POV Harry

Havíamos passado na casa de Kristen e ela se encontrava na mesma, ou seja uma suspeita a menos. Em seguida passamos na casa de Gabi e não encontramos ninguém em casa. Saquei meu celular no bolso da calça e pedi o número do celular da Gabi para Zayn, liguei e depois de algum tempo ela atendeu o celular:

- Alo Harry? – ela atendeu o celular com uma pontada de esperança na voz.

- Você está com Andreza? – perguntei agora notando a música que vinha do fundo do lugar que ela estava, provavelmente um pub. Ela não iria com And para um lugar publico, seria estupidez.

- Não. – falou e eu desliguei o telefone em sua cara.

- Ela estava em uma boate, eu acho. – falei e Louis e Zayn pareciam tão desesperados quanto eu.

- E agora? Eu não imagino mais ninguém que sequestraria ela. – falou Louis e nós entramos novamente no carro.

- Vamos aonde agora? – perguntei olhando para os dois que estavam tão perdidos quanto eu.

- Para casa, não temos outro lugar para ir procurar. – falou Zayn, o único entre nós que ainda conseguia ser racional Liguei o carro e dirigi rapidamente até em casa. Passei rapidamente pela porta destrancada e pedi para todos na sala:

- Nada? – todos negaram com a cabeça e eu me sentei em um sofá. A casa encontrava-se em silencio absoluto, todos estavam com medo e ninguém sabia o que dizer. Já faziam quase três horas e meia desde que Andreza havia desaparecido e o medo que ela tivesse morta assombrava a todos. Quando o telefone começou a tocar Flávia que estava ao lado do mesmo o atendeu rapidamente e seu rosto começou a perder a cor. Ela desligou o telefone e respondeu meio desesperada enquanto levantava do sofá.

- Era quem sequestrou ela. Disseram onde encontrar o corpo. – falou Flávia com lagrima nos olhos. Encontrar o corpo, o corpo, o CORPO. Isso ecoava na minha cabeça, ela não pode estar morta. Todos correram em direção aos carros e seguíamos Flávia que dirigia até ao local indicado. Ela já havia ligado para a emergência avisando aonde ir. Após uns 7 longos minutos chegamos à um pequeno parque, Flávia desceu do carro e correu até o pequeno bosque e todos a seguiram, não demorou para encontrarmos Andreza jogada no meio de uma clareira deitada sobre a grama macia. Seus pulsos estavam amarrados e ela estava totalmente suja de sangue. Todos estávamos desesperados de ver ela naquele estado, até que eu caminhei calmamente em sua direção e com um pouco de receio tomei seu pulso em minhas mãos e soltei um suspiro aliviado ao sentir a fraca pulsação do sangue no local.

- Ainda está viva. – falei em um sussurro, porem todos escutaram e ficaram um pouco mais aliviados, porem a tensão ainda inundava o local. Não demorou muito e os paramédicos chegaram. Tomaram-na do meu colo mais uma vez e eu disse que a acompanharia até o hospital, joguei a chave do meu carro para Zayn e mandei-o levá-lo até o hospital. A pequena viajem pareceu demorar séculos, parecia que a vida ia esvaindo-se do corpo da minha pequena cada vez mais rápido e eu já estava ficando desesperado. Chegamos ao hospital e como sempre colocaram eu e os outros na pequena sala de espera, logo o mesmo médico que a havia tratado da ultima vez entrou na sala, todos levantaram:

- Ela precisa de um doador de sangue. – falou e todos nos olhamos desesperados, Gabi havia lhe doado sangue na ultima vez e isso apenas porque queria nossa amizade de volta.

- Qual o tipo sanguineo? – pediu Carlota com algumas lagrimas descendo pelas bochechas.

- O-. – falou e ela sentou. Sua atitude deixou claro que não era seu tipo sanguineo, ela começou a chorar mais desesperadamente, provavelmente frustrada por não pode ajudar. Zayn sentou ao lado dela e a abraçou como um gesto de consolo. As irmãs Alison e Ethel se olharam.

- Doutor, nós não sabemos nosso tipo sanguineo. Podemos fazer o exame? – perguntou Ethel e o doutor concordou com a cabeça as guiando pelo corredor até a sala onde elas iriam retirar o sangue.

Elas eram nossa única esperança, devem ter ficado uns 15 minutos lá dentro e todos esperavam em silencio provavelmente pedindo com todas as forças que pelo menos uma delas tivesse o mesmo tipo sanguineo. Elas entraram na sala parecendo mais pálidas.

- Então? – perguntou Josh com uma pontada de esperança na voz.

- Nós duas temos o mesmo tipo sanguineo, O-. – falou Alison com uma pontada de sorriso e todos suspiraram aliviados. Elas sentaram no sofá e pareciam fracas, deveras não comiam fazia horas e haviam acabado de doar sangue.

- Acho melhor vocês irem comer algo. – falei para as duas e elas levantaram.

- Eu vou junto. – falou Louis olhando para Ethel.

- Eu também. – falou Jeremy levantando e indo para o lado de Alison que quase ficou da cor dos cabelos vermelhos. Impressão minha ou ta rolando algo entre esses quatro? Balancei a cabeça tentando expulsar os pensamentos fúteis da cabeça e focar somente em Andreza.

Sentei no mesmo sofá de Lari e Niall que pareciam mais calmos agora. Esperamos um pouco menos de uma hora quando o médico voltou e avisou que poderíamos ir vê-la e que ela havia acabado de acordar. Dividimos-nos em grupos, primeiro entramos eu, Niall, Liam, Josh, Lari e Flá. Andreza ao nos ver soltou um sorriso aliviado. Eu fui até ela e a abracei com o máximo de cuidado que eu pude, geste que todos repetiram. Conversamos um pouco até que eu tive coragem de perguntar:

- Quem que fez isso com você pequena? – perguntei olhando para ela preocupado e pude ver o medo passando pelos seus olhos, ela tinha medo de falar quem havia feito aquilo. – And, se você contar quem fez a policia vai pegar ele ou ela e prender. Não vão mais poder te fazer nada. Eu vou te proteger, eu prometo. – falei e ela me olhou e suspirou profundamente.

- Tudo bem, foi minha ex colega de trabalho a Nicole Williams.

- Porque ela fez isso? – perguntou Lari sentando ao lado da amiga e segurando a mão dela delicadamente.

- Eu não sei. – ela falou e parecia estar segurando as lagrimas. – ela me torturou e... – não conseguiu terminar a frase porque as lagrimas começaram a descer. Todos ficamos em silencio e esperamos ela se acalmar. – não quero falar sobre isso.

- Tudo bem. – falei e ficamos mais alguns minutos com ela até a hora do ouro “grupo” visitá-la. Quando deixamos o hospital já era tarde e Flávia ficou no hospital trabalhando e prometeu cuidar bem de Andreza.