Sociedade Carmim escrita por Nynna Days


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

O capítulo que vocês tanto esperavam finalmente chegou. Não vou falar muito.
Enjoy!



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Capítulo 13

Ethan não foi ao meu quarto naquele dia. E nem eu o esperava. Quero dizer, não fiquei até duas horas da manhã acordada esperando ele. Eu já tinha uma suspeita de que ele estaria em casa com Nara, falando do como eu parecia uma estúpida. Era o que todos faziam a essa hora. No dia seguinte, eu parecia um zumbi me arrastando pela casa.

Tinha dormido mal. A cada vez que fechava os olhos, aquelas jades brilhantes de Ethan aparecia na minha mente. E eu acordava com raiva dele e de mim mesmo por estar pensando nele. Vesti o uniforme sem nenhuma vontade de ir a escola, mas não querendo ficar em casa, imaginando o que ele estava fazendo. Desci as escadas com a mochila nas costas e atrasada. Quase no último degrau, fui atingida pelos pensamentos alegres de Megan.

Oh, hoje era o dia do encontro dela com Dean. Um sorriso apareceu em meus lábios, mudando meu humor. Megan passou por mim, cantarolando e valsando. Ela mal me notou. Estava pensando no que iria vestir. Balancei a cabeça e saí de sua mente quando ela começou a cogitar a ideia de me deixar sozinha em casa e ir dormir com Dean.

“Megan, por favor”, gemi e ela finalmente me notou.

“Me desculpe, Jô”, ela corou e se aproximou de mim.

Ás vezes parecia que Megan era a leitora de mentes da casa. Sua cabeça tombou para o lado enquanto ela me estudava. Incomodada, fui me sentar a mesa e tomar meu café da manhã. Seus olhos se estreitaram e ela estalou a língua. Suspirei alto.

“Você está um pouco estranha, hoje, Jordan”

“Eu sempre fui estranha, Meg”, desviei o assunto.

“Por que eu acho que isso tem a ver com um certo garoto de olhos verdes?”

“Porque sua imaginação é fértil demais”

Megan balançou a cabeça, fazendo com que alguns fios loiros saíssem de seu coque. Ela abriu a boca, pronta para discutir, mas eu apontei para o seu relógio. Ela deu um pulo e saiu correndo de casa. Eu me arrastei para fora da mesa dois segundos depois que escutei seu carro acelerando.

Fui andando para a escola. Não sabia se Christina tinha conseguido fazer Ethan ir me buscar de carro e nem queria saber. Mas, julgando pelo fato deles terem chego um pouco depois de mim, percebi que eles tinham ido a minha casa me procurar. Christina foi a primeira a sair do carro com a expressão frustada. Ethan pareceu se arrastar carro a fora. Nara logo se pendurou no pescoço dele e o puxou para longe de mim. Meu dedo do meio coçou, mas o mantive baixo.

“Onde você estava?”, Christina perguntou.

“Em casa, depois aqui”, respondi caminhando em direção a sala.

Não se dando como vencida, Christina parou a minha frente, impossibilitando minha entrada na sala e cruzou os braços. Soltei o ar e tentei dar uma volta nela. Mas, é claro que eu não consegui. Era fácil esquecer que Christina era vidente e poderia prever cada passo meu. Vi seus olhos voltarem a tonalidade verde jade enquanto ela colocava uma mecha do seu cabelo loiro atrás da orelha.

“O que foi, Christina?”, coloquei meu óculos mais para cima.

“Tem alguma estranha com você”, ela afirmou e me olhou de cima a baixo. Quando ela voltou a focar em meus olhos cinzas, tinha determinação. “Por que não nos esperou? Por causa de Nara? Eu já dei um bronca nela.”

“É claro que não.”, dei de ombros e fiz minha melhor cara de indiferente. “Não ligo para o que Nara pensa ou deixa de pensar de mim”

Até porque, eu conseguiria ver o que se passava naquela mente minúscula dela. Christina ainda não estava inteiramente convencida, mas o sinal tocou, a interrompendo. Dei um sorriso cínico e passei por ela, me sentando no meu lugar. Pudia sentir os olhares dos três Carmim queimando em mim.

