns que estavam de longe como se eu estivesse a metros de
distancia e ainda pareciam perfeitos como fotos.

- Você me da inspiração para desenhar , os desenhos ficam
perfeitos, como fotos – ele estava admirado em ver a minha reação ao ver os
desenhos.

- Parecem mesmo fotos – eu estava admirada com tanto talento.

- Esse é um dos que eu mais gosto – ele pegou um folha e
passou para mim.

Era um desenho de nós dois, nos beijando com a lua ao
fundo...

- Você desenhou nós ontem? – eu estava indignada e
maravilhada, como ele conseguiu desenhar aquilo em menos de um dia!

- Sim! Ontem foi perfeito e depois que você foi embora eu
não consegui dormir – ele riu – ai eu peguei o papel e desenhei, foi um dos
desenhos mais bonitos que eu fiz.

Eu estava tão emocionada que comecei a chorar.

- Não quero te ver chorando meu amor – ele secou minhas
lagrimas.

- Estou emocionada com tanta beleza – era a verdade.

- Aqui esta um pouco do amor que sinto por você – ele chegou
perto do meu ouvido e sussurrou – por            que
não tem como demonstrar tudo que sinto por você.

Eu estava dominada. Não passava nem algumas horas com ele
sem ficar assim.

- Eu também não consigo demonstrar tudo que sinto por você –
eu disse o agarrando pelo pescoço e o beijando.

Nós tentamos demonstrar um ao outro o que sentíamos naquele
beijo e só paramos porque os dois precisavam respirar, é tanto amor que nem
precisávamos de ar. Quando ele se afastou eu percebi que estávamos no chão e
não agüentei, comecei a rir meio sem fôlego.

- O que é engraçado? – ele perguntou também sem fôlego.

- Não tinha percebido que estávamos no chão – eu ri mais e
ele me acompanhou e deitou ao meu lado.

O céu estava azul e não tinha nenhuma nuvem, estava calmo
como depois de uma tempestade.

Ficamos em silencio por muito tempo só observando o céu acima
de nós.

Eu estava completamente feliz, nunca estive tão feliz! Não
sabia que alguém poderia me deixar completa, eu nunca tinha percebido que
faltava alguma coisa dentro de mim até conhecer Edward, depois daquele dia eu
sabia que não poderia viver sem ele, nem um minuto.