Chances Ao Meu Novo Mundo escrita por Hawtrey


Capítulo 2
Entrando em um novo mundo...


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora...
Comentem!!



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Professora McGonagall!?

— Não, sem chance! — exclamou Lya levantando-se do sofá.

— É ela, tenho certeza — confirmei veemente.

— Não Layse, não é ela — negou a morena  Minerva McGonagall é uma personagem fictícia de Harry Potter e não uma professora de História!

— Por que não confia em mim?

— Eu confio em você mana. Mas acreditar que essa é a Minerva? Isso é demais!

— Se você confia ou não, é problema seu srta. Prince — cortou a professora ficando irritada — Meu proposito aqui é sua irmã e não você.

— Eu? — isso é sério?

— Ela?

— Sim, você — confirmou Minerva olhando pra mim — Vim aqui para levar você para Hogwarts.

— Por que eu? — perguntei confusa. Lya me olhou sem acreditar, apenas ignorei.

— Por que você conhece aquela história como ninguém — começou a suposta bruxa — Quando sua irmã for para o mundo Bruxo ela só se lembrará de algumas coisas, é de vital importância que saibam do futuro completo, só assim podem ajudar o nosso mundo da forma correta.

— Mas nem sei como fazer isso! — desesperei-me.

— Quando uma mudança for necessária, você saberá o que fazer, confie em mim — pediu McGonagall sincera.

— Eu confio em você. Quando vamos? — perguntei animada.

Lya revirou os olhos, mas acho que decidiu não discutir comigo, sou muito mais teimosa que ela.

— Estão cansadas?

— Nem um pouco — respondemos.

McGonagall levantou e pediu:

— Segurem em mim.

Seguramos em seu braço e sentimos a tão conhecida porem inédita sensação de aparatação. Quando desaparatamos, senti minha cabeça latejar e uma vontade horrível de vomitar.

— Que horrível! — exclamou Lya apoiando-se na parede — Nunca mais vou aparatar na vida.

Ela estava tão distraída em reclamar que nem viu onde estava se apoiando.

— Estamos em Hogwarts! — comemorei abrindo um enorme sorriso.

Era Hogwarts mesmo! A meu Deus!! Mal acreditei quando reconheci os quadros, as paredes e o piso de pedra, a altura que se via ao olhar pela janela. Os corredores desertos e escuros, as variedades de portas onde nem todas as salas são usadas...

— Se todo mundo não pisasse eu beijaria o chão agora — disse Lya com os olhos brilhando.

Se isso é um sonho eu nunca mais quero acordar. Toquei na parede para ter certeza de que eu estava mesmo em Hogwarts... foi um erro. Quando toquei na pedra fria, senti algo violento acontecer, senti meu corpo todo entrar em choque, o meu corpo inteiro começou a doer e a tremer violentamente, como se eu estivesse pegando choque.

— O que está acontecendo com ela? — desesperou-se Lya olhando para Minerva.

Tentei responder, mas nada saia da minha garganta, ela estava mais preocupada em engolir o grito. Não consegui tirar minha mão dali, parecia estar grudada. Mesmo agonizando de dor, vi quando as poucas luzes que iluminavam o ambiente foram desligadas e ouvi um barulho que ecoou varias vezes por todo o castelo, parecia que todas as portas do castelo se fecharam sozinhas.

As duas tentaram me afastar da parede, mas ao me tocarem algo as fez recuarem.

— Ela está quente — observou Minerva assustada.

— Solte Layse! — exclamou Lya.

— Não... consigo — gaguejei tentando reprimir a dor.

Inconscientemente levei a outra mão à parede fazendo a dor se intensificar, estranhamente senti algo estranho em meus olhos, como se um liquido gelado estivesse tomando conta do lugar.

Então, com a mesma rapidez que começou, a dor se foi. E tudo parou. Completamente confusa com o ocorrido, larguei a parede e fitei Lya e McGonagall. As duas arregalaram os olhos e não conseguiram conter o susto dando um passo atrás.