Mantive meu olhar longe deles o suficiente para a aula terminar. No restante do dia, me fiz de fantasma. Via a todos e fingia não me importar. Christina ainda tentou falar comigo, mas eu a ignorei veemente. Ao final do dia, Megan veio me buscar na escola, como sempre.

Antes de entrar no carro, respirei fundo e coloquei o sorriso mais falso de toda a minha vida. Meg estava tão concentrada no que iria usar no encontro que mal notou quando meu sorriso foi embora. Talvez nem tenha notado que ele estivera ali. Ao chegar em casa, a história foi um pouco diferente. Enquanto se arrumava, Megan parecia observar cada movimento meu. Até mesmo quando eu troquei de roupa e coloquei meu pijama, pronta para assistir a televisão com um pote de pipoca na mão.

“Onde estão os seus amigos?”, ela perguntou terminando de colocar os brincos.

Dei de ombros e continuei assistindo o programa. Megan tinha pego um vestido vermelho curto que ficava colado ao corpo. Em mim, eu acharia que tinha ficado horrível, mas nela, estava perfeito. Dean iria cair aos pés dela sem nenhum problema. Ela tinha feito cachos em seu cabelos loiro, dizendo que eles sempre foram lisos e sem graça.

Uns dez minutos depois dela estar pronta, a buzina de um carro soou do lado de fora. Me levantei e fui até a janela. Puxei a cortina para o lado o suficiente para ver o Volvo azul parada ali na frente. Um homem, na faixa dos 30 anos saiu do carro e se encostou nele.

Os grandes olhos castanhos pareciam procurar com ansiedade Megan. Ele cruzou os braços, tentando parecer tranquilo, mas por dentro estava bastante nervoso. Megan não era só mais uma para ele. Era especial. Sorri ao ver que minha madrinha tinha escolhido certo. Escutei o barulho dos saltos de Meg se aproximando e parado atrás de mim para ver Dean a esperando.

“Oh, Deus”, ela arfou.

Tive que segurar o riso. Megan parecia uma adolescente se preparando para seu primeiro encontro. Seus pensamentos estavam tão confusos que tive que afastar dela se não iria ficar com uma dor de cabeça. Notando que eu ainda estava ali, ela se virou para mim e sorriu.

“Como estou?”, ela deu uma volta.

“Linda”, coloquei mais pipoca em minha boca.

Megan respirou fundo de olhos fechados, tomando coragem e caminhou até mim.

“Não vou chegar tarde”, ela garantiu e me deu um beijo na testa. Revirei os olhos. As duas sabiam que isso era mentira. “Pelo menos, tentarei chegar o mais cedo possível”

“Se divirta, Megan”, a cortei.

Ela assentiu e olhou para a porta como se fosse um monstro de sete cabeças. Era engraçado como as pessoas gostavam de complicar as coisas. Era só passar pela porta e aproveitar a noite. Parecendo perceber isso ao mesmo momento que eu, ela mandou mais um beijo para mim e saiu.

Eu fiquei assistindo televisão até que o sono tomasse conta totalmente do meu corpo. Quando senti meus olhos se fechando inconscientemente, me levantei e arrastei meu corpo escada a cima. Abri a porta do quarto e acendi a luz, pronta para ir escovar os dentes. Parei e estreitei meus olhos para a cama.

Ethan me encarava como se já estivesse me esperando a um longo tempo. Senti a tensão tocando meu corpo lentamente. Eu travei no lugar o encarando. Ele engoliu a seco e se levantou. Eu observava cada movimento seu, com medo. O que será que ele estava fazendo ali. Seu rosto estava vazio, não deixando nenhuma emoção transparecer. Me desesperei. Será que ele tinha descoberto que eu era uma Dark?

Ele parou a um passo de mim e me estudou de cima a baixo. Tive que segurar para não passar a mão por meu cabelo. Deveria estar horrível. Seus olhos verdes brilharam na penumbra mal iluminada do meu quarto. Seus cabelos loiros estavam bagunçados. Era como se ele tivesse ficado se revirando por minha cama, me esperando. Na verdade, eu não duvidava que ele tinha feito isso. Mas, a pergunta que estava me atormentando, era: O que diabos ele estava fazendo aqui?

