Almas Prometidas escrita por ChatterBox


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Para quem estava esperando a verdade, prepare-se porque é de quebrar o queixo.
Pegações vão acontecer nesse capítulo, preparem espírito porque vai ser forte.
Obs: Essa história foi registrada na biblioteca nacional. plágio é crime. :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/175119/chapter/8

          O sol bateu no meu rosto, minha cabeça latejou. Mexi meu corpo agoniada sobre os lençóis da cama. Olhei para o relógio na cabeceira. Seis da manhã. Ninguém tinha acordado ainda. Não dormi direito, já havia previsto. Fui atormentada por pesadelos horrendos durante a noite e era como se sentisse as olheiras cravando-se abaixo dos meus olhos.

 Levantei da cama, meu corpo doía inteiro como se tivesse sido surrado. Caminhei com passos pesados até meu banheiro e me joguei de baixo do chuveiro morno. Deixei que ele lavasse a minha mente. Era provável que Eric não chegasse assim tão cedo, então daria tempo de me arrumar e fazer outras coisas antes que viesse bater na minha porta.

Não tinha muito o que fazer, recebi uma mensagem de Stella ontem á noite, quase ás três da manhã, só pude ler agora:

Fez o quê hoje á noite?

By: Stella Mansoni

Bufei. Diria á ela a verdade? Era claro que diria, eu sempre contava a verdade para Stella, mas só não sabia como me preparar para dizer que me joguei nos braços do “Sr. Encrenca”.

Respirei fundo e digitei:

 Melhor te contar pessoalmente, tem muita coisa errada acontecendo comigo, amiga.

By: Lara Cambrige

Arremessei o celular em cima da cama, afagando o ar.

Desci as escadas para tomar café da manhã, liguei a televisão num volume baixo para não incomodar os outros, me preparei para comer a primeira colher do cereal quando alguém bateu na porta. Meus olhos lançaram-se por um segundo no relógio. Oito da manhã. Eric acordaria tão cedo numa manhã de domingo? Ele disse cedo, mas parecia tão improvável...

Caminhei pela sala e abri a porta. Era ele mesmo. Estava vestido com uma camisa gola pólo e calça jeans com cinto. Muito formal para ele. Nem boné ele estava usando e os cabelos estavam penteados... O que aconteceu?

 - Bom dia, doce.

Pronunciou, num sorriso torto. Eu o olhei de cima á baixo antes de responder:

 - Por que está vestido assim? E por que chegou tão cedo? Ainda estava tomando café da manhã.

 - É uma programação meio formal, mas não se preocupe. Ainda bem que não tomou café da manhã, nós vamos exatamente fazer isso.

   - Café da manhã formal? – Me olhei desta vez. Só estava vestindo uma saia jeans com sapatilhas e um suéter. – Preciso me trocar, então.

Ia girar para entrar em casa, mas ele puxou meu braço, me levando para fora.

 - Não, não temos tempo, está ótima, não é tão formal assim.

 - Mas...

 - Não se preocupe, estou até exagerando na roupa.

Isso me tranquilizou um pouco, mas ainda estava estranhando. Ele não costumava fazer esse tipo de programa, não era mesmo a cara dele. Também não parecia estar indo por querer.

Entramos no carro.

 - Tudo bem, aonde vai ser esse café da manhã, a final?

O indaguei. Estava me deixando preocupada.

 - Não se preocupe, nós chegamos.

Abri a boca incrédula para o que eu vi. Ele estava entrando em uma mansão de luxo, estacionando em um estacionamento gramado ao lado de uma piscina. A mansão era rodeada por um muro alto, tinha uma piscina grande, a casa tinha três andares e ao redor da piscina, várias mesas muito bem forradas com uma toalha branca cada, pessoas vestidas de gala estavam de pé, conversando com taças de drinque na mão, garçons de paletó rondavam o lugar levando petiscos chiquérrimos.