— O que foi?

— Seus olhos! — exclamou Lya num fio de voz.

— O que tem eles? — questionei sem entender.

As duas se entreolharam hesitantes.

— O que têm eles? — repeti.

McGonagall conjurou um espelho redondo e me entregou, dizendo:

— Olhe você mesma...

Temerosa, peguei o espelho. O que pode ter acontecido de tão estranho com os meus olhos? Levei o espelho na altura do rosto e vi. E quase não acreditei! Não eram os meu olhos em geral que estavam estranhos e sim minhas íris, elas estavam muito claras, quase branca! Tipo... muito claras! Diferente do meu habitual preto iguais ao da minha irmã.

— Oh meu Deus! — exclamei sem pensar — Que diabos é isso?

— Não faço ideia — murmurou Lya ainda assustada.

— Eu acho que sei...

Eu e Lya fitamos Minerva, se ela sabe o que aconteceu o que está esperando para dizer?

A professora se aproximou e analisou meus olhos com mais cuidado, em seguida dizendo:

— Pode não ter percebido, mais a parede dessa escola foi a primeira coisa material do mundo bruxo que você tocou. Então acho que isso foi uma demonstração do seu misterioso e desconhecido poder... Foi apenas uma pequena demonstração.

— Uma pequena demonstração? — perguntamos em uníssono.

— Sim, pequena. Creio que o seu poder é bem maior que isso...

Escutamos vozes e passos apressados ecoando pelo corredor escuro.

— Venham — chamou a professora seguindo apressadamente pelo lado oposto da origem do barulho.

Paramos em frente a quadro até então desconhecido, nele havia uma cobra enroscada em uma espada que estava bem no meio do quadro e ao lado havia um leão sentando, a cobra então saiu do lugar e deslizou em direção ao leão...

— Esse é o quarto de vocês — revelou a professora — A senha é: O futuro é incerto, do mesmo modo que a vida fluindo em alto mar.

— Senha um pouco grande não? — disse Lya sarcástica.

— Entrem , rápido — ordenou Minerva.

Quase não acreditei no que estava vendo. O lugar é enorme! É um dormitório completo. Havia um salão comunal, com uma lareira, várias poltronas espalhadas pelo lugar, um sofá em frente a lareira, uma mesa, estantes recheadas de livros e armários ainda vazios. Havia também duas escadas, cada uma levava a uma porta, em uma estava as siglas “L.E.P” e na outra “L.M.P”.

Entrei no primeiro cômodo e me deparei com um quarto enorme em tom noturno, tudo ali lembrava a noite, os lenços escuros da cama, as cortinas brancas, paredes azul-claro... alguém ali me conhecia muito bem, e acertou o meu estilo, até mesmo os livros que enchiam as estantes eram dos meus assuntos favoritos.

— Adorei esse lugar! — exclamei — AH! Um closet!

Abri o closet e encontrei todas as minhas roupas! ADOREI. ADOREI. ADOREI. ADOREI.

— GAROTAS, DESÇAM — gritou Minerva da sala.

Desci rapidamente e encontrei Minerva analisando alguns livros. Eu e Lya nos aproximamos e ela começou:

— A seleção de vocês será amanha pela parte da manhã, então as sete em ponto vou estar aqui embaixo esperando vocês já com o uniforme da escola. Depois da seleção o diretor irá escolher um aluno da casa de vocês para mostrar a escola e dizer as regras, o que eu acho uma perda de tempo... Quando já tiverem em suas devidas casas, um corredor será criado aqui, ligando esse lugar ao salão comunal de suas casas. Alguma pergunta?

— Sim. Como fica o nosso conhecimento em magia? Não participamos de nenhum ano escolar — perguntou Lya.

— Ah sim. Vocês logicamente terão que se esforçar muito mais do que os outros alunos, então o único dia de folga de vocês será ao domingos, e quanto aos passeios, nem todos serão liberados — esclareceu a professora — E há aulas pela parte da noite, mas somente uma, para não ficar muito pesado para vocês. Amanhã depois do almoço, deveram ir para sala dos professores onde haverá uma reunião com todos os professores para decidir que aulas terão e o horário certo, entenderam?