“Jordan”, ele sussurrou. Me senti ser levada para outro mundo. Como eu queria ler a sua mente para saber o que se passava em seus pensamentos. Ethan levantou sua mão e colocou uma mexa de meu cabelo atrás da orelha. Um breve contato, mas que fez meu corpo tremer. Agora eu sabia o que Megan tinha sentido, horas atrás, na sala.

“O que quer aqui, Ethan?”, perguntei, encontrando a minha voz. Mas ela parecia tão fraca e tão não minha. A mão dele ainda descansava em meu rosto. Isso estava me impedindo de pensar. Com raiva não planejada (talvez meu lado Dark se manifestando), me afastei dele e fui para o outro lado de quarto. “O que quer aqui, Ethan?”, repeti, só que com a voz mais forte.

Ele ficou ai, parado com a cabeça baixa por alguns segundos, até que se virou para mim com os olhos raivosos. Era incrível nossa mudança brusca de humores. Meus ombros desceram, aliviados por reconhecer aquele Ethan. Não o de minutos atrás. Aquele era, estranho. Ainda mais o jeito que mexia comigo. Fiquei tentada a por a mão no coração e ver se ele estava tão acelerado quanto eu sentia no meu peito.

“Só vim ver se você está bem”, ele respondeu. Levantei a cabeça, um pouco confusa e olhei fundo em seus olhos.

“Estou ótima”, dei uma volta e abri meus braços. “Está vendo?”

“Sim”, ele disse brusco.

Ficamos nos olhando sem dizer nada. Eram nesses momento em que eu ficava imaginando o que aconteceria se eu contasse a ele o que eu era. Se ele já me odiava sabendo que tinha algo errado comigo, iria querer me matar se descobrisse o que estava de errado. Como um pretexto para não olhá-lo mais, tirei meus óculos e os coloquei na mesa de cabeceira.

Claro que isso não ajudou muito a vê-lo, mas não era como se eu fosse cega. A luz também não ajudava muito. Por isso só conseguia distinguir a sua silhueta alta vindo em minha direção novamente. Querendo me afastar, dei um passo descuidado para trás, batendo com o joelho na cama e me desequilibrando. Já podia sentir o impacto do chão no meu rosto antes do contato. Mas, o contato nunca aconteceu.

A mão quente de Ethan pousava em meu ante braço e me puxou para cima. Não precisei fazer muito esforça para saber que estávamos bastante perto. E que aquilo era um grande perigo para mim mesma. Meu coração deu uma parada brusca, me fazendo arfar em surpresa. Mesmo com meus pés plantados e seguros no chão, ele não me soltou. Aquele calor começou a se irradiar por todo o meu corpo. Recuei, assustada com aquilo. Ethan não me soltou.

“Por que, Jordan?”, ele perguntou. Comecei a piscar como uma maluca. Não era nenhum tipo de tique, eu só queria enxergá-lo melhor. Abri minha boca para responder, mas tudo o que saiu foi ar. “Por que você me odeia tanto?”, em sua voz eu quase conseguia vê-lo implorando por respostas. “É por causa de Nara?”

“Não tem nada com Nara”, respondi prontamente.

“Então, porque?”

Seus olhos se suavizaram, assim como sua voz. Era quase um sussurro de pedido. Isso me deixou com raiva de novo. Ele não podia ter esse efeito em mim. Não depois do que ele fez ontem. Não depois de saber o que eu era. Minha vontade foi de contar que eu era uma Dark, mas mantive meus lábios em uma linha reta, demonstrando minha frustração. Vendo que ele não me soltaria enquanto não o respondesse, a raiva tomou conta do meu corpo.

“Eu te odeio por não sair da minha mente”, puxei meu braço com força.

Minha palavras pegaram a ele de surpresa, por isso que não conseguiu me segurar. Dei um passe o para trás me afastando e me arrependendo de minha palavras. Ele parecia perdido nos próprios pensamentos, até que seus olhos jades se estreitaram e seus ombros ficaram tensos. Ele deu um passo a frente, me enfrentando.

“Eu te odeio por me fazer te querer tanto e não me deixar te fascinar”, ele disse quase cuspindo as palavras com raiva. Me surpreendi com o que ele disse, mas isso não fez minha vontade de desabafar diminuir.