Me perguntava apavorada o que Eric veio fazer ali, o que ele tinha a ver com aquelas pessoas e por que me trouxe e não disse nada sobre a formalidade, quando ouvi alguém chama-lo do lado de fora:

 - Hey, Eric!

Olhei para o lado de fora, uma garota se aproximou, de longe não pude ver bem quem era, depois pude reconhecer claramente, Jessica. Jessica era a dona da casa. Estava vestida com um vestido bege curto e decotado, os cabelos prendiam-se num penteado requintado e brincos prateados estavam nas suas orelhas, completando com sapatos de salto baixo prateados e uma maquiagem meiga.

Acenava se aproximando do carro. Olhei para ele estarrecida:

 - Você me trouxe numa festa na casa da Jessica??

Ele só respondeu:

 - Relaxa.

E saiu do carro. Isso mesmo, ele saiu do carro e em deixou lá dentro. Observei de lá a conversa dos dois:

 - Ai, ainda bem que você veio, não podia suportar essa festa brega sozinha.

Ela resmungou de cara feia.

 - Eu trouxe uma pessoa.

Ele falou. Tentei apressadamente me esconder, mas ela me viu antes. Droga. Um calafrio correu meu corpo.

 - A Lara.

Ela olhou para ele com surpresa e um toque inexpressivo de mau humor e depois abriu um sorriso largo abrindo a porta para mim:

 - Oi Lara, que bom que veio!

Eu tentei sorrir, mas minha expressão parecia mais uma careta. Saí muito envergonhada do carro, ela podia até não ter ligado por ele ter me trazido, mas eu estava muito desconfortável ali. Não conseguia parar de me sentir culpada em estar com o namorado dela e ainda por cima, fingindo que nada estava acontecendo, eu não gostava nada de fazer isso, era tudo por causa de Eric e além disso eu estava parecendo uma maltrapilha, o que ela pensaria de mim?

 - Eh... – Pigarreei, sem graça, tentando disfarçadamente me esconder do olhar dos convidados do outro lado. – Eu não sabia que era uma festa formal...

Ela me olhou por breves segundos,  pelo menos não fez cara feia para a minha roupa,  Jessica era muito humilde a pesar do dinheiro que parecia ter – isso me fazia me sentir ainda mais culpada – falou sem cerimônias:

 - Ah, é o café da manhã de negócios do meu pai, essa gente é um saco! – Revirou os olhos. – Eu posso te emprestar uma roupa, vem aqui, não se preocupe, ninguém vai te ver, eles ficam muito ocupados se olhando no espelho.

Ri. Jessica devia ser uma ótima amiga, além de ótima pessoa. Não queria fazer isso, não queria magoá-la, estava me sentindo ainda pior agora, um lixo, uma pilantra.

Ela me levou até um quarto no segundo andar, abriu a porta. Era o quarto dela, e que quarto!

Tinha uma varanda enorme, uma cama de casal cheia de almofadas de seda cor preta e edredom branco, um tapete felpudo preto, escrivaninha, closet e tudo mais, tudo preto e branco. Ela entrou no closet, enquanto isso eu tentava pensar no que os pais dela faziam para ter tanto dinheiro.

Jessica saiu de lá com um vestido nas mãos e jogou na cama.

 - Acho que esse dá.

Olhei maravilhada o modelo preto tomara que caia rendado com babados até os joelhos.

 - Dá sim!

Exclamei sem perceber, maravilhada com a visão daquele vestido no meu corpo.

 - Vou deixar você se trocar, tem uns sapatos no closet, pode escolher qualquer um se precisar. Estarei lá embaixo recendo os velhos que ainda estão chegando, boa sorte.

Fechou a porta, fui até lá e tranquei. Olhei em volta. É.

Tirei o suéter e a saia, desabotoei os sapatos e peguei o vestido pronta para vesti-lo quando um som ensurdecedor interviu, girei meu corpo para olhar a porta e vi, Eric. Estava com.., A maçaneta dourada de aço na mão, completamente amassada. Por isso o som do metal amassando? Ele fez isso com a própria mão? Como ele fez isso?

