Curtas: Lily Evans e James Potter escrita por Larissa Oliveira


Capítulo 3
Curta III – A aposta


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde pessoal! Estou muito feliz com as reviews, pirei lindamente né x.x Acabei me animando tanto que esse curta ficou um pouco maior do que deveria... Mas eu culpo vocês pela animação kkk Eu adorei escrever, e espero que vocês estejam realmente gostando! xoxo



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- Lily, eu sinceramente não vejo o porquê você é amiga dele. – Marlene dizia, enquanto subíamos às escadas que se moviam para a esquerda agora.

- Sev tem esse jeito reservado, mas é uma ótima pessoa, Lene.

- Ele é da Sonserina, se eu preciso te lembrar, e uma hora ou outra, ele vai te decepcionar e você sabe disso. – continuou ela. – Eu não confio nele.

- Então, isso me dá o direito de perguntar o porquê você é amiga de alguém como James Potter. – retruquei de mau humor.

Ela revirou os olhos. Havia se passado um ano desde aquele dia em que ele tinha me chamado para sair. Após entrar para o time de Quadribol, minha amiga tornou-se uma defensora do ser. Isso não é lindo?

- Mas o James não é... – ela começou e eu a interrompi.

- Você quer realmente começar isso de novo? – perguntei me referindo a mais uma de nossas discussões que o envolviam.

- Você está certa – disse ela. – Eu não estou nem um pouco afim de começar isso agora, mas isso não terminou, está me ouvindo?

Eu revirei os olhos e ela riu.

- Eu tenho que falar com a Alice. E não precisa me dizer que cada vez mais pareço o cupido dos dois – falou ela. Agora eu ri.

- Eu só ia dizer que você virou uma coruja também, mas tudo bem. – ela mostrou a língua e correu para o outro lado do corredor enquanto eu me dirigi ao Salão Comunal. Quando a Mulher Gorda se inclinou para que eu entrasse após falar a senha, escutei meu nome do lado de dentro. Taquem pedras se vocês não fizessem o que eu fiz! Realmente, eu fiquei entre a passagem para ouvir mais. Não me olhem assim, eu tenho uma boa defesa: a voz vinha de Sirius Black. O que esse inútil mulherengo pensa que está fazendo usando meu nome por aí? E não me venham dizer que existem várias Lilys por aí, eu protesto!

- Pontas, apenas admita que você não consegue a garota – disse ele em seguida.

- Almofadinhas, entenda, ela só está se fazendo de difícil. – ouvi Potter dizer. Ei pessoal, eu estou contratando assassinos, alguém à disposição? O alvo é esse idiota!

- Então, meu caro, você está dizendo que Lily Evans está se fazendo de difícil por três anos? – Black continuou.

- Ela deve ter algum mecanismo muito bom, mas sim. – respondeu o outro.

Será que Dumbledore ficaria chateado se eu matasse James Potter? Eu sei o que vocês estão pensando, eu também acho que ele não se importaria nem um pouco.

- Eu duvido que você consiga algo – desafiou Sirius.

- Eu ganho o quê em troca? – Potter falou. Eu.Não.Acredito.Nisso. Eles estão realmente apostando a minha pessoa?

- Considerando que é uma aposta impossível, você escolhe. – Black respondeu simplesmente. Outro que entrou para a minha lista negra; não que ele já não estivesse lá, mas agora ele merecia um destaque.

- Apostado. – o outro imbecil falou.

- Garota, você vai ficar aí por quanto tempo? –  Ouch! Levei um susto ao ver a Mulher Gorda dizer isso. – É feio espiar.

- Desculpa. – falei para ela corada e sai de lá. Se eu entrasse naquela sala, cabeças iam rolar.

Mas de uma coisa eu tinha certeza, James Potter nunca conseguiria nada.

Uma semana passou-se desde então. Eu o havia visto nas aulas, mas deixava de lado os olhares enfurecidos para desprezá-lo. Marlene parou de defende-lo agora que ela vira sua atitude idiota. Ela só tinha dado de ombros e dito “É uma pena, eu realmente queria ajuda-lo” e deitou-se. É, eu sei o que estão pensando, na onde eu fui encontrar uma amiga tão incrível, huh?