“Eu te odeio por fazer meu coração bater mais forte”, dei mais um passo na sua direção.

“Eu te odeio por me fazer sonhar com dias que nunca chegaram”, sua voz se suavizou um pouco. Ele desviou o olhar para o chão, como se finalmente se desse conta do que e para quem estava falando. Pensei em me calar, então sua cabeça se levantou e o olhar determinado estava de volta. Era como se ele quisesse testar até onde eu iria. E eu iria longe.

“Eu te odeio por me fazer sentir a sua falta”, outro passo. Estava quase cara a cara. A boca de Ethan abriu, mas eu não o deixei falar e continuei indo na sua direção. “Te odeio por quase me fazer chorar. Por me fazer apaixonada pelo seu encanto e depois desaparecer.”

Parei a sua frente e observei a sua batalha interna. Talvez fosse semelhante a que estava acontecendo dentro de mim. Aquilo era tão errado. Era quase como se eu tivesse cometendo o mesmo erro que minha mãe. Engoli a seco e dei o último passo, parando na sua frente. Ethan pôs seus olhos em mim, esperando minhas últimas palavras.

A voz parecia ter acabado, junto com toda a minha determinação. Me senti uma burra ali, parada na frente dele, dizendo tudo o que eu mais negava a mim mesma. Ethan deveria estar pensando em um jeito maduro de me dispensar. Mesmo me sentindo idiota, continuei parada o encarando de cabeça erguida. Ele ergueu sua mão na minha direção e tirou uma mexa do meu cabelo do rosto. Achei um pouco estranha a sua reação. Ainda mais quando um meio sorriso chegou aos seus lábios.

“Eu te odeio porque dói admitir que te amo”

Aquelas palavras saídas da boca dele me fizeram parar de respirar. Minha raiva virou pó e me peguei presa naquelas jades. Meus olhos brilhavam na exatidão dos seus. Estava tão estática que quase não percebi sua mão deslizando por meu rosto. Meus olhos se fecharam, por instinto. O ódio ainda queimava em minhas veias, me mandando empurrá-lo para longe de mim, mas outra parte de mim , talvez a Carmim, me fez ficar parada e receber os lábios de Ethan.

Ele se afastou depois desse breve contato e eu abri meus olhos. O vi engolindo a seco e um pouco temoroso. Era como se ele esperasse meus ataques de raiva. Eu esperava isso de mim mesma. Mas, envés disso, minha mão se prendeu em sua blusa e o puxou com força até mim. Ele veio sem hesitar. Os primeiros a se encontrar foram nossos corpos, logo depois nossos olhos e por um último, e mais esperado, nossas bocas.

Parecia que ácido estava sendo derramado em minha pele. Parecia que eu estava nas nuvens. Na verdade, eu não sabia ao certo o que estava sentindo. Só estava sentindo. Seus dedos quentes em meu rosto se enroscaram em minhas madeixas negras. A outra estava em minha cintura, me puxando com força para o seu corpo. Minhas mãos desciam e subiam por seu peito, através de seu suéter.

Nosos lábios e línguas pareciam se encontrar com ódio e ansiedade. Ethan desceu a mão de minha cintura e a escorreu até minha pantorrilha, deixando um rastro de fogo. Ele começou a tocar ali com a ponta dos dedos, até que envolveu minha perna na cintura e me empurrou com força na parede.

Arfei em surpresa, mas mantive os olhos fechados. Só os abri quando senti os lábios de Ethan traçando meu pescoço com urgência. Gemi baixo e afundei minha mãos em seus cabelos loiros. Quando sua língua tocou a pele sensível da minha clavícula, um lado selvagem tomou conta de mim.

Puxei seu rosto para cima, respirando pesado e nossos olhares se encontraram. As pedras de jades que eram seus olhos, estavam azuis. Eu não sabia se era falta de controle ou se ele estava tentando entrar em minha mente. Eu não queria saber naquele momento. Um sorriso malicioso cresceu em meu rosto e antes que Ethan pudesse dizer algo, minha mão estalou em seu rosto.