— Sim, senhora — respondemos em uníssono.

— Ótimo, por que não estou a fim de repetir tudo isso amanhã. Tenham uma boa noite garotas — desejou a professora já saindo.

— Boa noite professora McGonagall — desejamos.

Na minha opinião foi a noite mais longa que já tive em toda a minha vida, a ansiedade não ajudou em nada e o nervosismo só piorou a situação.

Quando acordei o sol ainda não tinha saído por completo e o tempo enevoado me indicou que mais seria mais um dia frio. Decidi me arrumar logo, vesti o uniforme e percebi que a saia estava onde eu a prefiro, um pouco acima do joelho, mas em vez do sapato sem graça que faz parte do uniforme, coloquei minha tradicional e inseparável bota preta e de cano longo. Penteei meus cabelos que vão até quase a cintura e os parti para o lado direito. Olhei-me no espelho e percebi que meus olhos ainda continuavam claros. Que droga! Com certeza vai chamar muita atenção...

Ainda me olhando no espelho, toquei o meu colar que uso desde que me entendo por gente, é a única coisa que gosto da minha “família”, o pingente dele é o que mais me chama atenção, ele é simples, apenas um uma pedra preta em forma de coração, de uma forma estranha me sinto segura quando o estou usando. Lya tem um parecido, mas o dela é uma pedra vermelha.

Fui para a sala comunal já sabendo que ela estaria vazia, meus olhos logo encontraram vários materiais e os reconheci rapidamente: eram os materiais que usaremos durante o ano. Peguei os materiais de Lya e fui até o quarto dela.

— Lya, acorda — chamei batendo na porta.

— Já tô acordada e arrumada, o que quer? — cortou ela abrindo a porta.

— Bom dia pra você também — repliquei irônica — Esses são os seus materiais.

Dei meio volta e fui arrumar os meus materiais.

— Lays, espera — pediu Lya me fazendo fita-la.

— O que foi?

— Desculpa por eu ter começado o dia de uma forma rude — pediu ela — É que eu quase não dormir e tô muito nervosa, você também deveria ficar.

— Por que?

— Olhe — ela me entregou o Profeta Diário.

Abri-o e li a manchete principal.

IRMÃS PRINCE CHEGARAM

HOJE EM LONDRES

As irmãs Layse e Lyane Prince, ambas com quinze anos, chegaram hoje em Londres de acordo com algumas fontes confiáveis, mas, como já foi comunicado anteriormente, a chegada das duas foi em completo segredo e total discrição. Não há nada que possa caracterizar nossas futuras heroínas, nenhuma descrição física, foto, nada, apenas a certeza que elas chegaram ontem pela noite e estão agora em Hogwarts, esperando apenas a hora de começarem o ano escolar e se revelarem ao mundo.

Mesmo sabendo que ambas conhecem o futuro, o maior alvo está sendo a mais nova Layse Prince, uma garota, que de acordo com varias fontes confiáveis e com o próprio diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore, é dotada de um poder até agora desconhecido. “Nem todo Mundo Bruxo está preparado para receber uma bruxa com esse tipo de poder, um poder que já está sendo considerado como um novo e misterioso tipo de magia, mas Hogwarts e seu corpo docente e discente está de braços abertos para receber as duas com o maior conforto possível, o corpo docente está sendo preparado para dar aulas extras às duas e o corpo discente à se acostumar com qualquer tipo de poder que a srta. Prince possua. Naturalmente nos a priorizamos por pelo menos um mês e talvez até mais, para podermos ter uma ideia de que tipo de magia vamos lidar”, esclareceu o diretor Dumbledore em uma breve entrevista, ele também confirmou a presença breve de jornalistas na seleção das irmãs, apenas para saciar os jornais...