Estávamos na aula de poções. Coloquei um pouco de uma erva lilás dentro do caldeirão que tomou a tonalidade final: azul. O professor sorriu e eu lhe devolvi o mesmo, tímida. Um pergaminho pousou na minha mesa, onde estava meus livros. Peguei-o e abri.

“Salão Comunal, 23h00min.”

Olhei para trás curiosa. Nada. Todos se mantinham concentrados na própria poção, apenas Sev olhou-me (Sonserina fazia os mesmo horários de Poções conosco) e desviou rapidamente. A letra, supus ser masculina.

 E mesmo que por um instante o olhar de Severus dava a entender que o pergaminho pertencia a ele, não fazia sentido. Ele não poderia entrar no Salão Comunal de outra casa. Agora adivinhem? Isso ficou na minha cabeça durante o dia todo. A pessoa não podia ao menos dizer do que se tratava? E Potter continuava a não me dar atenção. Talvez a sua aposta idiota tivesse sido anulada, e que todos os deuses abençoem esse pensamento, por Merlim!

Faltavam duas horas para dar o horário. Se a mente fértil de vocês pensam que eu iria ao encontro de um louco paranoico, estão muito enganados! Eu iria ficar quietinha na minha cama!

Escrevi mais algumas palavras, eu não estava a fim de fazer o dever de Herbologia, ainda mais que faltava um mês para ser entregue, por ser 200 centímetros de lição; mas toda aquela distração rendeu metade disso. Respirei fundo e enrolei os pergaminhos, e Marlene olhou-me cética.

- Você está estranha hoje. – comentou. – Mais do que o normal.

Eu dei uma risada estranha e prestei atenção no que ela estava fazendo, e adivinhem? Era uma revista de Quadribol, na qual as fotos dos jogadores tinha os próprios se movendo rapidamente em suas vassouras. Tão excitante, não?

Revirei os olhos e ela riu.

- Vamos jogar algo agora que você resolveu deixar seus filhos de lado – falou. Ela sempre se referia às lições a algo assim, cada piada diferente.

E lá fomos mais uma vez, para um jogo desastroso, pelo menos para mim: Xadrez de Bruxos.

Digamos apenas que as peças não confiam nada nada em mim e por isso mesmo, eu perdia toda a vez. Eu sei que podia ter um pouco de inteligência, mas agora que eu estava com a cabeça ainda mais em outro lugar, parecia impossível usar a lógica. Meu bispo tinha uma expressão de querer sair correndo dali e nunca mais voltar quando tentei movê-lo para o outro lado. Ele me olhou e não se moveu nem um pouco.

- Vamos lá, eu sei o que estou fazendo – disse como se adiantasse alguma coisa. Ele me olhou e eu nem precisei interpretar o seu rosto para notar que ele sabia que eu estava mentindo.

- Ok, talvez eu não saiba, mas o que pode acontecer de tão ruim? – falei e ele se moveu receoso. Ops, péssima ideia Lily. Quando Marlene sorriu e mandou seu cavalo direto para o bispo. Antes de ser destroçado, eu tive certeza de vê-lo olhando muito feio para mim, como um aviso bem claro “Eu nunca mais jogo com você”. Como se eu já não tivesse uma coleção de peças que se recusavam a jogar comigo. Entre na fila!

- Eu falei com James hoje – disse Marlene. Aquilo definitivamente me despertou.

- E isso é interessante por que... – indaguei com um ar de ironia.

- Ele está arrependido pelo que disse Lily! Eu sei que você pode perdoá-lo.

- Sim, eu posso. – ela sorriu. – Só que, veja bem, eu não quero.

Meu último cavalo se foi. Mais uma peça que morreu com um grande amor por mim, ah, que ótimo.

- Você é tão doce e incrível Lily, mas quando o assunto é o James você vira uma criança birrenta! – Lene me acusou se levantando e indo em direção a sua cama. A rainha me olhou emburrada por não poder destruir meu rei, que suspirou aliviado.