Ethan arregalou seus olhos momentaneamente azuis, surpreso com a minha atitude. Eu estava perto o suficiente para ver a marca vermelha no formato de minha mão em seu rosto. Me senti um pouco mal por marca seu rosto, mas eu não conseguia mais parar. Ele realmente despertava o pior lado em mim. Um lado que eu nunca tinha visto. Um lado até um pouco animal. Antes de pensar duas vezes, empurrei Ethan para a cama, jogando meu corpo em cima dele. Ele não teve nenhuma reação ao meu peso. Era como se eu fosse uma pena. Mas ele reagiu quando eu lhe dei outra tapa no rosto.

“Droga, Jordan”, ele esbravejou segurando meus pulsos com força. “Pare de me bater”

“Idiota”, o xinguei e comecei a me mexer para que ele soltasse os meus pulsos.

“Mandona”, ele retruquiu puxando com mais força.

“Mauricinho”

Ethan deu um meio sorriso e antes que eu percebesse, ele impulsionou nossos corpos de forma que trocássemos de lugar e ele ficasse em cima de mim. Ainda segurando meus pulsos contra o seu peito, ele aproximou seu rosto do meu. Seu hálito fresco fez minha língua coçar em antecipação. Seus olhos estavam tingidos em um verde-azulado. Ele pôs as pernas por entre as minhas e seu sorriso aumentou com meu rosto corado.

“Irritadinha”

Ethan voltou a me beijar com força e urgência. Tentei soltar meus pulsos, mas ele os mantinham presos com uma força sobre humana. Só depois de alguns segundos, com seu corpo se pressionando contra o meu que ele começou a frouxar o aperto. Puxei meus pulsos e meus dedos se moveram por seus fios dourados. As mãos de Ethan subiam e desciam pela lateral do meu corpo, me fazendo pirar.

Ele começou a brincar com a ponta de minha blusa, levantando um pouco, mas só o máximo para deixar minha cintura exposta. Sua mão começou a apertá-la. Meu corpo se ergueu um pouco, me fazendo ficar cada vez mais pressionada contra ele. Não pude deixar de gemer naqueles lábios quentes. Sua língua explorava minha boca com habilidade. Tentei fazer o mesmo com minha pouco experiência.

Ele deve ter gostado já que apertou minha cintura com mais força e começou a passar o dedo na ponta do meu short. Ele mordeu meu lábios inferir e no susto, acabei puxando seu cabelo. Pensei que ele iria reclamar, mas Ethan não fez nada. Melhor, ele voltou a beijar meu pescoço. Eu nunca poderia me imaginar beijando Ethan Ramirez, o Mauricinho anti-social da escola. O garoto que eu odiava. E que poderia me matar se descobrisse o que sou de verdade.

Espero que a Jô esteja dormindo. A prometi que chegaria cedo e olha as horas.

O pensamento de Megan veio junto com o som de seu carro parando a frente da casa. Eu e Ethan arregalamos nossos olhos, assustados. Escutei a sonoridade dos pensamentos dela aumentando conforme ela se aproximava da casa. Demos um pulo da cama e sem palavras, apontei para a janela. Escutamos o barulho da porta e das chaves.

Ethan abriu a janela e olhou para o lado de fora. Fiquei tentada a perguntar onde, diabos, ele estacionava o carro. Não tivemos tempo. Já conseguia escutar os passos de Megan na escada. Fiquei ao lado de Ethan na janela para poder fechá-la logo depois de sua saída. Em um ato de loucura, ele colocou a mão em minha nuca e me puxou para mais um beijo. Só um encostar de lábios, mas que por Ethan teria durado. O empurrei para longe de mim e ele sorriu.

“Na próxima, você não me escapa, Jordan Leight”

Dito isso, ele desceu da janela para o chão com um baque surdo e elegância. Não fiquei olhando por muito tempo, e fechei a janela rapidamente. Quando escutei os passos e os pensamentos de Megan se aproximando da minha porta, me joguei na cama e fechei meus olhos, estabilizando minha respiração. No exato segundo, Megan abriu a porta. Por seus pensamentos, ela viu apenas uma Jordan dorminhoca.

Mas eu era uma Jordan diferente, quebradora da própria regra de não se apaixonar. Ainda mais por quem se deveria odiar.


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Notas finais do capítulo

Comentem e depois desse capítulo tão amado, quero mais uma recomendação, hem!
Beijos *-*



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