A Herdeira das Trevas escrita por Lua


Capítulo 3
Primeiros passos




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Capítulo 3: Primeiros passos



PDV. Alana Riddle



Não sei bem o que Lucius Malfoy fez, mas eu recebi a carta de Hogwarts semana passada, e nela estava escrito:



Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts
Diretor: Alvo Dumbledore
(Ordem de Merlim, Primeira classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos)
 
Prazada Srta. Riddle,
Temos o prazer de informar que V.Sa tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista de livros e equipamentos necessários.
O ano letivo começa em 1° de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.
Minerva McGonagall, diretora substituta.


Ainda na semana anterior a eu receber a carta eu fiz um teste de admissão, para eu poder ir direto para o quarto ano, ao invés do primeiro, e passei, já que desde pequena eu aprendo esse tipo de coisa com os comensais.


Hoje seria o dia em que eu iria para Hogwarts, então eu estava a mil por hora, super animada! Eu iria sair fisicamente pela primeira vez desse castelo imundo que eu tanto odeio, e ficaria bem longe de meu pai, o que é melhor ainda.


Ontem eu recebi pelo correio os meus materiais, que foram comprados por minha mãe, seja lá quem ela for, quando eu era apenas uma bebêzinha. Inclusive um senhor idoso, chamado Olivaras veio aqui, me ajudar a escolher uma de minhas varinhas novas, e eu acabei ficando com uma feita de chifre do unicórnio, 28 cm.


Eu estava tão animada com o começo das aulas, que os uniformes novos mal chegaram e eu já havia experimentado e desfilado com todos em meu quarto, sozinha, apenas com a Night como platéia.



[...]



Minhas malas já estavam prontas e cheias, duas no total, o suficiente para caber as minhas roupas e objetos mágicos que papai queria que eu levasse.


Peguei a gaiola da Night, e a coloquei aberta em cima da cama.


– Night, vem cá, entra na gaiola, eu prometo que vai ser só enquanto estivermos no trêm! Depois eu te deixo solta, juro! - Eu sou ofidiglíota como meu pai, e apesar do que dizem, que falar com cobras é a marca das trevas, eu sei que isso é inveja, porque ter um amigo só nosso não é ruim.


Night, desde que eu a comprei, ela odeia ficar presa em uma gaiola.

– Sim senhora, Lana. - Ela disse, entrando na gaiola. Eu a tranquei lá, para não correr o risco de a gaiola se abrir e ela cair. - Está animada, senhora Lana?

– Muito. Você nem imagina o quanto. - Conversávamos, enquanto eu vestia uma roupa mais adequada para a minha primeira saída de casa. Coloquei um vestido até o meio da coxa, roxo, e um salto alto, mas não tanto. Meu cabelo eu deixei solto e completamente natural, mas no rosto passei apenas um pouco de rímel.


Peguei minha corrente que tem um rubi pendurado embaixo. Minha mãe havia me dado no dia de meu nascimento, eu não uso muito, pois chama a atenção dos serviçais, e não quero ser roubada, ainda mais que é algo com tanto valor.

– Calma Alana, você vai se sair bem. O primeiro dia não é um monstro de sete cabeças. - Falei comigo mesma, me olhando no espelho. - Ah... Mas quando se é filha do homem mais odiado do mundo, pode ser um monstro de até doze cabeças... - Me lamentei, e rapidamente recuperei a esperança, e aparatei com todas as minhas coisas para a sala de jantar, para me despedir do papai.

– Tchau papai. - Falei rápido.

– Espere querida, espere. - Ele me disse calmamente. - Está muito bela! - Eu sorri de canto. - Você receberá uma carona dos Malfoy, afinal o Draco cuidará de você.

Como é? Draco será minha babá? Droga, poderia ficar pior?

Eu aceitei a decisão, ou melhor, o castigo de meu pai, e nós aparatamos para frente de um trêm, e em sua frente eu li Expresso Hogwarts, plataforma 9¾.


Achei esse lugar estranho, eu via crianças aparecendo de repende de dentro das paredes, e quase chorava de emoção, nunca havia visto pessoas juntas e felizes antes. Nunca mesmo.


– Legal né? - Draco sussurrou em meu ouvido. - Você vai sentar na minha cabine no trêm. - Ele abraçou minha cintura.


– Se você pensa... - Tirei suas mãos de mim. - Não sou eu que vou decepcionar o Draquinho, não é? - Falei em tom sarcástico.