Enquanto eu lutava para entender o que tinha acabado de acontecer, ele me olhava de pé, passou o polegar pelo lábio me olhando de cima á baixo , seus olhos brilhavam de desejo. A final, eu estava só de calcinha e sutiã. Eu ainda estava imóvel, estarrecida com a situação quando finalmente consegui ter a minha primeira reação:

 - Como você...?

Não consegui terminar, ele bateu a porta e me prendeu no corpo dele, nossos lábios se tocaram, num ritmo quente e inquietante, seu cheiro tomou conta do meu corpo como uma droga viciante, ele me pressionou contra a parede com toda a força, nosso beijo não tinha seguimento, era acelerado, quente, sexy, perdia o controle enquanto ele escorregava os lábios pelo meu pescoço e apalpava a minha coxa com toda a força, sentia que ficaria roxa, mas não queria parar. Lutei para arrancar sua camisa de seu corpo, pude ver o seu peitoral definido e duro em minha frente, sua pele latejava na minha, o desejo me consumia, sem controle, eu seria dele, não tinha mais saída.

Uma visão fez meu coração pular de susto em uma fração de minutos. Jessica. Jessica estava dentro do quarto, nos olhando, há quanto tempo? Não sei, mas estava lá.

 Me soltei habilidosamente com o meu coração á mil, Eric virou-se e quando viu Jessica, para a minha surpresa, não fez nenhuma cara de medo, parecia mais uma expressão de “Ah, logo agora?”

E Jessica também não parecia do jeito que eu achei que estaria ao encontrar o seu namorado quase saindo dos limites com outra garota no seu quarto. Outra garota – eu por exemplo, - teria um ataque e até atacaria a garota e o namorado. Mas ele estava serena, o rosto rígido, mas não decepcionada, parecia estar repreendendo Eric, como uma mãe repreendendo seu filho desobediente, de braços cruzados olhando para ele.

 - Eu sinto muito, eu...

Eu quis quebrar aquele silêncio cruel que reinava, me sentia a pessoa mais suja do mundo, não interessava se ela não estava muito chateada, estava me sentindo a pior das criaturas.

Ela não me deu a palavra, só se dirigiu á Eric com frieza:

 - Eric, preciso conversar com você. Á sós.

Eric não retrucou, não tentou se explicar, vestiu a camisa e a seguiu para fora do quarto, numa distância de oitocentos centímetros dela.

Não entendi bem o que aconteceu direito, para mim ela iria deixar para mata-lo sem deixar suspeitas. Só sei que sozinha naquele quarto eu não podia continuar, não depois de ter deixado ele... Fazer aquilo estando na casa dela.

Vesti minha roupa e saí do quarto apressada, iria para casa. E não atenderia á mais nenhuma ligação de Eric, não depois de ter saído tanto dos limites. No caminho, enquanto eu andava pelo corredor do primeiro andar, ouvi a voz de Jessica repreendendo Eric de dentro de um quarto:

 - Você ficou louco?

Parei de correr. Encostei-me na parede para ouvir da brechinha da porta.

 - Eu não resisti, foi um momento de fraqueza!

Ele debateu. Eu abri a boca, assustada com o atrevimento dele, mas o mais estranho foi a resposta dela:

 - Eu sei como é difícil resistir, por isso quando não te encontrei fui direto para lá, eu sabia que não resistiria á tentação. Você sabe que eu também sei mais do que tudo o que você sente, eu sou como você. – Hã? – Mas tem que tomar cuidado! Eu deveria ter dado um escândalo no quarto, ela vai começar a desconfiar e se ela souber, pode ser perigoso para os dois. Já está correndo muito perigo quando resolveu parar de resistir e voltar a se aproximar dela, agora tem que haver limites. Se Conrado vou você dizendo que a ama no carro, pode ser o fim! Ele já sabe que ela é a escolhida, vai fazer de tudo para mata-la no eclipse lunar.