Preferi não ler o resto. Assustada, fitei minha irmã e verifiquei:

Priorizar por acaso quer dizer dar mais atenção?

— Isso mesmo — concordou Lya em tom divertido. Ela sabia que eu odeio receber atenção demais.

— Eu li errado ou Dumbledore disse que haverá a presença de jornalistas na seleção?

— Ele disse exatamente isso...

— E como posso ser mais nova que você se somos gêmeas!?

— Como você sabe, uma tem que nascer primeiro que a outra e eu nasci primeiro.

— Isso é ridículo! — exclamei me levantando.

— Você ser mais nova? — questionou ela arqueando a sobrancelha.

— Não! Por que eu devo receber mais atenção? — exigi saber. Eu sou igual à minha irmã, por que diabos receberei mais atenção!?

— Ah por Merlin Layse, pare com isso — pediu Lya impaciente — A única coisa que você pode fazer quanto a isso é se acostumar. Essa atenção exagerada que terão sobre você não vai diminuir e muito menos sumir! Então apenas aceite e acostume.

— Bom dia meninas — saudou professora McGonagall quase me matando de susto e fazendo Lya se sobressaltar — Prontas para serem reveladas ao mundo?

— Sim — concordou Lya sorridente.

— Não mesmo — respondi — Mas nada posso fazer quanto a isso...

— Então, ótimo — comemorou Minerva e pediu — Me acompanhem, por favor.

Engoli em seco e segui McGonagall, com Lya ao meu lado. Os corredores estavam desertos, no caminho apenas os quadros que nos seguiam com o olhar. Quando paramos perto das portas do salão principal.

— Esperem aqui, vou anunciar a chegada de vocês — disse Minerva para o meu horror.

— Anunciar? — perguntei num fio de voz. Mas já era tarde, a professora já tinha entrado. Agora sim eu posso estar branca feito vela.

— Calma Lays — sussurrou Lya — Sabia que você parece mais poderosa com esses olhos e essas botas?

— Eu sei o que está tentando fazer — cortei inexpressiva — Mas obrigada, estou me sentindo melhor.

Minerva voltou e ordenou que nos a seguíssemos. Quando as portas abriram todos os olhos se voltaram para nós (ou pra mim) e os murmúrios se intensificaram. No entanto, como o que está ruim pode se tornar pior, quando coloquei o primeiro pé no salão, as janelas se fecharam com um estrondo deixando o lugar quase um breu. Imediatamente recuei e as janelas voltaram a se abrir.

— Hogwarts me odeia... — comentei a mim mesma.

— Ela não te odeia, apenas não está acostumada com alguém que tem mais magia que ela — confortou Dumbledore me fazendo fita-lo.

— Bom dia professor Dumbledore — saudei e para minha surpresa, minha voz saiu bem confiante.

— Bom dia srta. Layse, algum problema? — questionou ele.

— Bom... eu acho que não vou poder entrar — conclui.

— Claro que pode — afirmou o diretor — Só entre mais devagar.

Suspirei. Pé ante pé e bem devagar entrei no salão, quando eu já estava com corpo inteiro no salão, apenas dei de ombros e me juntei a minha irmã.

— Vocês sabem o que fazer — disse Minerva quando pegou o chapéu seletor e só então percebi que o banquinho já estava lá... e os jornalistas também.

Todos os jornalistas começaram a se mover e eu discretamente recuei, Lya se aproximou e eu a fitei assustada.

— Senhoritas, só algumas fotos para o jornal antes da seleção — pediu um senhor baixinho segurando uma enorme câmera antiga.

Havia mais gente do que pensei, eram todos de Londres?

— De onde vocês são? — perguntou Lya como se lesse minha mente.

— Inglaterra — disse um.

— France.

— España.

— Italia.

— Irlanda.

— Pour dont la maison que vous voulez pour être sélectionné?* — quis saber um francês.

— La maison n'a pas d'importance, ce qui importe est de savoir comment je me sens dans ce nouveau monde* — respondi indiferente.