Entramos no trêm, meus olhos marejavam apenas de ver tantas pessoas felizes e juntas. Eu sorri comigo mesma, mesmo sem conhecer ninguém e sabendo que depois a maioria deles iriam me odiar.


Sentei em uma cabine no meio, esperando que Draco não me achasse lá. Vi algumas pessoas passando por mim. Todos paravam, me olhavam, e continuavam a andar, sempre comentando, será que todos já sabem quem é meu pai?


Vi um garoto de cabelos negros e óculos redondos passar e parar. Ele me fitava curioso, como todos os outros, mas ao contrário deles, este garoto entrou.


– Posso me sentar aqui? - Ele me pediu.


– Hãm... Claro, por quê não? - Percebi que ele fitava não só a mim, mas a Night também. - Não se preoculpe, ela não morde. Sem falar que está na gaiola. - Eu sorri de canto.


– Certo. - Ele se sentou. - Qual seu nome?


– Alana Stiller, e o seu? - Não quis começar falando meu sobrenome altamente mortal, esse poderia ser o meu primeiro e melhor amigo.


– Harry Potter. - Ou talvez não, com certeza esse não seria meu primeiro ou melhor amigo.


– Ah... OK. - Ele me olhou incrédulo, deve estranhar não ter comentado nada por causa de sua fama. - Que ano você é?


– Quarto ano, e você? Primeiro ano em Hogwarts, não é?


– Sim, mas fiz uma prova antes das aulas, e vou direto para o quarto ano também. - Sorrimos um com o outro, quando olhei para a porta, eu vi Draco parado, nos olhando com nojo. Ele saiu raivoso, dando espaço para um garoto ruivo aparecer.


– Oi Rony, vai se sentar conosco? - Harry perguntou para o ruivo da porta, então ele deve se chamar Ron.


– Hãm.... É um convite? - Percebi que ele não tirava os olhos de mim, e corei. Harry seguiu o olhar de Ron, e reparou o jeito que ele me olhava.


– Entra logo Rony... - Ele entrou, se sentando ao lado de Harry, em minha frente. - Essa é a Alana Stiller, Alana, esse é Ronald Weasley. - Eu sorri amistosamente, e peguei um de meus livros de histórias sobre Hogwarts na bolsa, para começar a ler.


Enquanto eu me 'divertia' com a leitura, Harry e Ron ficavam conversando em sussurros, e sempre desviavam o olhar para mim.


– O que estão falando? - Perguntei, fechando o livro e o guardando na bolsa. Eles se entreolhavam.


– Nada demais...


– Ah é? Então eu vou procurar outra cabine para sentar. - Me levantei indo em direção a porta, mas Harry segurou meu braço.


– Mas porque?


– Se vocês vão ficar escondendo o assunto de mim, vou facilitar. Tchau. - Ele continuou me segurando, e eu não consegui ir.


– Olha, desculpa, não foi nossa intenção, é que você não vai se interessar pelo assunto, não faz muito seu estilo. - Ele me olhou no fundo dos olhos, e desta vez, fui eu que acabei hipnotizada, e resolvi ficar.


– Tudo bem, eu vou comprar alguma coisa para comer e vocês finalizam o assunto, certo? - Eles assentiram contentes, e eu sai pelos corredores, indo em direção a uma mulher baixinha com um carrinho de 'guloseimas', como ela mesma estava gritando.


Foi estranho, sempre que eu passava por alguém, este alguém me fitava.


– Bom dia, eu quero uma torta de abóbora por favor. - Falei, lhe entregando o dinheiro.


– Bom dia querida, aqui está. - Ela me entregou a torta de abóbora sorrindo, não sabia que ela sorria, sempre a vejo rabugenta. Certo, fala a menina que nunca saiu de casa, mas quando eu a vi no corredor estava bem rabugenta.


– Obrigada. - Falei, e fui andando nos corredores.


Eu passava distraida, quando fui puxada para dentro de uma cabine.


– Ai Draco! Me larga! - Eu disse me rebatendo.


– Fugindo de mim princesinha do mal? - Ele me segurou bem perto de si, eu podia sentir sua respiração, e ele a minha, que estava ofegante. - Olha, eu não quero ter você como inimiga, afinal, os soncerinos não deviam ser inimigos, certo?


– Soncerinos? - Perguntei incrédula. - Eu não sou uma sonserina!