- Ele azarou o Sev no trem antes mesmo de conhecê-lo. Potter fez brincadeiras ainda mais idiotas após isso, e com outras pessoas. Ele é arrogante e metido, e acha que só porque as garotas o querem num estalar de dedos, que eu também tenho que entrar no pacote. E quando ele viu que um suposto brinquedo não quer ser dele, ele não consegue aceitar e faz birra. Ele é mimado, porque consegue quase tudo que quer, e eu não vou ser mais uma – respondi. – Lene, entenda, você tem um bom coração e não consegue ver os defeitos das pessoas. Eu acho isso incrível, mas quando o assunto é ele, eu simplesmente não posso aceitar.

- Desculpe por dizer aquilo, Lily. Eu só queria que vocês dois se dessem bem. Boa noite. – falou e se virou.

- Me desculpe também... – sussurrei.

Fechei os olhos e desejei dormir sem sonhos.

Um carneirinho... Dois carneirinhos... Três carneirinhos...

Ok, eu não consigo dormir. São 22h46min.

Quatro carneirinhos... Cinco carneirinhos...

Merlim! Eu não posso! Vai que é um maníaco? Ok, eu sou exagerada, o que você tem contra isso?

Seis carneirinhos... Sete carneirinhos...

Mas e se for uma coisa importante? E se for alguma coisa para salvar o mundo mágico ou algo assim? E eu também sou retardada. Me processe!

Oito carneirinhos... Nove carneirinhos...

Droga! É sério que você está fazendo isso Merlim?

Dez carneirinhos... Onze carneirinhos...

Ok, eu desisto. Mas se alguma coisa acontecer com a minha pessoa eu totalmente culpo Merlim e minha maldita curiosidade!

Desci às escadas cautelosamente. Estava tudo escuro, e isso me lembrou de filmes de terror. Lily! Vamos tratar de por pensamentos felizes e otimistas?

Nada. Só a lareira estava acesa, por magia. Mas não havia ninguém lá. Devia ser uma brincadeira de mau gosto, bufei chateada.

E de repente, fui jogada na parede e prensada por um corpo masculino e maior que o meu.

MANÍACO! EU DISSE!

- AAH... – comecei a gritar e uma mão tapou a minha boca.

- Fica quieta Evans, você quer acordar todo mundo?

- Potter!

Ok, era ainda pior que um maníaco. Eu sei, eu sei, estou sendo exagerada de novo.

- O que você pensa que está fazendo? – perguntei baixo.

- Eu só precisava te perguntar um coisa – ele respondeu despreocupado.

- E você não podia fazer isso como uma pessoa normal?

- Como se você ajudasse – respondeu ele. Ah, a culpa é minha agora? – E assim é mais divertido. – completou dando de ombros.

- Você é um id... – comecei.

- Idiota? Talvez. Mas você precisa começar a me insultar de outra forma, essa já perdeu o efeito.

- Provavelmente eu deva usar tarado agora, huh? – falei com os dentes cerrados.

- Eu gostei. – ele deu um sorriso cínico.

- Enquanto você pergunta, pode me soltar?

- Deixe-me pensar... Não. – eu preciso dizer que minha paciência é curta?

Bufei e ele sorriu.

- Eu preciso saber... – começou ele. – O porque você não aceita meus pedidos, me ignora e não me dá nenhuma chance sequer.

Sério? Sério mesmo? Você só pode tá de brincadeira comigo, Merlim!

- Resposta simples: você é um idiota completo. E não, ainda não perdeu o efeito para mim, continua sendo perfeito. E você pode me soltar agora?

Ele me olhou de canto. Parece que o garoto tem problema, céus!

- Potter!

- Lily, você sabe que não é por causa disso. – ele disse, seu rosto se aproximando do meu.

- Potter... – sussurrei.

- Só pare de mentir para você mesma. - falou mais uma vez se aproximando, seu rosto a um palmo do meu. 

- Potter? – falei baixo.

Ele me olhou. Seus olhos castanhos esverdeados brilhavam intensamente.

- Nunca mais ouse colocar as suas patas em mim!

E lhe dei um chute no seu país baixo. É, eu acho que vai doer por um bom tempo. Vem mexer com Lily Evans de novo Potter!

Subi às escadas com pressa, para não abusar da minha sorte. Deixei-o lá com uma cara não muito bom. E de novo, eu pressenti que ele não desistiria.

Aquele fora a primeira vez que James Potter tentara me beijar.


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Notas finais do capítulo

Reviews?