Meu coração pareceu parar. Fiquei gélida. Não entendi metade do que ela disse, mas algo eu entendi: Quem me procurava se chamava Conrado, ele queria me matar durante um eclipse lunar e seja lá o que eles sejam, Jessica era como Eric e com certeza não eram namorados de verdade. Mas por quê? O que era aquilo? Que tipo de farsa era aquela que não me deixava saber do meu próprio risco de vida?

Era desse homem, desse tal Conrado que Eric tentava me proteger desde a quinta série, porque seja lá o que for, parecia ser o motivo para o afastamento dele. Não tinha dúvidas que tinha algo muito errado agora.

Um ruído que provoquei ao me mexer de mais na parede fez a porta se abrir mais e eles me viram. Arregalei os olhos, alarmada com o flagra. Os dois se entreolharam e trocaram um suspiro que dizia “Já era!”.

 - Pronto, agora não tem mais que se dar o trabalho de esconder nada dela!

Jessica bufou com mau humor. Eric fez um rosto de preocupação e abriu a porta para eu entrar, com ar de derrota.

 - Entre.

Entrei, era uma sala de televisão. Com uma tv de plasma de quase sessenta polegadas, um enorme sofá de quase oito lugares com extensão para os pés vermelho e um tapete felpudo gigantesco bege.

Fecharam a porta.

 - Me digam o que são. Agora.

Exigi. Não tinha mais medo, não deles, que pelo visto queriam me proteger, mas tinha medo do que podiam me dizer. Eles pairaram no ar em silêncio durante seis minutos antes de Eric se manifestar:

 - Você lembra daquela noite? Que você me viu sujo de sangue e com os olhos roxos?

Pairei, estarrecida, sempre quis a resposta sobre aquela noite.

 - Sim.

 - Eu tinha acabado de voltar do centro. Eu tinha sugado a alma de uma pessoa.

Ele explicou. Meu corpo gelou, imóvel.

 - Como assim...?

 Murmurei, aterrorizada.

 - Não somos como os outros, Lara. Não somos como você.

Jessica olhou para o chão enquanto dizia.

 - Como assim? E o que exatamente vocês são?

 - Sugadores de almas.

Eric sibilou. Não me movi, não respirei, não reagi. Fiquei exatamente com a mesma expressão e posição de quando ele pronunciou “Sugadores de almas”. Não conseguia formular a pergunta certa, não sabia se aquilo era real, ou estava acontecendo através de sonho, mas só sei que abri a boca e nada saiu. Com o meu silêncio, Eric continuou explicando:

 - Existe um acordo entre o céu e o inferno. Que todas as crianças que nascem a cada quatro eclipses lunares, não possuem uma alma fixa. Sua alma pertence ao inferno, foi uma lei criada para que o inferno possuísse mais almas e estabilizasse o equilíbrio natural das coisas.

 - Nascemos com uma alma provisória. – Jessica continuou. Ouvia com atenção, mas meus membros não saiam da mesma posição. – Ela fica conosco até completarmos doze anos. A partir desse momento, nossa alma passa a pertencer ao inferno e temos que sugar a alma de outras pessoas para sobreviver. Mas a alma das pessoas que sugamos também é provisória, ela enfraquece com um tempo e precisamos sugar de outras.

 - O que acontecesse com as pessoas que tem a alma sugada?

 Eu perguntei em tom baixo, horrorizada.

 - Elas não se lembram do ataque, perdem a memória, perdem um pouco de sua energia, morre muito mais rápido que os outros humanos.

 Eric falou com lamento na voz.

 - Mas nós, sugadores, temos regras, só podemos sugar alma de pessoas criminosas, temos um acordo com a polícia legal, que nos informa quem consumir.

Jessica disse.

 - Criminosos? – Duvidei. – Como conseguem lutar com criminosos?

 - Somos mais fortes, mais rápidos que os humanos. Não podem nos matar facilmente.