– Não ainda, mas sendo filha de quem é, com certeza vai morrer sendo uma sonserina... Se bem que... Annabeth era da grifinória. - Ele disse suspirando e dando voltas circulares pela cabine, pensativo.


– Quem é Annabeth?


– Você não a conhece? - Ele me olhou sem entender, balancei a cabeça, negando. - Então certamente não sou quem irá te contar. - Ele sorriu malicioso.


– Ah, estou perdendo meu tempo! - Falei, voltando a cabine de Harry e Ron, minha cabine.


Quando cheguei tinha uma garota lá, ela tem os cabelos meio ondulados, até pouco abaixo do ombro, e de cor meio dourado escuro. Bem bonita.


– Alana, essa é Hermione... - Harry nos apresentou.


– Prazer. - Nós nos abraçamos amistosamente.


– O prazer é meu. - Ela sorriu envergonhada. - Posso me sentar nessa cabine com vocês?


– Claro, é bem vinda! - Eu disse, me sentando ao lado da janela. Hermione se sentou ao meu lado, sorrindo. Eu já gostei dela.


Peguei novamente o meu livro e comecei a ler.


–É Hogwants? - Ela perguntou apontando para o livro.


–Sim, já leu?


–Oito vezes. Sou fã desse autor, e do livro, claro. - Olhei para frente, e vi Harry e Ron parados, nos fitando. Hermione seguiu meu olhar, e quase riu da cena. Realmente, se meu humor não tivesse sido derrotado pelo ódio que tenho por Draco, eu riria muito.




[...]




Chegamos em Hogwarts a uns cinco minutos, e estamos indo para o salão comunal, fiquei no fim da fila, não quero ser muito notada.


Eu tentava ouvir oque as pessoas falavam sobre mim, mas elas sussurravam uns com os outros, por que não falam na minha cara?


Senti alguém tocar meu ombro, e quando me virei, vi um homem alto com uma longa barba branca e um 'vestido' da mesma cor.


– Srta. Riddle, por favor me acompanhe, eu sou Dumbledore, o diretor de Hogwarts. - Ele seguiu andando em um corredor, e eu o segui. Apenas eu.


Entramos em uma sala enorme, e que para mim, é bem divertida. Muitas coisas que nunca havia visto na vida, só as conhecia por causa das descrições dos milhões de livros que já li.


– Sente-se. - Sentei-me na cadeira que me endicara. – Me desculpe ter tirado-a de sua excurção ao colégio, mas mediante sua idade, e suas notas excelentes, terá que passar pelo chapéu seletor aqui mesmo, para não causar avorosso.


Eu já havia lido sobre o chapéu seletor, ele seleciona as casas, Grifinória, lar dos corações corajosos e indomáveis, Corvinal lar daqueles que têm a mente sempre alerta, inteligentes e sábios, Lufa lufa, lar dos justos e leais, e Sonserina, lar dos ambiciosos e desonestos.


Eu acho que não iria gostar de ir para a Sonserina, ainda mais depois do que Draco me falou, na verdade queria ser da Grifinória, mesmo que meu pai me mate depois disso.


Dumbledore pegou um chapéu velho e surrado, que eu julguei ser o chpéu seletor, e o colocou em cima de minha cabeça.


– Hum... Vejo muitas, muitas coisas boas mesmo, mas tem uma família um tanto curiosa, que nos deixa muita dúvida... Sonserina ou Grifinória?


– Grifinória, grifinória, grifinória... - Eu torcia em sussurro.


– Bem, na Sonserina você seria temida, odiada, e seguida, já na Grifinória... Não vejo tanto futuro... Mas, se é teu desejo... Grifinória! - Eu festanejei de alegria, apesar de meu pai me castigar por isso mais adiante.


Olhei para Dumbledore, que pareceu confuso, porém, satisfeito.


– Bom, agora lhe levarei até o salão comunal, onde poderá sentar com os Grifinórios.


Ele me guiou até o Salão Comunal. Eu nunca imaginei lugar tão diferente e explêndido. Era iluminado por milhares de velas que flutuavam em cima de quatro mesas compridas, onde os demais estudantes já se encontravam sentados. As mesas estavam postas com pratos e taças douradas. No outro extremo do salão havia mais uma mesa comprida onde se sentavam os professores.


Eu acompanhei Dumbledore até ele me mostrar a mesa da Grifinória, e logo avistei Harry, Rony e Hermione. Me sentei ao lado deles sorridente, quando Harry falou seriamente.


– Quando iria nos contar tudo Alana Riddle?



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