A Herdeira das Trevas escrita por Lua


Capítulo 14
Para sempre o seu pai




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Capítulo 14: Para sempre seu pai




PDV. Alana Riddle




Eu estou na cama deitada, ao lado de Draco, apenas pensando no quanto eu estou sendo egoísta. Não posso deixar quem eu amo se arriscar assim por mim. Não deveria deixá-los pensar que estarão me ajudando, porque não estarão. Se eles morrerem eu nunca me perdoaria.


–No que está pensando? - Draco quebrou o silêncio.


–Eu não posso deixar. Vocês podem morrer por minha causa.


–Se você estiver falando de te proteger e ajudar a matar seu pai, saiba que não tem escolha. Eu mesmo nunca te deixaria sozinha em um momento desses.


– Assim como eu não te deixaria morrer por mim.


– Repito, você não tem escolha.


– Tenho sim, e garanto que ela é a melhor de todas, e a mais sensata também. - Neste instante eu parei para pensar em uma possibilidade, e pode dar certo.


– Alana, por favor, me deixe te ajudar!


– Eu não aguentaria te perder... Não mesmo. - Eu levantei o rosto para olhá-lo. - Me prometa que você não vai me procurar.


– Procurar? Por que? Para aonde e quando você vai?!


– Apenas prometa.


– Eu prometo se você me prometer que vai voltar para mim.


– Eu prometo. - Logo eu o beijei. Esse beijo me pareceu uma despedida, o que eu pretendia não ser, mas se for, é melhor que ele saiba o que eu sinto por ele.


– Eu te amo. - Sussurrei contra seus lábios.


– Eu te amo mais.




"Draco, eu te amo demais para te perder. Por favor, você não pode quebrar sua promessa. Eu vou ficar bem, e voltarei para você, meus amigos e minha família. Não se preoculpe, farei o que é certo, e espero que saiba que se eu lhe perdesse nesta batalha, seria o mesmo que eu me suicidar.


Para sempre sua,


Alana"




Escrevi esse pequeno bilhete para Draco e deixei em cima de sua varinha, na cabiceira de minha cama.


Logo eu aparatei para a minha primeira casa, o castelo Riddle.


Enquanto eu me aproximava do Grande Salão, eu ouvia as órdens de papai.


– Certo, invadiremos Hogwarts ainda hoje, e não quero um sobrevivente sequer!


– Não é necessário, papai. - Entrei já falando. Foi ótimo ver a cara de espantados de todos. - Estou aqui. Não é isso que você queria? Me matar?


– Alana, você sabe que essa nunca foi minha intenção... Mas é claro que entre eu e você, eu prefiro a mim. - Ele fez um rápido movimento com as mãos, pegou a sua varinha e apontou-a para mim. - Avada Kedavra! - Assim que ele terminou de falar, a varinha pulou de suas mãos, e foi parar no chão.


– Não se humilhe, Tom Riddle, você sabe que sou melhor que você. - Eu comecei a torturá-lo. - Todos são.


– NÃO OUSE FALAR ASSIM COMIGO, ALANA! - Ele me apontou o dedo indicador, e logo a sua varinha vôou para sua mão novamente, e ele começou a gritar. - AVADA KEDAVRA! AVADA KEDAVRA! AVADA KEDAVRA! AVADA KEDAVRA! AVADA KEDAVRA! - De nada isso adiantou. Estou surpresa com minha força.


Percebi que papai estava exausto, e que suas forças estavam se esgotando. Eu já havia dado tantos passos para rás, que já estávamos no meio do corredor grandioso e iluminado.


– Pare, papai! Vai se matar desta forma! - Eu gritei, mesmo sabendo que não adiantaria.


–AVADA KEDAVRA! AVADA KEDAVRA! AVADA KEDAVRA!


Então tive uma ótima idéia, eu poderia comcluir minha missão e ainda deixá-lo vivo. Se ele parasse um instante eu conseguiria.


– Tom, pega! - Puxei meu colar, ou melhor, minha horcrux de meu pescoço, e então o atirei em meu pai, que sem querer tocou nele.


Logo eu vi uma luz muito forte sair de dentro dele, mais forte do que com Pansy, e fechei os olhos. Os poderes dele eram muitos, então a luz demorou a sair, e então ouço um grito agudo de dor, era ele, Tom. Papai finalmente voltou a ser Tom Riddle, e estava com aparência de vinte anos, como antes de virar Voldemort, o homem cobra.


– VOCÊ ME DESTRUIU! - Ele gritou, e enfim eu abri os olhos e o vi caído no chão, sofrendo. Peguei minha horcrux e a coloquei novamente no pescoço.


– Desculpa, Tom. Era seu destino, não o negue. - Eu estava virando as costas, quando fui puxada para trás por uma mão extremamente gélida.


Quando virei, vi Tom me segurando. Ele estava pálido, mais do que o normal, e logo desmaiou. Não sei o que aconteceu, não sabia se era minha culpa, só sei que ele estava mal, e precisava de mim.


Rapidamente eu e outros comensais o levamos para o seu quarto, e o deitamos na gigantesca cama.


Todos sairam, e eu fiquei sentada ao lado da cama, esperando-o acordar. Enfim isso aconteceu, e ele me olhou pouco confuso.


– Alana, o que faz aqui?


– Estava esperando você acordar... Tom. - Fiquei sem saber do que o chamar.


Ele levantou as mãos, e ficou vendo-as.


– Sabe o que aconteceu comigo? - Eu balancei a cabeça negativamente. - Eu estou envelhecendo. Todos esses anos como Voldemort sem envelhecer serão recomepensados. Irei envelhecer um ano por minuto de duviddar. Percebe? Já estou mais velho.


Agora que ele falou, eu consegui reparar. Eu havia mesmo matado meu próprio pai, só dei alguns minutos a mais a ele.


Não me aguentei, e comecei a chorar.


– Não, Alana. Não se culpe. - Tocou meu rosto, já com a voz pouco rouca e algumas rugas. - Você fez o que é certo, mas Voldemort não entendeu. Agora você me transformou em Tom novamente, e eu agradeço. Agradeço mesmo.


– Mas você vai morrer por minha causa. - Era impressionante ver sua pele enrugando, seu cabelo descolorindo e a idade aumentando tão rapidamente.


– Alana, você me mostrou o melhor da vida. Morrer agora só fez me entender o que é amor paternal. Eu te amo, filha. Sempre amei, mas não entendia. - Meu olhos não me obedeciam, eu também o amava, e era difícil ouvir isso pela primeira vez, e última.


– Não me deixe, pai, por favor... - Eu o abracei, e pude sentir seu corpo ficar mais leve e fraco.


– Cuide de sua família assim como cuidou de mim, Lana... - Sua voz foi ficando fraca, sua respiração parou, e logo eu entendi. Ele partiu.


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