Agora tudo se encaixava, a maçaneta de aço que ele amassou com as mãos, o carro que tirou da lama sozinho, forte, muito forte. O celular que pegava no meu bolso com frequência, devia pegar tão rápido quando estivesse distraída que eu nem percebia.

 - Tudo bem, mas o que eu tenho a ver com isso?

 Eu prossegui, ainda não podia me sentir segura com isso.

 - Todos os desalmados, como nós, tem um ser humano prometido como sua alma gêmea, alguém que você ama e lhe ama de volta e é posto na sua vida desde o começo da infância. Sentem desejo incontrolável, e só podem amar á um e outro, mais ninguém. Era para ser um presente para os seres humanos que tivessem as almas retiradas para o inferno, um presente do céu. Mas os seres humanos que acabaram descobrindo sobre nossa existência, acabaram descobrindo também outra utilidade dos seres humanos prometidos para os desalmados, que todo prometido que for sacrificado durante o eclipse lunar, doará sua alma, completando a de quem o matou, dando-lhe o presente da vida eterna.

 Jessica contou. Eu era a prometida de Eric. Era esse o motivo do nosso descontrole, do porquê de não conseguir esquecê-lo mesmo depois de quatro anos separado e de não conseguir amar Raymond. Eu vi Eric no lugar de Raymond porque não podia beijar outra pessoa que não fosse ele.

 - Todo ser humano que deseja mais do que nunca a vida eterna, alia-se nessa sociedade secreta, devastadores de desalmados, procuram descobrir sua escolhida e a sacrifica no período do eclipse lunar. São caçadores de almas gêmeas. Quando essa sociedade surgiu, o céu teve de proteger os seres humanos que foram prometidos e proibiu todos os desalmados de ficarem perto de seus escolhidos, todos devem se afastar definitivamente para que nunca sejam descobertos e possam viver em paz.

Eric explicou. Era esse o motivo, realmente tinha um motivo devastador para ter sido obrigado a me deixar. Eu corria perigo de vida. Ele me amava e quis me proteger.

 - Conrado é um caçador?

Tremi com o pensamento.

 - É um dos caçadores que vivem na cidade, um tempo atrás ele acabou descobrindo que eu era um desalmado. Por isso fui obrigado á ficar com várias garotas ao mesmo tempo para confundi-lo e ele não soubesse que era você.

Meus olhos brilharam. Todos esses anos achando que ele era um cafajeste, que só ficava com as garotas para se aproveitar delas, esse tempo todo estava fazendo isso por mim, ficando com várias garotas que não ama, só para me deixar viva.

 - É, estava dando certo até que ele resolveu te salvar naquele tiroteio...

Jessie resmungou com impaciência.

 - Eu não consegui deixar você em perigo, eu precisava te salvar. E depois, não consegui mais em afastar, eu precisava saber se você estava bem, por isso me mudei para a casa dos Becon, eu precisava garantir que você estaria a salvo de qualquer coisa.

Meu coração bateu mais forte. Eu o amava, muito.

 - E por que fingiram estar namorando?

Eu precisava saber.

 - Eu sou de outra cidade, me mudei para cá porque estava tendo muitos problemas para permanecer longe do meu escolhido, então tive de ficar longe o bastante dele, me mudando para outra cidade, para fazer com que ficasse em segurança. Mas ainda tinha alguns caçadores me rondando, eu sabia que Eric também estava sendo vigiado, então fizemos um acordo. Fingiríamos ser namorados até que os dois se convencessem de que um era escolhido do outro, assim quando tentassem nos sacrificar, nós sugaríamos as almas deles.

Jessica sorriu.

Tudo estava claro. Mas ao mesmo tempo, escuro como uma sombra. Eu tinha a resposta de tudo, mas era exatamente tudo que eu temia que fosse. Eu estava em perigo, Eric estava em perigo, estávamos todos em perigo. Estava correndo risco de vida. Conrado sabia quem eu era agora, tinha certeza graças ao que Eric disse no carro. “Eu te amo”. Era o fim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hum... O que vai acontecer agora?
Merece reviews?;)