Just Smile. escrita por everbelieber
Kaya –
Eu não acredito em tudo que aconteceu, não acredito que o Justin está quase morrendo, por mim.
Chorava todas as noites durante um mês, ele ainda estava em coma, eu iria hoje visitá-lo. Eu já conseguia andar, mas não podia fazer esforço como: pular, malhar, correr. O que era um saco.
_ Vamos Kaya – Pattie me chamou, pus a saia já que nem calça jeans poderia usar por um tempo.
_ Estou indo – abri a porta quase me arrastando. Desci as escadas da casa dela.
É eu estava na casa dela lhe fazendo companhia, já que o casamento – que deveria ter acontecido a duas semanas – acontecerá daqui a três dias.
Nós ainda tínhamos esperanças do Justin acordar antes do mesmo.
Chegamos ao hospital. Entramos no quarto em que o Justin estava e eu senti o aperto em meu coração como todas as outras vezes que eu o visitei. Ele tinha fios por praticamente todo o corpo.
_ Vou conversar com o doutor, depois venho aqui – Pattie sorriu me deixando só com o Justin.
Fiquei o olhando, sorri para ele ao ver seu rosto delineado. Segurei em sua mão com a minha mão direita já que a esquerda estava impossibilitada.
_ Ainda acho muito bonito e ao mesmo tempo bobo de sua parte me proteger, você pode morrer, você está morrendo, por mim. É uma sacanagem você não ir no casamento de sua mãe. Em três dias a Pattie estará casando e eu no meu quarto fazendo porcaria nenhuma, ou irei vir para cá, depois eles vão para a Espanha e nós vamos ficar na casa do seu pai por maiores seguranças – fiz careta – Eu te amo muito irmãozão.
...
_ Eu não vou, não quero ir droga! – falei pela milésima vez a meu pai.
_ Por favor Kaya, é meu casamento, você não está feliz com isso? Achei que você tivesse aprovado.
_ Eu aprovei, estou super feliz, mas pai... eu prefiro ficar em casa, ou com o Justin no hospital, não é justo ele ficar no hospital enquanto nós estamos nos divertindo – fiz aspas na ultima palavra.
_ Tudo bem... – abaixou a cabeça
_ Ah Pai, eu vou na cerimônia e depois para o hospital, ok? – sorri
_ Ok, eu já estou indo, quer ir comigo? – sorriu, assenti.
(Roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=45088363&.locale=pt-br)
A cerimônia foi linda, o brilho nos olhos do casal encantavam qualquer um.
Naquele dia dormi no hospital com o Justin, e durante uma semana também, até que meu pai junto com a Pattie me proibiram de ir vê-lo. Vivo no quarto trancada andando com uma espécie de bota já que enquanto eu estava com o curativo na coxa fiz o favor de escorregar na escada e deslocar meu pé. Fui totalmente proibida de usar saltos. Eu já movimentava meu braço normalmente, as vezes se fizesse esforço em um dos locais atingidos dava uma dor enorme.
_ Já estou indo gente – falei descendo as escadas.
Bem que o Kauã poderia vir e me ajudar.
_ Já consegue andar melhor? – Pattie perguntou me ajudando a sentar.
_ Normal – dei de ombros e fitei o Kauã que ria
Jantamos calmamente. Eu estava em eterno conflito comigo mesma em dúvida se perguntaria do Justin ou não. Decidi arriscar.
_ Como o Justin está? – todos, exatamente todos me olharam
Pattie trocou olhares com meu pai.
_ Ele está um pouco melhor – sorriu de lado
Ok, um pouco melhor. Não iria pedir para visitá-lo, sabia que eles não deixariam.
Conversamos mais coisas aleatórias.
_ Filha, ligaram da Universidade de Toronto falando que se interessaram em você.
_ Eu não me inscrevi lá – os olhei confusa
_ Nós sabemos. E boas notícias é que a carta do Justin chegou também.
_ Ele vai para onde? – perguntei
_ Ele foi aceito em três – meu pai me olhou
Que vergonha de mim.
_ Hm.
_ Uma delas foi a de Toronto também. Para Arquitetura.
_ Legal – sorri de lado
_ Se você fosse seria para que?
_ Engenharia, eu acho – dei de ombros.
_ Então acertamos na escolha. – sorriu
_ Eu vou subir – sorri – boa noite.
Fui me arrastando até o quarto, subir as escadas era o mais difícil, as vezes eu tinha vontade de ficar lá no meio dela esperando forças.
Joguei-me na cama pensando em minha vida.
Teria alguns meses de férias ainda para depois pensar em mais estudos. Seria uma nova fase de minha vida.
_ Kaya, amanhã nós vamos dar uma volta no médico ver se já podemos tirar essa bota – Kauã apontou para minha perna. Apenas assenti.
Tomei um banho de banheira demorado. Troquei de roupa e em seguida joguei-me na cama dormindo rápido.
Acordei com meu celular tocando. Era um número desconhecido, atendi mesmo assim.
- Fala.
- É o Kauã, só para te acordar mesmo. Se quiser tem almoço no microondas, volto daqui a pouco para irmos ao médico.
- Ok
Ele desligou o celular em segundos. Fiquei encarando o teto branco.
_ Justin, porque você não está aqui? – sussurrei involuntariamente
Tomei um banho para despertar, já eram uma da tarde, o Kauã chegaria em alguns minutos. Vesti uma roupa confortável. Deitei o cabelo solto
(Roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=45088513&.locale=pt-br)
Comi apenas uma barra de cereal, o Kauã me pegou e fomos para o médico. Ele falou um milhão de coisas e na hora que eu mais esperava ele não disse “pode ficar sem a bota”, ele simplesmente falou: “Mais uma semana e veremos o resultado”. Uma semana? Ele falava qualquer coisa e o Kauã concordava, se ele falasse “Fique vegetando na cama” o Kauã concordaria. Gay!
Ele me fez andar o shopping todo com aquela porcaria porque ele queria comprar uma porcaria de blusa azul marinho, ele tinha milhões dessa.
_ Não acredito. UMA SEMANA! – Reclamei – porque você não falou que eu estava ótima?
_ Eu não sou o médico Kaya – revirou os olhos
_ Que se dane, não vou ficar mais uma semana com aquela droga, é horrível.
_ Você tem que ficar – ele ria
_ Você porque não é com você – lhe dei um murro no braço enquanto tentava abrir a porta da casa.
_ Ai!
_ Você é um ridículo, na próxima vez que você me fizer passar vergonha assim eu quebro sua cara. – falei finalmente abrindo a droga da porta com tudo.
_ Você está fazendo portas? – Ele brincou
_ Nossa, palmas, muito engraçado – andei até as escadas olhando meu celular.
Estava pesquisando mais sobre a tal universidade de Toronto porque o Kauã só faltou me ameaçar para isso.
_ Vish! – alguém sussurrou
Espera.
Não acredito, é sério?
Levantei minha cabeça para ver quem havia falado e tirar minhas dúvidas.
Meu Deus. Levei a mão até a boca surpresa.
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