Ah meu Merlin! Deve ter pessoas de boa parte do mundo naquele salão! Varias e varias fotos foram tiradas, era tantos flashes que não sabia se enxergava ainda.

— Acho que já foram fotos suficientes — disse Dumbledore com sua voz se sobrepondo ao barulho dos repórteres.

Agradeci mentalmente por isso e percebi que Lya suspirou aliviada.

— Layse Prince — chamou McGonagall.

Droga! Por que sou sempre a primeira!? Que merda!

Tremendo, fui em direção ao banquinho e sentei. Senti Minerva colocar o chapéu seletor e ele começou:

— Ora, ora, ora, é um prazer conhece-la Layse, ouvi falar muito sobre você e devo admitir: sua mente é uma das complexas e misteriosas que já analisei. Só vi duas mentes assim em todos os anos que estive nesse castelo.

— Sério? — duvidei — E de quem são essas mentes?

— Acho que não vai querer saber...

E eu já sabia a resposta.

— Lord Voldemort e Harry Potter.

Não me surpreendi quando os alunos se entreolharam e começaram a cochichar, bando de... não Layse, não comece a xinga-los, você já sabia que eles eram assim e agora terá que se acostumar com isso!

— Você é bem direta srta. Prince — disse o tio seletor — E está certa. Mas, não importa quanto Potter foi difícil de ser selecionado — eu arqueei a sobrancelha — Você está sendo pior, nunca fiquei tão confuso!

— Nenhuma casa em especial?

— Não mesmo, pode se dar bem em todas as casas e isso inclui a Sonserina, são poucos os que satisfazem as quatro casas...

— Mas você vai ter que pensar em alguma, então coloque essa sua mente brilhante para trabalhar o mais rapido possivél, por que assim como todos aqui, estou com fome e meu estômago não está a fim de esperar muito — resmunguei fazendo alguns rirem e concordarem.

.

.

.

— E ai tio Seletor? Como é que vai ser? Vai escolher ou não? — perguntei impaciente depois de alguns minutos no silêncio.

— Calma garota, você é dificil — pediu o chapeu.

— Eu sei, eu sei, não precisa ficar repetindo… — murmurei irritada.

O silêncio permaneceu por mais alguns minutos, até que de repente o tio seletor pediu:

— Encare Harry Potter?

— O que disse? — ele tá doido?

— Isso mesmo o que você ouviu — insistiu o seletor — Mas para deixar mais claro, faça o seguinte: vá até o sr. Potter, olhe dentro dos olhos dele e depois me diga o que sentiu.

— Por que eu faria isso? — não mesmo que eu vou fazer isso.

— Por que eu estou mandando, agora vá.

Sob os olhares de todos no salão, deixei o chapeu sobre o banquinho e fui até o Potter que me olhava assustado.

—É um prazer conhece-lo sr. Potter — saudei quando cheguei perto.

—O mesmo, srta. Prince — respondeu ele timidamente.

Inclinei-me um pouco e fitei aqueles brilhantes olhos azuis que lembravam tanto os de Lilian, de repente me veio a mente não só acontecerá com ele, como também o que aconteceu com Lilian, mas nada muito surpreendente. Ele também pareceu ter uma boa “primeira imagem” de mim, pois sorriu suavemente, virou-se e continuou a tomar seu suco.

— Vejo apenas que ele se parece mais com Lilian do que pensam — falei sorrindo e fitando o chapeu que apenas concordou e pediu — Faça o mesmo com todos aqueles que você acha que serão relevantes...

— Droga! — qualquer o problema desse chapeu?

Nem precisei olhar em volta e consegui encontrar Hermione Granger, ou a sabe-tudo-Granger.

— Olá srta. Granger — vi a garota engolir em seco — Sr. Weasley... como está a familia?

— Bem... — respondeu ele mais palido.

— Não acho que seja nescessario com mais alguem da Grifinória e nem mesmo da Sonserina... — comentei para o chapeu fazendo toda Grifinória respirar aliviada.

— Então agora  eu vou escolher — disse o chapeu olhando em volta.

Engoli em seco, me ferrei legal.

— Mas...

— O diretor Dumbledore.

DROGA!

Tremendo fui até o meu maior idolo... calma Layse, respira, inspira, respira...

— Acho que encontrei o seu ponto fraco — observou o chapeu.

— Calado — rosnei.

Quando comecei a fitar aqueles olhos azuis tão misteriosos que escondiam uma das mentes mais brilhantemente brilhantes e sabias que o mundo Bruxo já conheceu, simplesmente não consegui, um incomodo enorme tomou conta de mim, como se eu tivesse escondendo uma grande mentira dele e achasse que ele já sabia de tudo e me mataria.

— Ok. Já chega — disse e me fui até o chapeu — Me selecione logo antes que o ano letivo acabe!

— Calma... ainda falta mais uma pessoa... — disse o chapeu misteriosamente.

Eu não entendi no começo, mas então segui o olhar do tio seletor que caia exatamente sobre... Severo Snape.

Arregalei os olhos e comecei a negar freneticamente:

— Não, não, não e não.

— Qual é o problema em encarar o Mestre de Poções? — perguntou o chapeu seletor parecendo estar confuso — Você precisa fazer isso, só assim entenderei sua mente.

— Lyane — chamei urgentemente, quando ela se aproximou, sussurrei — Mana eu não posso fazer isso, nem me pergunte o motivo, mas eu não tenho um pressentimento muito bom sobre isso, na verdade é um pessimo pressentimento.

— O que vai fazer? Se não fizer o que ele diz, não vai ser selecionada — sussurrou Lya de volta.

— Estou entre a morte e o castigo eterno — murmurei frustada.

— E quem é a morte?

— Snape.

— Então enfrente a morte.

Porcaria de seleção!

Fiz uma careta e a contragosto me aproximei do professor, ele tinha uma expressão de desafio no rosto, como se minha presença ou que seja la o que eu fizer, nada mudará suas opiniãos ou algo do genero. Cara estranho...

— Quero que olhe bem nos olhos dele e concentre-se no futuro do mesmo — ordenou o chapeu.

— No futuro dele? — perguntei com um fio de voz. Por que tem que ser logo no futuro do Snape!?

— Isso mesmo, no futuro dele...

— Não pode ser no futuro de outra pessoa...sei la-

— Agora.

Suspirei vencida, eu realmente não tenho escolha.

Cheguei mais perto da mesa onde o professor estava e comecei a olhar bem nos fundo dos olhos deles, também me concentrando no futuro sombrio dele. Uma imagem de Lilian apareceu do nada me assustando, recuei por instinto, mas logo voltei a me concentrar...

De repente minha cabeça começou a doer muito, quando vi a cena da morte dele não conseguiu segurar as lagrimas, a cena se repetiu diversar vezes, pareceu passar em câmera lenta... eu pude sentir sua dor, seu desespero... percebi que eu estava na lembrança, eu estava em pé, ao lado de Snape, apenas vendo-o sangrar...

Na lembrança, escutei algo e quando virei dei de cara com o próprio Voldemort.

 — Finalmente conheci a famosa Layse Prince... — disse Voldemort na lembrança.

O que quer cobra escamosa? — retruquei rispida.

Quando percebi, já era tarde demais, Voldemort ergueu uma adaga e a enfiou no meu estomago. Curvei-me sentindo uma dor muito real... real demais...

Abri os olhos e vi minha mão coberta de sangue, fitei Snape sem enteder, ele entendia muito menos que eu. Seu olhar pairava assustado sob o grande corte que agora estava no local que eu apertava. Quando cai no chão sem forças, percebi que já haviam varias pessoas ao meu redor.

Foi quando vi alguem que eu pensava que a muito estava morto: Cedrico Digory.

Será mesmo possivél que ele ainda esteja vivo?


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Notas finais do capítulo

*Para qual casa deseja ser selecionada?
*A casa não importa, o que importa é como me sentirei nesse novo mundo.
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